Rev. Ezequiel Fragoso Vieira

Ezequiel Fragoso Vieira nasceu no dia 16 de dezembro de 1933 no Município de Pombal, que está localizado no Sertão do Estado da Paraíba, distante 371 quilômetros da cidade de João Pessoa, sendo filho de Cícero Fragoso Vieira e de Maria Vieira de Andrade.
Os seus avós paternos se chamavam Manoel Maria de Jesus e Antônia Vieira de Freitas, já os maternos eram Lucas Vieira de Freitas e Raquel Vieira de Andrade.
Para compreendermos um pouco de sua trajetória de vida, além de sua origem familiar, faz-se necessário sabermos também um pouco do contexto histórico e das motivações que o trouxeram para o Estado do Ceará.
Nos primeiros anos da década de 1930 muitos paraibanos deixaram o seu Estado natal no intuito de encontrar um local com melhores condições para se viver, tendo em vista que a Paraíba é um Estado com pouca extensão territorial e com uma alta taxa de densidade demográfica, fator que na época gerava uma forte especulação sobre as terras agricultáveis daquela região.
Naquele tempo, além das poucas terras disponíveis, havia ainda uma intensa intolerância contra os cristãos de confissão reformada, algo que fortaleceu ainda mais à onda de migração para o Estado vizinho nas décadas que se seguiram:

“Corria a década de 1920, quando o irmão José da Silva Filho, novo convertido, deixa Brejo dos Santos e passa a residir em Jacu, um sítio no Município de Pombal, no Estado da Paraíba. Cheio de entusiasmo e fervor, começa aí a fazer um trabalho de evangelização pessoal, surgindo, como fruto de suas atividades evangelísticas, uma congregação daquele lugar. O missionário inglês Rev. Harry G. Briault, que residia na cidade de Patos, dava boa assistência a Jacu e a congregação prosperou, sendo organizada em igreja, com o nome de Igreja Evangélica de Jacu, no dia 21 de fevereiro de 1937.” (FRAGOSO VIEIRA, 1990: p. 1)

O Estado do Ceará, que nessa época possuía muitas terras devolutas, começou a receber vários paraibanos, que além de manterem os laços de parentesco mantinham também os laços de fé.
Foi nesse contexto de época que no ano de 1941 os seus pais saíram do Sítio Jacu, que está distante 6 quilômetros da cidade de Pombal, e migraram para o Estado do Ceará, se estabelecendo definitivamente na zona rural do Município de Boa Viagem em um local denominado de Cachoeira.
Esse sítio, que está distante 18 quilômetros da cidade de Boa Viagem, era popularmente conhecido pelo nome de “Cachoeira do Ten. José Felipe Ribeiro da Silva” e pouco tempo depois da fixação dessas pessoas teve a sua nomenclatura alterada para “Cachoeira dos Crentes”, ou ainda de “Cachoeira dos Fragoso”:

“Pressionado pela família, que se dedicava à agricultura e precisava de mais terras para as suas plantações, Manoel Maria de Jesus vende a sua propriedade, o Jacu, e compra Cachoeira, uma propriedade bem maior que está localizada no Município de Boa Viagem, no Estado do Ceará. Os evangélicos deixaram o Jacu e passaram a residir e trabalhar na nova fazenda de Manoel Maria de Jesus.” (FRAGOSO VIEIRA, 1990: p. 01)

Essa repentina mudança de identidade do local aconteceu em virtude de que, no dia 12 de dezembro de 1941, pouco tempo depois dessa fixação, em uma assembleia que foi dirigida pelo Rev. Paulo Moody Davidson, ficou definida a construção de um templo de uma confissão religiosa alheia àquela estabelecida naquela região, igreja com o modo de governo democrático, que mais tarde passou a ser denominada de Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira.

Imagem do templo da Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira, em 2010.

Nessa mesma assembleia outra importante decisão administrativa foi tomada quando foi deliberado sobre o corpo de oficiais que conduziriam o rebanho na ausência do pastor, caindo sobre os ombros de Cícero Fragoso Vieira, pai de Ezequiel, a responsabilidade pelo diaconato.
Antes do início da construção desse templo às atividades religiosas eram regularmente celebradas em um dos cômodos da residência de seu avô paterno, Manoel Maria de Jesus, e costumavam receber pessoas das localidades de Cachoeira, Pitombeira, Pedra Branca, Lembranças e Madeira Cortada, outros sítios localizados na zona rural boa-viagense.
Com apenas 8 anos de idade muitas mudanças já tinham ocorrido na vida do pequeno Ezequiel, e essas modificações seriam vitais para o destino que lhe aguardava. Ainda nessa época, dependendo da quadra invernosa, Cícero Fragoso e a sua família conservava uma dupla residência, no inverno cuidavam da roça morando no sítio, e no verão, logo após a colheita, se estabeleciam na cidade mantendo-se à custa de um pequeno atelier de costura:

“Cícero Fragoso, o pai do Rev. Ezequiel, trabalhava na agricultura, mas era também alfaiate, por esta razão teve que dividir a sua moradia entre a cidade de Boa Viagem e o Sítio Cachoeira, ficava no sítio até a colheita e depois mudava-se para a sua casa na cidade, onde mantinha a sua confecção de roupas.” (COSTA, 1997: p. 13)

Semelhantemente a outros garotos de sua época, desde cedo, foi acostumado a enfrentar os rigores do trabalho no campo, as suas atividades domésticas, que eram compartilhadas entre os irmãos, consistiam em manter as reservas d’água sempre abastecidas, campear os animais da propriedade, manter as cercas sempre intactas, participar da debulha, do armazenamento dos grãos e com o tempo aprendeu algo mais refinado, coser.
A sua mãe, mulher que era extremamente piedosa, nutria o forte desejo de ver os seus filhos engajados no ministério eclesiástico e desde cedo lhes induziu para o despertamento dessa vocação:

“A mãe, Maria Vieira de Andrade, era um exemplo de mãe, fiel e temente a Deus, boa esposa, ajudava e acompanhava o esposo nas atividades da costura, pois era também uma boa costureira, sempre ensinando e acompanhando os filhos. Tinha muito desejo de ver os seus filhos pastores e os influenciava para a escolha do ministério sagrado. O seu desejo e influência se cumpriram, pois três de seus filhos se formaram em Teologia, sendo posteriormente ordenados pastores. Uma filha também cursou Teologia, e tornou-se missionária.” (COSTA, 1997: p. 13)

Crescendo em um lar profundamente religioso constantemente recebia uma valiosa carga doutrinária dos missionários da UESA – a União Evangélica Sul-Americana, que se hospedavam em sua residência e nos cultos domésticos que diariamente eram celebrados por sua família:

“No Sítio Cachoeira, onde ele passou a sua infância, aprendeu a amar aquelas terras, onde semeou e colheu frutos, lidar com os animais de seu pai. A arte de alfaiate e conviver em sua religiosidade, com as famílias evangélicas que residiam também naquele sítio, que eram seus tios e primos. Razão que o levou ao despertamento vocacional de estudar Teologia, par tornar-se um pastor, chegando a ser também um excelente professor.” (COSTA, 1997: p. 10)

Em 1949, aos 16 anos de idade, passou a frequentar os bancos escolares da Escola de Ensino Fundamental Padre Antônio Correia de Sá, escola da rede municipal que está localizada na Rua José Rangel de Araújo, nº 26, no Centro da cidade de Boa Viagem.
Nessa unidade de ensino conseguiu dar início a formalização de sua carreira acadêmica e passou a ter mais contato com as pessoas da zona urbana:

“Era um belo rapaz, inteligente, estudioso, obediente e trabalhador, logo recebeu o assédio das moças da cidade. Tão dedicado, tão calmo e tão bonito, as moças católicas, carinhosamente e sem nenhuma malícia o batizaram de Santa Terezinha. E ele, com o seu jeito simples e acanhado, paciente e calmo não escondia o seu jeito calmo sorrindo e ficando vermelhinho.” (COSTA, 1997: p. 15)

Em 1951, depois de cursar a última série disponível nessa escola, foi encaminhado por sua igreja aos estudos eclesiásticos no internato do Seminário Teológico Congregacional do Nordeste, que atualmente está localizado na Rua Arealva, nº 19, no Bairro Tejipió, na cidade do Recife, no Estado de Pernambuco.

Imagem do Seminário Teológico Congregacional do Nordeste, em 2002.

Nessa época essa humilde instituição confessional, de nível superior, era dirigida pelo Rev. Paulo Moody Davidson, um velho conhecido de sua infância, que foi também um de seus professores no estágio propedêutico de sua formação, como também na etapa avançada de seus estudos teológicos:

“Em 1937, liderado pelo Rev. Herry Briault, florescia o campo evangelístico da Paraíba e, com o apoio da UESA, foi criado o Instituto Bíblico de Patos, onde prestaram colaboração vários entre os quais destacamos o Rev. Paulo M. Davidson e o Rev. Percy Bellah. Em 1944 o IBP foi transferido para cidade de Fortaleza, mudando o nome para Instituto Bíblico Nordestino. Em 1949 ficou decidido que o Instituto Bíblico de Fortaleza seria transferido para o Recife e oficializado como instituição denominacional. Localizou-se a princípio na Avenida 17 de Agosto, no Bairro do Monteiro, tendo como diretor o Rev. Paulo M. Davidson. Somente em 1952 foi adquirido o terreno com mais de 9.000 m² no Bairro Tejipió onde, em 1954, foi construído o atual prédio principal do Seminário.” (OLIVEIRA, 1984, p. 49)

No período das férias realizava o agradável sacrifício de retornar ao Estado do Ceará, quando embarcava no trem, na cidade do Recife, com destino ao Município de Quixeramobim e de lá conseguia condução para o Município de Boa Viagem, onde já havia um cavalo previamente equipado lhe aguardando para concluir o longo trajeto.
Em sua casa, sendo ansiosamente aguardado por todos, se deleitava em dividir por horas, com os seus irmãos, as novidades que via na cidade grande:

“Em sua casa todos o esperavam ansiosamente. A sua mãe preparava doces e comidas especiais para celebrar a sua chegada. Nessa época a sua família estava no sítio, pois já preparavam as terras para o plantio do ano seguinte. Na cidade, em Boa Viagem, já havia um cavalo muito bem arriado, a espera do belo estudante.” (COSTA, 1997: p. 15)

Conforme o testemunho de seu irmão caçula, o Rev. Epitácio Fragoso Vieira, no gozo das férias a sua vida não era das mais fáceis, sem compreender, o seu pai lhe exigia as mesmas tarefas que antes:

“Quando Ezequiel chegou, parece que recebíamos um príncipe. Ele trouxe lindos cartões de Natal para todo mundo, ficamos ouvindo o que ele tinha para contar até de madrugada. No domingo, ele já estava na Igreja de Cachoeira e eu fiquei orgulhoso de ouvi-lo pregar. Eu ficava bebendo, sorvendo, não perdia uma só palavra. Ele continuava filho obediente, depois de um ano fora de casa, sem levar aquele sol queimante do Sertão Central, estava com a pele muito fina. Papai já lhe havia preparado uma boa enxada para iniciar o trabalho na roça junto com os outros no ano que se iniciava. Mandou que Ezequiel acompanhasse os outros naquela tarefa rústica e árdua, ele que mal chegara de férias, depois de um longo ano de estudos, já quase desacostumado aquela atividade pesada, ‘porém, como um cordeiro, ele não abriu a sua boca’. Trabalhou os três meses de férias: dezembro, janeiro e fevereiro. Nos primeiros dias, desacostumado que estava com o trabalho braçal, rasgou as mãos no rude instrumento agrícola e à noite teve febre do sol que levou, pois trabalhou de sol-a-sol. Só era feito um pequeno intervalo ao meio dia, quando, na sombra de um juazeiro, comiam a boia: farinha, rapadura e carne assada. E assim foi a vida de nosso príncipe nas férias.” (COSTA, 1997: p. 15-16)

Durante os anos de curso não perdia a oportunidade de visitar as congregações espalhadas pela cidade do Recife e uma de suas atividades favoritas, além de instruir os catecúmenos, era ensinar novos cânticos ao povo congregado.

Imagem da despedida do Rev. Paulo Moody Davidson na Igreja Evangélica Pernambucana, o Rev. Ezequiel é o penúltimo.

Finalmente, no dia 1º de dezembro de 1955, depois de alguns anos de estudos, conseguiu concluir o seu bacharelado ficando apto ao exercício do ministério pastoral como licenciado em Teologia aguardando o momento de apresentar a sua tese e por fim receber a sua ordenação eclesiástica.

“Durante todos os anos de Seminário as mensalidades foram pagas por uma jovem canadense e papai se encarregava de fazer as provisões para as demais despesas.” (COSTA, 1997: p. 60)

Poucos tempo depois, no dia 15 de janeiro de 1956, foi licenciado ao exercício do ministério pela Convenção Regional do Nordeste, que foi realizada no templo da Igreja Evangélica Congregacional de Macaparana, distante 80 quilômetros da cidade do Recife, onde passou pouco mais de um ano como estagiário.

Imagem do Rev. Ezequiel na época de seminário.

No dia 20 de janeiro de 1957, depois de apresentar a sua tese, que tratou sobre à trindade, recebeu a sua ordenação pastoral em uma Convenção Regional das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Nordeste, que ocorreu no santuário da Igreja Evangélica Pernambucana, que está localizada na Rua do Príncipe, nº 328, no Bairro da Boa Vista, na cidade do Recife.
Depois disso seguiu para assumir a sua primeira designação pastoral, que foi na cidade de Itapipoca, no Estado do Ceará, onde passou três anos e seis meses e era tutorado pelo Rev. Jetro Canuto Alves de Albuquerque:

“Após a ordenação, tendo sido muito bem aceito no Município de Itapipoca, assumiu o pastorado da Igreja Cristã Evangélica de Itapipoca, onde permaneceu até junho de 1959.” (COSTA, 1997: p. 31)

Em seguida, depois de algum tempo na cidade de Itapipoca, recebeu apelo de seus familiares e da UESA para assumir os trabalhos da Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira e da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem, comunidades que nesse período estavam sem um pastor residente.
Essa decisão está registrada no livro de atas da Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira do dia 25 de janeiro de 1959, presidindo a sua primeira assembleia no dia 2 de agosto.

Imagem do templo da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem, década de 1970.

Assumiu essas responsabilidades pastorais por pouco mais de seis meses no lugar deixado pelo Rev. José Borba da Silva Neto, permanecendo nessa função na Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem até o mês de dezembro de 1959, e na Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira até o dia 23 de fevereiro de 1960, quando foi substituído pelo Rev. Francisco Souto Maior.
Antes disso, durante essa curta temporada, investiu esforços para construção da casa pastoral da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem, que tinha por finalidade abrigar a família do futuro pastor:

“Pensando nisso, por volta de 1958, no pastorado do Rev. José Borba da Silva Neto, a Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem adquiriu por compra essa pequena propriedade. Pouco tempo depois da aquisição desse terreno a casa foi edificada e a sua planta foi cuidadosamente idealizada pelo Rev. Ezequiel Fragoso Vieira, que nessa época estava noivo, contando com a valiosa ajuda de David Vieira Carneiro, membro atuante dessa igreja. Depois da conclusão de sua construção o Rev. Ezequiel Fragoso Vieira foi pastorear à Igreja Evangélica Congregacional de Belo Jardim, no Estado de Pernambuco, sem ter habitado nela.” (SILVA JÚNIOR, 2015: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/casa-pastoral-da-igreja-evangelica-congregacional-de-boa-viagem/. Acesso em 10 de junho de 2016)

Nessa época aceitou o convite de assumir os trabalhos da Igreja Evangélica Congregacional de Belo Jardim, que está localizada na Rua Coronel Adjar Maciel, nº 42, Centro, na região Agreste do Estado de Pernambuco, distante 187 quilômetros da cidade do Recife.
Na cidade de Belo Jardim, assumiu às atividades eclesiásticas que foram deixadas pelo Rev. Diocênio Elias Neto e, além das atividades pastorais, para complementar a sua renda, era um dos professores da rede pública do Município de Belo Jardim e do Colégio 11 de Agosto, uma escola da rede privada que estava localizada na cidade de Arcoverde, cidades que estavam distante aproximadamente 100 quilômetros e são ligadas pela BR-232:

“É também em Belo Jardim que ele descobre e demonstra mais outros grandes talentos, dedicou parte de seu precioso tempo na educação, onde lecionou inglês, francês e latim, de 1960 a 1963. Eram duas horas de viagem entre Belo Jardim e Arco Verde. Era um trabalho cansativo. Dava muitas aulas e imediatamente voltava para as diversas atividades da igreja e para a realização de um programa radiofônico na Rádio Bitury.” (COSTA, 1997: p. 31)

Pouco tempo antes de assumir esse pastorado, no período de 17 a 20 de janeiro de 1957, em um congresso regional que foi promovido pela UIECCB – a União das Igrejas Evangélicas Congregacionais e Cristãs do Brasil, avistou uma jovem que se chamava Emivanete Rafael da Silva, que nessa ocasião representava à mocidade da Igreja Evangélica Congregacional de Caruaru.
Mais tarde, no dia 6 de fevereiro de 1960, pouco mais de três anos após o encerramento desse congresso, depois da troca de muitas correspondências, no templo da Igreja Evangélica Pernambucana, em uma cerimônia que foi celebrada pelo Rev. Artur Pereira Barros, contraiu matrimônio com Emivanete da Silva Vieira, nascida no dia 4 de fevereiro de 1939, sendo filha de Exgesso Rafael da Silva e de Maria da Penha Silva:

“Nessa época Ezequiel era seminarista e foi convidado para falar às crianças. Ele passou um mês substituindo o Rev. Edgar Leitão, que havia viajado para o Rio de janeiro. Retornando às aulas do seminário, ambos, passamos anos sem nos avistar, mas nada de namoro, pois eu ainda era muito garota. Quando completei 18 anos fui assistir ao Congresso Regional em Recife, na Igreja Pernambucana. Fui representando a minha igreja como congressista e lá estava Ezequiel. Foi uma surpresa para mim, pois não sabia que ele era um dos concludentes a ser empossado. Nesse período de congresso começamos a nos afeiçoar. Entre namoro, noivado e casamento foram três anos.” (COSTA, 1997: p. 67)

Poucos dias depois, no dia 10, segundo informações existentes no Cartório de Registro Civil, tombo nº 50.312, folha 200v, confirmou os seus votos em uma cerimônia de efeito civil.

Imagem da festa de casamento, em 1960.

Desse feliz e abençoado casamento foram gerados cinco filhos, três mulheres e dois homens, sendo eles: Ezenete Fragoso Leitão, Eunice Fragoso da Silva Vieira, Ezenir Fragoso Vieira, Ezequiel Fragoso Vieira Júnior e Eziel Fragoso Vieira.
Segundo informações existentes do livro de atas da Igreja Evangélica Congregacional de Belo Jardim, presidiu a sua primeira assembleia de membros nessa comunidade no dia 20 de março de 1960.
Em seu curto período de pastorado empreendeu uma campanha para construção da torre da igreja e para construção de um salão anexo ao templo, que foi destinado para educação infantil.
Em 1964, depois de dez anos fora de casa, recebeu notícias da oficialização de um convite para retomar o pastorado da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem, chamado que foi prontamente atendido, deixando o pastorado da Igreja Evangélica Congregacional de Belo Jardim aos cuidados do Rev. Leônidas Pereira da Silva.
Retornando para cidade de Boa Viagem percebeu que havia se instalado no Município um forte clima de inimizade entre protestantes e católicos, e essas hostilidades já tinham produzido agravos de ambas às partes e um atentado à vida do Rev. Francisco Souto Maior:

“Fui um dos primeiros crentes na cidade de Boa Viagem. Ainda não havia uma Igreja Evangélica aqui, nem mesmo uma congregação, havia somente uma família evangélica: Papai, mamãe, meus irmãos, eu e meu primo João Fragoso. Os cultos eram na casa de papai, o nosso lar era uma pequena igreja. Foi um período difícil, éramos desprezados, odiados e perseguidos. Depois, quando o pequeno grupo se desenvolveu, sendo organizado em igreja, eu fiquei fora, mas sempre recebendo notícias das perseguições. Por fim voltei para assumir os trabalhos num período de perseguição.” (COSTA, 1997: p. 32)

Essas hostilidades religiosas haviam tomado corpo graças aos insultos e às divergências teológicas que eram amplamente divulgadas através de dois programas de rádio no serviço externo de som das igrejas.
Nos fundos do templo da Igreja Evangélica Congregacional, que na época estava localizada na Rua Antônio Domingues Álvares, n° 374, Centro, o programa “A Voz Congregacional” era transmitido diariamente no final da tarde pelo Rev. Francisco Souto Maior.
No mesmo horário, no serviço de som existente na torre da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, que está localizada na Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima, s/n°, Centro, era transmitido o programa “A Voz da Imaculada” pelo Pe. José Patrício de Almeida.
A troca de insultos entre esses dois religiosos era um misto de cômico e trágico, mas isso incomodava aos religiosos mais radicais de ambos os lados. Outro problema constatado pelo novo pastor, só que no âmbito interno da igreja, era a divisão da comunidade em duas facções familiares por conta da candidatura política de dois de seus membros, Samuel Alves da Silva e João Fragoso Vieira, um dos fatores que levaram à renúncia do Rev. Souto Maior.
Poucos meses depois dessa decisão, segundo ata da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem, tomou posse de seu pastorado no dia 24 de junho de 1964:

“Passou, então, a direção do trabalho ao Rev. José Quaresma de Mendonça – vice-presidente da junta administrativa do Nordeste Setentrional. Este comunicou que logo daria posse ao pastor que a igreja tinha convidado para assumir o seu pastorado – Ezequiel Fragoso Vieira. Os oficiais levaram o novo pastor a frente. Deu-se então a solenidade de posse. O pastor assumiu compromisso com a igreja e a igreja com o pastor, que logo depois de empossado foi declarado pastor da igreja pelo Rev. José Quaresma de Mendonça. Tendo assumido a direção do trabalho o Rev. Ezequiel faz referência a responsabilidade que sente pesar sobre seus ombros, mas diz sentir-se animado para as lutas, confiando na direção de Deus e na compreensão e cooperação de todos os membros e congregados da igreja.”

Poucos dias depois, conforme ata do dia 16 de julho de 1964, tomou posse do pastorado da Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira, presidindo a sua primeira assembleia na segunda fase do seu pastorado nessa comunidade no dia 14 de março de 1965.
Nessa mesma época, por volta de 1966, surgiu um convite que serviria de canal para resolução de parte dessas divergências, a Escola de Ensino Fundamental e Médio Dom Terceiro, que recebeu forte contribuição financeira das duas confissões cristãs existentes no Município:

“Quando deixei Belo Jardim, vim para Boa Viagem com o plano de me dedicar exclusivamente ao trabalho de pastor. Um dia, porém, recebi uma comissão do Ginásio Dom Terceiro, convidando-me para ensinar. Foi mais do que um convite. Foi um apelo insistente. O Ginásio tinha se fechado por falta de professor e, para voltar a funcionar, precisava de minha colaboração.” (COSTA, 1997: p. 60)

Nessa época, o Município de Boa Viagem carecia de uma escola para instruir os seus jovens e abrir a mente dos mais velhos, mas enfrentava sérias dificuldades em não ter professores qualificados à disposição:

“É, portanto, uma pessoa muito preparada e muito contribuiu para a reabertura do Colégio Dom Terceiro. O Ginásio havia sido fechado por falta de professores e para voltar a funcionar precisava de sua colaboração. Ele não resistiu. Passou a ensinar para servir a uma comunidade carente. E o que fez foi com muita dedicação e seriedade. Dando aí também, o seu exemplo de vida e de mestre.” (COSTA, 1997: p. 25)

Enfrentando essa carência o Governo Municipal lhe estendeu esse convite e dentro de pouco tempo, tanto ele como a sua esposa, passaram a figurar como professores dessa instituição de ensino, que depois de algum tempo foi encampada pelo Governo do Estado:

“O seu trabalho como professor e vice-diretor o tornou muito conhecido, estimado e admirado por toda população boa-viagense. A sua cultura e inteligência, a sua calma e tranquilidade, o seu jeito amigo de lidar com as pessoas tudo o levou a ser considerado ‘um homem de vida exemplar’. Isso fez com que muitas portas se abrissem para o crescimento e desenvolvimento do trabalho pastoral, desenvolvido por ele, na mesma cidade e Município.” (COSTA, 1997: p. 10)

Vale lembrar que a decisão de trabalhar nessa escola não foi decidida sem antes consultar a sua comunidade reunida em assembleia, conforme ata do dia 1º de janeiro de 1967:

“O pastor solicita a opinião quanto as suas atividades no Ginásio Dom Terceiro, passando a presidência da assembleia ao Presbítero Bernardino Fragoso Vieira e em seguida se retira. A igreja se pronuncia a favor da permanência de suas atividades no Ginásio, oferece-lhe a oportunidade de passar o mês de janeiro na cidade de Fortaleza para fazer o curso de suficiência.”

Nessa unidade de ensino, diariamente, manteve contato com os alunos e pais da comunidade boa-viagense, pessoas que por outros meios jamais teria acesso. Com muita habilidade e simpatia conseguiu conquistar a confiança e a amizade daqueles que desde a infância eram programados para não ter-lhe afeto.
Ainda nessa escola construiu uma forte relação de amizade e admiração entre os seus colegas, dentre eles do Pe. José Patrício de Almeida e logo depois do Pe. Paulo Ângelo de Almeida Medeiros, que também ensinaram nessa instituição:

“Uma de minhas lutas na fase inicial de meu ministério em Boa Viagem foi procurar a paz, a compreensão e a harmonia entre a comunidade católica. Consegui, foi uma vitória que me trouxe muita alegria.” (COSTA, 1997: p. 32)

Outra importante ação desempenhada em seu ministério em favor do magistério foi à manutenção da continuidade das atividades educacionais do Instituto de Educação Paulo Moody Davidson, que fora fundado pelo seu antecessor e era habilidosamente dirigido por sua esposa.
Mais tarde, na gestão do Prefeito Osmar de Oliveira Fontes, através da lei municipal nº 155, de 22 de outubro de 1971, essa unidade de ensino foi reconhecida pela Câmara Municipal de Vereadores como sendo de utilidade pública.

Imagem da rural do Rev. Ezequiel Fragoso em frente da Escola de Ensino Médio Dom Terceiro.

Ainda nessa época, além de suas atividades docentes, não deixava cair à qualidade em seu trabalho pastoral, semanalmente assistia às congregações e pontos de pregação que estavam espalhados pela zona rural do Município em uma rural willys equipada com serviço de som e gerador com iluminação para os locais de culto:

“Cachoeira, que teve o seu templo construído em 1956, pelo senhor João Pereira, permaneceu e permanece como igreja-mãe, tendo passado suas congregações para a Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem.” (NASCIMENTO, 2002: p. 105)

Nesse veículo, no fim dos anos 1970, quando vinha da cidade de Fortaleza com o seu filho caçula recém nascido, sofreu um grave acidente que lhe desfigurou a face e por pouco não lhe causou danos mais graves a sua saúde.
Durante o seu ministério na cidade de Boa Viagem, quase que diariamente, a partir das 5 horas da manhã, pela Rádio Asa Branca, AM 710, levava aos ouvintes a palavra de Deus e um repertório variado de músicas sacras que ainda hoje é saudosamente lembrado pelos mais antigos.
No final do ano de 1974, depois de anos de despertamento, fez com que a sua comunidade percebesse a necessidade da construção de um templo maior e mais confortável, conseguindo lançar os fundamentos do templo da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem, que hoje está localizada na Rua 26 de Junho, nº 553, Centro:

“O belo e suntuoso é considerado como um dos melhores templos evangélicos do Brasil. O Rev. Ezequiel Fragoso Vieira tem realizado um ministério fecundo que tornou o seu nome conhecido em todo o Brasil congregacional.” (COSTA, 1997: p. 33)

Nessa mesma época o seu nome passou a ser amplamente conhecido dentro de sua denominação, a UIECB – a União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, surgindo o tentador convite de assumir os trabalhos da Igreja Evangélica Fluminense, a primeira igreja de orientação protestante em língua portuguesa de nosso país.
No campo literário, no 2º trimestre de 1979, produziu uma série de lições que foram editadas em todo país pelo setor de educação teológica da União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil.

Imagem da comemoração de jubileu de 25 anos da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem.

Poucos anos depois, no primeiro trimestre 1985, conseguiu projetar informações de sua comunidade em uma das revistas destinadas para escola dominical que eram editadas pelo DET- o Departamento de Educação Teológica de sua denominação.
Antes disso, por conta de seu conceito na comunidade, foi sondado pelo Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, como o seu potencial sucessor no comando do Poder Executivo do Município, convite que foi veementemente e com muita educação declinado:

“Nunca pensei em ser político. Já fui procurado por uma das principais lideranças políticas de nosso Município sondando-me sobre a possibilidade de ser candidato a prefeito, mas isso não me despertou interesse. Nunca senti vocação ou qualquer chamado da parte de Deus para servir nessa área.” (COSTA, 1997: p. 65)

No dia 24 de junho em 1982, depois de 26 anos de organização eclesiástica, contando com a presença de autoridades civis e eclesiásticas da cidade, inaugurou solenemente um dos maiores templos protestantes do Brasil nessa época.

Imagem da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem, em 1984.

Pouco tempo depois, além dos trabalhos que eram mantidos na zona rural do Município, essa igreja promoveu a abertura e a manutenção financeira de trabalhos evangelísticos no Município de Madalena e no Conjunto Esperança, na cidade de Fortaleza, congregações que mais tarde tornaram-se independentes e foram filiadas aos quadros denominacionais da União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil:

“No final do ano de 1984, pensando em expandir o trabalho evangélico e doutrinário, bem como atender as necessidades de diversos membros, a Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem organiza oficialmente uma congregação no Centro de Fortaleza, que algum tempo depois transferiu-se do Centro para o Conjunto Esperança… A irmã Adalcina Vieira de Freitas inicia um trabalho em Olho d’Água dos Facundos, na zona rural do Município de Boa Viagem. Em 1987 a igreja decide abrir uma congregação na cidade de Madalena. Hoje o trabalho em Madalena é promissor, já foi organizado um ponto de pregação no Bairro Henrique Jorge.” (FRAGOSO VIEIRA, 1997: p. 5)

No dia 25 de setembro de 1989, em cumprimento da lei nº 492, a Câmara Municipal de Vereadores de Boa Viagem, por unanimidade, concedeu-lhe a Comenda Antônio Domingues Álvares, o maior título honorífico concedido pelo Poder Legislativo do Município.
Um pouco mais tarde, no dia 22 de novembro de 1991, em cumprimento da lei municipal nº 495, de 23 de outubro de 1989, novamente por unanimidade, por conta de seus valiosos serviços prestados a essa comunidade, foi-lhe concedido o titulo de Cidadania Boaviagense.
Algum tempo depois, em 1993, em uma assembleia de membros, foi proposto e apoiado por unanimidade a sua nomenclatura para o acampamento da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem.
Mais tarde, nos primeiros meses de 1995, depois de 26 anos de atividade docente, solicitou afastamento por tempo de serviço dos quadros funcionais da Secretaria da Educação do Governo do Estado do Ceará.
Nos últimos meses de 1996, passando por problemas de saúde, depois de 33 anos de pastorado, solicitou afastamento de suas atividades eclesiásticas da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem, continuando ainda na ativa como pastor da Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira.

Imagem do Rev. Ezequiel Fragoso Vieira ao lado de seu querido fusquinha.

Antes disso recebeu forte pressão emocional de grupos de sua comunidade que insistiam em um movimento de “renovação espiritual” que se fundamentava em modismos teológicos e de consumismo gospel, como também pelo domínio de representatividade dentro do cenário político do Município.
Nesse período, sem ter como lhe atingir diretamente para manchar o seu nome, apontaram às flechas de suas acusações para um de seus irmãos, o Diácono Cirilo Fragoso Vieira, que foi levianamente acusado de um crime sexual contra uma menor.
O paladino e formulador dessa grave acusação, que não foi fundamentada, nunca apresentou provas plausíveis do fato e a suposta vítima nunca apareceu diante da assembleia de membros ou do Ministério Público, deixando fortes evidências que o interesse do acusador não era fazer justiça e sim de alguma forma gerar um grave escândalo dentro da comunidade para de tabela atingir o nome do velho pastor.
Nessa mesma época, pouco tempo depois de sua renúncia, visivelmente insatisfeitos com a filosofia de trabalho, dos costumes e da Teologia implantada pela nova liderança, um grupo de pessoas decidiu sair da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem e formar uma nova congregação.
Esse pequeno grupo almejava seguir o mesmo sistema de governo eclesiástico, como também a mesma linha teológica a que eram habituados em seu pastorado.
Nesse intuito esse pequeno grupo de pessoas, que necessitavam de uma igreja que os tutorassem eclesiasticamente, prontamente solicitaram filiação ao quadro de membresia da Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira, que em assembleia, por não quererem ver-lhes desgarrados, imediatamente resolveu lhes acolher.
Dentro de pouco tempo esse pequeno grupo cresceu e solicitou a sua independência eclesiástica, organizou os seus estatutos e construiu um dos mais belos templos do Município.
Nesse meio tempo, em sinal de reconhecimento, a Igreja Evangélica Boaviagense, em assembleia de membros, por unanimidade, decidiu ter o seu nome descerrado em uma placa comemorativa como pastor jubilado e como membro de consulta em assuntos de Teologia.

Imagem da Igreja Evangélica Boa-viagense, em 2011.

Depois disso, no dia 20 de outubro de 2003, tornou-se membro do Clube Literário Professora Maria Rosary Pereira e pouco tempo depois, da Associação dos Filhos e Amigos de Boa Viagem, como também da Sociedade Brasileira de Pensadores.
Nesse mesmo ano, depois de algum tempo no prelo, com o apoio do Governo Municipal e a constante insistência do Prof. Cícero Pinto do Nascimento, lançou a obra Palestras Selecionadas, livro que possui algumas de suas exposições bíblicas.
Mais tarde, no dia 15 de dezembro de 2013, no templo da Igreja Evangélica Boa-viagense, em cumprimento da lei municipal nº 973, de 27 de setembro de 2007, o Poder Executivo do Município, representado pelo Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, lhe concedeu a sua maior distinção, a Comenda da Paz.
No dia 20 de novembro de 2017, no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, em virtude das comemorações do Dia da Proclamação do Evangelho e da Reforma Protestante, sendo indicado pelo Deputado Audic Cavalcante Mota Dias, foi agraciado com uma comenda de reconhecimento aos seus serviços em favor da evangelização. 

BIBLIOGRAFIA:

  1. CARNEIRO, Osmar de Lima. Fotografando o Amor. História de uma igreja perseguida. João Pessoa: JRC, 2006.
  2. CARNEIRO FILHO, David Vieira. A Perseguição aos Protestantes em Catolé do Rocha. Boa Viagem: Sem Editora, 2008.
  3. COSTA, Irismar Soares. Traços Biográficos do Rev. Ezequiel Fragoso Vieira. Monografia apresentada ao Departamento de Graduação da Universidade Estadual Vale do Acaraú, 1999.
  4. FRAGOSO VIEIRA, Ezequiel. A História da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem. Boa Viagem: Sem Editora, 1997.
  5. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  6. SANTANA FILHO, Manoel Bernardino de. Viagem ao Nordeste. O CRISTÃO. Rio de Janeiro, 1996. p. 12.
  7. SANTANA FILHO, Manoel Bernardino de. Desbravadores do Sertão. A Inserção do Protestantismo no Nordeste do Brasil. São Paulo: Editora Reflexão, 2020.
  8. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Andarilhos do Sertão. A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem. Fortaleza: PREMIUS, 2015.
  9. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Casa Pastoral da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/casa-pastoral-da-igreja-evangelica-congregacional-de-boa-viagem/. Acesso em 10 de junho de 2016.

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