José Vieira Filho nasceu no dia 5 de setembro de 1939 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de José Vieira de Lima e de Adília Maria de Lima.
Os seus avós paternos se chamavam Quintiliano Vieira Lima e Felisbela Vieira de Freitas, já os maternos eram Teófilo da Costa Oliveira e Francisca Juliana da Conceição.
Poucos dias depois, em 10 de outubro, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Mons. José Gaspar de Oliveira.
Na época em que nasceu o Município de Boa Viagem não dispunha de uma casa de parto, fato que obrigou aos seus pais a contar com os valiosos serviços de uma parteira na Fazenda Triunfo, onde passou grande parte de sua infância.
“Durante muitos anos, os únicos profissionais de saúde existentes em nossa região foram às parteiras, mulheres que normalmente recebiam esse aprendizado de forma hereditária, ou seja, a filha de uma parteira acompanhava a sua mãe no atendimento às mulheres em trabalho de parto auxiliando-a de acordo com as necessidades do momento, possibilitando, assim, após algum tempo de prática, o aprendizado para continuidade do ofício.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016)
A sua infância e adolescência, nessa propriedade, como o mesmo nos relata em sua autobiografia, foi repleta de muito amor e de carinho dos seus pais e familiares mais próximos:
“Fui criado na zona rural. Tive uma infância com toda liberdade que a natureza de um Nordeste agreste pôde me oferecer. Meus pais me dedicaram o seu amor, me ensinaram a respeitar a todos e me encaminharam aos primeiros passos rumo à escola, para aprender as primeiras letras.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 28)
Mais tarde, quando chegou a sua idade escolar, deu início a sua vida acadêmica em uma pequena escola particular, propriedade de Hercília Amaro Mesquita, que funcionava próximo a residência de seus pais:
“Para mim, estudar era um ‘serviço pesado’. Minha preferência mesmo era brincar com as outras crianças, tomar banho no riacho mais próximo de casa, fazer currais de pequenos galhos de marmeleiros e brincar com ‘gado de osso’, adquirido dos animais abatidos para o consumo da família.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 29)
Depois de algum tempo, percebendo a necessidade de algo mais avançado, os seus pais decidiram matriculá-lo em uma escola na cidade de Boa Viagem, que mais tarde veio a se chamar de Escola de Ensino Fundamental Padre Antônio Correia de Sá:
“Fui literalmente ‘arrancado’ de meu Sertão, do meu habitat, para estudar na cidade de Boa Viagem, a 9 km de distância. Inicialmente estudei na escola pública Padre Antônio Correia de Sá, a única existente na cidade, só existia até o 4º ano primário, hoje 4ª série do Ensino Fundamental.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 31)
Nos primeiros meses de 1950, aos 11 anos de idade, os seus pais decidiram transferi-lo de escola, dessa vez o passo foi bem mais distante e difícil, lhe matricularam como aluno interno do Colégio São Francisco, uma escola confessional, de orientação franciscana, que existia na cidade de Canindé, distante 104 quilômetros da cidade de Boa Viagem.
Nesse mesmo ano, ainda na cidade de Canindé, depois de um pequeno problema de saúde, foi transferido para o Colégio Santa Clara, uma escola que foi fundada pelo Frei Matias de Ponteranie até que, algum tempo depois, partiu para cidade de Fortaleza no intuito de dar continuidade aos seus estudos:
“Fiquei 18 meses por lá, só via meus pais no período de férias, até ir fazer exame de admissão ao Ginásio em Fortaleza, morando com os meus irmãos. Tive uma rápida preparação estudando a Crestomatia – livro volumoso que preparava para o exame (um verdadeiro vestibular de nossos dias) com o Professor José Ribamar de Vasconcelos. Rompendo a barreira do exame de admissão, passei rapidamente pelo Colégio São José, do Professor Lourival Banhos. Depois estudei no Colégio 7 de Setembro, sob a direção do Dr. Edílson Brasil Soares, Ginásio Agapito dos Santos com a direção do Professor Lauro de Oliveira Lima, onde conclui o curso ginasial, passando a estudar no conceituado Liceu do Ceará, sob a direção do Professor Boanerges Cisne Sabóia, onde concluí o 3º Científico.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 32)
Nos primeiros meses de 1958, residindo na cidade de Fortaleza, passou a trabalhar em um laboratório de bioquímica, que era dirigido pelo Dr. João Ramos Pereira Costa, o precursor da chuva artificial, que era sócio de sua irmã, a Farmacêutica Zeneida Vieira Bruno.
Dois anos depois, ainda na cidade de Fortaleza, começou a trabalhar no IPASE – o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado, e logo depois, entre 1961 e 1962, na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, de onde saiu para iniciar a sua carreira política como candidato a vice-prefeito de seu Município.
Antes disso, no dia 15 de março de 1960, de forma inesperada, juntamente com os seus familiares, lamentou a triste perda de sua mãe, que faleceu vítima de um tumor maligno no cérebro.
Nesse período, enquanto residia na capital, sempre que podia, não perdia uma oportunidade de vir para cidade de Boa Viagem, às vezes chegando até a perder algumas aulas no intuito de rever os seus conterrâneos, atitude que o tornou uma pessoa muito querida.
Logo que chegava a casa de seus pais, enfrentando a solidão de não ter mais a sua mãe, mantinha a rotina de sair pela zona rural do Município acompanhado de alguns amigos tocando sanfona e nessas festas passou a ter um contato bem próximo com o povo mais humilde, de quem conheceu de perto as suas necessidades mais básicas:
“Aprendi a tocar sanfona razoavelmente, acompanhando os ensinamentos de acordeonistas como Nelson Domingos, Edmílson Amaro e José Ramos, os mais conceituados da época em nossa cidade. Formei um pequeno conjunto. Foi um período maravilhoso de brincadeiras e farras, fazendo amigos, tanto na cidade como nos mais diversos Distritos e recantos do Município.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 33)
A sua proximidade das pessoas mais simples do Município se constituiu em uma porta aberta para o início de sua vida pública, o seu nome veio a surgir e a tomar corpo no cenário político de Boa Viagem justamente alguns anos depois da derrota de seu pai, que aspirou ser prefeito do Município no pleito eleitoral ocorrido no dia 3 de outubro de 1950:
“Meu pai, que exercera três mandatos de vereador, e em 1950 disputou o cargo de prefeito municipal, perdendo para o seu compadre, Aluísio Ximenes de Aragão, enfrentava alguns descontentamentos dentro de seu partido e estava sem ânimo para continuar na política. Então, sentindo aquele desânimo, lancei o meu desafio: O senhor sai, mas eu vou entrar!” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 34)
Algum tempo depois dessa promessa, nas eleições municipais que ocorreram no dia 7 de outubro de 1962, aliado à família do Prefeito Manoel Araújo Marinho, pelo PSD – o Partido Social Democrático, concorreu em uma ferrenha e inesquecível disputa ao cargo de vice-prefeito, quando esse cargo era pleiteado independentemente da cabeça da chapa:
“O meu companheiro de chapa era o Sr. Deodato Ramalho, vereador (PSD), coletor estadual que disputou a prefeitura com o Sr. Manuel Vieira da Costa, pela UDN, tabelião público conceituado, guarda livros do comércio local e representava o novo, para derrubar a chamada Oligarquia dos Araújos, embora a sua esposa, D. Zeneida, fosse neta do Senhor Néo Araújo. Já para vice-prefeito (voto desvinculado do prefeito), o meu concorrente, por ironia do destino, era o Sr. Aluísio Ximenes de Aragão, ex-prefeito que venceu as eleições que disputava com o meu pai em 1950.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 34)
Nesse pleito eleitoral, sem os artifícios da tecnologia moderna, a campanha era feita corpo a corpo e os seus adversários políticos, que eram bem mais experientes, trataram de confundir a mente dos eleitores usando o ardil de candidatar uma pessoa com o seu mesmo apelido, “Mazinho”.
Esse apelido, como ficou popularmente conhecido, tem a ver com o nome que deveria ter recebido quando foi registrado, fato descoberto anos mais tarde quando por curiosidade olhou detalhadamente o seu registro de nascimento.
Naquele tempo, por conta de sua frágil saúde na infância, a sua mãe resolveu dar-lhe o nome de Ribamar, em devoção ao santo do seu dia natalício, daí passou a ser chamado carinhosamente pela família e conhecidos de Ribamarzinho e, logo depois, de Mazinho:
“A minha mãe, Adília Maria, tendo em vista minha saúde frágil quando criança, havia feito uma promessa para me registrar com o nome de José Ribamar, numa devoção ao santo. Daí o meu apelido de Mazinho. No batismo, constou apenas José e, no registro do cartório civil, fui registrado como José Vieira Filho, fato que só tomamos conhecimento quando precisei da certidão de nascimento para concorrer ao exame de admissão ao Ginásio, na década de 1950.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 35)
Ao concluir a campanha eleitoral a trama utilizada pela oposição não conseguiu surtir o efeito esperado, depois de todo o seu esforço conquistou o alvo e, logo depois, retornou para cidade de Fortaleza no intuito de preparar-se para o concorrido vestibular do curso de Farmácia da UFC – a Universidade Federal do Estado do Ceará, e ao de Geografia, da Faculdade Católica de Filosofia do Ceará:
“Houve a eleição e, quando apuramos os votos, o Dr. Manuel Vieira da Costa (Nezinho) venceu o Sr. Deodato por uma diferença de 226 votos. Houve mais de 800 votos nulos do Sr. José Vieira Filho, e consegui vencer o Sr. Aluísio com 77 votos a mais de diferença. Valeu a vontade do povo, sufragando os candidatos, Nezinho e Mazinho, dois primos carnais, embora de partidos e palanques opostos.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 37)
Nessa época, transitando pelo campus da universidade, mantinha uma agenda bastante agitada, enfrentava os dois cursos e ainda foi eleito como vice-presidente de assuntos nacionais do Centro Acadêmico Santo Tomás de Aquino e também da diretoria do Clube dos Estudantes Universitários.
Esses envolvimentos com os centros acadêmicos lhe custaram algumas dores de cabeça pois, no dia 31 de março de 1964, depois de acontecer o Golpe de Estado, uma das primeiras medidas tomadas pelo Governo Militar foi o fechamento dos grêmios estudantis e a forte repressão aos alunos considerados “subversivos” ao novo regime de governo.
Precavendo-se do que poderia acontecer, por medo da repressão militar, juntamente com alguns amigos, passou alguns dias escondido em uma fazenda que está localizada na zona rural do Município de Redenção, na Serra do Baturité, distante 55 quilômetros da cidade de Fortaleza, até que, recebendo a confirmação de que não fora identificado como envolvido com grupos comunistas, pôde finalmente deixar o seu esconderijo.
Antes desses fatos, no dia 25 de março de 1963, em uma grande festa pelas ruas da cidade de Boa Viagem, tomou posse de sua função, retornando alguns dias depois para cidade de Fortaleza no intuito de dar continuidade aos seus estudos.
Depois disso, no dia 31 de maio de 1963, quando tinha oportunidade de acompanhar os negócios do Governo Municipal, segundo informações que estão registradas na página 5 do livro de atas da Câmara, não perdia a oportunidade de fazer ferrenha campanha de oposição contra o governo de seu primo, o Prefeito Dr. Manuel Vieira da Costa – o Nezinho:
“O sr. presidente facultou a palavra, isto depois de passar para ordem do dia. Nessa oportunidade pediu a palavra o Dr. José Maria Sampaio de Carvalho, assessor do prefeito, que em seguida passou a descrever a nulidade das leis em apreço, sendo apartado pelo vice-prefeito, o acadêmico José Vieira Filho, que também se encontrava na sessão…. tendo se travado entre ambos forte discussão, onde o vice-prefeito fez levianas acusações ao sr. prefeito municipal e a Câmara de Vereadores. O sr. presidente interviu fazendo serenar os ânimos e em seguida convidou o sr. vice-prefeito a se retirar do recinto, por não se comportar elegantemente e para evitar maiores atritos.”
Algum tempo depois, no dia 30 de abril de 1965, por conta desses fatos e enfrentando alguns problemas de saúde, aconteceu algo inesperado, quando o prefeito decidiu afastar-se temporariamente de suas funções.
Por conta dessa novidade ficou no difícil dilema: assumir o seu cargo ou concluir os seus cursos, optando pela primeira opção por conta de seu compromisso com os seus eleitores:
“Caso eu não assumisse a prefeitura assumiria o Vereador Cícero Carneiro Filho, presidente da Câmara Municipal e adversário pertencente à facção udenista.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 40)
Sem alternativa, trancou temporariamente o seu curso de Farmácia e assumiu as suas funções no Poder Executivo no dia 31 de maio de 1965 diante de um grande público de seus correligionários, passando na época a ser o prefeito mais jovem do Estado do Ceará.
“Enfrentamos tudo. Nada de recuar, o Dr. Nezinho era muito organizado e a prefeitura estava bem estruturada. Houve um concurso público para professores e somente 28 haviam sido aprovados para um Município de nosso porte. Os recursos eram escassos. Aquela época não havia ainda o Fundo de Participação dos Município e nem o ICMS. O Município era carente de tudo, escolas, estradas, hospital, eletrificação…” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 41-42)
Em um curto período a frente da prefeitura, impulsionado por conta das radicais mudanças que ocorreram no cenário federal, causou espanto ao povo o volume de obras e a prestação de serviços em um curto espaço de tempo, sendo as principais delas: a instalação de energia elétrica na vila de Guia; a ampliação do número de professores, que de 28 passaram para 200; a encampação da Escola de Ensino Fundamental e Médio Dom Terceiro; a ampliação, reabertura e manutenção da trafegabilidade das rodovias municipais; a colaboração com o DNOCS – o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, na conclusão do Açude Público Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima.
“Ao tempo dos prefeitos oriundos do movimento militar de 1964 o fundo de participação dos municípios, na arrecadação feita pelo Tesouro Nacional, elevou a valores nunca atingidos os recursos transferidos aos cofres das prefeituras municipais. A quase unanimidade dos prefeitos do país, empolgada à vista de tanto dinheiro, fez programação par desenvolver as suas comunidades. Incluiu-se a reestruturação do quadro de servidores, fixando o número de secretarias quase sempre igual ao seu Estado.” (LORENA E SÁ, 2001: p. 267)
Esse seu primeiro momento como prefeito durou apenas nove meses e quinze dias, mas foram vitais para o futuro de sua carreira política:
“Com este arrojo, meus adversários, já visando ao pleito seguinte, viram que eu estava ganhando grande simpatia e apoio irrestrito da população. A astúcia do presidente da UDN, Dr. José Maria Sampaio de Carvalho, ferrenho adversário, trouxe de volta o Dr. Nezinho para assumir a prefeitura, cuja posse foi marcada para o dia 15 de fevereiro de 1966…” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 45)
Nesse curto período de tempo, utilizando de desvelada demagogia diante de seu eleitorado, um episódio ainda ressoa na mente dos mais antigos por conta de um fato ocorrido na cidade que resultou em sua prisão por um sargento da polícia militar chamado Benevides.
Essa história começou na vila de Guia, quando um de seus eleitores, chamado Antônio Sabino, estando completamente embriagado, andava de arma em punho atirando ao esmo, colocando a vida das pessoas da localidade em grande risco.
Nesse tempo o Município de Boa Viagem era conhecido no Estado do Ceará pela violência, onde nos finais de semana era corriqueiro a notícia de pessoas esfaqueadas, assassinatos e outros tipos de violência, necessitando urgentemente da aplicação da justiça.
Ao tomar conhecimento do fato, em cumprimento de seu dever, um destacamento da polícia imediatamente saiu da cidade e trouxe o “valentão” para o presídio, sendo que, dentro de pouco tempo, para ganhar notoriedade diante da opinião pública, já que ocupava a cadeira de prefeito, decidiu ordenar ao delegado que “liberasse” o infrator.
O delegado, que cumpria com a sua obrigação e já colhia bons resultados por conta dos vários meses de extensivo trabalho se recusou imediatamente em acatar com o ordenado, propondo prender-lhe no lugar do acusado.
Ao fim desse episódio, quando já estava preso, os assessores da prefeitura entraram em contato com o gabinete do Governo no Estado, que imediatamente mandou um avião retirar o delegado do Município e libertá-lo como “herói”, voltando o Município de Boa Viagem a ter os elevados índices de violência que possuía.
Pouco tempo depois desse fato, na solenidade de posse do prefeito licenciado, que reuniu muitas pessoas, no momento em que o Dr. Manuel Vieira da Costa discursava, foi divulgado um novo artifício da oposição, a sua inesperada renúncia ao mandato de prefeito:
“Era uma grande jogada sob inspiração do astuto Dr. José Maria Sampaio de Carvalho, da UDN. Se eu assumisse em definitivo o restante do mandato, ficava inelegível para o pleito que se aproximava. De pronto entendimento, devolvendo o documento ao senhor prefeito, expliquei que ele era o prefeito, que estávamos ali para passar o exercício e, além disso, eu só poderia tomar alguma decisão após a Câmara de Vereadores declarar o cargo vago, aí então resolveria se assumiria ou não o referido cargo.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 46)
Depois desse fato, fugindo da vista de todos, se encaminhou para sua casa e dentro de pouco tempo, por conta da articulação feita pelo Dr. José Maria Sampaio de Carvalho, recebeu uma comissão de vereadores da UDN para que assinasse a ata de posse, a qual recusou, caindo sobre os ombros do presidente da Câmara, o Vereador Cícero Carneiro Filho, a responsabilidade da administração municipal nos meses que restavam para concluir essa gestão:
“Estávamos em plena Revolução Militar, a UDN, com influência no poder central, e o Dr. José Maria fez chegar às mãos do Presidente Castelo Branco, através do Senador Paulo Sarasate, o pedido para, em virtude da vacância do cargo de prefeito municipal, ser nomeado interventor municipal o Sr. Cícero Carneiro Filho, tudo ocorreu como o previsto.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 46-47)
Antes disso, a sua vida foi surpreendida por uma fase de sucessivas perdas familiares, no dia 5 de setembro de 1965, enquanto estava no poder, perdeu o seu avô materno, uma das grandes lideranças políticas da década de 1940 e 1950, e algum tempo depois, em Fortaleza, recebeu a notícia da morte de sua avó paterna, ocorrida no dia 2 de julho de 1966.
Fora da administração municipal, retornando aos estudos na capital, passou a lecionar no Colégio Estadual Liceu do Ceará, que está localizado na Praça Gustavo Barroso. Enquanto isso, no Município de Boa Viagem, os seus amigos e correligionários do PSD – o Partido Social Democrático, preparavam o seu caminho para o pleito do dia 3 de outubro de 1966.
Nessa campanha eleitoral, tendo o nome do Dr. Otávio Alves Franco como candidato a vice-prefeito, enfrentou o seu ex-companheiro de chapa da campanha de 1962, o Sr. Deodato José Ramalho, que tinha como vice-prefeito o nome do Vereador Raimundo Alves Campos – o Raimundo Abílio, políticos que eram bastante experientes.
Sem desanimar frente ao grande desafio, ainda contando com o apoio da “Oligarquia Araújo”, mesmo com um orçamento bastante apertado, sem uma residência fixa para servir de ponto de apoio, caiu em campo para divulgar a sua candidatura:
“Fiz uma campanha franciscana, de porta em porta, viajando em uma camioneta Rural Willys, de propriedade do Sr. João Abreu Filho, o Dadinho. Passava a semana inteira sem pisar na cidade. A força maior do eleitorado era da zona rural que, a essa altura, influenciava a cidade, que também me dava grande apoio.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 46-47)
Nesse momento, temendo a derrota que parecia iminente, os seus adversários tentaram inicialmente impugnar a sua candidatura alegando irregularidades de superfaturamento na aquisição de duas casas que foram adquiridas na Rua Antônio de Queiroz Marinho, nº 241, no Centro da cidade, uma das quais que serviu de residência para o juiz do Município e a outra onde foi instalado o escritório da ANCAR – a Associação Nordestina de Crédito e Assistência Rural, atual EMATERCE – a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará.
Em seguida, com a influência do Governo do Estado em suas mãos, os seus concorrentes conseguiram várias toneladas de donativos para utilizar como ferramenta de troca na véspera da campanha:
“Conseguiram carradas de alimentos da ‘Aliança para o Progresso’. Leite em pó, bulgor (muito parecido com arroz), fubá de milho, dentre outros para distribuir e pagar serviços de trabalhadores na recuperação de estradas municipais, construção de açudes, serviços de desmatamento para instalação das linhas telefônicas dos Distritos de Guia e Ibuaçu…” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 48)
Findo o pleito, depois da apuração, foi proclamado o seguinte resultado: Deodato José Ramalho, da chapa adversária, conseguiu receber apenas 1.977 votos, enquanto ele, a preferência de 3.950 eleitores, uma diferença de 1.973 sufrágios em favor da chapa vencedora.
Nessa eleição, conseguiu obter vários resultados positivos, entre eles: ocorreu a escolha dos deputados que comporiam a Assembleia Legislativa do Estado e o seu candidato, o Dr. Gervásio de Queiroz Marinho, recebeu 3.311 votos, número bem próximo do seu resultado, como também a escolha de nove das onze cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores.
Tudo parecia bem até que, pouco tempo depois, algumas diferenças pessoais começaram a surgir entre ele e o chefe da “Oligarquia Araújo”, o Deputado Dr. Gervásio de Queiroz Marinho, essa insatisfação ficou bem latente já no dia de sua posse, que ocorreu no dia 31 de janeiro de 1967, quando o referido não compareceu ao ato:
“Era o meu líder. Eis, porém, que, em virtude do nosso êxito e da empolgação do eleitores, muitos deles chegavam para o Dr. Gervásio, comentavam o pleito e diziam: ‘Doutor, o senhor dê todo apoio ao Mazinho, pois, se não fosse o trabalho dele, o senhor não teria sido eleito’.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 48)
Esse rompimento, para piorar ainda mais a situação, tomou maiores proporções pouco tempo depois, quando o Deputado Federal Flávio Portela Marcílio, que também ajudou a eleger, tomou partido em favor da amizade com o Dr. Gervásio de Queiroz Marinho.
Enquanto isso, na cidade de Boa Viagem, o deputado tentava manter o seu raio de influência sobre os vereadores, entretanto não conseguia o seu intento e apenas o Vereador José Pereira de Almeida – o Zé Urbano, declarava-se oposição ao seu governo.
Desse tempo, além das querelas políticas, ficou marcado em sua memória as sucessivas perdas familiares, no dia 27 de março de 1967, de forma inesperada, recebeu a notícia do falecimento de seu pai, uma das pessoas que exerciam forte influência sobre as suas decisões políticas e pouco tempo depois, no dia 14 de outubro de 1968, o falecimento de seu avô paterno, o patriarca da família Lima.
Nesse período, segundo informações existentes das páginas 86 à 89v do livro de atas da Câmara Municipal de Vereadores, teve as suas contas de 1968 com a recomendação de reprovação pelo TCU – o Tribunal de Contas da União, fato que ocasionou a suspensão do pagamento do FPM – o Fundo de Participação dos Município.
Esse imbróglio administrativo, depois de sucessivas manobras políticas, só conseguiu ser contornado graças ao fato de possuir a maioria dos vereadores da Câmara Municipal, sendo que estes não possuíam nenhum tipo conhecimento técnico para julgar o assunto e decidiram votar contra o parecer dos técnicos do TCU, dando-lhe sobrevivência política, conforme informações existentes no livro de atas da Câmara:
“Esta Câmara Municipal é formada por agricultores e comerciantes, que na sua totalidade não possuem conhecimento técnico especializado suficiente e especialmente de ordem jurídica para o preciso e justo exame da matéria que ali contêm.”
Lembrando que, nessa época, a sala onde aconteciam às reuniões da Câmara de Vereadores era em uma local emprestado pela prefeitura, fazendo com que o Poder Legislativo fosse fiscalizado e totalmente subserviente as vontades do prefeito.
Em muitas das reuniões da Câmara costumava sentar na “ponta da mesa”, e o vereador que não votasse naquilo que não era de seu interesse corria o risco de não ter nenhuma de suas petições atendidas.
Ainda nessa época, cumprindo a sua agenda de governo, fez uma visita à vila de Jacampari no intuito de agradecer o empenho de seus correligionários da região, ocasião em que recebeu um convite do Comerciante Manoel Júpiter de Albuquerque, que era conhecido na região como “Dideus Mocó”, para ir cumprimentar o prefeito eleito do Município de Monsenhor Tabosa, o Sr. Valdemar Dias Cavalcante:
“Aceitei o convite, fomos fazer a visita e parabenizar o colega eleito. Tivemos uma recepção maravilhosa, tanto de sua parte como de sua família… Concomitantemente conheci a sua esposa, dona Josefa Costa Cavalcante e as suas seis filhas.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 53-54)
Nessa oportunidade, ficou encantado com uma das filhas do casal, a Profª. Maria Dias Cavalcante Vieira, e depois de algum tempo de namoro, no dia 8 de março de 1969, recebeu-a em seus braços como esposa em uma cerimônia que foi celebrada pelo Monsenhor Gerardo Andrade Ponte, no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Fortaleza.
Desse matrimônio foram gerados cinco filhos, três mulheres e dois homens, sendo eles: Diana Cavalcante Vieira, Marcelo Cavalcante Vieira, José Vieira de Lima Neto, Aline Cavalcante Vieira e Lívia Cavalcante Vieira.
“Maria Dias passou a me ajudar na constituição de nossa família, bem como desempenhou papel importante para o êxito de nossa administração e sucesso político, enfim de nossa vida pública.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 55)
Pouco tempo antes disso, na cidade de Boa Viagem, no dia 18 de outubro de 1968, presidindo uma solenidade de inauguração que ocorreu na Praça Antônio de Queiroz Marinho, recebia uma comitiva de autoridades que vinham da capital e logo depois se dirigiu com eles ao prédio da Escola de Ensino Fundamental e Médio Dom Terceiro, onde estava sendo servido um farto banquete.
Chegando ao seu destino, foi recebido por uma grande multidão e ficou sabendo por pessoas de confiança que a sua vida corria perigo, sendo protegido, juntamente com a sua noiva, pelos militares e alguns amigos que participavam da festa:
“De momento, chega o meu primo Walkmar Brasil Santos Filho e me informa que, dentro do ambiente, existiam 3 elementos que vieram me assassinar. Um deles o Chico Quixadá… o boato logo se espalhou e os amigos me levaram para uma sala do colégio… Houve um suspense muito grande e, ao chegar a polícia, fugiram em correria, um deles ainda deu um tiro que atingiu de raspão o ombro de um vigilante… Logo depois a polícia prendeu um deles, Juarez Camurça… Logo em seguida, tomou-se conhecimento que o trio era composto de Juarez, Chico Quixadá e um genro do Sr. Gervásio, que certamente era o mentor que trouxera os outros.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 60)
Depois desse grave incidente contra a sua vida ficou consciente do perigoso adversário que possuía, e que fez de tudo para prejudicar a sua administração. Dentro de pouco tempo teve os recursos da prefeitura obstruídos e o seu nome foi envolvido entre os “comunistas”, fatos que refletiram dentro de sua família e que levaram a sua esposa a perder o seu primeiro filho em um aborto.
Mesmo assim, conseguiu fazer uma administração diferenciada de seus antecessores deixando as seguintes obras: a construção do Hospital e Casa de Saúde Adília Maria de Lima; a instalação da energia elétrica da Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso; a instalação da agência do Banco do Estado do Ceará e a implantação do SAAE – o Serviço Autônomo de Água e Esgoto.
No dia 14 de maio de 1970, antes de concluir o seu mandato, motivado por seus eleitores, renunciou ao seu cargo para concorrer a uma das cadeiras da Assembleia Legislativa. Esse desafio era bem maior, e agora o seu compromisso tomava maior vulto pela responsabilidade de eleger o seu sucessor, o Comerciante Osmar de Oliveira Fontes:
“Foi uma campanha difícil… Enfrentamos a luta… Abracei mais a campanha do Osmar do que a minha para deputado. Quase não saí do Município…” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 70)
Antes do encerramento desse pleito, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1970, naquilo que pareceu ser uma absurda jogada política, o juiz eleitoral do Município, o Dr. Eudes Oliveira, propositalmente deixou de assinar 500 títulos eleitorais, que certamente teriam feito uma grande diferença em seu favor nas urnas, quando recebeu a confiança de apenas 8.134 eleitores:
“Deixei de me eleger por 264 votos. Fiquei na 5ª suplência. Os 500 títulos que o juiz deixou de assinar teriam viabilizado a minha eleição.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 70)
Apesar de todos os imprevistos, essa campanha não foi inteiramente perdida, mesmo com a frustração de não ter atingido o seu objetivo manteve o seu raio de influência em seu principal colégio eleitoral, o Município de Boa Viagem.
Depois da eleição o seu sucessor, que insistentemente pedia os seus conselhos, lhe nomeou como assessor administrativo da Prefeitura de Boa Viagem. Nesse mesmo tempo, por indicação do governador do Estado, o Coronel César Cals de Oliveira, foi escolhido para instalar e chefiar o escritório da Casa Civil do Governo do Estado na cidade de Senador Pompeu, onde permanecia por pouco tempo.
Para o pleito seguinte, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1972, encabeçando uma nova disputa eleitoral, militando nos quadros políticos da ARENA – a Aliança Renovadora Nacional, teve como vice o nome de seu irmão, o Dr. Francisco Vieira Carneiro, conhecido como Major Carneiro:
“Fui novamente à disputa, tendo como concorrente o médico e oficial da Polícia Militar, Juarez Silva, que recebia o apoio da oposição e com o braço forte de meu tio, Joaquim Vieira Lima… A campanha se desenrolava com todo entusiasmo quando de repente vem uma surpresa: o Dr. Juarez, sentindo falta do apoio popular, desistiu de ser candidato, o seu partido não indicou substituto e ficamos como candidatos únicos para o pleito de 1972.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 71-72)
Finda disputa do pleito eleitoral, em que concorreu apenas uma chapa, abrindo-se as urnas, sem muita surpresa, voltou a ser eleito ao Poder Executivo depois de receber a confiança de 6.683 votos.
Pouco tempo depois, no dia 5 de fevereiro de 1973, já como prefeito, abriu edital fixando concurso público para provimento de sessenta vagas para professores da rede municipal.
Mais tarde, de forma inesperada, o destino lhe guardou uma valiosa oportunidade, pois nessa eleição o Deputado Estadual José Parente Prado foi eleito prefeito do Município de Sobral, abrindo-se uma vaga entre as cadeiras da Assembleia Legislativa:
“Ouvi os meus amigos mais próximos e a orientação era que eu deveria representar o Município na Assembleia. Major Carneiro assumiu a prefeitura, portanto eu tive o mandato mais curto de minha vida, apenas 17 dias.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 72)
Nesse período, um ano e quatro meses, o Município de Boa Viagem voltou a ter um representante nascido no Município dentro da Assembleia Legislativa e o melhor, esse representante possuía um bom relacionamento com o prefeito, algo que infelizmente não ocorreu da última vez!
Por conta disso, Boa Viagem passou a receber algumas melhorias e a relativa projeção no cenário político do Estado, que o levou a concorrer no pleito seguinte, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1974 e, com a legenda nº 11.963, conseguiu ser reeleito deputado estadual depois de receber a confiança de 13.684 eleitores:
“As eleições estaduais no Ceará em 1974 ocorreram em duas fases conforme previa o Ato Institucional Número Três e assim a eleição indireta do governador foi em 3 de outubro e a escolha dos dois senadores, 16 deputados federais e 40 estaduais aconteceu no dia 15 de novembro.” (S.N.T)
Enquanto isso, no Município de Boa Viagem, o seu raio de influência continuava a fazer a diferença e no pleito eleitoral que ocorreu no dia 15 de novembro de 1976 o seu grupo conseguiu eleger o nome de um parente, Benjamim Alves da Silva, como também sepultar de vez a respeitada “Oligarquia Araújo”, que tentou eleger o nome da Profª. Maria Zeuta Marinho de Araújo, irmã do Dr. Gervásio de Queiroz Marinho, seu ferrenho adversário.
Dois anos depois, na eleição que ocorreu no dia 15 de novembro de 1978, ainda militando nos quadros políticos da ARENA, legenda nº 1.131, com o apoio do gestor que conseguiu eleger, alcançou o objetivo de ser reeleito para o exercício de um novo mandato na Assembleia Legislativa, recebendo nessa oportunidade 17.200 votos:
“As eleições estaduais no Ceará de 1978 ocorreram em duas etapas, conforme determinava o Pacote de Abril: em 1º de setembro aconteceu a via indireta e na ocasião a ARENA elegeu o Governador Virgílio Távora, o Vice-Governador Manoel de Castro e o Senador César Cals. A etapa seguinte, que aconteceu em 15 de novembro, a exemplo dos outros Estados brasileiros, foram eleitos o Senador José Lins, vinte deputados federais e quarenta e quatro estaduais. Nesse pleito a ARENA conquistou a maioria das cadeiras.” (S.N.T)
Mais tarde, no pleito eleitoral seguinte, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1982, engajado nos quadros políticos do PDS 1 – o Partido Democrático Social, agremiação partidária governista que era comandada e dividida por um triunvirato de coronéis, sendo eles: Virgílio de Morais Fernandes Távora, César Cals de Oliveira Filho e José Adauto Bezerra, com a legenda nº 11, recebendo novamente o incondicional apoio do prefeito de Boa Viagem, voltou a concorrer ao cargo de prefeito, sendo acompanhado novamente do nome de seu irmão, o Dr. Francisco Vieira Carneiro, repetindo a composição da chapa que disputou o pleito de 1972.
Na segunda chapa, pelo PDS 2, que era formada pelo médico Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto – o Dr. Sérgio, tendo como companheiro de chapa o sindicalista Luís Alves Batista – o Luís Cristino, que era o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boa Viagem.
Na terceira chapa desse pleito, dentro dos quadros políticos do PMDB – o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, estavam os nomes do Dr. Deodato José Ramalho Júnior, e do agropecuarista Domingos Sávio Martins Monteiro.
Depois da apuração as urnas apresentaram o seguinte resultado: saiu vitorioso depois de receber a confiança de 8.002 eleitores, enquanto o Dr. Sérgio recebeu 6.191 votos, já o Dr. Deodato apenas 1.487 votos.
Nessa disputa, depois que foi encontrado um grande número de títulos eleitorais queimados, correu um boato que a sua vitória só foi possível graças ao grande números de “votos fantasmas”, tendo em vista que a fiscalização nas sessões correu em seu favor.
Ainda nessa eleição, que também definiu a composição das cadeiras da Assembleia Legislativa, a sua esposa, que saiu candidata, conseguiu o montante de 17.888 votos e ficou na 1ª suplência de seu partido, ocupando uma vaga no parlamento pouco tempo depois e dando forte sustentação política ao mandato de seu marido.
“Fomos eleitos desta vez para um mandato de seis anos, 1983 a 1988, e minha esposa, Maria Dias, candidata à Deputada Estadual, ocupou o Legislativo por dois mandatos seguidos, tendo neste período, ocupado a Vice-Liderança do Governo Gonzaga Mota e, também, a pasta da Secretaria de Administração do Estado na gestão do Governador Tasso Ribeiro Jereissati.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 72)
Pouco tempo depois dessa eleição conseguiu tornar realidade um sonho que foi acariciado por muito tempo, implantou com alguns sócios a primeira estação de rádio da cidade, a Radiodifusora Asa Branca LTDA, que operava na frequência AM 710, sendo a porta voz de seu grupo político até os primeiros anos da década de 1990.
“Instalada no dia 17 de setembro de 1983, tendo como sócios: José Vieira Filho, a Profª Maria Dias Cavalcante Vieira, Dr. Francisco Vieira Carneiro, José de Queiroz Sampaio Neto e outros.” (NASCIMENTO, 2002: p. 243)
Nessa gestão, que foi acrescida de mais dois anos, promoveu a reconstrução da Praça Antônio de Queiroz Marinho; a construção do 2º bloco da Escola de Ensino Fundamental e Médio Dom Terceiro; a construção da Escola de Ensino Fundamental Padre Paulo de Almeida Medeiros; a construção do prédio da TELECEARÁ, bem como a instalação do sistema DDD; a construção do Parque de Vaquejadas e Eventos Joaquim Vieira Lima; a construção do Parque de Exposições Agropecuárias José Vieira de Lima; a construção da Estação Experimental Walkmar Brasil Santos; a construção do Açude Público Prefeito José Vieira Filho; a construção da Barragem Presidente Tancredo de Almeida Neves e ainda vários outros açudes de pequeno porte.
Mais tarde, na eleição estadual seguinte, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1986, em uma nova disputa eleitoral, militando agora nos quadros políticos do PMDB, novamente indicou o nome de sua esposa ao Poder Legislativo estadual, recebendo nessa ocasião a confiança de 29.057 votos, o quarto maior número de votos do pleito.
Sobre esse pleito, que alguns anos mais tarde se transformou em uma tese de doutorado, apresentada ao programa de pós-graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, intitulada de “Trajetórias de Vida, Espaços de Sociabilidade e Projeto Político da Burguesia ‘Mudancista’ Cearense (1978-1986)”, o seu autor, Altemar da Costa Muniz, nos apresenta a forma como eram feitas as campanhas políticas da época:
“Uma estratégia de campanha foi dar novas versões para fatos indicados como prova do compromisso histórico do candidato do PMDB com a ética e a transparência, como apontar o passado clientelista dos apoiadores de Tasso, como no artigo de 08 de julho, em que Themístocles se referia ao prefeito de Boa Viagem, José Vieira Filho, que declarara apoio ao ‘dono da Coca-cola’, porque iria desmantelar toda a oligarquia dos coronéis. Lembrava o jornalista que o referido chefe municipal, quando deputado estadual, apresentou projeto de lei dando o nome de Adauto Bezerra à sede do Poder Legislativo e que era genro de um histórico chefe político e prefeito de Monsenhor Tabosa, Waldemar Dias Cavalcante, pai de sua esposa, a Deputada Estadual Maria Dias, a quem elegeram num esquema de clientelismo e oligarquia que funcionava nos dois Municípios. As argumentações para desqualificar o prefeito de Boa Viagem acabaram revelando as práticas políticas utilizadas nos processos eleitorais, em que o voto era dado para além da gratidão do povo, como Themístocles defendera anteriormente numa polêmica com Tasso. Confessou que, nas eleições de 1974 e de 1984, a referida família havia assegurado a dois candidatos a deputados federais do PDS, respectivamente ligados a Adauto Bezerra e Virgílio Távora, quase dez mil votos. ‘E eles não conheciam sequer dez pessoas na região’.” (MUNIZ, 2007: p. 232-233)
Ainda nesse período, com a proximidade do pleito municipal de 1988, começam a existir sérias turbulências no seio de seus mais influentes correligionários pela indicação de seu sucessor.
“Pouco antes de nossa saída da administração, uma pesquisa da Fundação Cearense de Pesquisa da Universidade Federal do Ceará (UFC) apontava a nossa administração com 85% de aceitação popular.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 74)
Por conta de sua forte aceitação nas pesquisas e êxito nos pleitos em que disputou, correu o boato entre os habitantes do Município em que ele foi acusado de tratar o povo como porco ao afirmar que os seus eleitores o acompanhariam para onde ele fosse quando “batesse com o milho na cuia!”, ou seja, o povo votaria em quem ele indicasse.
Esse boato, tendo sido verdade ou não, passou a servir, daí em diante, como rastilho de pólvora em favor dos seus aliados para prejudicar todas as suas pretensões políticas no futuro.
Nessa oportunidade, o nome do Vereador João Soares Lima Filho se destacou como a sua preferência, o que desagradou ao seu antigo aliado, o ex-Prefeito Benjamim Alves da Silva, que juntou forças com o seu principal concorrente do pleito ocorrido em 1982, o Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto.
“O Sr. José Vieira Filho, um agropecuarista, também descendente de paraibanos, com muito esforço, conseguiu ser o nome de maior projeção do Município de Boa Viagem no cenário político de nosso Estado… Essa destacada atuação política foi incontestável até o fim de 1988, quando rompeu com Benjamim Alves da Silva e perdeu significativa parte de seus aliados. Entre eles, alguns protestantes, deixando o fim de sua carreira política oscilar entre altos e baixos.” (SILVA JÚNIOR, 2015: p. 167)
Nesse período, no segundo semestre de 1987, a ira popular foi ainda mais inflamada por conta das consequências da seca-verde, quando populares famintos, vindos de todas as partes da zona rural, tentaram invadir o comércio da cidade para saquear e ele, tentando manter a ordem, convocou um batalhão policial, que usou de força excessiva para reprimir os impulsos do povo.
Essa atitude, aliada a outros boatos, em um deles se dizia inclusive que a merenda escolar estava sendo utilizada para alimentar as suas pocilgas, serviu como um golpe certeiro nas pretensões de fazer o seu sucessor.
Mais tarde, em um ato de artimanha política, desejando ver eleito a quem indicara, promoveu diversas ligações irregulares nas praças públicas espalhadas pela zona rural do Município, gerando uma grande despesa para os cofres públicos e muita insatisfação popular para o futuro gestor, conforme registro na página 7v das atas da Câmara de Vereadores:
“Fazendo novamente o uso da palavra, o Vereador João Martins de Lima perguntou ao secretário porque foram retirados os televisores das praças. O secretário informou que eles foram retirados porque o prefeito anterior não pagou a energia. O secretário explicou ainda que a energia foi cortada porque foi instalada de forma irregular, não seguindo as normas da COELCE. Que para colocar energia nas praças é necessário colocar um poste em cada uma delas… Depois disso o Vereador Luiz Alves Batista, utilizando da palavra disso…. que esses televisores foram colocados nas praças dessa forma por motivos políticos, ou seja, em busca de votos.”
Esse rompimento com os seus antigos aliados causou a sua primeira derrota dentro das fronteiras do Município de Boa Viagem, e o deixou fora da vida pública por dezesseis anos, que foi chamado por ele mesmo de “período para reflexões”.
Pouco tempo depois, nas eleições estaduais do dia 3 de outubro de 1990, nessa oportunidade dentro dos quadros políticos do PSDB – o Partido da Social Democracia Brasileira, com a legenda nº 45.115, colocou novamente o seu nome na disputa por uma das vagas do Poder Legislativo estadual, recebendo nessa oportunidade a confiança de apenas 8.196 votos.
Ainda nessa eleição, a sua esposa, que disputou esse pleito concorrendo para uma cadeira como Deputada Federal, conseguiu receber apenas 18.404 votos e conseguiu ficar na 3ª suplência de seu partido.
Pouco tempo depois disso, no pleito eleitoral ocorrido no dia 3 de outubro de 1992, tentando regressar ao comando do Poder Executivo do Município de Boa Viagem, ainda no PSDB, com a legenda nº 45, colocou novamente o seu nome em uma disputa eleitoral, tendo ao seu lado o nome do Vereador Luís Alves Batista.
Nessa campanha, que foi bastante concorrida, pelo PDT – o Partido Democrático Trabalhista, utilizando a legenda nº 12, o seu adversário era um velho conhecido, o Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto, que tinha ao seu lado o nome do Vereador Antônio Argeu Nunes Vieira.
O resultado dessa eleição, que talvez tenha sido o mais doloroso de toda a sua carreira política, pois pela primeira vez o seu nome saiu diretamente preterido em uma eleição municipal, quando o seu adversário conseguiu ser eleito com 12.430 votos.
Depois disso, na campanha eleitoral que escolheu o novo parlamento estadual, ocorrido no dia 3 de outubro de 1994, ainda no PSDB, conseguiu receber 13.954 votos, ficando na nona suplência de seu partido.
Pouco tempo depois disso, logo após o impeachment do Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto, foi convidado pelo Prefeito Antônio Argeu Nunes Vieira para assumir a pasta da Secretaria da Educação, Cultura e Desporto da Prefeitura de Boa Viagem, função exercida entre os dias 2 de maio de 1995 e dia 30 de junho de 1996.
Mais tarde, depois de romper com o grupo do Prefeito Antônio Argeu Nunes Vieira, participou de uma aliança política com o grupo do Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto, e lançou a chapa vitoriosa que foi formada pelo nome do Dr. Francisco Vieira Carneiro e do Dr. Fernando Antônio Vieira Assef.
Nessa gestão, entre os acordos, voltou a assumir a pasta da Secretaria Municipal da Educação entre o dia 1º de janeiro de 1997 e o dia 28 de julho de 1998, quando saiu da pasta para assumir uma das cadeiras da Assembleia Legislativa.
“Passei 16 anos mais afastado da política, porem sempre presente em nossa terra. Ocupei por 2 curtos períodos a Secretaria da Educação do Município e, em 1997, fui convocado na qualidade de suplente para assumir uma cadeira de Deputado Estadual.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 74-75)
Ocupou uma das cadeiras do Poder Legislativo estadual em dois curtos períodos, entre os dias 28 de julho e 30 de julho de 1998, e novamente entre os dias 2 de setembro e 28 de dezembro de 1998.
Antes disso, na cidade de Boa Viagem, a tensão política voltava a se repetir por conta de um novo processo de impeachment, dessa vez envolvendo o nome de seu irmão, o Dr. Francisco Vieira Carneiro, que por não suportar a pressão cometeu suicídio:
“Com a morte de meu irmão e prefeito, Major Carneiro, o campo político ficou bastante ‘carregado’ para atuarmos no Município de Boa Viagem. Major Carneiro foi muito perseguido pelo grupo político do vice-prefeito, Fernando Assef, chegando ao desespero máximo de tentar contra a sua própria vida.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 75)
Depois disso, passando por alguns problemas de saúde, foi operado de um câncer na próstata, sendo acompanhado pelo ICC – o Instituto do Câncer do Ceará, onde recebeu trinta e seis aplicações de radioterapia.
“Meus adversários me julgavam ‘carta fora do baralho’ da política. Tomando conhecimento dos desmandos da administração municipal da minha terra e sentindo no íntimo que, como cidadão, mesmo com riscos na saúde, podia fazer alguma coisa para estancar a onda de desgoverno e desonestidade que campeava a administração, passei a me sentir impaciente, procurando meios para estancar aquela corrida desenfreada de aproveitadores da ‘coisa pública’, que pertencia a todos.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 75-76)
Na eleição seguinte, que ocorreu no dia 1º de novembro de 2000, novamente coligado com um antigo aliado, dessa vez Benjamim Alves da Silva, concorreu como vice-prefeito ao Poder Executivo do Município de Boa Viagem.
A segunda chapa, que disputava a reeleição, por conta do trágico falecimento do seu irmão, Dr. Francisco Vieira Carneiro, estava o nome do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, que se candidatara pelo Partido Social Democrata – o PSD, legenda nº 41, e tinha como vice o nome da Srª Marília Prado dos Santos, esposa do Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto, seu antigo desafeto.
Na terceira chapa, pelo Partido Popular Socialista – o PPS, legenda nº 23, praticamente sem nenhum apoio, figurava o nome do desconhecido Tenente Dr. Amâncio José de Lima Filho, sendo o vice Flávio Félix de Sousa.
Embora não parecesse o cenário político do Município de Boa Viagem naquele ano estava em grande ebulição, mas desde cedo o resultado deste pleito já era percebido, o Dr. Fernando Antônio Vieira Assef venceu a disputa com 14.466 votos contra os 8.364 votos de Benjamim Alves da Silva e os 712 do Ten. Dr. Amâncio José de Lima Filho.
Em maio de 2004, quando ninguém imaginava que voltaria a disputar uma eleição municipal, pela madrugada, várias cartas foram distribuídas por baixo das portas por um grupo de vinte e sete pessoas, na maioria senhoras idosas, que se denominavam de “Agentes 22”.
O teor da carta, que contava um pouco de sua longa e experiente trajetória política, demonstrava também a sua disponibilidade em voltar a governar o Município de Boa Viagem:
“Estamos em ano eleitoral… O meu nome está entre os cogitados que aparecem nas pesquisas pré-eleitorais… O meu retorno ou não à Prefeitura de Boa Viagem não depende apenas de mim e sim do meu povo… Vou completar 65 anos de idade e não posso me submeter a aventuras.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 77-78)
Poucos meses depois disso, na eleição municipal que ocorreu no dia 3 de outubro de 2004, militando nos quadros políticos do PL – o Partido Liberal, com a legenda nº 22, acompanhado do médico Dr. Evaldo Neco Barreto Júnior, voltou a colocar o seu nome em uma nova refrega eleitoral.
Na principal chapa concorrente, que era do PTB – o Partido Trabalhista Brasileiro, com a legenda nº 14, em uma nova coincidência política, estava o nome do Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto, que inicialmente foi acompanhado pelo nome do Empresário Djalma Vieira Carneiro, que declinou do convite em plena campanha e deixou o cargo para ser ocupado pelo Empresário Raimundo Hélio Campos Filho.
A terceira chapa, pelo PT – o Partido dos Trabalhadores, com a legenda nº 13, era encabeçada pelo nome do Dr. Márcio Ary Machado de Morais e do Tenente Dr. Amâncio José de Lima Filho.
Nesse pleito, um dos mais disputados da história política do Município de Boa Viagem, saiu vitorioso ao receber a confiança de 11.758 votos, enquanto o Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto recebeu apenas 11.272, uma diferença de apenas 486 votos, já o Dr. Márcio Ary Machado de Morais recebeu apenas 3.003 sufrágios.
“Disputa difícil, acirrada, tendo contra a minha candidatura os poderes constituídos do Município, bem como o presidente da Assembleia Legislativa e o governador do Estado que veio pessoalmente a Boa Viagem trabalhar contra a minha eleição.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 78)
Durante os quatro anos desse seu governo não conseguiu empreender grandes construções, mas investiu na pavimentação de muitas ruas da cidade, promoveu concurso público, manteve o salário dos funcionários em dia e com reajustes que não eram consumidos pela inflação:
“Realizações Principais: criação da Secretaria da Cultura, Turismo e Lazer; construção de um posto de saúde no Bairro Vila Holanda; construção de dois mini-hospitais; reforma de 70 escolas; projeto Poesia na Praça e financiamento dos livros: ‘Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender’ e ‘Ideias Poéticas’.” (MARINHO, 2014: p. 143-144)
Nos primeiros meses de 2008, pela Gráfica LCR, publicou a obra “Minha história, contada por mim”, um texto que narra em detalhes a sua autobiografia.
Na eleição seguinte, que ocorreu no dia 5 de outubro de 2008, agora nos quadros políticos do PR – o Partido da República, ainda com a legenda nº 22, acompanhado pelo Dr. Márcio Ary Machado de Morais, concorreu para a sua reeleição contra duas chapas adversárias.
A primeira delas, que era encabeçada pelo ex-Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, do PSDB, o Partido da Social Democracia Brasileira, com a legenda nº 45, que foi acompanhado pelo Vereador Ismael Fragoso da Silva.
A segunda chapa, pelo PMDB, com a legenda nº 15, sendo formada pelo ex-Prefeito Antônio Argeu Nunes Vieira e do Dr. Marco Antônio Feitosa Moreira.
Nesse pleito amargou a sua segunda derrota em eleições municipais, a chapa do Dr. Fernando Antônio Vieira Assef recebeu a confiança de 12.866 votos, enquanto a sua recebeu apenas 9.439, uma diferença de 3.427 votos, já a terceira chapa, de Antônio Argeu Nunes Vieira, recebeu 5.822 votos.
Segundo informações existentes no Cartório Geraldina, 1º Ofício, livro C-07, tombo nº 5.530, folha 116, faleceu em sua residência, na Fazenda Jantar, aos 70 anos de idade, às 18h30min do dia 22 de janeiro de 2010, tendo o óbito atestado pelo Dr. Gutemberg Mendes Farias Filho.
Em seguida o esquife com o seu corpo foi conduzido à Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Boa Viagem, onde recebeu as despedidas fúnebres, retornando no dia seguinte ao local onde faleceu, onde foi sepultado em um mausoléu que é adaptado como capela.
BIBLIOGRAFIA:
- ALMEIDA, Assis & PONTES, Fernando. Enciclopédia da Política Cearense. 1947-1998. Fortaleza: Premius, 1999.
- CEARÁ, Assembleia Legislativa. Memorial Deputado Pontes Neto: Deputados Estaduais. 22ª Legislatura 1987-1990. Fortaleza: INESP, 2007.
- CEARÁ, Assembleia Legislativa. Memorial Deputado Pontes Neto: Deputados Estaduais. 24ª Legislatura 1995-1998. Fortaleza: INESP, 2007.
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- LORENA E SÁ, Luiz Conrado de. Serra Talhada. 250 Anos de História, 150 anos de Emancipação Política. Serra Talhada: Sertgráfica, 2001.
- MAGALHÃES, Edileusa. Um Sonho de Felicidade. A História da Emancipação de Madalena. Fortaleza: Littere, 2009.
- MARINHO, Antônia de Lima. A Filha do Nordeste e Frutos Nordestinos. Boa Viagem: Máximos Impressões Gráficas, 2015.
- MUNIZ, Altemar da Costa. Trajetórias de Vida, Espaços de Sociabilidade e Projeto Político da Burguesia ‘Mudancista’ Cearense (1978-1986). Dissertação apresentada ao departamento de pós-graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2007.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de batismos. 1938-1940. Livro A-25. Tombo nº 739. Página 113.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Andarilhos do Sertão. A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem. Fortaleza: PREMIUS, 2015.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Saúde no Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016.
- VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho, por meio da lei nº 106, de 25 de março de 1966, a Escola Normal de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura;
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Francisco Vieira Carneiro – o Major Carneiro, através da lei nº 228, de 1º de agosto de 1975, o Centro de Referência da Assistência Social Deputado José Vieira Filho teve a sua nomenclatura regulamentada;
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, por meio da lei nº 763, de 4 de outubro de 2001, uma escola na localidade de Pereiros recebeu a sua nomenclatura;
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, por meio da lei nº 763, de 4 de outubro de 2001, uma escola na localidade de Santo Antônio dos Simiões recebeu a sua nomenclatura;
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, por meio da lei nº 763, de 4 de outubro de 2001, uma escola na localidade de Várzea da Tapera recebeu a sua denominação.
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