Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem

AS INFORMAÇÕES BÁSICAS:

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem está localizada na Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima, s/nº, no Centro da cidade de Boa Viagem, no Município de Boa Viagem, no Estado do Ceará.

Imagem da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, em 2017.

Esse belíssimo templo, que é a igreja matriz da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, é uma das edificações mais antigas existentes no Município de Boa Viagem.

A HISTÓRIA DE SUA CONSTRUÇÃO:

A estrutura física externa da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, segundo o acadêmico de arquitetura Igor Queiroz Facundo, possui um estilo arquitetônico que é classificado como eclético, tendo na sua parte externa uma influência estética barroca e em suas colunas, na parte interna, a tendência clássica.
Sobre a sua estrutura e fases de sua construção, o Mons. Francisco de Sales Cavalcanti, que não foi pároco dessa freguesia, mas eventualmente estava presente em suas festividades, deixou-nos valiosos apontamentos:

“A igreja matriz, de estilo colonial, é construída de tijolo e barro. Ignora-se, entretanto, a época de sua construção. Nem todas as suas partes são uniformes: o lado direito é mais curto do que o esquerdo. A sua largura é de 20.05 e o cumprimento é de 33.80 por 6.10 de altura. A estrutura interna tem passado por diversas reformas.”

Embora poucos saibam, esse templo foi construído em diversas etapas e não seguiu um plano ordenado de construção:

“Nunca tivemos, são raríssimas as exceções, a Catedral de Fortaleza e a Igreja de São Francisco, em Juazeiro, templos erguidos com projetos completos, executados em uma só empreitada. Antes, tivemos capelinhas ou oratórios que foram sendo acrescidos, reformados, melhorados ao longo de décadas, mas é lamentável que algumas dessas alterações tenham destruído marcos de nossa vivência.” (BARROSO, 2005: p. 8)

Essas etapas em sua edificação se processaram aos poucos e em vários anos, cada pároco que lhe assumia fazia as alterações que lhe pareciam necessárias, conforme as condições financeiras que os seus paroquianos permitia.

Imagem da Igreja Matriz de Nossa Srª da Boa Viagem, em 1950.

A tradição oral dos moradores da cidade afirma que essa igreja é fruto de uma promessa feita pelo casal de judeu-portugueses que são considerados por alguns historiadores como os fundadores da cidade, sendo eles Antônio Domingues Álvares e Agostinha Sanches de Carvalho.

“Existe uma lenda relacionada com a fundação dessa cidade e com a construção de sua capela original, segundo a qual um moço que havia raptado sua namorada em Icó, fugindo aos perseguidores, mandados pela família desta, viu seu cavalo morrer e fez uma promessa com Nossa Senhora da Boa Viagem, obtendo salvamento e, dando cumprimento à intenção manifestada no momento de aflição, fez doação de terras e iniciou a obra da capela.” (BARROSO, 1997: p. 373)

Essa capela não foi construída com o propósito de ser uma igreja matriz, embora algumas pessoas ainda pensem isso, essa decisão foi fruto do desenvolvimento social e econômico da comunidade que aos poucos foi se aglomerando ao seu redor.

“Construída, em torno de 1772, por Antônio Domingues Álvares, em honra a Nossa Senhora da Boa Viagem.” (NASCIMENTO, 2002: p. 39)

Depois disso, noventa anos após a construção do primitivo templo, a pequena capela, que estava dentro dos limites geográficos da Paróquia de Santo Antônio de Pádua, da cidade de Quixeramobim, recebeu a sua autonomia eclesiástica, passando a contar com um vigário residente e esses, aos poucos, a investir nas suas alterações físicas.

“Raimundo Girão e Martins Filho, no ‘O Ceará’, referem-se que em 18 de novembro de 1862, a lei provincial nº 1.025, criou a freguesia de Boa Viagem, desmembrada de Quixeramobim, sendo nomeado o seu primeiro vigário o Padre Antônio Correia de Sá, que teve a sua provisão emitida no dia 4 de maio de 1863.” (BARROSO, 1997: p. 374)

Essa igreja, que possui pouco mais de dois séculos, detêm algumas curiosidades: a primeira delas está relacionada ao cemitério que existia nas suas proximidade, e hoje está abaixo de seu piso, já a segunda se refere a construção de sua torre, como veremos a seguir.
Sobre o cemitério existente em sua proximidade, no passado, também recebendo o nome de “campo santo”, era comum nos arredores das capelas existirem esse tipo de equipamento.

“Até o início do século XIX, as pessoas eram normalmente sepultadas dentro das igrejas ou em terrenos próximos de propriedade das congregações religiosas. Sepultamentos era uma importante fonte de recursos para as igrejas.” (S.N.T)

Nessa época, semelhantemente ao que acontecia em outras paróquias, a Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem também possuía uma cemitério em sua vizinhança, hábito que só foi interrompido no início do século XIX por questões de higiene, conforme nos relata o texto publicado pela jornalista Rosana Romão no caderno “Cotidiano”, do periódico Tribuna do Ceará, edição do dia 2 de novembro de 2014:

“De acordo com as pesquisas do Prof. Airton de Farias, em seu livro sobre a História do Ceará, a sobrevalorização do saber médico desprezava as tradições e culturas da massa. Um dos exemplos mais evidentes desse ‘poder médico’ foi o combate ao hábito de enterrarem-se os mortos nas igrejas – como ocorria no Ceará até meados do século XIX – e a defesa da construção de cemitérios. Para o saber médico-científico, a decomposição dos cadáveres tornava os templos focos de doenças.”

Depois disso, com a construção do Cemitério Parque da Saudade, no paroquiato do Pe. Antônio Correia de Sá, pouco a pouco a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem foi expandindo a nave de seu templo e as suas paredes foram sendo construídas por cima da velha e esquecida necrópole.
Conforme o relato de alguns pedreiros, que trabalharam nas bases dessa igreja, era comum encontrar ossos e cabelos humanos nas suas fundações, o que reforça ainda mais a nossa hipótese.
Lembramos ainda que, nessa época, devido ao acordo de padroado, o governo brasileiro era quem arcava com as despesas da Igreja Católica Apostólica Romana em nosso país, inclusive os salários, que eram chamados de côngruas, e todos os cemitérios eram administrados pelos padres, que eram os responsáveis pelos registros de compra e venda de terras, de nascimentos e obituários de suas paróquias.

Imagem do túmulo do Pe. Paulo de Almeida Medeiros, em 2016.

Registramos ainda que, mesmo depois da construção do Cemitério Parque da Saudade, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem continuou a receber sepultamentos dentro da nave de seu templo, principalmente dos religiosos que possuíam algum tipo de ligação com o Município, conforme a relação a seguir:

  1. Mons. José Cândido de Queiroz Lima;
  2. Pe. Paulo Ângelo de Almeida Medeiros;
  3. Pe. Antônio Océlio Teixeira de Almeida.

Quanto à construção de sua torre, populares insistem em afirmar que o projeto dessa igreja previa uma segunda estrutura desse tipo, algo que não aconteceu por conta da queda de um raio sobre o local. Na realidade esse fato aconteceu, mas não foi na cidade de Boa Viagem e sim na cidade do Quixeramobim.
O que de fato ocorreu foi que, até os dias de hoje, nenhum de seus vigários teve a coragem de realizar uma campanha dessa magnitude, tendo em vista que o seu custo seria muito dispendioso para o poder aquisitivo de seus fiéis.

Imagem da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, em 1936.

Imagem da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, em 1936.

Como afirmamos anteriormente, durante todos esses anos de sua história, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem já passou por várias modificações estéticas e muitas dessas foram registradas pelos seus párocos.
O mais antigo relato de suas modificações físicas ocorreu nos primeiros meses de 1874, no paroquiato do Pe. Francisco Ignácio da Costa Mendes, entretanto, o que mais nos chamou atenção não foi a reforma e sim um furto, que foi cuidadosamente registrado como tendo ocorrido no dia 9 de julho, enquanto a igreja matriz passava por manutenção:

“Na vila de Boa Viagem, no dia 9 do mesmo mês, as imagens da respectiva matriz apareceram despojadas dos seguintes objetos de ouro: um rosário com angélica, três varas de colar fino, um resplendor, vara e meia de cordão fino e um par de brincos. A igreja estava em consertos e não foram descobertos os autores desse crime.” (MELO, 2012: p. 78)

Mais tarde, ainda nesse período, ao que nos parece, essa igreja foi favorecida pelos benefícios da lei Pompeu-Sinimbú, uma política de socorros públicos de enfrentamento aos rigores da seca ocorrida entre 1877 e 1879 que, com o apoio do Governo Imperial, pretendiam equacionar as diferenças econômicas entre a região Nordeste e o Sul do Brasil.

Imagem da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, em 2015.

Essa política de assistência ao sertanejo desvalido tinha como objetivo geral promover o progresso material da província através da exploração dos trabalhadores retirantes em obras públicas, como contrapartida pelo socorro oferecido.

“Assim, terminada a seca de 1877-79, diversas cidades do Ceará receberam obras como escolas, igrejas, pontes, estradas e açudes.” (SOUZA, 2015: p. 188)

Muitos anos depois, por volta de 1932, segundo os apontamentos do Mons. Francisco de Sales Cavalcanti, temos conhecimento de uma de suas varias reformas:

“O Pe. Francisco José de Oliveira começou logo alguns trabalhos, modernizando o altar-mor, retirando os velhos púlpitos de alvenaria, um em cada lado das paredes da nave central, (destruindo assim, sem piedade, um valioso patrimônio histórico) e fazendo uma limpeza geral, que trouxe um aspecto novo à Casa de Deus.”

Em 1936, na administração do Pe. Francisco de Assis Castro Monteiro, depois de anos de acirrada campanha, a comunidade boa-viagense viu ser edificada a tão sonhada torre da igreja matriz, que trouxe muitas mudanças na faixada externa dessa igreja:

“Padre Francisco de Assis Castro Monteiro – Não fez o termo de posse. Aqui esteve de 1934 ao início de janeiro de 1938. Construiu a torre da igreja, em 1936, e fundou a Associação de nossa Senhora do Carmo em 16 de julho de 1935.” (NASCIMENTO, 2002: p. 86)

Nessa época, esse templo não possuía o seu corredor lateral esquerdo e a sua torre foi construída ao lado da nave principal do templo, modificando os traços de seu cruzeiro na parte superior do santuário. Sobre essa construção, o Mons. Francisco de Sales Cavalcanti também deixou-nos valiosos relatos:

“No paroquiato do Pe. Francisco de Assis Monteiro, de 1934 a 1938, foi construída uma torre ao lado direito da igreja. Essa torre, em si, é elegante (que ironia!…) mas nem no estilo nem nas dimensões se harmoniza com o velho templo, representa, a meu ver, a mentalidade fossilizada do vigário do interior, que não conhece nada além das fronteiras de sua paróquia.”

Na torre, segundo relatos de José Alves do Nascimento, conhecido e tratado por José Bitu, nascido em 4 de fevereiro de 1928, recebemos a informação de que havia dois sinos, sendo um pequeno, que anunciava o falecimentos dos infantes, e um maior, que era o responsável pelo anúncio dos horários de missas e falecimento dos adultos.
Mais tarde, nos últimos meses de 1938, no paroquiato do Mons. José Gaspar de Oliveira, foi erigido o altar de Nossa Senhora da Boa Viagem, que provavelmente era algo rústico, realizando também a organização do patrimônio e outras melhorias na estrutura administrativa da paróquia.

Imagem do altar da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, em 1958.

Ainda nessa gestão, no dia 3 de agosto de 1938, conforme registro existente no livro de tombo nº 2 da paróquia, página 7v, por pouco não ocorreu um desastre de grandes proporções quando o teto da igreja matriz desabou, causando grande susto entre os moradores da cidade:

“Comecei a 3 deste mês os trabalhos do teto da nave principal do corpo da igreja, o qual desabou inesperadamente neste dia… Toda madeira que não ficou em farelos, foi aproveitada nos caibros que a cobre atualmente. Foi um grande abalo para mim… tendo de frente uma grande crise, mas tudo… graças aos céus e a grande generosidade do povo… Nesta mesma época idealizei a abertura dos arcos do corpo da igreja… que graças aos esforços dos negociantes conseguiram realizar.”

Nessa etapa, por conta de um inesperado desabamento, a igreja passou por uma ampliação e reforma, quando a sua lateral esquerda foi finalmente construída, deixando um novo aspecto nessas laterais ao serem colocados vitrôs coloridos em sua janelas circulares laterais, que também recebeu destaque nos apontamentos do Mons. Francisco de Sales Cavalcanti.

“O Pe. José Gaspar de Oliveira, vigário de 1938 a 1943, substituiu, com muito acerto e para boa ordem a disciplina dentro do templo, as antigas comunicações baixas e estreitas, em formas de porta, entre o corpo da igreja e as partes laterais, por largas áreas divididas por elegantes colunas que muito embelezaram a Matriz.”

O Mons. Francisco de Sales Cavalcanti nos informa ainda que, por volta de 1945, no paroquiato do Mons. Pedro Vitorino Dantas, esse templo recebeu a construção de uma sacristia e em sua lateral foi colocada a secretaria paroquial, que tem em uma de suas finalidades ser o ponto de arrecadação das ofertas e receber os foros na emissão dos laudêmios .

“Em 12 de agosto de 1945, já no paroquiato do Pe. Pedro Vitorino Dantas, inaugurou-se a parte nova, compreendendo as capelas de São Sebastião e São Francisco de Assis, e uma vasta sacristia. Este trabalho foi custeado, em grande parte, por Dona Emília Carvalho, que ofereceu a quantia de nove mil e duzentos cruzeiros (Cr$ 9.200,00), produto da venda do gado de São Sebastião que ela conservava para a edificação de uma capela dedicada ao grande mártir de sua devoção. Consentiu ela em fazer a oferta para o aumento da matriz, comprometendo-se o vigário a fazer uma capela lateral em honra a São Sebastião. Todas as despesas montaram a dezoito mil novecentos e doze cruzeiros e cinquenta centavos (Cr$ 18.912,50).”

Entre os anos de 1947 e 1950, no paroquiato do Pe. Francisco Clineu Ferreira, desejando melhorar o ambiente interno do templo, foi colocado o piso de mosaico, o forro do centro e das laterais do santuário.
Entre os anos de 1961 e 1969, no paroquiato do Pe. José Patrício de Almeida, esse templo recebeu um serviço de som externo em sua torre, que foi denominado de “A Voz da Imaculada”, que serviu muitas vezes como porta-voz de discussões desse padre com o Rev. Francisco Souto Maior, pastor da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem.

“Fundou a Legião de Maria e instalou o som interno da igreja, denominado de ‘A Voz da Imaculada’, inaugurado em 13/05/1962. Esse serviço de som foi de grande serventia, pois por meio dele o então vigário levava sua palavra a cidade…” (NASCIMENTO, 2002: p. 89)

Nos primeiros anos da década de 1970, no paroquiato do Pe. Paulo Ângelo de Almeida Medeiros, ocorreram grandes e significativas alterações físicas internas no santuário, pelas quais desapareceram os altares e várias pinturas sacras.
O motivo dessas alterações físicas, que causaram grande escândalo e descontentamento popular, ao ponto de chamarem o vigário de “Padre Crente”, foram justificadas pela desordem existente nas horas da missa.
Nessa época, buscando favorecer a participação dos fiéis nas liturgias e trazer a atenção dos presente para o altar, resultado das decisões do Concílio Vaticano II, as capelas laterais e várias imagens sacras foram retiradas.

“Hoje, a igreja é larga, com as conhecidas divisões em sua frontaria: parte central, correspondente à nave, com três portas e três janelas, de arcos abatidos; portas de almofada de madeira, em ressaltos, sendo a do meio mais alta e larga, e as janelas, na parte superior, são de grade de ferro e vidros coloridos. As partes laterais são sem abertura: a da direita, de quem chega, terminando na cornija existente acima das janelas, e que percorre todas as paredes externas; a do outro lado é a base da torre, única, de secção quadrada – com estilo completamente diverso do restante do frontispício – elevando-se com as mesmas dimensões, em três andares separados por frisos, cada uma com três frestas arqueadas em cada face, o sino aparece na parte mais elevada, que é coberta com uma placa plana.” (BARROSO, 1997: p. 374-376)

Em sua administração, por volta de 1980, parte do patrimônio existente na imediações dessa igreja foram vendidos para o Governo Municipal, sendo construído o Centro Administrativo Governador Virgílio de Morais Fernandes Távora.
Esse pároco, que possuía um forte temperamento, regeu essa freguesia por quase trinta anos, ficando muito conhecido entre os seus paroquianos pelo seu rigor e zelo litúrgico.

Imagem interna da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem em 2000, que nessa época tinha piso de mosaico.

Na fase de seu pastorado, podemos descrever um pouco dessa igreja da seguinte maneira: A matriz ficava isolada, no centro de duas praças que eram ajardinadas, porém as ruas não eram bem alinhadas, tendo a sua direita, em uma das praças, o busto do Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima; e do outro lado, após uma pequena rua sem denominação, existia outra praça, e nela o busto de José de Queiroz Sampaio, que durante muitos anos foi seu sacristão e patriarca de grande e respeitável família.

“No corpo da igreja estão quatro arcadas, abrindo para os larguíssimos corredores, mas o que seria a capela-mor é cortado por aberturas mais amplas, suportada por vergas horizontais de grande extensão; aos lados, evidentemente, foram retirados os arcos, e à frente, foi modificado o antigo arco-mor, ao tempo em que foram retirados os altares secundários, que ali eram situados. O interior é pintado de rosa, com cercadura de azulejos decorado, nas bases das paredes e colunas; aos fundos notam-se três grandes arcos, sendo os laterias emparedados, onde ficam suportes para as imagens de São Francisco e São Judas Tadeu, situando-se atrás do primeiro a secretaria e no restante da parte traseira, a sacristia. À frente do arco central, o piso, de mosaico em toda igreja, elevando-se, sendo revestido de mármore branco, material também utilizado no altar versum populos – muito simples, com base em um grande cubo, e mesa estendendo-se amplamente para os lados. Sendo esse arco, dos fundos, menor que a largura do corpo da igreja, aos seus lados encontram-se pilares marmóreos, onde foram colocados, à direita, a padroeira – imagem no estilo colonial, de vestes escuras, com alguns dourados, um menino desproporcionalmente miúdo sobre o braço esquerdo e um ramo prateado na mão direita, levantada (símbolo, talvez, da sua condição de viajante, ou peregrina, que lhe deu a invocação de Nossa Senhora da Boa Viagem) coroa larga e baixa, com anjinhos aos pés, e, a esquerda, a efígie de São José. Dentro do arco, como um retábulo, n parede inteiramente, revestida de azulejos decorados, está um grande Crucifixo, acima do Sacrário, pequeno, dourado, assente sobre mesa e pilastra aproximadamente iguais às que sustem os santos antes referidos. À direita, em um nicho cavado na parede que dá para o exterior, vê-se a imagem do Sagrado Coração de Jesus. Nas primeiras colunas, próximo ao altar, ficam outras duas imagens: Santo Antônio e Santa Tereza; mas para trás, Santa Teresinha e São Sebastião. Nos corredores ficam os quadros da Via Sacra, de cerâmica esmaltada, brancos, angulosos; sob a torre fica a escada, encontrando-se uma imagem de São João Batista na parede que dá para entrada. No outro lado, à direita de quem entra, conserva-se um altar, com a Imaculada Conceição: base e ara de mármore, com uma Última Ceia na parte inferior, dois degraus, colunas coloridas, arquitrave e frontão no alto, com entablamento denticulado. As colunas entre nave e deambulatório, naturalmente muito espessas, quadradas, tem as arestas cavadas em linha curva, deixando quatro superfícies arredondadas, para fora; acima, cornijas e molduras brancas. O forro é de madeira.” (BARROSO, 1997: p. 376 – 377)

Nos últimos meses de 2000, nos início da gestão do Mons. Luiz Orlando de Lima, a faixada dessa igreja passou a receber uma melhor pintura, sendo valorizado os seus contornos e detalhes, que antes eram escondidos pelo branco da cal e ofereciam um espetáculo de coragem no momento da execução de seu serviço de pintura.

Imagem interna da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, em 2018.

Nessa oportunidade, por conta das goteiras que danificavam o forro, todo o telhado foi trocado para telhas de amianto.
Ainda nessa época, com a expansão da Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, as imediações dessa igreja passaram por significativas melhorias, fato que motivou ao pároco a promover campanhas de arrecadação para troca do piso, que era de mosaico e passou a ser de granito.

“Alguns anos depois, nos últimos meses de 2000, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, a primeira reforma dessa praça veio acompanhada de significativas mudanças e de uma grande ampliação de sua área. Depois da morte do pároco do Município, o Pe. Paulo Ângelo de Almeida Medeiros, a pedido da população, o Governo Municipal resolveu instalar os bancos e fechar uma rua que existia na lateral esquerda da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. Outra mudança que merece destaque foi a retirada da grade que mantinha o paço municipal isolado da Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima e a junção dessa com a Praça José de Queiroz Sampaio, que hoje é tratada como se nunca tivesse existido. Ainda nesse tempo, de forma artística, o calçadão da praça foi valorizado recebendo o desenho que simboliza a ‘Lagoa do Cavalo Morto’ e a construção de um monumento que representa o Cachoeirão das Almas, importante atrativo com potencialidade turística de nosso Município.” (SILVA JÚNIOR, 2015: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/praca-monsenhor-jose-candido-de-queiroz-lima-2/. Acesso no dia 13 de janeiro de  2018)

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem possui em suas dimensões internas 20.05 metros de frente por 33.80 metros de fundo, totalizando uma área superficial de 677.69 m².

Imagem da abertura das janelas do primeiro pavimento da sacristia, em 2008.

Nessa reforma, por conta do salitre existente nas paredes, tanto internas como externas, as paredes e colunas do templo foram revestidas com piso, causando certas críticas da comunidade ao pároco, que foi acusado de descaracterizar esse patrimônio histórico.
Pouco tempo depois, por volta de 2008, ainda nesse paroquiato, foi construído o primeiro pavimento da sacristia e o forro das laterais, que sofriam com uma infestação de cupim, foram trocados por material de PVC, acrônimo da palavra em inglês polyvinyl chloride.
Alguns anos depois, por volta de 2010, no início do paroquiato do Pe. José Erineudo Ferreira de Souza, depois da realização de novas campanhas de arrecadação na comunidade, principalmente bingos, essa igreja trocou todos os seus bancos, deixando o seu templo apto a acomodar confortavelmente 577 pessoas.
Nessa mesma época, na parte superior do interior da nave principal desse templo, foi muito valorizada em sua ornamentação ao receber a colocação de diversas pinturas sacras.

Imagem do altar de Nossa Senhora da Boa Viagem, em 2018.

Mais tarde, no dia 26 de novembro de 2013, o altar principal recebeu revestimento de granito e nos anos seguintes, com o advento das novas tecnologias, televisores e câmeras, que transmitem os ofícios religiosos para as duas laterais da igreja, que ficam em um ângulo desfavorável ao altar.

A ESTRUTURA FÍSICA DA IGREJA:

Para executar bem as suas atividades, a Igreja Matriz de Nossa de Boa Viagem possui a seguinte estrutura:

  1. Nave do templo;
  2. Capela do Santíssimo;
  3. Sacristia;
  4. Banheiro.

A PROGRAMAÇÃO DA IGREJA MATRIZ:

As atividades semanais da programação da Igreja Matriz de Nossa de Boa Viagem são as seguintes:

  • MISSAS:
  1. Domingo ⇒ 10h (manhã); 17h (tarde); 19h (noite).
  2. Sábado ⇒ 19h (noite).
  3. Sexta-Feira ⇒ 18h (noite).
  4. Quinta-Feira ⇒ 6h e 30min (manhã).
  5. Segunda-Feira ⇒ 18h (noite).
  • CONFISSÕES:
  1. Quinta-Feira ⇒ 15h (tarde); 18h (noite).
  • TERÇO DOS HOMENS:
  1. Segunda-Feira ⇒ 19h (noite).
  • ADORAÇÃO:
  1. Quinta-Feira ⇒ 20h (noite).
  • ESTUDO BÍBLICO:
  1. Quinta-Feira ⇒ 19h (noite).

BIBLIOGRAFIA:

  1. BARROSO, Francisco de Andrade. Igrejas do Ceará. Crônicas Histórico-Descritivas. 1ºv. Fortaleza: LCR, 1997.
  2. MELO, Clemilton da Silva. Chefatura de Polícia do Ceará. 1884-1889. Tomo III. Fortaleza: RDS Editora, 2013.
  3. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  4. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  5. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/praca-monsenhor-jose-candido-de-queiroz-lima-2/. Acesso no dia 13 de janeiro de  2018.

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