José de Queiroz Sampaio

José de Queiroz Sampaio nasceu no dia 30 de dezembro de 1890 no Município de Quixadá, que está localizado no Sertão de Quixeramobim, distante 167 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Francisco Georgino Sampaio e de Luiza Rosa de Queiroz Sampaio.
Os seus avós paternos se chamavam José Francisco Sampaio e Francisca Georgina de Sampaio, já os maternos se chamavam Antônio Franklim de Queiroz e Maria Sabina da Conceição Queiroz.
De acordo com as informações existentes no livro B-03, existente na secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 24, página 76, no dia 25 de julho de 1908, com apenas 18 anos de idade, diante do seu tio, o Mons. José Cândido de Queiroz Lima, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, contraiu matrimônio com Maria Conceição de Oliveira Sampaio, que nasceu no dia 14 de agosto de 1887, sendo filha de Francisco Nunes de Rezende Oliveira e de Maria Ditoza do Vale Oliveira.
Desse matrimônio foram gerados onze filhos, seis homens e cinco mulheres, sendo eles: José de Queiroz Sampaio Filho, Maria Cleomar Sampaio, Egídio Sampaio, Maria Carmelina Sampaio Queiroz, Francisco de Queiroz SampaioCristóvam de Queiroz Sampaio, Antônio de Queiroz Sampaio, Gerson de Queiroz Sampaio, Zenon de Queiroz Sampaio Luiza de Queiroz Sampaio e Julieta Uchôa Sampaio.
Segundo as informações contidas no relatório do Recenseamento dos Estabelecimentos Rurais do Estado do Ceará, documento que foi publicado no dia 1º de setembro de 1920 pelo Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, página 35, era agropecuarista e a sua propriedade estava localizada em um local denominado de “Caiana”.
Era funcionário da Fazenda Estadual, inicialmente foi escriturário e nos primeiros meses de 1957, por um ato do Governador Paulo Sarasate Ferreira Lopes, recebeu promoção para coletor de rendas.

Imagem da residência de José de Queiroz Sampaio, em 2017.

Durante muitos anos foi o sacristão da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, servindo como companheiro das jornadas realizadas pela zona rural do Município com o Mons. José Cândido de Queiroz Lima, residindo com a sua família na Avenida São Vicente de Paulo, nº 96, Centro.

“Quem atendia à Capela de São Sebastião, em Monsenhor Tabosa, era o vigário de Boa Viagem, Pe. José Cândido de Queiroz Lima, que, periodicamente, empreendia a difícil viagem de dezenas de léguas, à cavalo, de sua sede ao alto da serra, quase sempre acompanhado pelo seu sacristão, José de Queiroz Sampaio.” (BARROSO, 2005: p. 144)

Nos primeiros dias de 1952, depois de alguns meses de arrecadação para ereção de um busto em homenagem ao Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima, juntamente com outras pessoas, sendo elas: O Pe. Francisco Clineu Ferreira (presidente e orador); Antenor Gomes de Barros Leal (vice-presidente e tesoureiro); Ernesto Ferreira de Souza (2º secretário); Cristóvam de Queiroz Sampaio (3º secretário); Manoel Araújo Marinho, José Edmar Bezerra Costa e José Cândido de Carvalho (conselho de honra e consultivo), entregou esse equipamento aos moradores da cidade de Boa Viagem:

“No dia 1º de janeiro de 1952, realizou-se em Boa Viagem a inauguração, na Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima, de um busto de bronze desse piedoso e santo sacerdote, que foi vigário dessa paróquia por muitos anos. A homenagem ao venerado apóstolo que tão santamente guiou o seu povo nesta terra de paz e copiosas bênçãos, teve a cooperação de todos os boa-viagenses.” (BARROS LEAL, 1996: p. 148)

Mais tarde, nos últimos anos da década de 1950, juntamente com outras pessoas de sua família, deu apoio ao desejo de seu filho, Antônio de Queiroz Sampaio, que disputou uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores, chegando a essa função em três oportunidades e curiosamente sempre ficando na suplência de seu partido:

“Na eleição municipal que ocorreu no dia 3 de outubro de 1958, desejando entrar na vida pública por meio de uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos da UDN – a União Democrática Nacional, ficou na primeira suplência de sua coligação partidária. Nessa legislatura, por conta de uma licença solicitada pelo Vereador Joaquim Vieira da Silva, assumiu a sua função de vereador.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/antonio-de-queiroz-sampaio/. Acesso no dia 9 de setembro de 2017)

Nos últimos meses de 1958, depois de cinquenta anos de convivência conjugal, celebrou com a sua esposa, em uma suntuosa festa, as bodas de ouro.

Imagem da comemoração de suas bodas de casamento.

No dia 14 de março de 1961, juntamente com a sua família, partilhou da repentina perda de uma de suas filhas, Carmelina Sampaio, que padeceu durante muitos meses por conta de um câncer.
Segundo informações existentes no livro C-11, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 5.128, folha 51, faleceu na cidade de Boa Viagem, aos 82 anos de idade, no dia 15 de julho de 1972.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado no mausoléu da família que existe no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.

Túmulo da família Queiroz Sampaio.

Imagem do túmulo da Família Queiroz Sampaio, em 2013.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Prefeito Benjamim Alves da Silva, embora ainda sem legislação específica, uma das ruas que se estendem entre os Bairros Centro e José Rosa, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura;
  2. Em sua memória, algum tempo depois de sua morte, com recursos de sua família, foi edificado um busto em sua memória, que atualmente está colocado na Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima.

BIBLIOGRAFIA:

  1. BARROS LEAL, Antenor Gomes de. Avivando Retalhos. Fortaleza: Henriqueta Galeno, 1983.
  2. BARROS LEAL, Antenor Gomes de. Recordações de um Boticário. 2ª edição. Fortaleza: Verdes Mares, 1996.
  3. BARROSO, Francisco de Andrade. Igrejas do Ceará – Crônicas Histórico Descritivas. Fortaleza: Premius, 2005.
  4. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  5. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos casamentos. 1903/1910. Livro B-03. Tombo nº 24. Página 76.
  6. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Antônio de Queiroz Sampaio. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/antonio-de-queiroz-sampaio/. Acesso no dia 9 de setembro de 2017.

25 pensou em “José de Queiroz Sampaio

  1. Pingback: JULHO | História de Boa Viagem

  2. Pingback: Rua José de Queiroz Sampaio | História de Boa Viagem

  3. Pingback: Maria Carmelina Sampaio Queiroz | História de Boa Viagem

  4. Pingback: Rua Maria Carmelina Sampaio Queiroz | História de Boa Viagem

  5. Pingback: DEZEMBRO | História de Boa Viagem

  6. Pingback: Rua Cristovam de Queiroz Sampaio | História de Boa Viagem

  7. Pingback: Cristovam de Queiroz Sampaio | História de Boa Viagem

  8. Pingback: Rua Francisco de Queiroz Sampaio | História de Boa Viagem

  9. Pingback: Francisco de Queiroz Sampaio | História de Boa Viagem

  10. Pingback: Guiomar Oliveira Sampaio | História de Boa Viagem

  11. Pingback: Marcos José Cavalcante Sampaio | História de Boa Viagem

  12. Pingback: BIOGRAFIAS | História de Boa Viagem

  13. Pingback: Escola de Ensino Médio Dom Terceiro | História de Boa Viagem

  14. Pingback: Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima | História de Boa Viagem

  15. Pingback: Promotoria de Justiça | História de Boa Viagem

  16. Pingback: José de Queiroz Sampaio Neto | História de Boa Viagem

  17. Pingback: Antônio de Queiroz Sampaio | História de Boa Viagem

  18. Pingback: Praça Nossa Senhora Auxiliadora | História de Boa Viagem

  19. Pingback: Praça José de Queiroz Sampaio | História de Boa Viagem

  20. Pingback: Travessa Maria Carmelina Sampaio Queiroz | História de Boa Viagem

  21. Pingback: O Busto de José de Queiroz Sampaio | História de Boa Viagem

  22. Pingback: O Busto do Mons. José Cândido de Queiroz Lima | História de Boa Viagem

  23. Pingback: José Cândido de Carvalho | História de Boa Viagem

  24. Pingback: Antenor Gomes de Barros Leal | História de Boa Viagem

  25. Pingback: Pe. Francisco Clineu Ferreira | História de Boa Viagem

Deixe um comentário