Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira

AS INFORMAÇÕES BÁSICAS:

A Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira está localizada na Cachoeira dos Fragosos, dentro dos limites geográficos pertencentes ao Distrito de Boa Viagem, distante pouco mais de 20 quilômetros do Centro da cidade de Boa Viagem, no Município de Boa Viagem, no Estado do Ceará.

Imagem do templo da Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira, em 2008.

Essa igreja foi organizada graças aos esforços dos cristãos de confissão protestante estabelecidos nesse Município a partir dos primeiros anos da década de 1940, sendo considerado o templo de confissão reformada mais antigo do Município de Boa Viagem.
Em nossos dias essa igreja é independente, mas já possuiu vinculo denominacional com a UIECB – a União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, na época pertencendo a sua 25ª região administrativa.

A FORMA DE GOVERNO:

O congregacionalismo é a forma de governo eclesiástico existente em algumas igrejas protestantes onde o poder de decisão de seus atos repousa na assembleia de seus membros:

“O regime de administração eclesiástica denominado de congregacional é um sistema de governo em que cada igreja local é independente. A igreja local possui a sua autonomia para reflexão teológica, expansão missionária, relação com outras igrejas e a seleção de seu próprio corpo de ministros. As igrejas congregacionais são comunidades locais, formadas por cristãos unidos para adoração e obediência a Deus, no testemunho público e privado do Evangelho. Constituem-se em igrejas completas e autônomas, não sujeitas, em termos eclesiásticos, a qualquer outra entidade, senão à sua própria assembleia de membros.” (SILVA JÚNIOR, 2015: p. 65)

Para participar das decisões tomadas na assembleia dessa igreja o cristão precisa preencher os critérios de fé e comportamento social exigidos por ela, bem como ser aceito por maioria simples de votos nela, fato que distingue os seus frequentadores em duas classes, membros e congregados.
Sobre esse assunto, no capitulo 1º do Regimento Interno dessa igreja, temos conhecimento que:

“Artigo 2º – O governo da igreja é congregacional, caracterizado pela manifestação diretamente democrática dos membros em plena comunhão, congregados sobre a direção do Senhor.”

De uma forma bem simples, sem a necessidade de uma exposição teológica sobre o assunto, o quadro de membros dessa igreja é formado por conversos que foram autorizados a serem batizados nela ou em igrejas reconhecidas por ela, já os congregados são aqueles que frequentam regularmente a igreja, mas ainda não solicitaram da assembleia o batismo, que é uma aliança de compromisso firmado entre o futuro membro e a igreja de Cristo espalhada pela face da Terra.

OS PASTORES / OFICIAIS / MISSIONÁRIOS: 

O quadro de oficiais de uma Igreja Evangélica Congregacional é dividido em pastores, presbíteros e diáconos, que possuem o poder de dirigir e responder pelos trabalhos da comunidade, mas algumas de suas funções são limitadas pela assembleia de seus membros:

“Os oficiais são simples funcionários da igreja local, designados para ensinarem e para administrarem os interesses da igreja, e não tem poder de governo além do que possuem como membros da igreja.” (BERKHOF, 1990: p. 584)

  • Os Pastores:

O pastor é alguém com qualidades morais e espirituais, com formação especifica em um curso de Bacharelado em Teologia, que geralmente estudou em um seminário da própria denominação, ou indicado pela igreja, que foi avaliado por uma banca examinadora da junta regional e que foi ordenado por outros pastores, entre às suas várias funções destacamos: ensinar, disciplinar, aconselhar, realizar visitas e administrar o patrimônio da igreja.
Ao longo de sua história eclesiástica essa igreja já foi cuidadosamente dirigida pelos seguintes pastores:

  1. Rev. Paulo Moody Davidson – 1941 a 1947;
  2. Rev. Humbert Cook – 1948;
  3. Rev. Eduardo Carl Knechtel – 1949;
  4. Rev. Cecil Flechtel – 1950 a 1952;
  5. Rev. Antônio Francisco Neto – 1953;
  6. Rev. Manoel Bernardino de Santana – 1954;
  7. Rev. Antônio Francisco Neto – 1955 a 1956 (2ª vez);
  8. Rev. José Borba da Silva Neto – 1957 a 1959;
  9. Rev. Ezequiel Fragoso Vieira – 1959 a 1960;
  10. Rev. Francisco Souto Maior – 1961 a 1963;
  11. Rev. Ezequiel Fragoso Vieira – 1964 (atual).
  • Os Presbíteros:

O presbítero é uma pessoa geralmente madura na fé e no testemunho, que foi reconhecida pela assembleia da igreja por suas qualidades, e consagrado pelo pastor, para supervisionar os serviços de ensino, disciplina, governo e administração.
Ao longo de sua história eclesiástica essa igreja já contou com a colaboração dos seguintes irmãos:

  1. Presb. Daniel Fragoso Vieira – 1951;
  2. Presb. Eleutério Manoel da Silva – 1966;
  3. Presb. Esdras Fragoso Vieira – 1982 a 2020;
  4. Presb. Francisco Manoel da Silva – 1949 a 1951;
  5. Presb. Jonas Fragoso de Freitas – 1947 a 1971;
  6. Presb. Pompeu Fragoso Vieira – 1941 a 1956.
  • Os Diáconos e as Diaconisas:

O diácono, ou a diaconisa, é o oficial eleito pela assembleia da igreja, e consagrado pelo pastor, para dedicar-se especialmente a arrecadação de ofertas para fins piedosos; ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos; a manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino; exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e em suas dependências.
Ao longo de sua história eclesiástica essa igreja já contou com a colaboração das seguintes pessoas:

  1. Diac. Azarias Fragoso Vieira Júnior – 2022 (atual);
  2. Diac. Aniel Fragoso Vieira – 1965 a 1983;
  3. Diac. Bernardino Fragoso Vieira – 1953 a 1956;
  4. Diac. Cicero Fragoso Vieira – 1941 a 1957;
  5. Diac. Delmiro Manoel da Silva – 1953 a 1965;
  6. Diac. Eleutério Manoel da Silva – 1951 a 1966;
  7. Diac. Francisco Fragoso Vieira – 1941 a 1983;
  8. Diac. Joel Fragoso Vieira – 1982;
  9. Diac. José Vieira Benício – 1953;
  10. Diac. José Santos Filho – 1953 a 1956;
  11. Diac. Sebastião Alves da Silva – 1949 a 1956;
  12. Diac. Severino Fragoso de Freitas – 1951 a 1965;
  13. Diacª. Marinalva Fragoso Vieira – 2022 (atual);
  14. Diac. Mizael Fragoso da Silva;
  15. Diac. Manoel José da Silva – 1953.
  • Os Missionários:

Ao longo de sua história eclesiástica essa igreja já contou com a colaboração do seguinte irmão:

  1. Francisco Manoel da Silva – 1954.

AS CONGREGAÇÕES E A IGREJA MATRIZ:

Entre os cristãos de confissão protestante o termo igreja matriz é pouco ou quase nunca utilizado, entre eles costuma-se usar o nome de igreja mãe para àquela comunidade religiosa que consegue gerar outras igrejas.
Sobre essas igrejas, principalmente entre aquelas de modo de governo congregacionalista, toda igreja começa a sua vida eclesiástica como um ponto de pregação, que é um local que serve de referência para futuros encontros, onde de forma simples e reverente se expõe a palavra de Deus.

Imagem da Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira, em 2020.

Algum tempo depois, dependendo do número de pessoas e da regularidade dessas reuniões, o local passa a ser considerado pela comunidade mantenedora como uma de suas congregações.
Essas congregações geralmente possuem uma liderança leiga formada e comprometida, que presta regularmente satisfação de suas atividades religiosas nas assembleias da igreja mãe.
Com o passar do tempo essas congregações conseguem a sua autonomia financeira, daí solicitam da igreja mãe a sua independência eclesiástica para realizar as suas próprias assembleias administrativas
Devido ao forte êxodo rural, que vem ocorrendo nos últimos anos, o campo tem sido trocado pela cidade, o que faz com uma igreja distante das vilas e povoados do Município tenha a forte tendência de ficar vazia:

“A Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira, que teve o seu templo construído em 1956 – pelo Sr. João Pereira – permaneceu e permanece como igreja mãe, tendo passado as suas congregações para a Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem.” (NASCIMENTO, 2002: p. 105)

Para alguns protestantes, principalmente os de linha reformada, a congregação ou o templo não é a igreja, a sua estrutura física é apenas o local onde costuma acontecer as reuniões, a igreja é o povo que se reúne dentro dela.
No presente, com muita dificuldade, a Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira ainda mantem a regularidade de seus cultos, se constituindo ainda como o símbolo da perseguição religiosa e da resistência de tempos passados.
Embora nos dias de hoje ela não possua nenhuma congregação, ninguém pode tomar-lhe o mérito de ser a igreja mãe da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem e da Igreja Evangélica Boa-viagense, duas das principais igrejas protestantes estabelecidas na cidade de Boa Viagem, que regularmente costumam receber àqueles que migram para o principal centro urbano do Município.

A Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira

OS DEPARTAMENTOS / OS SERVIÇOS:

Para organizar as atividades de seus membros a Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira possui apenas um departamento e alguns serviços, sendo eles:

  • Departamento:

Os departamentos são as divisões administrativas que tratam de grupos específicos da comunidade.

  1. A Escola Dominical.
  • Serviços:

Os serviços são atividades religiosas desenvolvidas na igreja, que tem a finalidade de atingir e fortalecer grupos específicos da sociedade.

  1. A Escola Dominical – (Domingo);
  2. O Culto de Doutrina – (Quarta-Feira);
  3. O Culto de Evangelismo – (Domingo).

O CONTATO:

Os canais de comunicação com a Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira são os seguintes:

  • Telefone:
  1. 88.98822-9416;
  2. 88.98829-2882.

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. KNECHTEL, Dorothy. Terra de Rios Secos. Fortaleza: Princípios, 2006.
  3. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  4. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Andarilhos do Sertão: A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem. Boa Viagem, CE: PREMIUS, 2015.