José Pereira de Almeida

José Pereira de Almeida nasceu no dia 5 de setembro de 1936 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Joaquim Almeida de Sousa e de Maria Pereira de Sousa.
Em sua primeira infância, diante da grande dificuldade encontrada pelos seus pais em lhe sustentar, foi entregue aos cuidados do casal Urbano Costa Almeida e Maria das Mercês Queiroz Almeida, que lhe deram todo carinho necessário.
Na eleição municipal que ocorreu no dia 3 de outubro de 1958, desejando entrar na vida pública por meio de uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos da UDN – a União Democrática Nacional, conseguiu ser eleito ao exercício de seu primeiro mandato eletivo.
Em sua primeira legislatura, em apoio ao governo do Prefeito Dr. Gervásio de Queiroz Marinho, votou em favor da compra de um trator, que tinha o intuito de servir aos agricultores do Município; a realização do convênio com o Governo Federal para fomentar o Ensino Primário; a instalação de água e esgoto na cidade de Boa Viagem; a criação do serviço de manutenção de estradas municipais; a aprovação e modificação da nomenclatura das ruas da cidade; a doação de um lote urbano para construção da Associação Atlética Boa-viagense e a delimitação da zona urbana da cidade e das vilas de Domingos da Costa, Ibuaçu e Jacampari.
Algum tempo antes disso, no dia 25 de dezembro de 1960, contraiu matrimônio com Expedita Facundo Almeida, que nasceu no dia 1º de janeiro de 1940, sendo filha de Azer Facundo da Costa e de Francisca Alves Facundo.
Desse matrimônio foram gerados cinco filhos, quatro mulheres e um homem, sendo eles: Gláucia Maria Facundo Almeida, Kátia Virginia Facundo Almeida, Vera Silvia Facundo Almeida, Denis Túlio Facundo Almeida e Roberta Kelma Facundo Almeida.
Na eleição municipal seguinte, que ocorreu no dia 7 de outubro de 1962, desejando a sua reeleição, permanecendo nos quadros políticos da UDN, ficou na suplência de seu partido.
Algum tempo depois, no dia 26 de junho de 1965, tomou posse de seu mandato por conta de uma licença solicitada pelo Vereador José Vieira de Lima, votando em favor da reimplantação do pagamento do subsídio dos vereadores, pouco tempo depois, no dia 28 de outubro, deu parecer contrário à consulta realizada pela Assembleia Legislativa do Estado sobre o interesse do Município de Boa Viagem entregar o Distrito de Jacampari ao território do Município de Monsenhor Tabosa.
Mais tarde, na eleição municipal que ocorreu no dia 15 de novembro de 1966, dessa vez militando nos quadros políticos da ARENA 2 – a Aliança Renovadora Nacional, conseguiu retornar ao Poder Legislativo depois de receber a confiança de 372 eleitores, ficando entre os seis vereadores de maior número de votos em sua coligação.
Nessa legislatura, por conta do rompimento do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, com a “Oligarquia Araújo”, optou em seguir o grupo político do Deputado Dr. Gervásio de Queiroz Marinho, que fazia oposição ao gestor municipal:

“Enfrentei a luta, atualizai os meus planos, minhas intenções e caí no campo do trabalho e do desafio. Tinha o meu povo ao meu lado e uma grande maioria na câmara que o deputado não conseguira convencer, com exceção do Vereador José Pereira de Almeida.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 51)

No dia 24 de março de 1968, em uma eleição entre os vereadores, foi conduzido pelos seus pares à presidência da mesa diretora da Câmara de Vereadores para o período legislativo de 1968.
Pouco tempo depois, no dia 19 de dezembro de 1970, segundo informações contidas no livro de atas da Câmara Municipal, proferiu o seu discurso de despedida da vida pública agradecendo a cooperação de todos.
Nessa legislatura, mesmo sendo da base da oposição, deu apoio aos projetos vindos do gabinete do Poder Executivo aprovando dotação orçamentaria para implantação de um tiro de guerra no Município de Boa Viagem; aprovou a aquisição de uma propriedade e a posterior construção do Hospital e Casa de Saúde Adília Maria de Lima; aprovou a doação da propriedade em que foi construída a Agência do Banco do Estado do Ceará e aprovou a implantação do Serviço Autônomo de Água e Esgoto na cidade de Boa Viagem.

Imagem do local onde funcionava o clube, em 2019.

Estando fora da vida pública, percebendo que na cidade existiam pouquíssimas opções de lazer para juventude, resolveu investir em uma churrascaria e casa de shows, que recebeu o nome de “Stylus”, que era localizada na Rua José Leorne Leitão, s/nº, esquina com a Rua 26 de Junho, onde nas festas havia uma lâmpada negra, algo que despertava a fúria do Pe. Paulo Ângelo de Almeida Medeiros e servia de

“Com serviços hoteleiros, implantada em 1977, pelo Sr. José Pereira de Almeida, conhecido por ‘José Urbano’, passou para outros proprietários.” (NASCIMENTO, 2002: p. 213)

Nos primeiros meses de 1980, desejando encontrar melhores perspectivas para sua vida e de seus filhos, fixou residência na Rua Nórdica, nº 240, no Bairro do Mondubim, na cidade de Fortaleza, onde se tornou comerciante.

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Andarilhos do Sertão. A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem. Fortaleza: PREMIUS, 2015.
  4. VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.