Carlos Saboia nasceu no dia 29 de maio de 1921 no Município de Crateús, que está localizado no Sertão do Estado do Ceará, distante 350 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de José Carlos Augery de Saboia e de Maria Rufina de Saboia.
Os seus avós paternos eram o Capitão Manoel Carlos de Saboia e Perciliana Marcela de Saboia, já os maternos ainda nos são desconhecidos.
Os seus ancestrais eram do Município de Sobral e no início do século XX, não sabemos por qual motivo, passaram a residir na cidade de Crateús até que, no dia 18 de outubro de 1934, quando tinha apenas 13 anos de idade, partilhou com a sua família do inesperado falecimento de seu pai, que foi intendente do Município de Independência entre 1886 e 1889.
Sofrendo com a orfandade, por meio de alguns amigos da família, conseguiu o seu primeiro emprego servindo como contínuo da coletoria federal daquela cidade durante algum tempo.
Nos últimos anos da década de 1940, quando o Município de Boa Viagem passava por uma grave epidemia de malária, foi contratado pela Prefeitura de Boa Viagem, passando a trabalhar inicialmente como ajudante do farmacêutico Antenor Gomes de Barros Leal.
Mais tarde, no dia 1 de julho de 1948, segundo informações existentes no livro B-12, pertencente a Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 37, página 20, diante do Pe. Francisco Clineu Ferreira, aos 27 anos de idade, contraiu matrimônio religioso com Violeta Ribeiro Saboia, que nasceu no dia 9 de junho de 1927, sendo filha de Pedro Ribeiro e Silva e de Amélia Ribeiro e Silva.
Pouco tempo depois, no dia 3 de agosto, segundo informações existentes no livro B-12, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 1.479, folha 21v, confirmou os seus votos diante do Estado.
Desse casamento foram gerados cinco filhos, três homens e duas mulheres, sendo eles: Pedro Ribeiro da Silva, José Carlos Saboia, Arnaldo Ribeiro Saboia, Maria Madalena Ribeiro Saboia e Rosa Amélia Ribeiro Saboia.
Nessa época, curioso e bastante trabalhador, serviu também como mecânico e eletricista da Prefeitura de Boa Viagem, sendo o responsável, nos primeiros da década de 1950, quando a iluminação elétrica das vilas desse Município era feita por meio de gerador, pela instalação desses equipamentos nas vilas de Águas Belas, Guia, Boqueirão e outras.
Depois de casado, enquanto morou na cidade de Boa Viagem, residiu com a sua família em uma confortável casa existente na Rua Padre Antônio Correia de Sá, nº 36, Centro, onde existia um belo sítio repleto de frondosas árvores.
Por volta dos últimos anos da década de 1960, juntamente com a sua família, desejando melhor colocação profissional, decidiu conhecer à cidade de Brasília, o Distrito Federal, conseguindo executar durante algum tempo a função de eletricista na CEB – a Companhia Energética de Brasília.
Certo dia, no Distrito Federal, ao encontrar-se com o Ten. Adolfo Kilian Kesselrig, velho conhecido e companheiro de caçadas e pescarias na cidade de Boa Viagem, recebeu o convite para trabalhar na cidade de Palmeirópolis, que está localizada na região ocidental do Estado de Tocantins, na fronteira com o Estado de Goiás.
Em uma dessas viagens à serviço, enquanto aguardava uma balsa para retornar para sua casa, sofreu um ataque cardíaco fulminante, falecendo no dia 13 de outubro de 1979, com apenas 58 anos de idade.
Depois desse triste fato, por conta da distância e da dificuldade em manter contato com a sua família, o seu corpo foi sepultado no cemitério dessa cidade.
BIBLIOGRAFIA:
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos casamentos. 1947-1951. Livro B-12. Tombo nº 37. Página 20.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, através da lei nº 459, de 21 de março de 1988, uma das ruas do Bairro Centro, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.
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