Delfina Alves de Sousa

Delfina Alves de Sousa nasceu no dia 5 de dezembro de 1901 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filha de Manoel da Costa Freire e de Francisca Januária de Freitas.
Os seus avôs paternos se chamavam Francisco da Costa Freire e de Maria Carolina de Paula, já os maternos eram João Alves Freire e Joaquina Maria da Conceição.
Poucos dias depois do seu nascimento, no dia 20 de abril de 1902, seguindo os ritos da confissão religiosa de seus pais, segundo informações existentes no livro A-8, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 81, página 86v, recebeu o sacramento do batismo pelas mãos do Mons. José Cândido de Queiroz Lima.
Na época em que nasceu o Município de Boa Viagem não dispunha de uma casa de parto, fato que obrigou aos seus pais a contar com os valiosos serviços de uma parteira na localidade de Boqueirão, onde passou toda a sua existência.

“Durante muitos anos, os únicos profissionais de saúde existentes em nossa região foram às parteiras, mulheres que normalmente recebiam esse aprendizado de forma hereditária, ou seja, a filha de uma parteira acompanhava a sua mãe no atendimento às mulheres em trabalho de parto auxiliando-a de acordo com as necessidades do momento, possibilitando, assim, após algum tempo de prática, o aprendizado para continuidade do ofício.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 28 de novembro de 2017)

Segundo informações existentes no livro B-04, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 3, folha 110v, no dia 7 de janeiro de 1922, prestes a completar 22 anos de idade, contraiu matrimônio com Luiz Gonzaga Rodrigues, que nasceu no dia 10 de outubro de 1899, sendo filho de Bento Rodrigues Cavalcante e de Maria Nunes da Silva.
No dia seguinte, segundo informações existentes no livro B-05, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 6, página 158, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, confirmou os seus votos diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima.
Desse matrimônio foram gerados onze filhos, seis mulheres e cinco homens, sendo eles: Francisca Rodrigues da Silva, Luiz Rodrigues da Silva, José Rodrigues da Silva, Conceição Rodrigues Costa, Maria Rodrigues da Silva, Francisca Eduvirgens Rodrigues da Silva, Raimundo Rodrigues de Sousa, Geraldo Rodrigues da Silva, João Rodrigues da Silva, Luzia Rodrigues da Silva e Tereza Rodrigues da Silva.

Imagem da residência de Luiz Gonzaga Rodrigues, em 2010.

Durante grande parte de sua vida residiu com a sua família na Rua José André da Cruz, s/nº, na vila de Boqueirão, investindo juntamente com o seu esposo para o desenvolvimento dessa região.
Faleceu muito jovem, prestes a completar 42 anos de idade, no dia 13 de janeiro de 1942, sendo sepultada por seus familiares em um túmulo existente no Cemitério das Lembranças, na zona rural do Município de Boa Viagem.

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Saúde no Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 28 de novembro de 2017.