Francisca Amélia de Carvalho

Francisca Amélia de Carvalho nasceu no dia 23 de fevereiro de 1904 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filha do Cel. José Cândido de Carvalho e de Maria Emília de Araújo Carvalho.
Os seus avós paternos se chamavam Francisco Alves Madeira e Izabel Fausta de Carvalho, já os maternos eram Manoel Duarte de Araújo e Maria Emília de Araújo.
Passou toda a sua infância na cidade de Boa Viagem, local onde o seu pai construiu uma bem sucedida carreira política.
Em sua juventude, nos primeiros anos da década de 1920, residindo na cidade de Fortaleza, concluiu o curso normal no Colégio Imaculada Conceição.
Depois disso, no dia 22 de março de 1927, segundo informações existentes no livro B-07, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 20, folha 87, às 22 horas, no altar da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, contraiu núpcias com  Antenor Gomes de Barros Leal, nascido no dia 9 de julho de 1903, sendo filho de Afro Pimentel de Barros Leal e de Maria Gomes de Barros Leal.

Matéria publicada no jornal O Imparcial, de 1º de abril de 1927.

Poucos dias depois, em 25 de março, segundo registro no livro B-05, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº, folha 67v, confirmou os seus votos em uma cerimônia de matrimônio civil.
Desse matrimônio foram gerados seis filhos, três homens e três mulheres, sendo eles: Maria Weydes Barros Leal Ribeiro, Maria Wzelyr Carvalho de Barros Leal, José Weydson Carvalho de Barros Leal, João Paulino de Barros Leal, Maria Amélia Barros Leal e Antenor Gomes de Barros Leal Filho.
Em 1945, por um breve período de tempo, o seu esposo esteve à frente do Poder Executivo do Município de Boa Viagem como interventor, oportunidade em que foi a primeira-dama.

Imagem do belo casal em sua biblioteca, em 1993.

Muitos anos depois, buscando melhores condições de sobrevivência, especialmente oportunidades de estudo para os seus filhos, migrou com a sua família para Fortaleza, onde faleceu no dia 31 de dezembro de 1997, aos 93 anos de idade.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no Cemitério São João Batista, que está localizado na Rua Padre Mororó, nº 487, no Centro da cidade de Fortaleza.
Algum tempo depois, em uma das páginas do jornal O Povo, edição do dia 2 de agosto de 2004, um de seus netos compartilhou uma de suas lembranças:

“Engraçado… quando te conheci, vovó Amélia, parecia que tu já eras de idade… Quando foi que eu tive consciência desta primeira impressão??? Não sei, talvez quando eu tinha uns 7, 8 anos?? Pois antes disso, bebê que eu era, só poderia te amar, sem julgamento algum… plena devolução e intercâmbio de sentimentos… Nitidamente, querida vovó, começo a lembrar de ti quando eras minha vítima predileta das armadilhas que eu preparava… (afinal, passava tanto tempo em tua casa, que era uma espécie de filho caçula…) Lembras aquela da casca de ovo caindo no teu belo penteado dos anos sessenta, ao abrires a porta do banheiro e sem saber ‘liberares’ o material, que estava preso na fresta da porta com o umbral?? Acho que tu fingias que não notava e eu, menino traquinas, deliciava-me com aquela visão da vítima infeliz caminhando com a travessura na cabeça… Talvez a garotada toda achasse que eras de idade… idosa que nada! recentemente assistimos a um vídeo em que tu aparecias (vídeo até de época bem posterior à da armadilha, meados dos anos 70)… Lá estavas, tão forte, tão bela, tão jovem na nossa visão de hoje, irradiando tanta bondade, sabedoria e alegria!! A teu lado, nosso querido vovô Antenor… O tempo voando, não espera por ninguém, brevemente chegarei na idade que tu tinhas quando nasci… Vou atrás no tempo, faço contas, somo aqui e acolá, e vejo que fui um agraciado! Não te tenho mais, isto é uma terrível dor – mas vendo que por quase 40 anos usufruí de tua dadivosa companhia, até quando nos deixastes no último dia de 1997, concluo que fui de fato um felizardo!! Queria ter mais anos junto de ti, ter teu amparo, teu conselho amigo, tua cumplicidade e compreensão de avó sábia, mas só se estivesse com plena saúde, pois vê-la sofrendo foi certamente dor pior que esta saudade terrível que me espeta o peito… Tu fostes um cometa, dos mais brilhantes que já se viu, apareceu e ficou em nosso céu por longa temporada, mas fugiu de nossa rota. Não te vemos mais, no entanto, continuas no teu percurso de muito brilho, rumo ao infinitivo, a fazer a felicidade daqueles que doravante receberem a graça de poder contemplar tua beleza e energia. Cem beijos de quem nunca te esquece, querida avozinha!!”  (LEAL JÚNIOR, 2007: Disponível em https://www.angelfire.com/linux/genealogiacearense/index_antenor.html. Acesso no dia 15 de março de 2020)

BIBLIOGRAFIA:

  1. BARROS LEAL, Antenor Gomes de. As Voltas que o Mundo Dá. Fortaleza: RBS, 2001.
  2. LEAL JÚNIOR, George Barros. Os cem anos de Amelinha. Disponível em https://www.angelfire.com/linux/genealogiacearense/index_antenor.html. Acesso no dia 15 de março de 2020.
  3. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.

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