A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE BOA VIAGEM

AS INFORMAÇÕES BÁSICAS:

A implantação e o desenvolvimento da instrução pública no Município de Boa Viagem foi construída a partir de um contexto social particular, que pode ou não ser distorcido por quem o analisa, daí a grande responsabilidade do historiador diante de seus registros.

Imagem de um desfile cívico do Instituto de Educação Paulo Moody Davidson, em 2019.

Esse contexto social foi construído por atores distintos em um determinado local, em um ambiente, e esse ambiente possui as suas próprias características, que pede as suas próprias soluções e diante disso, essas soluções, embora muitas vezes pareçam absurdas, não podem ser julgadas e sim compreendidas por aqueles que estão no presente.

“No sertão, desde cedo se aprende que tudo o que se faz se faz na insegurança, dois anos de seca mostram-se capazes de destruir o trabalho de dez, inclusive naquilo que foi feito em favor do fomento da educação.” (SILVA JÚNIOR, 2019: p. 13)

Quem mora no Município de Boa Viagem sabe que, quando tudo parece resolvido pelas boas estações climáticas, sobrevindo uma seca ou uma estiagem prolongada, ocorre à destruição parcial, ou muitas vezes total, da lavoura, bem como a dizimação dos rebanhos, o esteio econômico da região, algo que se reflete também dentro de suas escolas, extensão das famílias.
Diante dos muitos anos de existência, a história da educação desse Município precisa ser compreendida por etapas, sabendo que mesmo assim não teremos como dissecá-la por completo, estando grosso modo dividida da seguinte forma:

O PRIMEIRO MOMENTO (1840 – 1864):

O senso comum nos leva a presumir que, quando começou a ser habitada, os primeiros moradores dessa região projetavam todo o seu vigor apenas no trabalho físico, enquanto os esforços intelectuais, como aprender e também ensinar a ler e escrever, estavam totalmente relegados ao segundo plano, sendo um desejo ou privilégio para poucos.

Imagem do edifício escolar construído na cidade de Quixeramobim por D. Pedro I, algo que despertou o interesse do povo de Boa Viagem.

A implantação da educação no Município de Boa Viagem é fruto de uma semente que foi primeiramente plantada na cidade de Quixeramobim, a sede do Município o qual pertencia, pouco tempo depois da assinatura dos dispositivos legais do decreto lei do dia 15 de outubro de 1827.

“Era imperioso comprovar, ou não, que em Quixeramobim, Sertão Central do Ceará, Brasil, os dispositivos legais do dia 15 de outubro de 1827 se aplicaram com inteireza. Ali se construíra escola digna desse nome. Houve ali um professor que soube honrar seu ofício e dignificar seus alunos.” (MAIA CAVALCANTE, 2012: p. 567)

Segundo Maia Cavalcante (2012, p. 567) a presença desse jovem professor de primeiras letras, nascido no Município do Crato, e de um prédio escolar construído à época de D. Pedro I fizeram grande diferença no Município de Quixeramobim, pois “fora o ambiente onde o Professor Pedro Jaime de Alencar Araripe desenvolveu um método próprio de ensino, e disciplina comportamental, para formação de crianças carentes […]”.
O referido professor, que foi nomeado para essa função no dia 15 de julho de 1829, era herdeiro de uma das mais tradicionais famílias cearenses e esteve envolvido diretamente na Confederação do Equador, motivo pelo qual, alguns anos mais tarde, adotou a cidade de Quixeramobim como local de refúgio das perseguições políticas que veio a sofrer.
Mais tarde, nos primeiros meses de 1840, no início do segundo reinado, trezentos e quarenta anos depois da chegada de europeus ao solo cearense, dezesseis anos depois da outorga de sua primeira Constituição, tendo o conhecimento da gratuidade do ensino público, um grupo de moradores de uma localidade denominada de Boa Viagem, um inexpressivo povoado dentro dos limites geográficos do Município de Quixeramobim, se manifestou ao governo de sua Província solicitando a implantação de uma turma de Aula Régia, fato que indica a existência de pessoas alfabetizadas na região antes da aquisição de sua emancipação política, segundo se pode supor no texto a seguir:

Os habitantes no districto da povoação da Boa Viagem, Município de Quixeramobim, desta Província do Ceará, abaixo assignados, pela primeira vez vão dirigir suas ardentes e umildes suplicas a essa ilustríssima assemblea, e he della que os abaixo assignados esperão menear os seus males, que julgão sanados [ilegível por rasura] cadeira de 1ªˢ letras para educação da joventude dessa povoação, e seu circuito. Sim, ilustríssimos senhores, os Boa-viagences vendo-se na indispensável obrigação de dar a seus filhos, e domésticos os primeiros conhecimentos na República das Letras, ao mesmo tempo conhecendo o qto lhes he difficel pratical-o, já pela longetude em q se achão de professores abeis, já pela nímia ignorancia em q jaz o sentro, que abita os seus habitantes qualqur doctrina instructiva, anima-se a representarem suas urgentes precizões a esta ilustríssima assemblea encarecidame rogando-lhe a creação de huma cadeira de 1ªˢ letras em Boa Viagem afim de que seos [ilegível] sintão minorar os males q lhes acarretão a diminuta instrucção da mocidade. Os abaixo assignados, [ilegível] tornar difuza sua representação, e certos de que faltão a huma assemblea illuminada, attenta as circunstancias dos pais interessados no melhoramto da Provincia, deixão de largame ponderar em sua petição os males que o futuro lhes trará, se infelizme sua supplica for denegada: todavia elles presumem q o que dito tem suficiente sera pa esta illma assemblea emanar um decreto que satisfaça os justos desejos dos abaixo assignados. Deos guarde a vossas senhorias como he mister. Povoação da Boa Viagem 26 de abril de 1840.” (SILVA JÚNIOR, 2019: p. 24)

Poucos dias depois da leitura desse abaixo-assinado, no dia 20 de agosto de 1840, um despacho da comissão de instrução pública da Assembleia Provincial autorizou a criação da respectiva cadeira de primeiras letras, tornando esse abaixo-assinado um marco na história da educação do Município de Boa Viagem.
Nesse período que antecede ao momento em que o Município de Boa Viagem recebeu a sua autonomia administrativa, ocorrida no dia 21 de novembro de 1864, estes foram os professores que lecionaram no povoado:

A relação dos professores que lecionaram em Boa Viagem antes que ele se tornasse Município.

Nessa mesma época, os professores não estavam sozinhos em suas atividades, pois já havia inspetores escolares, também chamados de inspetores literários, que acompanhavam o desenvolvimento do ensino e regularmente recebiam e mandavam relatórios aos órgãos competentes existentes na capital. Foram eles:

A relação dos inspetores escolares da escola existente no povoado de Boa Viagem.

Era esse o contexto educacional existente no povoado de Boa Viagem quando ocorreu a sua emancipação política, época em que a Câmara Municipal de Vereadores assumiu a responsabilidade por sua manutenção, já existindo uma pequena semente germinando em seu solo, sendo essa data o marco de partida para o início da história de sua instrução escolar.

O SEGUNDO MOMENTO (1864 – 1930):

Com a autonomia administrativa do Município de Boa Viagem, logo em seus primeiros dias, a relação de sua Câmara Municipal com o funcionamento da escola da vila foi bem além de suas obrigações legais.

“Quanto ao fornecimento dos utensílios para as escolas primárias, como foi dito na lei, uma resolução provincial emitida no dia 2 de janeiro de 1869, determinava que fosse obrigação das Câmaras Municipais proverem essas necessidades. E foi nesse contexto histórico que o Município de Boa Viagem passou a existir, tendo entre os seus vários documentos o registro das verbas que eram empregadas para manutenção da instrução pública.” (SILVA JÚNIOR, 2019: p. 144)

Recriar o ambiente de uma sala de aula em uma escola encravada no Sertão do Ceará nessa época, embora pareça algo simples, na realidade constitui-se em um grande desafio.
Presume-se que a sala de aula tinha pouco conforto e quase nenhum recurso didático a oferecer, em quase nada facilitando o desempenho dos professores em favor da aprendizagem de seus alunos.
Ao tentar conhecer a materialidade da escola desse tempo, com base em seus documentos, torna a compreensão do seu funcionamento interno mais plausível nos dias de hoje.
Funcionando geralmente em locais adaptados, e que muitas vezes eram inapropriados ao seu fim, sem uma boa iluminação ou salubridade, sem mobília apropriada, sem utensílios, equipamentos ou material de expediente suficiente, a pobreza das poucas escolas existentes em Boa Viagem, tanto no fim da Monarquia quanto nos primeiros anos da República, chegavam a tocar na miséria.

O TERCEIRO MOMENTO (1930 – 1964):

O terceiro momento da história da educação do Município de Boa Viagem tem início com o seu ocaso político. Nessa época os boa-viagenses enfrentavam duros anos de seca, queda na safra agrícola, diminuição dos rebanhos e o constante êxodo rural até que, no dia 20 de maio de 1931, o Dr. Manoel do Nascimento Fernandes Távora, interventor federal do Estado, decretou a extinção do Município:

“O interventor federal do Estado do Ceará, Manoel do Nascimento Fernandes Távora, considerando que a atual organização municipal deve ser modificada por não atender ao interesse público; Considerando que, para a constituição de qualquer Município, se torna necessária uma população nunca menor de quinze mil habitantes, uma renda anual não inferior a trinta contos de reis e outros fatores de valor; Considerando que muitos dos atuais Municípios não preenchem esses requisitos, sendo meras expressões territoriais, sem vida própria. Considerando que, dest’art, para proporcionar aos Municípios uma existência normal, se impõe a supressão de alguns deles, decreta: Art. 1º – O território do Estado divide-se, administrativamente; em 51 Municípios e estes em distritos. Art. 4º – Ficam extintos os seguintes Municípios:…. Campos Sales, Conceição do Cariry, Santa Cruz, Várzea Alegre…. Boa Viagem que passará respectivamente a fazer parte do Município de Quixeramobim…” (MOTA, 1989: p. 38-39)

Com a perda de sua autonomia política o Município de Boa Viagem voltou a condição de Distrito do Município de Quixeramobim. Por coincidência, nessa mesma época, a primeira professora formada do Município passou a residir na cidade, dividindo as responsabilidades acadêmicas com as outras professoras residentes no local:

“Em 1933 ou 1934, também passou a residir na sede de nosso Município a professora formada, Maria Aguiar de Aragão, casada com o boa-viagense Antônio Ximenes de Aragão… Dona Maroca Aragão, como era conhecida, deixou Boa Viagem em 1937, quando se transferiu para Fortaleza. Fez um grande bem a esta terra, com o seu rendoso trabalho.” (NASCIMENTO, 2002: p. 115)

Algum tempo depois, no dia 29 de dezembro de 1937, após a retomada de sua autonomia administrativa, conforme as informações existentes no livro de protocolo das correspondências da prefeitura, página nº 10, na gestão do Prefeito José Rangel de Araújo, foi solicitada autorização da Secretaria do Interior e da Justiça para afastar alguns professores da rede municipal por conta da insuficiências de recursos da folha de pagamento, fato que gerou grande insatisfação popular:

“Solicitando permissão para exonerar as professoras municipais em virtude da contribuição destinada a esse fim ser insuficiente.”

Nessa época, além de uma escola mantida pelo Governo Municipal na sede, haviam escolas também na Fazenda Monte-Flor, Fazenda Taperinha, Fazenda Bom Jesus e na Fazenda Buenos Aires.

O QUARTO MOMENTO (1964 – 1994):

O fato marcante desse momento da história de nossa educação ocorreu com a aprovação da lei municipal nº 106, de 25 de marco de 1968, que na gestão do Prefeito José Vieira Filho, o Mazinho, criou o curso normal na Escola de Ensino Médio Dom Terceiro.
Pouco tempo antes disso, no dia 1º de janeiro de 1961, graças ao interesse do Rev. Francisco Souto Maior, é fundado o Instituto de Educação Paulo Moody Davidson, escola que era mantida com apoio da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem:

“O Instituto de Educação Paulo Davidson iniciou as suas atividades educacionais no ano de 1963. Surgiu como fruto da necessidade sentida pelos pais de confissão protestante reformada de educar os seus filhos. Naquela época, em nossa cidade, havia apenas uma escola particular, e esta, de confissão católica. Era dirigida por freiras, fato que gerava certo desconforto por conta do preconceito e das perseguições religiosas movidas na época pela Igreja Romana contra os protestantes estabelecidos em nossa cidade.” (NASCIMENTO, 2002: p.138)

Essa instituição de ensino, ao longo dos anos, irá se tornar a principal representante da rede privada da cidade de Boa Viagem.

Imagem de um batalhão de alunos do Instituto de Educação Paulo Moody Davidson, em 1978.

O QUINTO MOMENTO (1994 – 2015):

  • A Divisão Geográfica em Polos de Educação:

O Município de Boa Viagem possui uma grande área geográfica. Percebendo isso a Secretaria da Educação do Município dividiu o seu território em dose polos de educação, são eles:

  1. Polo 1 – Guia
  2. Polo 2 – Águas Belas
  3. Polo 3 – Ibuaçu
  4. Polo 4 – Boqueirão
  5. Polo 5 – Jantar
  6. Polo 6 – Ipiranga
  7. Polo 7 – Japão
  8. Polo 8 – São Pedro
  9. Polo 9 – Várzea da Ipoeira
  10. Polo 10 –  Varzantinha
  11. Polo 11 – Domingos da Costa
  12. Polo 12 – Boa Viagem

Nessa divisão territorial, como fica fácil de perceber, nem sempre as vilas, por conta de sua localização geográfica dentro do Distrito, são colocadas como sede dos polos.

AS REDES DE ENSINO:

Quando nos referimos a rede de ensino nos referimos à manutenção da instituição de ensino através de um mesmo tipo de fonte financeira, seja por intermédio público ou de uma mantenedora privada. No Município de Boa Viagem existem duas redes de ensino, uma pública e uma privada.

AS ESCOLAS DA REDE PRIVADA:

Uma escola da rede particular, ou privada, é aquela que não é administrada diretamente pelo Governo Municipal, Estadual ou Federal e que conserva, portanto, o direito de selecionar os seus estudantes e são mantidas, no todo ou em parte, pelo pagamento de seu ensino, no Município de Boa Viagem existem as seguintes escolas:

  1. Ginásio Valdemar Alcântara – Centro;
  2. Instituto de Educação Melo Cavalcante – Centro;
  3. Instituto de Educação Paulo Moody Davidson – José Rosa.

AS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA:

O ensino público é a forma de ensino em que o Estado é a instituição patrocinadora da escola ou da universidade de referência, no Município de Boa Viagem existem as seguintes escolas:

  • Governo Federal:

No Município de Boa Viagem existe a unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, antigo CEFET, notícia que foi amplamente divulgada na 1ª página do periódico “Informativo de Boa Viagem”, ano I, 5ª edição, de agosto de 2011:

“O Município de Boa Viagem foi um dos cinco contemplados através do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Ciência e Tecnologia, anunciado dia 16 de agosto em Brasília pela Presidente Dilma Roussef… Universidade com cursos gratuitos para 2.000 alunos. Segundo o Ministro da Educação, Fernando Haddad, o gasto para a implantação de cada Instituto Federal é de R$ 10 milhões.”

  1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia no CearáAnafuê.
  • Governo Estadual:

No Município de Boa Viagem existem três escolas que são mantidas com recursos do Governo do Estado.

  1. Dom Terceiro, E.E.M. – Centro;
  2. Dr. César Cals de Oliveira Filho, C.V.T. – Tibiquari;
  3. Venceslau Vieira Batista, E.E.E.P. – Alto da Queiroz.

Imagem da Escola de 1º e 2º Graus Dom Terceiro, em 1986.

  • Governo Municipal:

Em todo o Município de Boa Viagem existem cento e noventa e uma escolas que são mantidas com recursos do Governo do Município. Cada uma dessas escolas possui as suas características, atualmente trinta são urbanas e cento e sessenta e uma são rurais, das quais cento e duas encontram-se desativadas.

As Escolas da Zona Urbana:

  • Cidade:
  1. Benjamim Alves da Silva, E.E.F. – Nossa Srª de Fátima;
  2. Delfina Vieira da Silva, E.E.F. – Vila Holanda;
  3. Edson Tadeu de Queiroz Teodoro Albuquerque, C.P. – Osmar Carneiro;
  4. Édina da Silva Vieira, C.P. – Osmar Carneiro;
  5. Filomena Uchôa Viana, E.E.F. – Ponte Nova;
  6. Francisco José Vieira, E.E.F.– Padre Paulo;
  7. Jessé Alves da Silva, E.E.F. – Recreio;
  8. José Adauto Sales, E.E.F. – Floresta;
  9. José Assef Fares, E.E.F. – Alto da Queiroz;
  10. Marcos José Cavalcante Sampaio, C.E.I. – Tibiquari;
  11. Osmar de Oliveira Fontes, E.E.F. – Vila Azul;
  12. Padre Antônio Correia de Sá, E.E.F. – Centro;
  13. Padre Paulo Ângelo de Almeida Medeiros, E.E.F. – Nossa Srª de Fátima;
  14. Patrícia Facundo Campos, E.E.F. – Alto da Queiroz;
  15. Professora Maria Rosary Pereira, C.P. – Recreio;
  16. Sabrina Rodrigues Ramos, C.E.I. – Recreio;
  17. Samuel Alves da Silva, E.E.F. – Várzea do Canto.
  • Vilas:
  1. Adília Maria de Lima, E.E.F. – Guia;
  2. Antônio Nunes Cavalcante, E.E.F.Várzea da Ipoeira;
  3. David Vieira Carneiro, E.E.F.Domingos da Costa;
  4. Dona Elvira Soares Campos, E.E.I. – Guia;
  5. Francisco Felix Marinho, E.E.F. – Jacampari;
  6. Manoel Genuíno Vieira, E.E.F. – Ipiranga;
  7. Manoel João da Silva, E.E.F. – Águas Belas;
  8. Manoel Rodrigues Paé, E.E.F. – Massapê dos Paés;
  9. Manoel Saraiva de Sousa, E.E.F. – Olho d’Água do Bezerril;
  10. Maria Auzerina Chaves, E.E.F.Ibuaçu;
  11. Padre Vital Elias Filho, E.E.F. – Boqueirão;
  12. Pedro Soares de Almeida, E.E.F. – Poço da Pedra;
  13. Walkmar Brasil Santos, E.E.F. – Olho d’Água dos Facundos.

As Escolas da Zona Rural:

  1. Agostinha Rodrigues de Melo, E.E.F.Agreste;
  2. Aleixo, E.E.F. – Aleixo;
  3. Anastácio Pereira de Sousa, E.E.F. – Cajazeira;
  4. Antero Rabêlo de Carvalho, E.E.F. – Poço Grande;
  5. Antônio Carneiro da Silva, E.E.F.Inharé;
  6. Antônio Facundo Carneiro, E.E.F. – Santa Terezinha;
  7. Arialdo Alves Melo, E.E.F. – São Lourenço;
  8. Amando Felipe Maciel, E.E.F. – Xique-Xique;
  9. Balmiza Maria Vieira Sampaio, E.E.F.Barro Vermelho;
  10. Euclides Wicar de Castro Parente Paula Pessoa, E.E.F. – São José;
  11. Francisca Regina Sales, E.E.F. – Salgado;
  12. Francisco das Chagas Melo, E.E.F. – Bom Jesus;
  13. Francisco Lobo Cavalcante, E.E.F. – Trapiá dos Lobos;
  14. Francisco Nunes de Sousa, E.E.F. – Alto do Descanso;
  15. Francisco Pereira da Silva, E.E.F. – Lagoa dos Filós;
  16. Fransquinha Cavalcante Fialho, E.E.F. – Caloji;
  17. Gonçalo Bezerra do Vale, E.E.F. – Japão;
  18. Ivanilda Cavalcante de Lima, E.E.F. – Estreito;
  19. Jerônimo Alves Bezerra, E.E.F. – Jatobá;
  20. João Ferreira de Araújo, E.E.F. – Extrema;
  21. Joaquim de Sousa Lima, E.E.F. – Monte Novo;
  22. Joaquim Soares de Freitas, E.E.F.Barreira Branca;
  23. Joaquim Vieira Lima, E.E.F. – São Pedro;
  24. José Alves Terceiro, E.E.F. – Cajazeira;
  25. José Antônio de Lima, E.E.F. – Núbia;
  26. José Bruno Maciel, E.E.F. – Buenos Aires;
  27. José de Sousa Jales, E.E.F. – Sorocaba;
  28. José de Sousa Leitão, E.E.F. – Casinhas;
  29. José Ferreira Bié, E.E.F.Santo Antônio dos Sandres;
  30. José Ferreira Uchôa, E.E.F. – Barriguda;
  31. José Inácio da Rocha, E.E.F.Catolé;
  32. José Lessa Cavalcante, E.E.F. – Areia dos Lessas;
  33. José Lino de Sousa, E.E.F.Ipu;
  34. José Martins de Lima, E.E.F. – Curupati;
  35. José Ricarte de Albuquerque, E.E.F.Varzantinha;
  36. Leodegário Moreira, E.E.F. – Poço Comprido;
  37. Luís Lima da Silva, E.E.F. – Nilo Alegre;
  38. Luís Martins do Vale, E.E.F. – Trapiá dos Martins;
  39. Manoel Nascimento de Lima, E.E.F. –  Santo Amaro;
  40. Manoel Raimundo de Melo, E.E.F. – Timbaúba;
  41. Ministro Alcides Vieira Carneiro, E.E.F. – Jantar;
  42. Moisés Alves de Mesquita, E.E.F.Camará do Timóteos;
  43. Murilo Patrício de Almeida, E.E.F. – São Luís;
  44. Patriolino Ribeiro do Nascimento, E.E.F.Massangana;
  45. Pedro Alves de Lima, E.E.F.Cachoeirinha;
  46. Raimundo Alves Batista, E.E.F. – Assentamento Boa Ventura;
  47. Sagrado Coração de Jesus, E.E.F. – Timbaúba;
  48. Silvana da Silva Lourenço, E.E.F. – Aroeiras;
  49. Sofia Vieira de Freitas, E.E.F.Madeira Cortada;
  50. Vereador José Vieira de Lima, E.E.F. – Taperinha.

A RELAÇÃO DAS ESCOLAS DESATIVADAS:

Lamentavelmente, no Município de Boa Viagem, existem muitas escolas que tiveram as suas atividades acadêmicas encerradas.
Vários fatores contribuem para o fechamento dessas unidades escolares, que vão desde a falta de políticas públicas até a dificuldade financeira dos pais, quando nos referimos às escolas da rede privada.
Percebendo isso a Presidente Dilma Vana Rousseff sancionou a lei nº 12.960, de 27 de março de 2014, que altera a lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação:

“Art. 1 – O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria da Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar.”

Com a mudança da Lei de Diretrizes e Bases da Educação será necessário que um órgão normativo do sistema de ensino, como os conselhos municipais de educação, se manifeste a favor do fechamento da escola, antes que seja determinado o encerramento das atividades do estabelecimento de ensino.
Também será necessário ouvir a comunidade escolar e, por fim, será confeccionado um documento apresentando justificativa formal para Secretaria da Educação e depois encaminhado ao Ministério da Educação.

  • As Escolas da Rede Privada.

Na cidade de Boa Viagem a vida de uma escola da rede privada é muito difícil, pois a sua existência está intimamente relacionada com a economia e as intempéries climáticas.

Imagem de alunos da Escola Imaculada Nossa Senhora da Conceição, unidade de ensino desativada nos últimos anos da década de 1960.

Durante os 150 anos de história do Município registramos o fechamento das seguintes escolas:

  1. Escola Imaculada Nossa Senhora da Conceição;
  2. Escola Paroquial;
  3. Externato Rui Barbosa;
  4. Organização Educacional Pedro Rodrigues de Castro;
  5. Patronato Nossa Senhora de Fátima.
  • As Escolas da Rede Pública:

Estaduais:

  1. David Vieira da Silva, E.E.F. – Bairro Tibiquari.

Municipais:

Na primeira década do século XXI vários fatores fizeram com que unidades escolares fossem, aos poucos, sendo fechadas pelo Governo do Município.
Antes disso era comum a construção de unidades escolares, pela zona rural, simplesmente para servirem de cabide de emprego mas, nos últimos anos, com a mudança do perfil econômico do Município, muitas tiveram as sua atividades encerradas.

  1. Alfredo de Oliveira Lima, E.E.F. – Pedra Branca;
  2. Alfredo Jucá, E.E.F.Mata Fria;
  3. Antônia Vieira Costa, E.E.F. – Sabonete;
  4. Antônio Aderaldo Severo, E.E.F. – Camará dos Aderaldos;
  5. Antônio Botelho Filho, E.E.F.Santa Marta;
  6. Antônio Cândido da Silva, E.E.F. – Alto do Descanso;
  7. Antônio Cândido Filho, E.E.F. – Sítio dos Fernandes;
  8. Antônio Cirilo Lima, E.E.F. – Sussuarana;
  9. Antônio Francisco Chaves, E.E.F.Monte Limpo;
  10. Antônio Inácio Paiva, E.E.F. – Sapoti;
  11. Antônio José da Silva, E.E.F. – Várzea Arara;
  12. Antônio Luís Severo, E.E.F. – Lagoa do Senador;
  13. Antônio Martins Maciel, E.E.F. – Cais;
  14. Antônio Patriolino do Vale, E.E.F. – Ramadinha;
  15. Antônio Rodrigues de Oliveira, E.E.F. – Papa-Leite;
  16. Aureliano Epifânio de Almeida, E.E.F. – Poço da Pedra;
  17. Basílio Vieira Carneiro E.E.F.Belmonte;
  18. Belarmino André do Nascimento, E.E.F. – Boqueirão;
  19. Belarmino Matias Carneiro Filho, E.E.F.Brasileira;
  20. Benedito Cavalcante de Araújo – Poço da Pedra;
  21. Brígido Alves de Morais, E.E.F. – Facão;
  22. Casa da Educação, E.E.F. – Boa Viagem/Centro;
  23. Cesário Firmino do Nascimento, E.E.F. – Sítio dos Bezerras;
  24. Cristina Vieira Lima, E.E.F. – Santo Antônio;
  25. Damião Carneiro, E.E.F. – Currais Novos;
  26. Dep. José Vieira Filho, E.E.F. – Várzea da Tapera;
  27. Dr. Janival Almeida Vieira, E.A. – Palestina;
  28. Dr. Flávio Quintela, E.E.F. – Olho d’Água Seco;
  29. Elpídio Pereira, E.E.F. – Boa Vista;
  30. Elvira Soares Campos, E.E.F. – Arara dos Francos;
  31. Ernesto Pereira de Sousa, E.E.F.New York;
  32. Feliciano Ferreira de Araújo, E.E.F. – Batedor;
  33. Felisbela Vieira de Freitas, E.E.F.Lajes dos Rogérios;
  34. Firmino Lopes Xavier, E.E.F. – Alto Grande;
  35. Francisca Diniz Sobreira, E.E.F. – Arvoredo;
  36. Francisco Alves da Silva, E.E.F.Cachoeira dos Silvestres;
  37. Francisco Araújo Filho, E.E.F. – Holanda;
  38. Francisco Balbino de Sousa, E.E.F. – Sibiró;
  39. Francisco das Chagas, E.E.F.Areia dos Albertos;
  40. Francisco de Assis Marinho, E.E.F. – Ponte;
  41. Francisco de Sousa Jales, E.E.F. – Ponta da Serra;
  42. Francisco Euzebio de Sousa, E.E.F. – Galileia;
  43. Francisco Ferreira Bié, E.E.F.Belém dos Biés;
  44. Francisco Helionidas Diógenes Pinheiro, E.E.F. – Bom Desejo;
  45. Francisco Lourenço, E.E.F.  – Varzinha;
  46. Francisco Honorato da Silva, E.E.F. – Estreito;
  47. Francisco José Vieira, E.E.F. – Jordão;
  48. Francisco Marques da Silva, E.E.F. – Poço do Gado;
  49. Francisco Pereira da Silva, E.E.F. – Conceição;
  50. Francisco Sales Facundo, E.E.F.Várzea da Cruz;
  51. Galdino Honorato da Silva, E.E.F. – Recreio;
  52. Gerardo Cesário da Silva, E.E.F. – Malhada dos Paus Brancos;
  53. João Camelo Barbosa, E.E.F.Barra dos Currais Novos;
  54. João Carneiro Garcia, E.E.F. – Rodeador;
  55. João de Sousa Mota, E.E.F.Cajueiro;
  56. João Bento de Sousa, E.E.F.Longar;
  57. João Melquiades da Silva, E.E.F. – Olho d’Água de Cima;
  58. João Mota, E.E.F. – Anafuê;
  59. João Soares Lima, E.E.F. – São Jorge;
  60. João Vieira de Freitas, E.E.F. – Pocinhos;
  61. Joaquim Alves de Sousa, E.E.F.Divisão;
  62. Joaquim Batista de Freitas E.E.F. – Cachoeira dos Andrés;
  63. Joaquim José da Silva, E.E.F. – Sítio dos Martins;
  64. Joaquim Mariano de Oliveira, E.E.F.Arara dos Marianos;
  65. Joaquim Paulo dos Anjos, E.E.F. – Bom Socorro;
  66. José Angelim de Souza, E.E.F.França;
  67. José Costa Filho, E.E.F. – Fazenda Nova;
  68. José Ferreira de Sousa, E.E.F.Lajes dos Sousas;
  69. José Onesiano do Vale, E.E.F. – Melancias;
  70. José Pereira Lima, E.E.F.Barra do Rio;
  71. José Raimundo do Nascimento, E.E.F.Luzia;
  72. José Sabino Soares, E.E.F.Aroeiras;
  73. José Vicente Correia, E.E.F. – Ipu;
  74. José Vieira de Sousa, E.E.F. – Lázaro;
  75. José Vieira Filho, E.E.F.Pereiros;
  76. José Vieira Filho, E.E.F. – Stº Antônio dos Simiões;
  77. Júlia Altina de Oliveira, E.E.F. – Almas;
  78. Luís Gonzaga dos Santos, E.E.F. – Trapiazeiro;
  79. Luíza Rocha Alves, E.E.F. – Cabeça do Boi;
  80. Luiza Maria da Silva, E.E.F. – Salgadinho;
  81. Mãe Maria, E.E.I. – Águas Belas;
  82. Manoel Alberto da Costa, E.E.F. – Domingos da Costa;
  83. Manoel Alves Terceiro, E.E.F. – Cachoeirinha;
  84. Manoel Francisco de Lima, E.E.F.Caraúbas;
  85. Manoel Maria de Jesus, E.E.F.Cachoeira dos Fragoso;
  86. Maria Dias Cavalcante Vieira, E.E.F. – Pitombeira;
  87. Maria Pereira da Conceição, E.E.F.Camará dos Pereiras;
  88. Marcelo Facundo Carneiro, E.E.F. – Boa Esperança;
  89. Martinho José da Silva, E.E.F. – Pitombeira;
  90. Minhas Primeiras Letras, E.E.I. – Santa Terezinha.
  91. Moisés Alves de Lima, E.E.F. – Santa Maria;
  92. Neuza Guedes Campos Barros, E.E.F. – Boa ventura;
  93. Nossa Senhora da Boa Viagem, E.E.F. – Riacho do Meio;
  94. Nossa Senhora de Fátima, E.E.F. – Poço do Boi;
  95. Odília Monteiro, E.E.F. – Alto do Descanso;
  96. Ossian Alencar Araripe, E.E.F. – Tabuleiro Alegre;
  97. Pedro Pereira de Araújo, E.E.F. – São Bento;
  98. Pedro Sabino de Araújo, E.E.F. – Vertentes;
  99. Pe. Paulo de Almeida Medeiros, E.E.F. – Aniceto;
  100. Raimundo Alves Campos E.E.F. – Riacho Verde;
  101. Raimundo Costa Vieira, E.E.F.Boa-fé;
  102. Raimundo da Luz Lopes, E.E.F. – Santana;
  103. Raimundo de Melo Sobrinho, E.E.F.Jacaúna;
  104. Raimundo Fausto de Melo, E.E.F. – Boa Sorte;
  105. Raimundo Laurindo Barbosa, E.E.F.Bela Aliança;
  106. Raimundo Saraiva Queiroz. E.E.F. – Riacho dos Porcos;
  107. Santa Rosa, E.E.F. – Campinas;
  108. São Francisco, E.E.F. – Longar;
  109. São João, E.E.F. – São João;
  110. São Raimundo, E.E.F. – Passagem;
  111. Sebastião Alves da Silva, E.E.F.Sítio;
  112. Silvana da Silva Lourenço, E.E.F.Poço d’Água;
  113. Sebastião de Paiva Roriz, E.E.F. – Gurupi;
  114. Teotônio Nunes de Oliveira, E.E.F.Tourão;
  115. Urculino José do Nascimento, E.E.F. – Alto Alegre;
  116. Vicente Pereira da Silva, E.E.F. – Juazeiro;
  117. Vicente Rodrigues da Fonseca, E.E.F.Saco.

BIBLIOGRAFIA:

  1. CARVALHO FILHO, José Cândido de. Boa Viagem da Minha Infância. São Paulo: Thesauros/Itiquira, 2008.
  2. COSTA, Manuel Vieira da. Plano de Governo para o Município de Boa Viagem para o Quadriênio 1964/1967. Boa Viagem: Texto não publicado, 1963.
  3. FERREIRA NETO, Cicinato. A Tragédia dos Mil Dias: A seca de 1877 – 79 no Ceará. Fortaleza, PREMIUS, 2006.
  4. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  5. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  6. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Andarilhos do Sertão. A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem. Fortaleza: PREMIUS, 2015.
  7. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História do Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/a-historia-do-municipio-de-boa-viagem/. Acesso em 15 de agosto de 2015.
  8. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Instrução Pública no Município de Boa Viagem: A sua Formação Social e Pedagógica entre 1864 e 1931. 205 p. Dissertação (Mestrado em Educação). Flórida Christian University/UNIFUTURO, João Pessoa, 2019.
  9. VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.