AS INFORMAÇÕES BÁSICAS:
O Poço do Letreiro é um potencial sítio arqueológico existente no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza.
Esse sítio arqueológico foi recentemente listado no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos do IPHAN – o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, também denominado de Arquivo Noronha Santos.
COMO CHEGAR AO SÍTIO:
Saindo do Marco Zero do Município, que está localizado no Centro da cidade de Boa Viagem, segue em direção a Rua Deodato José Ramalho, nome urbano da Rodovia Estadual Senador Fernandes Távora, a CE-266, na direção do Município de Tamboril, até a localidade denominada de Olho d’Água Seco, distante 23 quilômetros.
Chegando à localidade de Olho d’Água Seco, saí da Rodovia Estadual CE-266 e toma uma rodovia municipal até a localidade de Poço Grande, caminhando por mais 7 quilômetros até o leito do Rio Espírito Santo, um dos nomes do Rio Juazeiro.
AS CONDIÇÕES DO SÍTIO:
Esse possível sítio arqueológico está localizado nas pedras existentes dentro do leito do Rio Espírito Santo, que por conta de sua distância da rodovia municipal e da baixa visitação ainda se encontra bastante preservado da ação dos vândalos.
Por ser bem distante da cidade, e ter um número pequeno de visitantes, ele ainda consegue preservar os detalhes de suas gravuras na rocha, que estão espalhadas nas paredes das diversas rochas existentes no local.
As principais gravuras desse sítio estão na parte superior de um poço, que acreditamos cobrir outras, fato que gera à necessidade de uma equipe de escavação.
No dia 29 de junho de 2017 uma equipe comandada pelo Arqueólogo Igor Pedroza, a serviço do IPHAN e em parceria com a Prefeitura de Boa Viagem, representada pelo Prof. Eliel Rafael da Silva Júnior, esteve nesse sítio realizando um trabalho de cadastro para realização do tombamento desse local.
COMO VOCÊ PODE AJUDAR EM SUA PRESERVAÇÃO:
O ideal seria permanecer com esse local fechado para o público até que os governos organizassem uma estrutura física, logística e com pessoal qualificado para explorar a potencialidade turística dessa região.
Embora percebamos essa urgente necessidade, infelizmente o Governo Municipal não sinaliza nenhuma vontade nesse sentido, e as pessoas vão continuar fazendo essa visita sem nenhum tipo de orientação e responsabilidade. Ao visitar esse local, as pessoas devem estar atentas ao seguinte:
- Não se deve fazer nenhum tipo de fogueira que danifique às pinturas;
- Não se deve passar o dedo, tinta ou qualquer outro objeto para “reviver” a pintura ou gravura;
- Não se deve deixar lixo no local;
- Não se deve fazer nenhum tipo de pintura, gravura ou desenho no local.
Bom mesmo seria que a associação comunitária da localidade abraçasse a responsabilidade pelo zelo, vigilância e manutenção desse sítio, que teria a sua vida preservada por mais anos.
No presente esse pequeno sítio arqueológico é tombado como patrimônio municipal por meio da lei nº 1.474, de 29 de março de 2022.
AS CARACTERÍSTICAS DO SÍTIO:
- Nome do sítio: Poço do Letreiro.
- Designação do IPHAN:
- Distância da cidade: 30 quilômetros.
- País: Brasil.
- Estado: Ceará.
- Município: Boa Viagem.
- Distrito: Boa Viagem.
- Localidade: Poço Grande.
- Altitude: 347 m.
- Coordenadas: (S) 04º 59′ 48,4” (W) 039º 53′ 34,3”.
- CNSA:
- Largura:
- Área: 500 m².
- Estratigrafia: Não.
- Vegetação: Savana-estépica (Caatinga).
- Propriedade da terra: Particular.
- Proteção legal: Federal/Municipal.
- Lei: 3.924, de 26 de julho de 1961.
- Tipo de sítio: Arte rupestre.
- Arte rupestre: Entalhe.
- Deposição: Superfície.
- Exposição: Ao céu aberto.
- Artefato: Não.
- Ano do registro:
- Tombo: Federal/Municipal.
- Vigilância: Não.
- Identificação: Sim.
BIBLIOGRAFIA:
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- SCHWENNHAGEN, Ludwig. Fenícios no Brasil. Antiga história do Brasil – De 1100 A.C a 1500. Rio de Janeiro: Cátedra, 1986;
- SIMÃO, Marum. Quixeramobim – Recompondo a História. Fortaleza: Multigraf, 1996.
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