Eunice Fragoso Vieira nasceu no dia 17 de junho de 1932 no Município de Pombal, que está localizado no sertão paraibano, distante 371 quilômetros da cidade de João Pessoa, sendo filha de Pompeu Fragoso Vieira e de Maura Antônia do Nascimento.
Os seus avós paternos se chamavam Manoel Maria de Jesus e Antônia Vieira de Freitas, já os maternos eram José Vieira de Freitas e Antônia Egíbia do Nascimento.
Os primeiros anos de sua infância foram vividos no Sítio Jacu, localidade rural que nos primeiros anos da década de 1930 foi alcançada pela mensagem cristã do protestantismo.
Mais tarde, em 1938, aos 7 anos de idade, buscando melhores condições de sobrevivência, juntamente com os seus pais, migrou do Estado da Paraíba para localidade de Cachoeira dos Fragosos, na zona rural do Município de Boa Viagem, onde viveu grande parte de sua adolescência e juventude.
“As notícias sobre as terras do Estado do Ceará não paravam de chegar ao Município de Pombal, especificamente ao Sítio Jacu, entre os familiares de Quintiliano Vieira Lima e de sua esposa, Felisbela Vieira de Freitas… Dentro de pouco tempo, outras famílias tomaram o mesmo rumo, o Estado do Ceará. Dentre elas a família de Manoel Maria de Jesus… e era casado com Antônia Vieira de Freitas, irmã da esposa de Quintiliano Vieira Lima.” (SILVA JÚNIOR, 2015: p. 178)
Pouco tempo depois, nos primeiros anos da década de 1940, no templo da Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira, recebeu o sacramento do batismo pelas mãos do Rev. Paulo Moody Davidson.
Nesse período, no dia 10 de novembro de 1945, contando apenas 13 anos de idade, depois de algum tempo de namoro, segundo informações existentes no livro B-09, pertencentes ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, termo nº 930, folha 174v, contraiu núpcias com seu primo, que se chamava Cirilo Fragoso Vieira, nascido em 28 de janeiro de 1925, sendo filho de Cícero Fragoso Vieira e de Maria Vieira de Andrade.
Desse matrimônio foram gerados 11 filhos, sendo eles: João Fragoso Vieira Sobrinho, falecido antes de completar 1 ano; Adelmina Fragoso Vieira, falecida antes de completar 1 ano; Ademilde Fragoso Vieira; Arão Fragoso Vieira, falecido antes de completar 1 ano; Otaniel Fragoso Vieira; Adelmina Fragoso Vieira; Adelmira Fragoso Vieira, falecida antes de completar 1 ano; Adelvira Fragoso Vieira, falecida antes de completar 1 ano; Euci Fragoso Vieira; Eunídia Fragoso Vieira e Cirilo Fragoso Vieira Júnior, que faleceu com 1 ano e seis meses.
Nos primeiros anos da década de 1990, foi surpreendida pela notícia de um câncer de mama, doença que foi enfrentada e finalmente vencida em 1997.
No dia 3 de abril de 2012, juntamente com os seus filhos, foi surpreendida pelo falecimento de seu amado esposo.
Em maio de 2021, em plena pandemia, foi acometida pelo COVID-19, conseguindo mais uma vez restaurar a sua saúde até que, na tarde do dia 26 de novembro de 2024, aos 92 anos de idade encerrou a sua jornada nesta existência.
Eunice deixa como legado a leveza com que encarou a vida, a alegria de quem não temia o amanhã, o amor generoso e as palavras cheias de carinho. Será impossível esquecer o seu olhar vívido e o seu sorriso largo, e todas as vezes em que se ouvir sobre a mulher virtuosa, registrada em Provérbios, ela será lembrada: “Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas joias. O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho. Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida… Abre mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado… A força e a dignidade são os seus vestidos, e quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações…”
Ela desfrutou do agridoce que é a vida aqui sob o calor do Sol, sem, contudo, murmurar, sabendo estar contente em toda situação, como aprendeu na Bíblia: “Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja alimentado, seja com fome, tendo muito ou passando necessidade. Tudo posso Naquele que me fortalece.” (Filipenses 4. 12 e 13)
Manteve firme a esperança que professou, porque sabia que Aquele que prometeu é Fiel, e com isso pode sempre cantar agradecida: “Seja bendito o Cordeiro que na cruz por nós padeceu, seja bendito o seu sangue que por nossos pecados verteu.”
Cumpriu com louvor todos os papéis que lhe foram dados – filha, irmã, esposa, mãe, amiga, avó… E assim, nos deixa o desafio de também com zelo cumprir o nosso papel.
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