AS INFORMAÇÕES BÁSICAS:
A casa pastoral da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem está localizada na Rua Pe. Mororó, nº 276, esquina com a Rua 26 de Junho, no Centro da cidade de Boa Viagem, no Estado do Ceará.
Essa casa, que foi construída entre os anos de 1959 e 1960, no pastorado do Rev. Ezequiel Fragoso Vieira, tem a finalidade de abrigar a família do pastor da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem.
A HISTÓRIA DE SUA CONSTRUÇÃO E OS SEUS MORADORES:
Na passagem para década de 1960 a Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem já contava com a desejada assistência espiritual de um pastor residente, fato de significativa importância para uma comunidade pobre que está localizada no Sertão do Estado do Ceará.
Nessa época, sem muitos recursos financeiros, durante algum tempo, o pastor residente foi sustentado com a oferta de duas comunidades: a Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem e a Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira.
Antes de sua construção os pastores que presidiram essas igrejas e residiram na cidade de Boa Viagem costumavam morar de aluguel e encontrar uma residência que oferecesse um mínimo de conforto para as suas famílias não era tarefa das mais simples. Portanto, nesse período, o fato dessa igreja possuir uma casa pastoral era um forte atrativo para permanência do obreiro, como também um grande fator de economia para sua tesouraria.
Pensando nisso, por volta de 1958, no pastorado do Rev. José Borba da Silva Neto, a Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem adquiriu por compra essa pequena propriedade.
Pouco tempo depois da aquisição desse terreno, conforme registro no livro de atas da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem do dia 6 de setembro de 1959, foi organizada uma pequena comissão que tinha por intuito levantar fundos para a sua construção:
“Logo em seguida, foi resolvido fazer uma campanha para levantar uma oferta de todos os crentes para construir uma casa pastoral, e os candidatos a trabalhar nesta campanha são: João Fragoso Vieira e Davi Vieira Carneiro.”
Pouco tempo depois, reunido os recursos necessários, alguns deles foram emprestados pela Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira, conforme assembleia do dia 10 de janeiro de 1960, a planta dessa casa foi cuidadosamente idealizada pelo Rev. Ezequiel Fragoso Vieira, que nessa época estava noivo, contando com a valiosa ajuda de David Vieira Carneiro, membro atuante dessa igreja.
Pouco tempo depois da conclusão de sua construção, ainda faltando o reboco e o piso, o Rev. Ezequiel Fragoso Vieira foi pastorear à Igreja Evangélica Congregacional de Belo Jardim, no Estado de Pernambuco, sem ter habitado nela.
O primeiro pastor a residir com a sua família nessa casa foi o Rev. Francisco Souto Maior, que sofreu um grave atentado contra a sua vida por conta de uma onda de intolerância religiosa movida pelo Pe. José Patrício de Almeida:
“No começo de 1960 saí no intuito de pastorear a Igreja Evangélica Congregacional de Belo Jardim, no Estado de Pernambuco, ficando na cidade de Boa Viagem o Rev. Francisco Souto Maior, que sofreu muita perseguição em seu pastorado, chegando inclusive a sofrer um atentado. Alta hora da noite [nessa época a cidade não possuía iluminação pública] atiraram na casa pastoral, tentando matá-lo.” (FRAGOSO VIEIRA, 1997: p. 5)
Mais tarde, nos primeiros meses de 1964 o Rev. Ezequiel Fragoso Vieira retornou ao pastorado da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem e passou a residir nessa casa com a sua família.
Nesse mesmo tempo, instalou nos fundos de sua residência o Instituto de Educação Paulo Moody Davidson, que passou a ser competentemente dirigido pela sua esposa, a Profª. Emivanete da Silva Vieira.
A família do Rev. Ezequiel Fragoso Vieira habitou nessa casa até o início da década de 1980, quando finalmente conseguiram realizar o sonho de possuir a sua própria residência através de um financiamento da Caixa Econômica Federal, deixando essa casa servindo como sede do projeto do Instituto de Educação Paulo Moody Davidson.
Nos últimos meses de 1995, chegando da Espanha, a igreja passou a contar com o apoio pastoral do Rev. Ezequiel Fragoso Vieira Júnior e este necessitava de um local para abrigar a sua família:
“No dia 27 de dezembro de 1995, a igreja passa a contar com o apoio do Rev. Ezequiel Fragoso Vieira Júnior que, como pastor auxiliar, permanece até dezembro de 1996.” (FRAGOSO VIEIRA, 1997: p. 6)
Por conta disso, essa casa passou por uma grande reforma em sua estrutura no intuito de retirar as adaptações que foram feitas anteriormente para servir de escola, para em seguida receber o Rev. Ezequiel Fragoso Vieira Júnior, que chegou a habitá-la por alguns dias:
“Em 1996, depois de um longo pastorado, o Rev. Ezequiel Fragoso Vieira, por motivos de saúde, pediu o afastamento de suas funções pastorais e a igreja, não querendo ficar sem um líder eclesiástico, vai em busca de um novo pastor. Nessa época, para acomodar a família do Rev. Ezequiel Fragoso Vieira Júnior, que assumiria a função de pastor da igreja, a assembleia de membros solicitou da escola as suas acomodações e decidiu não permanecer mais com o projeto.” (SILVA JÚNIOR, 2013: Instituto de Educação Paulo Moody Davidson. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/instituto-de-educacao-paulo-moody-davidson/. Acesso no dia 22 de junho de 2015)
Pouquíssimos dias depois do anúncio da entrega desse pastorado, ocorreu uma articulação política visando a sucessão pastoral, que tudo levava a crer que seria assumido pelo Rev. Eliézio Alves da Silva, na época pastor da Igreja Evangélica Congregacional do Conjunto Esperança, na cidade de Fortaleza.
Nos bastidores era organizado uma eleição com candidatura única, proposta que foi veementemente rejeitada pela assembleia. Antes disso, em uma reunião entre os oficiais, os pastores que estavam ao serviço da igreja em Boa Viagem e em Madalena afirmaram que tinham outros projetos ministeriais e não tinham nenhum interesse em concorrer nesse pleito eleitoral.
Por fim, de última hora, quebrando um acordo que tinha sido firmado na reunião de oficiais, foi proposto o nome do Rev. Josafá Vieira, que ganhou essa disputa por uma pequena diferença de votos e causou forte descontentamento em uma das alas da comunidade.
Alguns dias depois do resultado dessa eleição, para acomodar a família do pastor que vinha da cidade de Madalena, a casa pastoral foi solicitada ao Rev. Ezequiel Fragoso Vieira Júnior, que imediatamente lhe desocupou.
A ESTRUTURA:
Por conta do avanço da criminalidade na cidade de Boa Viagem essa casa não oferece mais a segurança de outros tempos, que pela forma que foi construída os seus moradores ficam expostos pela facilidade de acesso aos principais cômodos da casa, sendo dividida da seguinte forma:
- Área: 1
- Cozinha: 1
- Banheiro: 2
- Lavanderia: 1
- Quartos: 3
- Quintal: 1
- Salas: 2
O CONTATO:
O canal de comunicação com a casa pastoral da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem é o seguinte:
- 88.3427-1852.
BIBLIOGRAFIA:
- COSTA, Irismar Soares. Traços Biográficos do Rev. Ezequiel Fragoso Vieira. Monografia apresentada ao Departamento de Graduação da Universidade Estadual Vale do Acaraú, 1999.
- FRAGOSO VIEIRA, Ezequiel. A História da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem. Boa Viagem: Sem Editora, 1997.
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Andarilhos do Sertão: A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem. Boa Viagem, CE: PREMIUS, 2015.
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