Amélia Ribeiro e Silva

Amélia Ribeiro e Silva nasceu no dia 25 de julho de 1893 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filha de José Ribeiro e Silva e de Maria da Conceição Ribeiro.
Os seus avós paternos se chamava Antônio Ribeiro e Silva e Maria Joana Ribeiro Lima, já os maternos eram Lucas Ribeiro do Nascimento e Benedita Alves Cabral.
Pouco  tempo depois do seu nascimento, no dia 18 de agosto, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Pe. José Antônio Cavalcante.
Segundo informações existentes no livro B-03, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 29, página 44v, no dia 8 de agosto de 1917, com 24 anos de idade, contraiu matrimônio com um de seus tios maternos, que se chamava Pedro Ribeiro e Silva, nascido em 1896, sendo filho de Lucas Ribeiro do Nascimento e de Benedita Alves Cabral.
Poucos dias depois, no dia 19 de agosto, conforme dados do livro B-05, tombo nº 41, folha 64v, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, confirmou os seus votos diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima.
Desse matrimônio foram gerado nove filhos, cinco mulheres e quatro homens, sendo eles: Maristela Ribeiro e Silva, Rosileta Ribeiro e Silva, Violeta Ribeiro e Silva, Maria da Conceição Ribeiro e Silva, Adriano Ribeiro e Silva, Gabriel Ribeiro e Silva, Pedro Monrevi Ribeiro e Silva, José Ari Ribeiro e Silva e Risoleta Ribeiro e Silva.

Imagem de Amélia Ribeiro e Silva juntamente com o seu esposo e alguns dos filhos.

Durante muitos anos, depois de casada, residiu com a sua família em um suntuoso casarão que era existente na Rua Padre Antônio Correia de Sá, nº 416, Centro, local que servia também como agência de recebimento e entrega das postagens, função que foi herdada de seu pai.

“Só duas vezes por semana ela abria uma de suas portas, onde ocorria a entrega das cartas e encomendas chegadas em lombo de burro do Quixeramobim. A agente postal era D. Amélia Ribeiro, única funcionária federal na época. Duas vezes por semana chegavam as malas conduzidas, alternadamente, pelos estafetas, Camurça e Zé Filho, que, igualmente, levavam as nossas correspondências para Quixeramobim… A partir das quatro da tarde, muitos aguardavam que D. Amélia abrisse a porta e a janela determinada, em frente de sua casa. Era o sinal da distribuição das correspondências. Naquela hora, ela abria solenemente as malas, e anunciava, um por um, os nomes dos destinatários, entregando-lhes as cartas.” (CARVALHO FILHO, 2008: p. 49-51)

Mais tarde, por volta de 1949, na gestão do Prefeito Manuel Araújo Marinho, ela passou a executar as suas atividades em um moderno edifício que foi construído para essa finalidade na Praça Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima, nº 170, Centro, exercendo as suas atividades na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos de nosso Município por mais de quarenta anos.

“O Departamento dos Correios e Telégrafos foi agenciado, durante algum tempo, pelo Senhor José Ribeiro e Silva, passando depois para sua filha Amélia Ribeiro e Silva. Dona Amélia trabalhou em sua residência até o ano de 1949, quando tivemos a nossa atual agência inaugurada.” (NASCIMENTO, 2002: p. 240)

Pouco tempo antes dessa mudança, no dia 12 de janeiro de 1947, juntamente com os seus familiares, foi surpreendida pelo inesperado falecimento de seu esposo, que veio a óbito com apenas 50 anos de idade.
Mais tarde, no dia 24 de junho de 1978, prestes a completar 85 anos de idade, depois de sofrer uma queda e fraturar uma das pernas, foi encaminhada para atendimento médico na cidade de Fortaleza, onde faleceu.
Logo após o seu falecimento o seu corpo foi trazido para sua terra natal, onde recebeu as despedidas fúnebres que são de costume, sendo sepultado por seus familiares no túmulo existente no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, Centro.

Imagem do mausoléu da Família Ribeiro, em 2014.

BIBLIOGRAFIA:

  1. CARVALHO FILHO, José Inácio de. Boa Viagem da Minha Infância. Brasília: Thesaurus/Itiquira, 2008.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto de. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de tombo dos batismos. 1891-1895. Livro A-06. Tombo nº 241. Página 64.
  4. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de tombo dos casamentos. 1921-1922. Livro B-05. Tombo nº 41. Página 64v.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, através da lei nº 459, de 21 de março de 1988, uma das ruas do Bairro Centro, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.