Adonias Vieira da Silva nasceu no dia 13 de março de 1955 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de David Vieira da Silva e de Adalcina Vieira de Freitas.
Os seus avós paternos se chamavam Ariamiro José da Silva e Isaurina Isabel do Amor Divino, já os maternos eram José Vieira Filho e Maria Floriana Vieira.
É descendente dos primeiros cristãos de confissão protestante que se estabeleceram no Município de Boa Viagem no fim da década de 1940:
“Em novembro de 1949, a família vendeu a pequena propriedade que tinha em Jacu e mudou-se para Brejo dos Santos, na época Distrito de Catolé do Rocha. Após oito meses, já esperando o primeiro filho, deixou pais e irmão no referido Estado e vem com a esposa e familiares para o Município de Boa Viagem, no Estado do Ceará.” (MARINHO, 2014: p. 61)
Depois que nasceu, passou os seus primeiros anos de infância em uma propriedade pertencente aos seus pais, que está localizada nas proximidades da vila de Olho d’Água dos Facundos.
Pouco tempo depois do seu nascimento, no dia 5 de abril de 1957, conforme informações existentes no livro de atas da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem, o seu pai foi eleito diácono da Congregação de Pitombeira, sendo consagrado no dia 24 de junho desse mesmo ano pelo Rev. José Borba da Silva Neto:
“Considerando a necessidade que tem a Congregação de Pitombeira de um diácono local, resolveu a Igreja separar, por voto unânime, o irmão David Vieira da Silva, para o diaconato, ficando o dia da sua consagração a critério do pastor da igreja.”
No ano seguinte, os seus pais decidiram abandonar o campo e se estabeleceram em definitivo na cidade de Boa Viagem, onde, em sociedade com o seu avô materno, passaram a comercializar tecidos e aviamentos em um ponto comercial que está localizado na Rua Agronomando Rangel, nº 365, esquina com a Rua José Leorne Leitão, no Centro da cidade.
Nos primeiros anos da década de 1970, sendo músico, participou de uma banda de baile denominada de “Os Críveis“.
“Os Críveis foi um conjunto musical de baile surgido nos primeiros anos década de 1970 que durante alguns anos animou as festas que ocorriam no Município de Boa Viagem. Essa banda teve várias formações, onde tocaram os seguintes músicos: Emílio Cavalcante Neto, José Ari Leite Ribeiro, Dacildo, Francisco Ferreira do Nascimento, Belíso Alves Rodrigues, Francisco de Assis Soares Cavalcante, Antônio Frederico Bezerra, Adonias Vieira da Silva – Bigode; Dourado, Francisco Ramos do Nascimento, Emanuel, Elmo Viana de Sousa, Antônio Osmar de Freitas – o Mazinho e outros. Estreou em 1972 e pertencia ao Sr. Emílio Cavalcante Neto. Passou, posteriormente, para o seu irmão Francisco de Assis Cavalcante.” (SILVA JÚNIOR, 2022: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/os-criveis/. Acesso no dia 13 de março de 2022)
Mais tarde, segundo informações existentes no livro B-24, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 6.211, folha 137, no dia 24 de abril de 1975 contraiu matrimônio com Maria Auxiliadora Facundo Vieira, que era nascida no dia 11 de novembro de 1955, sendo filha de Quintino Facundo Severo e de Marina Ferreira Severo.
Desse matrimônio foram gerados quatro filhos, dois homens e duas mulheres, sendo eles: Ledejane Facundo Vieira, Silvyo Facundo Vieira, Adonias Vieira da Silva Júnior e Adalcina Facundo Freitas.
Durante a sua juventude, nos primeiros anos da década de 1970, assistiu a projeção política de seu pai e de seu irmão mais velho, Deonete Vieira da Silva, que nessa época chegaram juntos aos Poderes Legislativo e Executivo do Município de Boa Viagem:
“No dia 15 de novembro de 1970, com apenas 21 anos de idade, militando nos quadros políticos da ARENA – a Aliança Renovadora Nacional, recebendo o incondicional apoio do seu pai, foi lançado na vida pública disputando uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores, conseguindo ser eleito ao receber a confiança de 756 eleitores, sendo a segunda maior votação desse pleito. Essa legislatura, que teve início no dia 25 de março de 1971 e se estendeu até o dia 30 de janeiro de 1973, ficou conhecida em nossa história política como o ‘Mandato Tampão’ e tinha o seu pai como vice-prefeito do Município de Boa Viagem.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/deonete-vieira-da-silva/. Acesso no dia 10 de dezembro de 2016)
Pouco tempo depois, no dia 17 de janeiro de 1976, uma trágica notícia causou-lhe forte tristeza quando o seu pai faleceu vítima de um grave acidente com um trator em sua propriedade.
Mais tarde, na eleição ocorrido no dia 15 de novembro de 1982, desejando seguir o mesmo caminho de seu pai e de seu irmão entrando na vida pública por meio de um mandato eletivo, militando nos quadros do PDS – o Partido Democrático Social, com a legenda nº 1.621, conseguiu ser eleito ao receber a confiança de 694 sufrágios, ficando entre os seis vereadores de maior preferência entre os eleitores desse pleito.
Nessa disputa eleitoral o voto era vinculado, quando o eleitor tinha de alinhar a sua escolha entre os poderes Executivo e Legislativo sob a pena de ter o seu voto anulado:
“Em 15 de novembro de 1982 o eleitorado brasileiro foi chamado a eleger os governadores que administrariam os seus Estados pelo interregno temporal de quatro anos, a contar de 15 de março de 1983, num pleito que envolveu cerca de 70 milhões de eleitores sendo a primeira eleição direta para governador de Estado desde os anos 1960. Neste pleito valeu o ‘voto vinculado’: o eleitor teria que escolher candidatos de um mesmo partido para todos os cargos em disputa, sob pena de anular o seu voto.” (S.N.T)
Pouco tempo depois, no dia 31 de janeiro de 1983, a convite do Prefeito José Vieira Filho, pediu licença do exercício de seu mandato para assumir a SOUSP – a Secretaria de Obras, Urbanismo e Serviços Públicos, deixando em seu lugar o suplente, o Vereador Manoel Moreira de Melo.
Algum tempo depois, no dia 24 de junho de 1984, ao retomar a sua cadeira na Câmara Municipal de Vereadores, foi substituído na pasta da Secretaria de Obras, Urbanismo e Serviços Públicos por Maria Francisca de Freitas Uchôa.
Em uma sessão ordinária, ocorrida no dia 20 de setembro de 1985, apresentou requerimento à mesa diretora da Câmara solicitando uma licença médica de 120 dias, sendo substituído nessa ocasião pelo suplente, o Vereador Manuel Magalhães Gomes.
No dia 6 de março de 1987, solicitou uma nova licença de seu mandato para retornar à pasta da Secretaria de Obras, Urbanismo e Serviços Públicos, que na época estava sendo dirigida pelo vereador licenciado Anastácio Pereira Lobo, deixando em sua cadeira na Câmara o Vereador Eduardo Patrício de Almeida.
Nessa legislatura, embora não tenha passado todo o período de seu mandato na Câmara, fazendo parte da base aliada do Governo Municipal, apoiou aos projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito José Vieira Filho, sendo eles: a reconstrução da Praça Antônio de Queiroz Marinho; a construção do edifício anexo à Escola de Ensino Médio Dom Terceiro; a construção da Escola de Ensino Fundamental Pe. Paulo de Almeida Medeiros; a construção do edifício da Teleceará e a instalação do sistema DDD; a construção do Parque de Vaquejadas e Eventos Joaquim Vieira Lima; a construção do Parque de Exposições Agropecuárias José Vieira de Lima; a construção do Açude Prefeito José Vieira Filho; a construção da Barragem Presidente Tancredo de Almeida Neves; a construção do Açude São José; a construção de cinquenta prédios escolares, postos de saúde e de um edifício para instalação da Agência da Previdência Social.
Na eleição municipal seguinte, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1988, resolveu sair da vida pública, apoiando novamente ao nome do seu irmão, que decidiu retomar a sua cadeira na Câmara Municipal de Vereadores:
“No dia 15 de novembro de 1988, depois de algum tempo fora da vida pública, figurando nessa época dentro dos quadros políticos do PMDB – o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, com a legenda nº 15.660, foi reconduzido ao seu mandato eletivo depois de receber 318 votos, estando entre os dezessete vereadores de melhor votação desse pleito.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/deonete-vieira-da-silva/. Acesso no dia 10 de dezembro de 2016)
Algum tempo depois, de forma inesperada, partilhou com os seus familiares da morte prematura de seu irmão, Deonete da Silva Vieira, que depois de sofrer um derrame cerebral faleceu no Hospital Batista Memorial depois de passar por uma delicada cirurgia.
Nessa época passou a residir com a sua família na Rua David Vieira Carneiro, nº 150, no Bairro Várzea do Canto, onde começou a fabricar postes e a trabalhar com eletrificação rural.
No pleito eleitoral que ocorreu no dia 1º de outubro de 2000, o primeiro a ser completamente informatizado no Município de Boa Viagem, estando fora da vida pública durante muitos anos, resolveu indicar o nome de um de seus filhos, Silvyo Facundo Vieira, a concorrer uma das cadeiras do Poder Legislativo.
Nessa campanha, militando nos quadros políticos do PSDB – o Partido da Social Democracia Brasileira, com a legenda nº 45.632, o seu indicado conseguiu receber apenas 202 votos, ficando em uma das suplências de sua coligação.
BIBLIOGRAFIA:
- MARINHO, Antônia de Lima. A Filha do Nordeste e Frutos Nordestinos. Boa Viagem: Máximos Impressões Gráficas, 2015.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Andarilhos do Sertão. A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem. Fortaleza: PREMIUS, 2015.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Deonete Vieira da Silva. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/deonete-vieira-da-silva/. Acesso no dia 10 de dezembro de 2016.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Os Críveis. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/os-criveis/. Acesso no dia 13 de março de 2022.
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