Luiz Antônio de França

Luiz Antônio de França nasceu em 25 de agosto de 1855 no Município de Quixeramobim, que está localizado no Sertão Central do Estado do Ceará, distante 203 quilômetros da cidade de Fortaleza.
Na época do seu nascimento a cidade de Boa Viagem, que também era conhecida pelo topônimo de “Cavalo Morto”, era apenas um pequeno povoado existente dentro dos limites geográficos do Município de Quixeramobim:

“Distrito criado com a denominação de Boa Viagem, ex-povoado de Cavalo Morto, pela lei provincial nº 1.025, de 18 de novembro de 1862. Elevado à categoria de vila com a denominação de Boa Viagem, pela lei provincial nº 1.128, de 21 de novembro de 1864, desmembrado de Quixeramobim.” (IBGE, 2000: Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017)

Segundo informações existentes no livro B-01, pertencentes à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, no dia 1º de junho de 1871, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, diante do Pe. Francisco Ignácio da Costa Mendes, contraiu matrimônio religioso com Maria da Conceição Ximenes de Aragão, nascida em 1853.
Desse matrimônio foram gerados alguns filhos, dentre eles destacamos: Tereza Ximenes de Aragão, Maria de Jesus Ximenes de Aragão, Maria Ximenes Aragão e França Ximenes de Aragão.
Era agropecuarista e residia em Olinda, atual Jacampari, onde em acordo com uma matéria publicada no dia 28 de dezembro de 1885 no periódico A República, ano IV, nº 295, compunha o diretório do PRF – o Partido Republicano Federalista, existente no Município de Boa Viagem.
Na eleição municipal ocorrida no dia 29 de maio de 1892, desejando entrar na vida pública, entrou na disputa por uma das cadeiras da Câmara Municipal de Boa Viagem, desempenhando o seu primeiro mandato entre o dia 15 de outubro de 1892 e o dia 10 de junho de 1896.

Imagem da Casa de Câmara e Cadeia do Município de Boa Viagem, fim da década de 1940.

Nesse período, juntamente com os seus pares, elegeu como intendente Manoel Benício Bezerra de Menezes, responsável pelo Poder do Executivo do Município.
Nessa legislatura, quando o Município de Boa Viagem atravessava os rigores de uma estiagem, seguindo o que previa o Projeto Pompeu-Sinimbú, juntamente com os seus companheiros de vereança acompanhou a última fase da construção da Casa de Câmara e Cadeia Pública, onde também passaria a funcionar a escola da vila; acompanhou a construção da base do Mercado Público Municipal Jessé Alves da Silva, que só foi concluído por volta de 1919; assinou o manifesto do desejo de instalação de uma linha de telégrafo para cidade de Boa Viagem, um verdadeiro avanço para época; acompanhou os trabalhos de assistência médica que atenderam às pessoas que sofriam por conta de uma epidemia de varíola que ocorreu no Município; promoveu a abertura de novas ruas e o melhoramento no saneamento e limpeza das ruas já existentes.
Depois disso, no pleito eleitoral do dia 5 de maio de 1896, foi reconduzido a um novo mandato, desempenhando essa nova legislatura entre o dia 10 de junho de 1896 e o dia 10 de junho de 1900.
Nesse período acompanhou a aplicação do orçamento apresentado pelo Intendente José do Vale Pedroza na Câmara Municipal; a entrega de sementes de milho, feijão e arroz para mil agricultores do Município e a qualificação de seus eleitores.

BIBLIOGRAFIA:

  1. CAVALCANTE MOTA, José Aroldo. História Política do Ceará. (1889-1930).ABC: Fortaleza, 1996.
  2. IBGE. Histórico de Boa Viagem. Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=230240&search=ceara|boa-viagem|infograficos:-historico. Acesso no dia 13 de julho de 2017.
  3. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  4. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de casamentos. 1863-1886. Livro B-01, folha 88v.
  5. PEIXOTO, João Paulo M. & PORTO, Walter Costa. Sistemas Eleitorais no Brasil. Brasília: Instituto Tancredo Neves, 1987.
  6. UCHOA RIBEIRO, Valdir. Conselhos de Intendência no Ceará. Fortaleza: Premius, 2005.

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