David Vieira Carneiro nasceu no dia 24 de janeiro de 1926 no Município de Catolé do Rocha, que está localizado no Sertão do Estado da Paraíba, distante 411 quilômetros da cidade de João Pessoa, sendo filho de Cícero Vieira de Freitas e de Rosa Vieira Carneiro.
Os seus avós paternos se chamavam Pedro Vieira Carneiro e Maria Floriana de Morais, já os maternos eram José Vieira Carneiro e Maria Alexandrina Vieira Carneiro.
De sua infância até a sua juventude residiu em uma localidade denominada de Sítio Bom Nome, nas proximidades de Brejo dos Cavalos, que alguns anos depois passou a ser chamada de Brejo dos Santos.
A mudança desse nome ocorreu por conta de uma grande onda de intolerância religiosa ocorrida nos últimos anos da década de 1930, na mesma época em que ocorria grandes transformações em sua vida.
“A Igreja Evangélica Congregacional instalou-se nesse Município em 1928. O pastor era o Rev Henry Briault, de nacionalidade inglesa, que trabalhou, de certo modo, pelo progresso do lugar. Pelos anos de 1937 a 1939, as duas forças religiosas do lugar tiveram divergências, desentendimento este que gerou até violência.” (IBGE, 2000: Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/brejo-dos-santos/historico. Acesso no dia 24 de fevereiro de 2018)
Mais tarde, no dia 13 de setembro de 1944, segundo informações existentes no livro B-30, pertencente ao Cartório de Registro Civil de Catolé do Rocha, tombo nº 1.431, folha 23, contraiu matrimônio com Maria Vieira Carneiro, que era nascida no dia 10 de maio de 1924, sendo filha de Ariamiro José da Silva com Isaurina Isabel do Amor Divino.
Desse matrimônio foram gerados oito filhos, cinco homens e três mulheres, sendo eles: Jurandy Vieira Carneiro, Josreel Vieira Carneiro, Josniel Vieira Carneiro, Rosa Vieira Fernandes, Ruthe Vieira Carneiro Duarte, Risalva Vieira Machado, Djalma Vieira Carneiro e David Vieira Carneiro Filho.
No Município de Boa Viagem, desenvolvendo atividades de comerciante e de agropecuarista, projetou-se como uma de suas lideranças políticas.
Na eleição municipal que ocorreu no dia 15 de novembro de 1989, desejando entrar na vida pública por meio de um mandato eletivo na Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos do PMDB – o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, com a legenda nº 15.617, conseguiu ser eleito ao Poder Legislativo ao receber a confiança de 429 eleitores, sendo o décimo primeiro vereador em número de votos nessa eleição.
No dia 12 de maio de 1989, em um requerimento encaminhado à mesa diretora da Câmara, pediu licença de seu mandato por 90 dias, sendo substituído dias depois pelo seu suplente, o Vereador Raimundo Chagas de Mesquita.
Pouco tempo depois, no dia 5 de abril de 1990, depois de muitas discussões, no exercício de sua função como edil, participou da assembleia municipal constituinte como membro da Comissão de Sondagem e Propostas que deu origem à Lei Orgânica do Município de Boa Viagem.
Nesse período, encaminhou diversos requerimentos ao Gabinete do Prefeito por meio da mesa diretora da Câmara Municipal, entre eles destacamos: a construção de uma escola na localidade de Riacho dos Fernandes e uma praça na vila de Domingos da Costa.
Nessa legislatura, mesmo estando no bloco de oposição, deu apoio aos projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito Benjamim Alves da Silva, foram eles: a construção do Camelódromo; a construção do Ginásio Poliesportivo Dirceu José dos Santos; a construção do Centro de Convivência do Idoso Olavo Bilac Brilhante; a construção do Hospital Infantil Sebastião Alves da Silva; a construção da Creche Comunitária Miriam Brito Fialho; a construção da Escola Agrotécnica Janival Almeida Vieira, além de várias casas populares.
Segundo informações existentes no livro C-04, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 2.390, folha 230v, faleceu no dia 8 de março de 1992, aos 66 anos de idade, no Hospital e Casa de Saúde Adília Maria de Lima, que está localizado na cidade de Boa Viagem, vítima de câncer de língua, tendo seu óbito atestado pelo Dr. Antônio Erílson Façanha Barreto.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado em um mausoléu pertencente a sua família que existe no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, Centro.
BIBLIOGRAFIA:
- IBGE. A história de Brejo dos Santos. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/brejo-dos-santos/historico. Acesso no dia 24 de fevereiro de 2018.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Andarilhos do Sertão. A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem. Fortaleza: PREMIUS, 2015.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Benjamim Alves da Silva, através da lei nº 558, de 22 de maio de 1992, uma das ruas do Bairro Várzea do Canto, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura;
- Em sua memória, na administração do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 718, de 23 de março de 2000, uma das dependências da Câmara Municipal de Vereadores recebeu o seu nome;
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 1.084, de 4 de março de 2011, orientado pelo Ministério Público através do Promotor Dr. Marcus Vinícius Amorim de Oliveira, por força da lei nº 6.454, de 24 de outubro de 1977, que trata sobre a proibição da utilização do nome de pessoas vivas em edifícios públicos, bem como no que está escrito na Lei Orgânica do Município, a Escola de Ensino Fundamental Maria Dias Cavalcante Vieira, localizado na sede do Distrito de Domingos da Costa, teve o seu nome alterado para Escola de Ensino Fundamental David Vieira Carneiro.
“Art. 14 – É vedado ao Município: VIII – Atribuir nome de pessoa viva a rua, praças, logradouros públicos, pontes, viadutos, reservatórios d’água, praças de esporte, estabelecimentos de ensino, hospitais, maternidade, auditórios, salas, distritos e povoados.”
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