Antônio de Queiroz Sampaio

Antônio de Queiroz Sampaio nasceu no dia 26 de março de 1926 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de José de Queiroz Sampaio e de Maria Conceição de Oliveira Sampaio.
Os seus avós paternos se chamavam Francisco Georgino Sampaio e Luiza Rosa de Queiroz Sampaio, já os maternos eram Francisco Nunes de Rezende Oliveira e Maria Ditoza do Vale Oliveira.
Poucos meses depois do seu nascimento, quando a sua casa estava recebendo pintura, a sua mãe o colocou em uma rede e por infelicidade um pingo de cal caiu em um de seus olhos, causando danos irreversíveis em sua visão.
Durante a sua infância recebeu forte influência da confissão católica, tendo em vista que o seu pai era sacristão da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem e residia na Avenida São Vicente de Paulo, nº 96, Centro:

“Quem atendia à Capela de São Sebastião, em Monsenhor Tabosa, era o vigário de Boa Viagem, Pe. José Cândido de Queiroz Lima, que, periodicamente, empreendia a difícil viagem de dezenas de léguas, à cavalo, de sua sede ao alto da serra, quase sempre acompanhado pelo seu sacristão, José de Queiroz Sampaio.” (BARROSO, 2005: p. 144)

No dia 6 de julho de 1949, segundo informações existentes no livro B-12, pertencente a Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 29, página 58v, diante do Pe. Francisco Clineu Ferreira, contraiu matrimônio religioso com Áurea de Oliveira Sampaio, que nasceu no dia 27 de junho de 1924, sendo filha de João Emídio de Oliveira e de Júlia Altina de Oliveira.
Poucos dias depois, no dia 24 de julho, segundo informações existentes no livro B-12, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 180, folha 1.688, confirmou os seus votos em uma cerimônia civil.
Desse matrimônio foram gerados nove filhos, seis homens e três mulheres, sendo eles: Maria Júlia Oliveira Sampaio, Maria Conceição de Oliveira Sampaio, João Bosco Sampaio, José Arnaldo de Oliveira Sampaio, José Evaldo de Oliveira Sampaio, Auristela de Oliveira Sampaio, Antônio de Queiroz de Sampaio Filho, José Eudes de Oliveira Sampaio e Idevaldo de Oliveira Sampaio.
Na eleição municipal que ocorreu no dia 3 de outubro de 1958, desejando entrar na vida pública por meio de uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos da UDN – a União Democrática Nacional, ficou na primeira suplência de sua coligação partidária.

Imagem de Antônio de Queiroz Sampaio e do seu caminhão.

Pouco tempo depois, no dia 13 de abril de 1959, por conta da renúncia apresentada pelo Vereador Joaquim Vieira da Silva, tomou posse de sua cadeira assumindo a sua função de vereador diante de seus pares.
Nessa legislatura, em apoio ao governo do Prefeito Dr. Gervásio de Queiroz Marinho, votou em favor da compra de um trator, que tinha o intuito de servir aos agricultores do Município; realizar convênio com o Governo Federal para fomentar o Ensino Primário; instalação de água e esgoto na cidade de Boa Viagem; criação do serviço de manutenção de estradas municipais; aprovação e modificação da nomenclatura das ruas da cidade; doação de um lote urbano para construção da Associação Atlética Boa-viagense; delimitação da zona urbana da cidade e das vilas de Domingos da Costa, Ibuaçu e Jacampari.
Na eleição municipal seguinte, que ocorreu no dia 7 de outubro de 1962, ainda compondo a bancada da UDN, ficou novamente na suplência de seu partido.
Algum tempo depois, por conta do presidente da Câmara ter assumido à chefia do Poder Executivo, tomou posse da cadeira deixada pelo Vereador Cícero Carneiro Filho.
No dia 26 de junho de 1965, na gestão do Prefeito José Vieira Filho, votou em favor da reimplantação do pagamento do subsídio dos vereadores, pouco tempo depois, no dia 28 de outubro, deu parecer contrário à consulta realizada pela Assembleia Legislativa do Estado sobre o interesse de entregar do Distrito de Jacampari ao Município de Monsenhor Tabosa.
Na disputa eleitoral seguinte, ocorrida no dia 15 de novembro de 1966, dessa vez militando na bancada da ARENA 1 – a Aliança Renovadora Nacional, conseguiu receber apenas 225 votos, ficando novamente na suplência de seu partido.
Algum tempo depois, no dia 16 de maio de 1969, por conta de uma licença de dez meses solicitada pelo Vereador Samuel Alves da Silva, tomou posse de sua cadeira na Câmara Municipal.
No dia 15 de julho de 1972, de forma inesperada, juntamente com os seus familiares, acompanhou o falecimento de seu pai.

Imagem da inauguração da passagem molhada existente nessa localidade, em 2000.

Embora residindo com a sua família em uma grande propriedade existente na Rua Alfredo de Sousa Terceiro, s/nº, no Centro da cidade de Boa Viagem, possuía uma propriedade também na localidade de Almas, onde era agropecuarista.
Segundo informações existentes no livro C-31, pertencente ao cartório da 3ª zona, tombo nº 21.533, folha 69, faleceu na cidade de Fortaleza no dia 10 de julho de 2016, com 90 anos de idade.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado no mausoléu da família que existe no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.

Túmulo da família Queiroz Sampaio.

Imagem do túmulo da Família Queiroz Sampaio, em 2013.

BIBLIOGRAFIA:

  1. BARROSO, Francisco de Andrade. Igrejas do Ceará. Crônicas Histórico-Descritivas. 3º v. Fortaleza: Premius, 2005.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.