Enéas Alves Ribeiro

Enéas Alves Ribeiro nasceu no dia 13 de janeiro de 1900 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Manoel Alves Ribeiro e de Maria do Espírito Santo Ribeiro.
Poucos dias depois, em 18 de janeiro, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o sacramento do batismo pelas mãos do Mons. José Cândido de Queiroz Lima.
Os seus avós paternos se chamavam Manoel do Vale Ribeiro e Rachel Idalina de Jesus, já os maternos eram Cornélio Ribeiro da Fonseca e Maria Thereza da Fonseca.
Em sua juventude, acompanhou a projeção política de seu pai, que foi delegado de polícia e exerceu três mandatos eletivos na Câmara Municipal de Vereadores de Boa Viagem.
Alguns anos depois, segundo informações existentes no livro B-06, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 149, folha 73, no dia 14 de novembro de 1923, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, contraiu matrimônio com Francisca de Queiroz Ribeiro, que era nascida no dia 5 de março de 1907, sendo filha de José Leal de Oliveira com Maria Sabina de Queiroz Oliveira.
Desse casamento gerou vários filhos, dentre eles destacamos: Manuel Stênio de Queiroz Ribeiro, Maria Rosicler Queiroz Ribeiro, Mônica de Queiroz Vieira, Maria Ivete de Queiroz Ribeiro, Francisca de Queiroz Ribeiro e Patrício de Queiroz Ribeiro.
Em acordo com o Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, edição de 1931, volume III, página 447, era comerciante e durante muitos anos residiu e desenvolveu as suas atividades comerciais na Rua Agronomando Rangel, s/nº, esquina com a Rua José Leal de Oliveira, no Centro da cidade de Boa Viagem.

Imagem do cruzamento da Rua Agronomando Rangel com a Rua José Leal de Oliveira, por volta de 1930. Do lado esquerdo observamos o Mercado Público Jessé Alves da Silva, do lado direito a esquina da mercearia de seu Enéas Alves Ribeiro.

Por volta de 1954, juntamente com a sua esposa, deu início a construção de uma pequena vila, que veio a ser conhecida mais tarde pelos moradores da cidade pelo topônimo de Vila Azul:

“A origem desse bairro data de 1954, quando a Senhora Francisca de Queiroz Ribeiro – Dona Chiquita – lá construiu sete casas. Como as aludidas casas foram pintadas de cor azul, o bairro ficou sendo chamado de ‘Vila Azul’.” (NASCIMENTO, 2002: p. 27)

No pleito eleitoral para escolha do gestor municipal, ocorrido no dia 3 de outubro de 1958, juntamente com a sua esposa, deu apoio ao candidato Dr. Gervásio de Queiroz Marinho, que tinha como vice de sua chapa um de seus filhos, Manuel Stênio de Queiroz Ribeiro.
Algum tempo depois, no dia 4 de fevereiro de 1965, foi surpreendido pelo falecimento de sua amada esposa até que, aos 76 anos de idade, no dia no dia 22 de dezembro de 1977, também veio a óbito.
Logo em seguida, depois das formalidades fúnebres que são de costume, o seu corpo foi levado ao mausoléu da família existente no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.

BIBLIOGRAFIA:

  1. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  2. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de batismos. 1898-1905. Livro A-08. Tombo nº 15. Página 34v.
  3. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de casamentos. 1922-1924. Livro B-06. Tombo nº 149. Página 73.