Francisca de Queiroz Ribeiro nasceu no dia 5 de março de 1907 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filha de José Leal de Oliveira e de Maria Sabina de Queiroz Oliveira.
Os seus avós paternos se chamavam Francisco Nunes de Rezende Oliveira e Maria Ditoza do Vale Oliveira, já os maternos eram José de Queiroz Lima e Francisca Davina de Queiroz.
Pouco sabemos sobre a sua infância, mas supomos que nessa época viveu dias felizes na Fazenda Bom Desejo, propriedade de seus pais, como também na Fazenda Almas, residência de seus avós paternos. Desse tempo guardou a marca que levou até o fim de seus dias, o carinhoso apelido de “Chiquita”.
Em acordo com as informações existentes no livro B-06, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 149, folha 73, no dia 14 de novembro de 1923, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, contraiu matrimônio ainda bem jovem com o Comerciante Enéas Alves Ribeiro, que era nascido no dia 13 de janeiro de 1900, sendo filho de Manuel Alves Ribeiro e de Maria do Espírito Santo Ribeiro.
Desse casamento gerou vários filhos, dentre eles destacamos: Manuel Stênio de Queiroz Ribeiro, Maria Rosicler Queiroz Ribeiro, Mônica de Queiroz Vieira, Maria Ivete de Queiroz Ribeiro, Francisca de Queiroz Ribeiro e Patrício de Queiroz Ribeiro.
Depois de casada passou a residir com a sua família em uma casa existente na Rua Agronomando Rangel, s/nº, esquina com a Rua José Leal de Oliveira, no Centro da cidade de Boa Viagem, local onde o seu esposo possuía uma mercearia.

Imagem do cruzamento da Rua Agronomando Rangel com a Rua José Leal de Oliveira, por volta de 1930. Do lado esquerdo observamos o Mercado Público Jessé Alves da Silva, do lado direito a esquina da mercearia de seu Enéas Alves Ribeiro.
Conforme o testemunho de alguns de seus contemporâneos, era uma mulher empreendedora e bastante à frente de seu tempo, tendo dado início ao hábito dos moradores em Boa Viagem de construir o banheiro dentro das residências.
Ajudando ao seu esposo com as suas economias, fruto da venda do leite e de outros produtos de sua propriedade, em 1954, por sua conta, deu início a construção de uma pequena vila, que veio a ser conhecida mais tarde pelo topônimo de Vila Azul:
“A origem desse bairro data de 1954, quando a Senhora Francisca de Queiroz Ribeiro – Dona Chiquita – lá construiu sete casas. Como as aludidas casas foram pintadas de cor azul, o bairro ficou sendo chamado de ‘Vila Azul’.” (NASCIMENTO, 2002: p. 27)
De confissão católica, teve o grato privilégio de representar o Município de Boa Viagem no 36º Congresso Eucarístico Internacional, que aconteceu em julho de 1955 na cidade do Rio de Janeiro.
No pleito eleitoral para escolha do gestor municipal de Boa Viagem, ocorrido no dia 3 de outubro de 1958, juntamente com o seu esposo, deu apoio ao candidato Dr. Gervásio de Queiroz Marinho, que teve como vice de sua chapa um de seus filhos, Manuel Stênio de Queiroz Ribeiro.
No dia 4 de fevereiro de 1965, de forma repentina, veio a óbito com apenas 58 anos de idade, deixando o seu esposo e demais familiares desconsolados.
Logo em seguida, depois das formalidades fúnebres que são de costume, o seu corpo foi levado ao mausoléu da família existente no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.
BIBLIOGRAFIA:
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
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