Osmar de Oliveira Fontes nasceu no dia 12 de junho de 1934 no Município de Quixeramobim, que está localizado no Sertão Central do Estado do Ceará, distante 203 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Manoel Alves Fontes e de Maria José de Oliveira Fontes.
Poucos meses depois do seu nascimento, no dia 15 de setembro, na Capela de Jesus, Maria e José, em Canafístula, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Mons. Francisco José de Oliveira.
Mais tarde, no dia 2 de junho de 1958, segundo informações existentes no livro B-16, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, página 125v, termo 2.803, contraiu matrimônio civil com Maria José de Almeida Fontes, nascida no dia 7 de fevereiro de 1939, sendo filha de José Facundo de Almeida e de Maria José de Almeida.
Alguns dias depois, em 23 de junho, no altar da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, confirmou os seus votos em uma cerimônia religiosa presidida pelo Pe. Elpídio de Sousa Sampaio.
Desse matrimônio foram gerados quatro filhos, dois homens e duas mulheres, sendo eles: Maria Eliene de Almeida Fontes, Deusimar de Almeida Fontes, Maria Meirilene de Almeida Fontes e Osmar de Oliveira Fontes Filho.
Depois de casado, estabeleceu a sua residência e o seu estabelecimento comercial na Rua Agronomando Rangel, nº 321, no Centro da cidade de Boa Viagem.
Durante toda a sua vida desenvolveu atividades de agropecuarista e comerciante, conseguido conquistar a simpatia e a confiança de seus clientes com o seu incomparável bom humor.
Nos primeiros anos da década de 1960, juntamente com a sua esposa, passou a compor o quadro de sócios do Lions Clube existente na cidade de Boa Viagem.
Nessa mesma época, no dia 15 de novembro de 1966, desejando entrar na vida pública do Município de Boa Viagem por meio de um mandato eletivo na Câmara Municipal de Vereadores, compondo os quadros políticos da ARENA 1 – a Aliança Renovadora Nacional, recebeu a confiança de 427 eleitores, sendo o vereador com o maior número de votos de sua coligação.
Nessa legislatura, dando apoio aos projetos vindos do gabinete do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, aprovou dotação orçamentaria para implantação de um tiro de guerra no Município de Boa Viagem; aprovou a aquisição de uma propriedade e a posterior construção do Hospital e Casa de Saúde Adília Maria de Lima; aprovou a doação da propriedade em que foi construída uma Agência do Banco do Estado do Ceará e aprovou a implantação do Serviço Autônomo de Água e Esgoto na cidade de Boa Viagem.
Pouco tempo mais tarde, depois de um bom desempenho no Poder Legislativo, no pleito eleitoral que se seguiu, ocorrido no dia 15 de novembro de 1970, legislatura que ficou conhecida como o “Mandato Tampão”, ao lado do comerciante David Vieira da Silva, encabeçou a chapa da ARENA 1 que pleiteava o Poder Executivo, composição que foi indicada pelo então Deputado José Vieira Filho.
“Visando unificar o período das eleições majoritárias e proporcionais no país, a Justiça Eleitoral, baseada na nova legislação em vigor, determinou que os candidatos, eleitos em 15 de novembro de 1970, deveriam ter um mandato mais curto de maneira que, na próxima eleição, fossem eleitos do presidente da república ao vereador no mesmo pleito.” (CAVALCANTE COSTA, 2002: p. 357)
Nessa eleição conseguiu receber 4.707 votos, deixando a chapa adversária da ARENA 2, que era formada por José Vieira da Costa e Raimundo Alves Campos, com apenas 3.089 votos.
Em sua curta gestão, conforme registros existentes no Livro de Editais da Prefeitura de Boa Viagem, enfrentou grande dificuldade com alguns moradores da cidade, que se recusavam em cooperar e cumprir o Código de Posturas no que se refere à criação de animais dentro da zona urbana do Município, principalmente porcos e outros pequenos animais.
Outro problema enfrentado em sua administração se refere à limpeza pública, quando necessitou abrir edital ameaçando punir os habitantes que continuassem a fazer das ruas da cidade os seus locais para descarte de lixo doméstico.
No dia 10 de março de março de 1970, para garantir a trafegabilidade das Rodovias Municipais, abriu edital para aquisição de uma máquina motoniveladora, como também punir os proprietários rurais que se negassem a efetuar à roçagem da margem das estradas.
Em sua gestão, foi o responsável pela aquisição dos equipamentos e instalação do Hospital e Casa de Saúde Adília Maria de Lima, algo que melhorou o setor de saúde do Município.
Pouco tempo depois do fim de sua gestão, no dia 14 de abril de 1973, segundo informações existentes da página 65 à página 67 do livro de atas da Câmara Municipal, teve as suas contas indicadas para reprovação:
“O presidente dos trabalhos em seguida facultou a palavra ao plenário e como verificasse a inexistência de oradores leu em plenário o ofício nº 578/75, do Conselho de Contas dos Municípios, dando conhecimento do relatório e da deliberação de nº 2.874/73, aconselhando a desaprovação das contas do ex-prefeito Osmar de Oliveira Fontes… E foi com esse espírito, que esta comissão analisou e discutiu a matéria e finalmente pode constatar que, apesar do parecer prévio do augusto Conselho de Contas dos Municípios…. as contas do ex-prefeito Osmar de Oliveira Fontes devem ser aprovadas, por reconhecer a sua legitimidade e boa aplicação dos recursos recebidos.”
No dia 29 de setembro de 1979, por meio da lei municipal nº 334, sendo reconhecido pelos esforços em favor do desenvolvimento do Município, pelos foi agraciado pela Câmara Municipal de Vereadores com o título de cidadania boaviagense.
Na eleição municipal que ocorreu no dia 15 de novembro de 1988, depois de estar fora da vida pública por um bom tempo, apoiando ao candidato Benjamim Alves da Silva, resolveu lançar o nome de seu filho – Deusimar de Almeida Fontes, como o seu herdeiro político:
“Nesse mesmo ano, no pleito eleitoral ocorrido no dia 15 de novembro de 1988, desejando entrar na vida pública por meio de um mandato eletivo na Câmara Municipal de Vereadores, estando filiado nos quadros políticos do PDS – o Partido Democrático Social, com a legenda nº 11.609, conseguiu ser eleito depois de receber a confiança de 563 eleitores, estando entre os três vereadores de maior votação dessa eleição.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/deusimar-de-almeida-fontes/. Acesso no dia 18 de dezembro de 2016)
Na eleição municipal seguinte, que aconteceu no dia 3 de outubro de 2000, depois de decidir retomar a sua cadeira no Poder Legislativo, dessa vez militando nos quadros políticos do PSD – o Partido Social Democrático, com a legenda nº 41.658, apoiando ao Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, conseguiu receber apenas 434 votos e sofreu a sua primeira derrota política ao ficar entre os suplentes de sua coligação.
Faleceu repentinamente na cidade de Boa Viagem, aos 67 anos de idade, no dia 2 de janeiro de 2001.
Logo após o seu falecimento, depois das homenagens fúnebres que são de costume, foi sepultado no mausoléu da família que existe no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, Centro.
BIBLIOGRAFIA:
- CAVALCANTE COSTA, João Eudes. Retalhos da História de Quixadá. Fortaleza: ABC Editora, 2002.
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA. Livro de registro de batismos. 1934-1935. Livro A-52. Tombo nº 1311. Página 31.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Deusimar de Oliveira Fontes. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/deusimar-de-almeida-fontes/. Acesso no dia 18 de dezembro de 2016.
- VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 818, de 12 de maio de 2002, uma das ruas do Bairro Osmar Carneiro, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura;
- Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho, através da lei nº 912, de 17 de junho de 2005, um dos bairros da cidade de Boa Viagem recebeu o seu apelido, Osmar Carneiro;
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 1.083, de 4 de março de 2011, orientado pelo Ministério Público através do Promotor Dr. Marcus Vinícius Amorim de Oliveira, por força da lei nº 6.454, de 24 de outubro de 1977, que trata sobre a proibição da utilização do nome de pessoas vivas em edifícios públicos, bem como no que está escrito na Lei Orgânica do Município, a Escola de Ensino Fundamental Mirian Fontenele Porto Mota, localizada no Bairro Vila Azul, teve o seu nome alterado para Escola de Ensino Fundamental Osmar de Oliveira Fontes:
“Art. 14 – É vedado ao Município: VIII – Atribuir nome de pessoa viva a rua, praças, logradouros públicos, pontes, viadutos, reservatórios d’água, praças de esporte, estabelecimentos de ensino, hospitais, maternidade, auditórios, salas, distritos e povoados.”
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