Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boa Viagem

AS INFORMAÇÕES BÁSICAS:

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boa Viagem está localizado na Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima, nº 45, no Centro da cidade de Boa Viagem, no Município de Boa Viagem, no Estado do Ceará.

Imagem da sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boa Viagem, em 2013.

Um sindicato é uma associação estável e permanente de trabalhadores, tanto urbano-industrial, como rurais e de serviços, que se unem a partir da constatação e resolução de problemas e necessidades comuns.

“A palavra sindicato tem origem no latim e no grego. No grego, ‘syn-dicos’ é aquele que defende a justiça. No latim, ‘sindicus’ denominava o ‘procurador escolhido para defender os direitos de uma corporação’. Está sempre relacionado a noção de defender e ser justo com uma certa coletividade.” (WIKIPEDIA, 2000: Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Sindicato. Acesso no dia 10 de julho de 2021)

O SÍMBOLO DESSA ENTIDADE:

A palavra símbolo designa um tipo de signo em que o significante representa algo abstrato, por força de convenção ou semelhança, sendo um elemento essencial no processo de comunicação, encontrando-se difundido pelo quotidiano e pelas mais variadas vertentes do saber humano.
A representação específica para cada símbolo pode surgir como resultado de um processo natural ou pode ser convencionado de modo a que o receptor, uma pessoa ou grupo específico de pessoas, consiga fazer a interpretação do seu significado implícito e atribuir-lhe determinada conotação. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boa Viagem possui apenas um símbolo, sendo ele o seu brasão:

  • O BRASÃO:

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boa Viagem é bem simples, destacando no desenho os trabalhadores a quem representa.

Imagem do brasão de identificação dessa localidade.

UM POUCO DE SUA HISTÓRIA NO MUNICÍPIO DE BOA VIAGEM:

O surgimento do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boa Viagem é fruto das lentas e constantes transformações políticas, sociais e econômicas que ocorriam no Sertão do Estado do Ceará já nos primeiros anos da década de 1970.
Nessa época, em plena ditadura militar, a Teologia da Libertação permeava o discurso de parte do clero católico por meio das CEB’s – as Comunidades Eclesiais de Base, e da Pastoral da Terra, que conseguiam a adesão de alguns camponeses que tinham sede de justiça social.

“As Comunidades Eclesiais de Base (CEB) são comunidades exclusivistas ligadas principalmente à Igreja Católica que, incentivadas pela Teologia da Libertação, se espalharam principalmente nos anos 1970 e 80 no Brasil e na América Latina. Consistem em comunidades reunidas geralmente em função da proximidade territorial e de carências e misérias em comum, compostas principalmente por membros insatisfeitos das classes populares e despossuídos, vinculadas a uma igreja ou a uma comunidade com fortes vínculos, cujo objetivo é a leitura bíblica em articulação com a vida, com a realidade política e social em que vivem e com as misérias cotidianas com que se deparam na matriz ordinária de suas vidas comunitárias.” (WIKIPÉDIA, 2000: Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidades_Eclesiais_de_Base. Acesso no dia 11 de julho de 2021)

O quadro político do Ceará era determinado pelo “Pacto dos Coronéis”, e do gradual empobrecimento dos chefes políticos locais, que sofriam por conta das secas e da baixa produção do algodão, o que fez surgir na capital um grupo de jovens empresários, encabeçado por Tasso Ribeiro Jereissati, que desejavam o fim do clientelismo, do empreguismo, do coronelismo na política cearense e do fim do voto de cabresto.

“A cotonicultura fez parte do desenvolvimento econômico do Ceará desde o século XVIII, e de lá para cá teve várias crises, que foram sendo contornadas pela intervenção dos governos, que subsidiavam pesquisas para desenvolvimento de sementes, para descoberta de remédios utilizados no combate as pragas e até mesmo com empréstimos para os agricultores começarem novos plantios.” (TORRES VIANA, 2019: p. 336)

Dentro desse contexto, no dia 17 de outubro de 1971, empolgado em conseguir se impor diante dos latifundiários, o Sr. João Mendes de Andrade e outros conseguiram fundar essa agremiação.

“A sua primeira diretoria foi composta por: Francisco da Cunha Araújo e Raimundo Alves Batista, tendo de início 184 sócios. Atualmente, tem oitocentos e vinte e nove membros associados, sendo a diretoria formada por: Luís Alves Batista (Presidente), Antônia Valdenice da Silva Alexandre, Edimar Alves de Sousa e Francisco Assis Pereira.” (NASCIMENTO, 2002: p. 247)

Nos primeiros anos da década de 1980, demonstrando a sua força política, desse sindicato saiu a composição de uma chapa que pleiteou o Governo Municipal, tendo como candidato a prefeito o Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto, que atendia como médico nesse sindicato, e tinha como vice Luís Alves Batista, que presidia a instituição.

Imagem de uma reunião do Sindicato dos Trabalhadores Rurais na década de 1980.

DIRETORIA:

Durante os anos de sua existência essa entidade passou por diversas administrações, sendo que as suas diretorias são escolhidas entre os seus associados, foram elas:

  • 1971 – 1972

Francisco da Cunha Araújo (Presidente).

  • 1972 – 1974

Raimundo Alves Batista (Presidente);

  • 1974 – 2011

Luís Alves Batista (Presidente);
Jonas Cavalcante de Sousa (Vice-presidente).

  • 2011

José Guerreiro dos Anjos (Presidente).

O CONTATO:

Os canais de comunicação com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boa Viagem são os seguintes:

  • Telefone:
  1. 88.3427-1355.

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. TORRES VIANA, José Vandeir. História de Itatira. Dos primórdios aos dias atuais. Gecanindé: 2019.
  4. WIKIPÉDIA. Comunidades Eclesiais de Base. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidades_Eclesiais_de_Base. Acesso no dia 11 de julho de 2021.