Benjamim Alves da Silva nasceu no dia 16 de junho de 1941 em uma localidade que ainda hoje é denominada de Pedra Branca, nas proximidades da vila de Ibuaçu, na zona rural do Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo o sétimo entre os doze filhos do casal Sebastião Alves da Silva e Delfina Vieira da Silva.
Os seus avós paternos se chamavam José Alves da Silva e Maria Delfina do Amor Divino, já os maternos eram Martins José da Silva e Francisca Vieira de Freitas.
Os seus genitores eram provenientes do Município de Brejo dos Santos, no Sertão do Estado da Paraíba, que fixaram residência no Município de Boa Viagem nos primeiros anos da década de 1940 sendo motivados pela forte onda de intolerância religiosa que era muito comum e frequente naquela época, e que lamentavelmente vitimou o seu avô paterno:
“Ao começar a demolição do templo os crentes que moravam próximos acordaram com o estrépito ensurdecedor dos predadores que agiam como vândalos descontrolados. Um dos presbíteros, José Alves da Silva, que era o patriarca de uma grande família que frequentava aquela igreja, não conformado com aquele barbarismo inconcebível foi reclamar daquela atitude. Os arruaceiros, com fúria infernal, bateram nele até deixá-lo gravemente ferido. Depois de alguns dias, não resistindo aos ferimentos, faleceu!” (OLIVEIRA, 1987: p. 106)
Os seus primeiros anos de vida foram marcados pelas constantes mudanças ocasionadas pelas intempéries de nosso clima, que faziam com que os seus pais, quase que constantemente, buscassem um local adequado para viver com dignidade.
Semelhantemente aos outros garotos de seu tempo, não tendo o privilégio de frequentar uma escola regular em sua primeira infância, a sua instrução acadêmica foi informal e possível graças ao interesse de seus pais em contratar uma professora particular que, na época, sem o acesso a cartilhas ou material pedagógico compatível para a sua idade, ensinava-lhe as noções elementares de gramática utilizando a Palavra de Deus, que é a Bíblia Sagrada.
A sua instrução formal só foi possível, alguns anos depois, através do Externato Rui Barbosa, uma pequena escola particular que funcionava na Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima, nº 64, Centro, próximo da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, que pertencia ao Dr. José Maria Sampaio de Carvalho.
Posteriormente, passando a estudar na Escola de Ensino Fundamental Padre Antônio Correia de Sá, através do supletivo, teve a oportunidade de concluir o Ensino Fundamental através do MOBRAL – o Movimento Brasileiro de Alfabetização.
Antes disso, sendo educado em um lar profundamente piedoso, desde cedo, pôde contemplar a conduta cristã de seus pais e esse comportamento infundiu em seu espírito um forte temor a Deus.
Nessa época, frequentemente, os seus pais conseguiam reunir a sua numerosa família e vizinhos em sua residência no intuito de realizar cultos de adoração ao Altíssimo, fazendo de sua casa um ponto de pregação da Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira.
Em 1956, logo após a prematura morte de um de seus irmãos, os seus pais decidiram fixar residência na cidade de Boa Viagem na esperança de receber uma melhor assistência eclesiástica e social:
“Em 1955 uma morte prematura marca a vida dessa família, um de seus filhos, Martins Alves da Silva, de apenas 17 anos, cursando o primeiro ano de Bacharelado em Teologia no Seminário Teológico Congregacional do Nordeste, é acometido de uma terrível doença, o câncer. Em seu dormitório, na cidade do Recife, recebe uma pancada na perna direita que mais tarde veio a se originar em uma doença maligna. O período de convalescença foi sentido por toda a família. O seminarista, por medo, não quis aceitar a opinião médica de amputação. Conta-se que seus últimos dias foram marcantes sobre a terra. Os seus contemporâneos afirmam que Martins era um jovem que fazia sentir a presença de Deus, as pessoas que o vinham confortar saiam admirados com a confiança que ele possuía nos desígnios do Criador. Antes de sua morte chegou a preparar um grupo de pessoas para celebrarem cânticos de exaltação a Deus em seu velório, o seu enterro foi feito no cemitério da Várzea da Ipueira, foi uma despedida muito triste, ao ponto de seus familiares se desfigurarem em lágrimas. O testemunho do jovem Martins era muito apreciado na comunidade em que residia, tão marcante que, entre os amigos de confissão católica, foram feitos pedidos para que ele, depois de morto, rogasse a Deus por um copioso inverno. Coincidentemente, até esse dia, 26 de abril, a estação chuvosa parecia não começar, todos acreditavam que o ano seria de seca, mas, após a morte de Martins, depois que o seu corpo, dentro de uma rede, repousou no fundo da cova, veio um enorme temporal e todos regressaram para seus lares debaixo de uma forte tempestade.” (SILVA JÚNIOR, 2015: p. 193-194)
A partir desse ano, com a organização eclesiástica da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem, passaram também a se constituir em uma importante coluna do trabalho protestante estabelecido na cidade de Boa Viagem.
Mais tarde, nessa igreja, na década de 1960, chegou a presidir a UMEC – a União de Mocidade Evangélica Congregacional.
Antes disso, nessa cidade, juntamente com os seus outros irmãos, dividia parte do seu tempo nas lides do campo, em uma pequena propriedade que foi adquirida por seus pais na localidade de Pitombeira, e em uma mercearia que estava localizada em um dos boxes do Mercado Público Municipal.
Nessa época, na cidade de Boa Viagem, teve o grato privilégio de conhecer uma bela jovem que morava na cidade de Sousa, no Estado da Paraíba, e que estava em gozo de férias na residência de um de seus irmãos.
Essa garota se chamava Luíza Diniz Rocha, que era nascida no dia 29 de janeiro de 1947, sendo filha de Luiz Rocha de Oliveira e de Maria Diniz Rocha.
Pouco tempo depois, no dia 14 de março de 1968, segundo informações existentes no livro B-42, pertencentes ao Cartório de Registro Civil de Sousa, tombo nº 8.007, folha 48v, contraiu matrimônio e desse relacionamento conjugal gerou apenas uma filha, sendo ela Clycia Magda Rocha Alves.
Depois de seu casamento, necessitando sustentar a sua família, recebeu de seu pai a oportunidade de empreender o ramo comercial de armarinho e miudezas em um dos pontos do Mercado Público Municipal, onde a sua mercearia recebeu o nome de “Mercadinho Beija-flor”.
Nesse tempo, depois de algumas economias, adquiriu uma confortável casa na Rua Antônio Domingues Álvares, nº 314, no Centro da cidade de Boa Viagem.
Negociando nesse pequeno comércio, a sua perspicácia para as transações e a simpatia para com os fregueses o tornaram uma pessoa conhecida e bastante querida por toda população, não demorando muito para que a sua influência fosse percebida e o seu nome fosse cotado para ser um dos representantes do povo no cenário político de sua época.
O seu engajamento político teve início nos primeiros anos da década de 1970, quando foi indicado ao Poder Legislativo do Município por Samuel Alves da Silva, o seu irmão mais velho e influente político desse período.
Pouco tempo depois, no pleito eleitoral que ocorreu no dia 15 de novembro de 1972, compondo a bancada de candidatos da ARENA – a Aliança Renovadora Nacional, conseguiu a façanha de chegar à Câmara Municipal de Vereadores com uma expressiva quantidade de votos para essa legislatura, foram 1.464 dos 8.316 votos apurados, uma margem de preferência do eleitorado nunca alcançada por outro representante do Poder Legislativo.
“Era conhecido como ‘o pai dos pobres’ e fez a sua história política sendo eleito vereador pela primeira vez em 1972, pela Aliança Renovadora Nacional – ARENA, obtendo uma votação expressiva.” (MARINHO, 2014: p. 56)
Na época, os primeiros anos da década de 1970, os boa-viagenses nutriam-se de esperança com os ares de muita prosperidade, havia um forte clima de expectativa no alavancar do progresso por conta da projeção de suas lideranças políticas no cenário estadual.
Pouco tempo depois, no dia 31 de janeiro de 1973, em seu primeiro mandato, conseguiu a façanha de ser eleito pelos seus pares como presidente da mesa diretora da Câmara Municipal de Vereadores.
Depois disso, no dia 17 de fevereiro de 1973, aconselhado por correligionários de sua confiança, o Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, resolveu renunciar ao cargo de chefe do Poder Executivo para assumir uma das cadeiras da Assembleia Legislativa do Estado, deixando em seu lugar o seu irmão, o Dr. Francisco Vieira Carneiro, conhecido pelo apelido de “Major Carneiro”, que era o vice-prefeito.
Nessa legislatura, apoiou aos projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito Dr. Francisco Vieira Carneiro, foram eles: a criação do PRN – o Plano Rodoviário Municipal; a construção do Centro Comunitário Dep. José Vieira Filho; a construção da Escola de Ensino de Fundamental David Vieira da Silva; a construção do Centro de Abastecimento Municipal Walkmar Brasil Santos; a reforma da Praça Vereador José Vieira de Lima; a instalação da CODAGRO – a Companhia de Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará, e outros.
Ao fim desse mandato, ainda não existindo a reeleição, por todos os locais já se discutia quem sucederia o Dr. Francisco Vieira Carneiro no comando do Poder Executivo, tendo em vista que esse grupo temia o regresso da “Oligarquia Araújo”.
O grupo que estava no poder, que era presidido pelo Deputado José Vieira Filho, cogitava o nome do próspero Comerciante Jessé Alves da Silva, que declinou do convite e prontamente indicou o nome de seu irmão, que nessa época presidia à Câmara de Vereadores.
Sendo assim, para eleição que ocorreu no dia 15 de novembro de 1976, tudo indicava que haveria apenas uma chapa para disputa do pleito municipal, concorreria para prefeito e o Comerciante Osmar de Oliveira Fontes – o Osmar Carneiro, seria o seu vice, candidatos filiados nos quadros da ARENA, partido governista.
Depois dessa importante decisão, as forças políticas de maior expressão do Município estavam unidas em torno desses candidatos.
Enquanto isso, o MDB – o Movimento Democrático Brasileiro, partido de oposição ao governo, para não fugir a sua tradição, resolveu lançar também uma chapa de concorrência nesse pleito, mesmo sabendo das reduzidas possibilidades de vitória.
“A Lei Falcão, de autoria do ministro da justiça de Geisel, limitava drasticamente o uso do rádio e da televisão para a propaganda eleitoral e coibia comícios e concentrações em lugares públicos. Mesmo assim, embora o número total de votos da ARENA permanecesse com folgada maioria nas câmaras municipais e prefeituras, as urnas mostravam que o MDB mantinha uma tendência ascensional, enquanto decrescia a força do partido governista.” (ARNS, 1986: p. 65)
O pouco tempo disponível para a campanha e os limitados recursos financeiros postos à disposição desse partido não davam muita esperança de vitória aos candidatos do MDB, apesar de serem pessoas queridas e que não sofriam restrições pessoais de nossa população.
Como candidata a prefeita, oriunda de uma tradicional família política do Município, representando a “Oligarquia Araújo”, foi escolhido o nome da Profª Maria Zeuta Marinho de Araújo, que era filha do Prefeito Manoel Araújo Marinho e esposa de Otacílio de Alencar Araújo, coletor fiscal e ex-vereador do Município.
Complementava essa chapa, como candidato a vice-prefeito, o nome do agropecuarista e filho de tradicional família ligada à política municipal, Inácio de Oliveira Mota, que era filho de Francisco de Oliveira Mota com Maria dos Anjos de Sousa.
O resultado dessa eleição municipal confirmou as previsões das pesquisas, muito embora ainda tenha sido surpreendente a votação obtida pelo Movimento Democrático Brasileiro.
Apurados os aproximadamente 7.000 votos, obteve a confiança de 5.673 eleitores, fazendo com que o poderoso grupo da ARENA obtivesse o êxito, embora a previsão dos mais otimistas fosse para uma diferença bem maior.
Antes disso, a marca positiva dessa disputa ficou registrada na memória de alguns eleitores, que testemunharam o clima de cordialidade existente entre os dois candidatos, que ao meio-dia saíram conversando para almoçar juntos.
Depois de eleito, assumiu à Prefeitura de Boa Viagem no dia 31 de janeiro de 1977, tendo a grata satisfação de ter o seu mandato prorrogado até o dia 30 de janeiro de 1983, período em que deixou as seguintes realizações:
“O Centro Administrativo Governador Virgílio de Morais Fernandes Távora e o monumento histórico; O Projeto Sertanejo; O Terminal Rodoviário Samuel Alves da Silva; O Terminal Aéreo Coronel Virgílio de Morais Fernandes Távora; O matadouro público e várias outras obras de pequeno porte, mas de grande importância para o desenvolvimento do Município.” (NASCIMENTO, 2002: p. 72)
Nessa época, com a ineficácia das políticas públicas por parte do Governo Federal que acalentassem as dificuldades da população, recebeu do populacho a alcunha de “pai dos pobres”.
Pouco tempo depois, na manhã do dia 30 de maio de 1977, juntamente com a sua família, foi surpreendido pelo trágico acidente sofrido pelo seu irmão mais velho, que imediatamente veio a óbito:
“Em uma dessas viagens, quando buscava o entroncamento que levasse à Rodovia Federal Alberto Santos Dumont, a BR-116, trafegava pelo Estado de Goiás e estava atrasado para a entrega dos animais. Nessa oportunidade o veículo era conduzido por um inexperiente motorista, de apenas 23 anos de idade, visto que não sabia dirigir e provavelmente estava bastante cansado da enfadonha viajem. O seu caminhão Mercedes Bens 1113, de cor vermelha, sofreu um grave acidente frontal envolvendo uma caçamba que estava carregada de arroz, nesse desastre todos os envolvidos vieram a óbito.” (SILVA JÚNIOR, 2009: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/samuel-alves-da-silva/. Acesso no dia 30 de abril de 2016)
Algum tempo depois, no dia 24 de novembro de 1979, em uma infeliz coincidência, uma nova tragédia se abateu sobre a sua família, quando foi surpreendido pelo falecimento de seu sobrinho, Hélio Alves da Silva, filho de seu irmão mais velho, que havia falecido há pouco tempo, também em um trágico acidente automobilístico:
“Apesar da significativa perda tudo caminhava bem em sua vida até que, na noite do dia 24 de novembro de 1979, sozinho em sua cabine, trafegando pela Rodovia Estadual CE-060, conhecida como ‘a rodovia do algodão’, quando voltava da cidade de Juazeiro do Norte, ao atingir a localidade de Sítio Bravo, prestes a entrar na cidade de Iguatu, na região Centro-Sul do Estado, o seu veículo sofreu um gravíssimo desastre. Nessa ocasião o caminhão já vinha descarregado e em alta velocidade até que, quando chegou a um local de declive e em curva, perdeu a direção e bateu violentamente contra um corte que ainda existe na rodovia. No impacto o veículo tombou violentamente na pista danificando todo o lado direito, deixando o seu motorista gravemente ferido.” (SILVA JÚNIOR, 2009: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/helio-alves-da-silva-2/. Acesso no dia 30 de abril de 2016)
Depois disso, chegando o fim do seu mandato, não sentiu dificuldade em reeleger o seu antigo companheiro e chefe de seu grupo político, o Mazinho, para o mandato que teve início no dia 31 de janeiro de 1983 e foi encerrado no dia 31 de dezembro de 1988.
No Município de Boa Viagem, desde o início dos anos 1950, era indiscutível a liderança e o prestígio construído em torno da família do Vereador José Vieira de Lima, um parente distante.
Alguns anos antes, em 1965, o nome de um de seus herdeiros políticos, José Vieira Filho, figurava entre os principais personagens de nossa política e durante muito tempo esteve entre os seus principais aliados até que, para o pleito que ocorreu no dia 15 de novembro de 1988, houve o rompimento e uma acirrada disputa se apresentou no horizonte político do Município.
Nessa ocasião, militando nos quadros políticos do PDS – o Partido Democrático Social, com a legenda de nº 11, resolveu colocar o seu nome para uma nova disputa, desta vez sem o apoio e as bênçãos do poderoso grupo que estava no poder, e o seu vice era o prestigiado médico Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto, o Dr. Sérgio, que alguns anos antes havia sido derrotado nas urnas pelo Mazinho com a sua preciosa ajuda.
Na principal chapa adversária, pelo PMDB – o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, com a legenda nº 15, que possuía o incondicional apoio do ex-deputado e Prefeito José Vieira Filho, estavam os nomes do Vereador João Soares de Lima Filho e do agropecuarista e Vereador José de Queiroz Sampaio Neto.
A terceira chapa, com a legenda nº 13, com pouco ou nenhum recurso para bancar a campanha, pelo PT – o Partido dos Trabalhadores, corria por fora da disputa o nome do advogado Dr. Deodato José Ramalho Júnior e o seu vice, o competente Prof. Cícero Pinto do Nascimento.
Nessa acirrada campanha, o eleitores optaram pela chapa que julgaram ser a mais simpática e o resultado das urnas lhe deram a expressiva maioria de 10.610 votos, contra os 6.279 votos de João Lima e os 1.066 do Dr. Deodato Ramalho.
O Município de Boa Viagem voltou ao seu gerenciamento a partir do dia 1º de janeiro de 1989, deixando às seguintes obras:
“A construção do Camelódromo; A construção do Ginásio Poliesportivo Dirceu José dos Santos; A construção do Centro de Convivência do Idoso Olavo Bilac Brilhante; A construção Hospital Infantil Sebastião Alves da Silva; A construção da Creche Comunitária Miriam Brito Fialho; A construção da Escola Agrotécnica Janival Almeida Vieira; A construção de várias casas populares e a promoção de concurso público.” (NASCIMENTO, 2002: p. 72)
Nessa gestão enfrentou graves problemas relacionados aos desajustes do governo anterior, que para prejudicar-lhe diante da opinião pública intencionalmente promoveu diversas ligações irregulares nas praças públicas espalhadas pela zona rural do Município, gerando uma grande despesa para os cofres públicos e muita insatisfação popular, conforme registro na página 7v das atas da Câmara de Vereadores desse período:
“Fazendo novamente o uso da palavra, o Vereador João Martins de Lima perguntou ao secretário porque foram retiradas os televisores das praças. O secretário informou que eles foram retirados porque o prefeito anterior não pagou a energia. O secretário explicou ainda que a energia foi cortada porque foi instalada de forma irregular, não seguindo as normas da COELCE. Que para colocar energia nas praças é necessário colocar um poste em cada uma delas… Depois disso o Vereador Luiz Alves Batista, utilizando da palavra disse…. que esses televisores foram colocados nas praças dessa forma por motivos políticos, ou seja, em busca de votos.”
Em seu governo, que atravessou períodos de seca e crise econômica, foi muito cobrado pelos funcionários públicos, que sofriam por conta de seus salários defasados, combatendo ainda a ganância dos proprietários de açougues e magarefes, que abatiam gado doente e vendiam para o povo.
Nessa época, no dia 20 de janeiro de 1990, juntamente com os seus familiares, partilhou da repentina perda de seu pai.
A sua segunda gestão na Prefeitura de Boa Viagem, que foi concluída no dia 31 de dezembro de 1992, terminou sendo coroada pelo povo com a sucessão de seus indicados ao Poder Executivo, o Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto e o Vereador Antônio Argeu Nunes Vieira.
A gestão que se seguiu foi uma das mais turbulentas da história política de nosso Município, “no expediente da manhã havia um prefeito e logo a tarde havia outro” e essa forte instabilidade se constituiu em um grande atraso para o nosso Município.
Os rumos dessa administração foram diariamente agitados pelas fofocas e pelo estampido de fogos de artifício que envergonhavam e nutriam de insegurança os investidores e a nossa população.
Nas eleições municipais do dia 3 de outubro de 1996, com o apoio do Prefeito Antônio Argeu Nunes Vieira, Benjamim Alves da Silva se dispôs a colocar novamente o seu nome na disputa do Poder Executivo. Nessa oportunidade, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro, com a legenda nº 15, tinha como vice o Empresário Manoel Vaz Filho.
Na segunda chapa, pelo Partido Liberal – o PL, com a legenda nº 22, encabeçada pelo agropecuarista e ex-Prefeito Dr. Francisco Vieira Carneiro e pelo Vereador Dr. Fernando Antônio Vieira Assef.
A terceira chapa, novamente correndo por fora da disputa, pelo Partido dos Trabalhadores – o PT, legenda nº 13, tinha como candidato o Dr. Deodato José Ramalho Júnior e o Prof. José Joanício Benevinuto de Sousa.
O resultado não poderia ser outro, haja vista a chapa encabeçada pelo PL ter o inacreditável apoio do rivais Dr. Sérgio e do Mazinho, lideranças políticas de respeito e que sem dúvida faziam à diferença.
O Dr. Deodato Ramalho recebeu 3.562 votos, Benjamim Alves 7.352 e o Major Carneiro recebeu 11.766 votos se tornando, a partir do dia 1º de janeiro de 1997, o futuro prefeito do Município de Boa Viagem.
A primeira derrota nas urnas não desanimou Benjamim Alves pois, na eleição seguinte, que ocorreu no dia 1º de novembro de 2000, novamente colocou o seu nome na disputa que se aproximava. Outra vez, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro, com a legenda nº 15, tinha como vice o agropecuarista e político de extensa bagagem, José Vieira Filho, um de seus antigos aliados.
Na segunda chapa, disputando a reeleição, por conta do trágico falecimento do Dr. Francisco Vieira Carneiro, acontecido no dia 11 de dezembro de 1998, estava o nome do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, que se candidatara pelo Partido Social Democrata – o PSD, legenda nº 41, e tinha como vice de sua chapa a Srª Marília Prado dos Santos, esposa do Dr. Sérgio, seu antigo aliado
A terceira chapa, pelo Partido Popular Socialista – o PPS, legenda nº 23, praticamente sem nenhum apoio, figurava o nome do desconhecido, embora filho da terra, o Tenente Dr. Amâncio José de Lima Filho, sendo o vice Flávio Félix de Sousa.
Embora não parecesse o cenário político do Município de Boa Viagem naquele ano estava em ebulição. O resultado deste pleito desde cedo já era percebido, o Dr. Fernando Assef venceu a disputa com 14.466 votos contra os 8.364 votos de Benjamim e os 712 do Ten. Amâncio.
Mesmo assim, os anos fora do poder executivo não foram capazes de afastar Benjamim Alves da Silva do povo. Em sua fazenda, na localidade de Arvoredo, costumava prestar auxílio a todos que costumeiramente o procuravam.
Esse período de ostracismo político serviu-lhe de reflexão para futuros projetos. Durante esse tempo a sua atenção esteve voltada para a agricultura e a pecuária, como também para a sua empresa de eletrificação rural.
Nessa época, reconhecido como um político experiente, foi aclamado por unanimidade pelo seu diretório como presidente de honra do Partido do Movimento Democrático Brasileiro de Boa Viagem, onde nas eleições do dia 3 de outubro de 2004, com a legenda nº 15.000, resolveu voltar ao Poder Legislativo obtendo a confiança de 1.097 eleitores e ficando entre os oito vereadores com a maior votação desse pleito.
Nessa legislatura, no segundo biênio, depois de alguns acordos políticos, voltou a presidir a mesa diretora da Câmara Municipal.
Depois disso, no pleito municipal do dia 3 de outubro de 2008, decidiu continuar no Poder Legislativo e deu o seu incondicional apoio à candidatura do ex-Prefeito Antônio Argeu Nunes Vieira e, novamente com a legenda nº 15.000, voltou a ser eleito recebendo 1.227 votos, ficando entre os três candidatos a vereador com o maior número de votos.
Novamente, depois de eleito, foi escolhido por seus pares para presidir a mesa da Câmara Municipal durante o primeiro biênio, deixando a sua inconfundível marca na história do Poder Legislativo colocando aquela casa e o seu banco de leis a disposição do cidadão através da rede mundial de computadores, a internet.
Demonstrou intensa preocupação com os arquivos da Câmara Municipal e para isso iniciou os trabalhos de digitalização dos documentos que compõem o acervo histórico do Poder Legislativo do Município de Boa Viagem.
A história política de Benjamim Alves da Silva é o reflexo de sua história de vida. Enfrentou uma infância difícil e cheia de privações, mas sempre superou os obstáculos com um largo sorriso estampado no rosto.
“Era a pureza de humildade e simplicidade. O seu coração era voltado para os mais humildes e necessitados. Sempre esteve de mãos estendidas para os mais carentes do nosso Município.” (MARINHO, 2014: p. 57)
O seu nome ficará marcado dentro de nosso tempo e em nossa memória como um dos políticos mais queridos e folclóricos de nossa época, poucos não conhecem uma de suas muitas histórias!
Nos últimos anos de sua existência fez a sua profissão pública de fé recebendo o batismo no templo da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem e se esforçava para dar um bom testemunho de cristão.
Nessa época, em segredo para uma ampla maioria de seus amigos e correligionários, travava uma ferrenha luta ao lado de sua família contra um câncer, inimigo oculto que aos poucos debilitava as suas forças e que finalmente venceu o seu corpo às 22 horas e 30 minutos do dia 3 de janeiro de 2011, tendo o seu óbito registrado no livro C-07, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 5.743, folha 169v.
Logo após o seu falecimento, que ocorreu em sua residência, o seu corpo foi velado no templo da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem e, em seguida, foi sepultado no mausoléu de sua família que existe no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, Centro.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, orientado pelo Ministério Público através do promotor da comarca, Dr. Marcus Vinícius Amorim de Oliveira, por força da lei nº 6.454, de 24 de outubro de 1977, que trata sobre a proibição da utilização do nome de pessoas vivas em edifícios públicos, bem como no que está escrito no artigo nº 14 da Lei Orgânica do Município, a Escola de Ensino Fundamental Miriam Brito Fialho teve o seu nome revogado e alterado, através da lei nº 1.082, de 4 de março de 2011, para Escola de Ensino Fundamental Benjamim Alves da Silva.
“Art. 14 – É vedado ao Município: VIII – Atribuir nome de pessoa viva a rua, praças, logradouros públicos, pontes, viadutos, reservatórios d’água, praças de esporte, estabelecimentos de ensino, hospitais, maternidades, auditórios, salas, distritos e povoados.”
BIBLIOGRAFIA:
- ARNS, Paulo Evaristo. Um Relato para a História. Brasil: Nunca Mais. 15ª edição. Petrópolis: Vozes, 1986.
- MARINHO, Antônio de Lima. A Filha do Nordeste e Frutos Nordestinos. Boa Viagem: Maximu’s Impressões Gráficas, 2015.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- OLIVEIRA, Josué Alves de. Vocação & Projeção. São Paulo: A Tribuna de Santos, 1987.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Andarilhos do Sertão. A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem. Fortaleza: PREMIUS, 2015.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Samuel Alves da Silva. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/samuel-alves-da-silva/. Acesso no dia 30 de abril de 2016.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Hélio Alves da Silva. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/helio-alves-da-silva-2/. Acesso no dia 30 de abril de 2016.
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