José Martins da Silva

José Martins da Silva nasceu no dia 4 de maio de 1924 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de João Martins Filho e de Maria Luísa da Silva.
Durante muitos anos foi comerciante e agropecuarista em Sítio dos Martins, uma pequena localidade existente dentro dos limites geográficos no Distrito de Ibuaçu.
Foi casado com Maria Alves da Silva, que nasceu no dia 14 de outubro de 1924, sendo filha de Manoel Brasilino de Morais e de Joana Alves da Silva.
Desse matrimônio foram gerados seis filhos, cinco mulheres e um homem, sendo eles: Maria Martins Barros, Maria Iraci Alves da Silva, Ilda Alves da Silva, Antônio Edmílson Martins da Silva, Ivanilda Alves da Silva e Iranilda Alves da Silva.
Na eleição municipal que ocorreu no dia 15 de novembro de 1970, desejando entrar na vida pública do Município de Boa Viagem por meio de uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos da ARENA – a Aliança Renovadora Nacional, conseguiu receber a confiança de 421 eleitores, ficando entre os nove vereadores de maior votação desse pleito.

“Visando unificar o período das eleições majoritárias e proporcionais no país, a Justiça Eleitoral, baseada na nova legislação em vigor, determinou que os candidatos, eleitos em 15 de novembro de 1970, deveriam ter um mandato mais curto de maneira que, na próxima eleição, fossem eleitos do presidente da república ao vereador no mesmo pleito.” (COSTA, 2002: p. 357)

Na sessão ocorrida no dia 1º de outubro de 1971, segundo informações existentes na página 44v do livro de atas da Câmara, encaminhou um requerimento à mesa diretora com o seguinte teor:

“Requerimento nº 2/7, do Vereador José Martins da Silva, no qual solicita do senhor prefeito a instalação de luz elétrica e construção de um grupo escolar no lugar Massapê dos Paés, um grupo no lugar Olho d’Água do Bezerril, uma praça na vila de Ibuaçu e calçamento na vila de Jacampari.”

Nessa legislatura, apoiou os projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito Osmar de Oliveira Fontes, sendo eles: aquisição de máquinas e equipamentos para manutenção das estradas municipais e aquisição de equipamentos para o Hospital e Casa de Saúde Adília Maria de Lima.

Imagem de José Martins da Silva e de sua esposa.

Na eleição municipal seguinte, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1972, desejando a sua reeleição, ainda militando nos quadros políticos da ARENA, conseguiu receber a confiança de 610 eleitores, ficando entre os quatro vereadores de maior votação desse pleito.
Nessa legislatura, apoiou aos projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito Dr. Francisco Vieira Carneiro, o Major Carneiro, foram eles: a criação do plano rodoviário municipal; a construção do Centro Comunitário Dep. José Vieira Filho; a construção da Escola de Ensino de Fundamental David Vieira da Silva; a construção do Centro de Abastecimento Municipal Walkmar Brasil Santos; a reforma da Praça Vereador José Vieira de Lima; a instalação da CODAGRO – a Companhia de Desenvolvimento Agronômico e Pecuário do Ceará, e outros.
Na eleição municipal seguinte, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1976, ainda militando nos quadros políticos da ARENA, conseguiu ser eleito ao exercício de seu terceiro mandato.
Algum tempo depois, no dia 29 de setembro de 1978, no exercício de sua função de edil, apresentou o requerimento à mesa diretora da Câmara Municipal, onde solicitou ao gabinete do prefeito a construção de uma escola na Fazenda Sítio.
Nessa legislatura, que foi prorrogada por mais dois anos, dando apoio ao projetos vindos do gabinete do Prefeito Benjamim Alves da Silva, aprovou orçamento da construção do Centro Administrativo Gov. Virgílio de Morais Fernandes Távora; a instalação do projeto sertanejo; a construção do Terminal Rodoviário Samuel Alves da Silva; a construção do Terminal Aéreo Cel. Virgílio de Morais Fernandes Távora; a construção do Açude da Massangana; a construção das muralhas do Estádio Municipal Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto e a instalação da EMATERCE – a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará.
Na sessão ordinária ocorrida dia 2 de agosto de 1980, apresentou requerimento solicitando uma licença médica de 120 dias, sendo substituído nessa ocasião pelo suplente, o Vereador Antônio Alves Martins.
No dia 15 de novembro de 1982, em uma nova eleição municipal, dessa vez compondo a bancada do PDS – o Partido Democrático Social, com a legenda nº 1.628, concorreu ao seu quarto mandato e conseguiu receber 428 votos, ficando entre os quatorze primeiros colocados dessa disputa.
Nessa disputa eleitoral o voto era vinculado, quando o eleitor tinha de alinhar a sua escolha entre os poderes Executivo e Legislativo sob a pena de ter o seu voto anulado: 

“Em 15 de novembro de 1982 o eleitorado brasileiro foi chamado a eleger os governadores que administrariam os seus Estados pelo interregno temporal de quatro anos, a contar de 15 de março de 1983, num pleito que envolveu cerca de 70 milhões de eleitores sendo a primeira eleição direta para governador de Estado desde os anos 1960. Neste pleito valeu o ‘voto vinculado’: o eleitor teria que escolher candidatos de um mesmo partido para todos os cargos em disputa, sob pena de anular o seu voto.” (S.N.T)

Na sessão ordinária ocorrida no dia 31 de janeiro de 1985, apresentou requerimento à mesa diretora da Câmara solicitando uma licença para tratamento médico pelo prazo de 120 dias, sendo substituído pelo Vereador Eduardo Patrício de Almeida.
Nessa legislatura, embora não tenha passado todo o período de seu mandato na Câmara, apoiou os projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito José Vieira Filho, sendo eles: a reconstrução da Praça Antônio de Queiroz Marinho; a construção do edifício anexo à Escola de Ensino Médio Dom Terceiro; a construção da Escola de Ensino Fundamental Pe. Paulo de Almeida Medeiros; a construção do edifício da Teleceará e a instalação do sistema DDD; a construção do Parque de Vaquejadas e Eventos Joaquim Vieira Lima; a construção do Parque de Exposições Agropecuárias José Vieira de Lima; a construção do Açude Prefeito José Vieira Filho; a construção da Barragem Presidente Tancredo de Almeida Neves; a construção do Açude São José; a construção de cinquenta prédios escolares, postos de saúde e de uma Agência da Previdência Social.
Na sessão ordinária que ocorreu no dia 27 de novembro de 1987, encaminhou requerimento à mesa diretora da Câmara solicitando uma licença médica de 90 dias, sendo substituído nessa ocasião pelo suplente, o Vereador Manuel Magalhães Gomes.
Na eleição municipal seguinte, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1988, ainda compondo a bancada do PDS, dessa vez com a legenda nº 11.613, conseguiu ser eleito ao seu quinto mandato depois de receber a confiança de 437 eleitores, ficando com décima vaga disponível ao Poder Legislativo dessa refrega eleitoral.
Apresentou diversos requerimentos à mesa diretora da Câmara Municipal de solicitação ao Gabinete do Prefeito, dentre eles destacamos: a construção de escolas nas localidades de Sítio, Massapê dos Paés, Jacampari, Gurupi, Santa Maria, Boa Vista, Olha d’Água do Bezerril e Lagoa dos Filós e a construção de um posto de saúde nas localidades de Lagoa dos Filós e Lajes dos Sousas.
No dia 5 de abril de 1990, depois de muitas discussões, no exercício de sua função como edil, participou da assembleia municipal constituinte como membro da Comissão de Sistematização que deu origem a Lei Orgânica do Município de Boa Viagem.
Algum tempo antes disso, foi escolhido pelos seus pares para compor à mesa diretora da Câmara Municipal de Vereadores, ocupando a função de vice-presidente.
Nessa legislatura, deu apoio aos projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito Benjamim Alves da Silva, foram eles: a construção do Camelódromo; a construção do Ginásio Poliesportivo Dirceu José dos Santos; a construção do Centro de Convivência do Idoso Olavo Bilac Brilhante; a construção do Hospital Infantil Sebastião Alves da Silva; a construção da Creche Comunitária Miriam Brito Fialho; a construção da Escola Agrotécnica Janival Almeida Vieira, além de várias casas populares.
Na eleição municipal que ocorreu no dia 3 de outubro de 1996, dessa vez compondo os quadros políticos do PDT – o Partido Democrático Trabalhista, legenda nº 12.611, recebeu a confiança de apenas 356 eleitores, ficando na quarta suplência de sua coligação.
Segundo informações existentes no livro C-07, pertencentes ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 5.7776, folha 177v, faleceu na cidade de Boa Viagem, prestes a completar 88 anos de idade, no dia 7 de fevereiro de 2011.
Logo após o seu óbito, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no mausoléu da família existente no Cemitério da vila de Ibuaçu, no Município de Boa Viagem.

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Saúde no Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016.
  4. VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.