Cirilo Fragoso Vieira nasceu no dia 28 de janeiro de 1925 no Município de Pombal, que está localizado no Sertão do Estado da Paraíba, distante 371 quilômetros da cidade de João Pessoa, sendo filho de Cícero Fragoso Vieira e de Maria Vieira de Andrade.
Os seus avós paternos se chamavam Manoel Maria de Jesus e Antônia Vieira de Freitas, já os maternos eram Lucas Vieira de Freitas e Raquel Vieira de Andrade.
Passou grande parte da sua infância, juntamente com a sua família, residindo em um sítio denominado de Jacu, uma pequena localidade rural existente no Município de Pombal que pertencia ao seu avô materno.
Nessa época, juntamente com seus irmãos, passou uma infância bastante difícil por conta do inesperado abandono de seu pai, que resolveu largar a sua mãe para constituir outra família.
Pouco tempo depois, já no fim da década de 1920, a localidade onde residia foi alvo do evangelismo pessoal de alguns protestantes, algo que serviu para modificar a confissão religiosa de seus familiares.
“Tudo teve início quando uma simples revista, que acreditamos ser de escola dominical, chegou às mãos de Cícero Vieira de Freitas através de um protestante, que se chamava Adão e morava no Sítio Jericó, uma localidade vizinha.” (SILVA JÚNIOR, 2015: p. 142)
Essa revista, que se tornou objeto de profundo interesse dos moradores daquela pequena localidade, principalmente entre alguns membros de sua família, deu origem a uma série de questionamentos sobre o comportamento e a fé cristã.
Dentro de pouco tempo Cícero Vieira de Freitas, um dos mais interessados nesse assunto, conseguiu entrar em contato com o Rev. Harry George Briault, um missionário inglês que era pastor da Igreja Evangélica Congregacional de Campina Grande e que gentilmente atendeu ao convite.
Mais tarde, já na década de 1930, em uma data ainda desconhecida, recebeu o sacramento do batismo pelas mãos do Rev. Harry George Briault no templo da Igreja Evangélica Congregacional do Jacu, conforme registros no livro de atas da Igreja Evangélica Congregacional da Cachoeira:
“A Igreja Evangélica Congregacional do Jacu, no Município de Pombal, no Estado da Paraíba, teve a sua organização eclesiástica às 12 horas do dia 21 de fevereiro de 1937, sob a administração do Rev. Harry G. Briault. Pouco tempo depois, em 1941, por conta da migração de seus membros para o Município de Boa Viagem, no Estado do Ceará, essa igreja voltou a ser congregação.”
Nesse tempo, no fim da década de 1930, alguns dos seus parentes já estavam residindo no Estado do Ceará, de onde rotineiramente informavam da qualidade e do baixo preço das terras cearenses, o que estimulou ainda mais o desejo de migrar do Estado da Paraíba.
“As notícias sobre as terras do Estado do Ceará não paravam de chegar ao Município de Pombal, especificamente o sítio Jacu, entre os familiares de Quintiliano Vieira Lima e de sua esposa, Felisbela Vieira de Freitas… Dentro de pouco tempo, outras famílias tomaram o mesmo rumo, o Estado do Ceará. Dentre elas a família de Manoel Maria de Jesus… e era casado com Antônia Vieira de Freitas, irmã da esposa de Quintiliano Vieira Lima.” (SILVA JÚNIOR, 2015: p. 178)
Nessa ocasião, logo que chegaram ao Município de Boa Viagem, alguns desses protestantes se estabeleceram em uma localidade rural que é denominada Cachoeira dos Fragosos, onde conseguiram formar o primeiro núcleo de confissão protestante da região, a Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira, onde se tornou uma de suas colunas.
Esta nova escola na casa de Briault passou a ser muito respeitada em toda a região. Os primeiros diretores eram Briault, Paulo M. Davidson e sua esposa Dorothy, e a Sra. Kathleen McGarrie. Entre os primeiros professores estavam Davidson e a esposa, e o Rev. Josué Alves. Entre os alunos matriculados em 1937, o ano de sua fundação, estavam Emídio José (de Patos), Antônio Francisco Neto (de Trapiá), Cirilo Fragoso (de Jacú, que “frequentou o Instituto Bíblico como estudante particular durante o segundo semestre do ano 1937”), Napoleon Lins (de Catolé do Rocha, que, “depois de um ano voltou para o Seminário no Recife onde tinha iniciado sua carreira”), e Cláudio Santiago (de Patos).
Nesse período, no dia 10 de novembro de 1945, contando apenas 13 anos de idade, depois de algum tempo de namoro, segundo informações existentes no livro B-09, pertencentes ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, termo nº 930, folha 174v, contraiu núpcias com seu primo, que se chamava Cirilo Fragoso Vieira, nascido em 28 de janeiro de 1925, sendo filho de Cícero Fragoso Vieira e de Maria Vieira de Andrade.
Desse matrimônio foram gerados 11 filhos, sendo eles: João Fragoso Vieira Sobrinho, falecido antes de completar 1 ano; Adelmina Fragoso Vieira, falecida antes de completar 1 ano; Ademilde Fragoso Vieira; Arão Fragoso Vieira, falecido antes de completar 1 ano; Otaniel Fragoso Vieira; Adelmina Fragoso Vieira; Adelmira Fragoso Vieira, falecida antes de completar 1 ano; Adelvira Fragoso Vieira, falecida antes de completar 1 ano; Euci Fragoso Vieira; Eunídia Fragoso Vieira e Cirilo Fragoso Vieira Júnior, que faleceu com 1 ano e seis meses.
Segundo Informações existentes no livro C-08, pertencente ao Cartório Geraldina, termo nº 6.048, página 45v, faleceu no dia.
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