Eliel Rafael da Silva Júnior nasceu no dia 21 de janeiro de 1975 na cidade de Caruaru, que está localizada no Agreste pernambucano, distante 130 quilômetros da cidade do Recife, sendo o filho primogênito de Eliel Rafael da Silva e de Jemima Rodrigues Rafael.
Os seus avós paternos se chamavam Exgesso Rafael da Silva e Maria da Penha Silva, já os maternos eram João Rodrigues da Silva e Eunice Antero Rodrigues.
Segundo informações existentes no livro A-77, do Cartório da 2ª Zona Judiciária, tombo nº 92.710, folha 94, nasceu às 6h50min na Casa de Saúde Bom Pastor, que está localizada na Rua João Cursino, s/nº, no Bairro Maurício de Nassau.
“Nasci em uma época em que se prenunciava uma grave crise econômica no Brasil. Nesse período foi eleito como presidente de nosso pais, de maneira indireta, pelo Congresso Nacional, o General Ernesto Geisel. O novo presidente enfrentaria um descontentamento político enorme por parte da população, visto que o desemprego aumentara vertiginosamente e a inflação tolhia o pequeno salário do trabalhador. O mundo enfrentava uma grave crise por conta do petróleo, para termos ideia da crise um barril de petróleo que custava na época apenas 2,2 dólares passou a custar 22,5 dólares… Alguns anos antes, o meu pai, um homem simpático e trabalhador conheceu a minha mãe, uma mulher portadora de grande beleza e de privilegiada inteligência em uma pequena cidade do interior do Ceará chamada de Boa Viagem, ele era irmão de Emivanete da Silva Vieira, esposa do conceituado Rev. Ezequiel Fragoso Vieira, já ela era filha de um diácono piedoso por nome de João Rodrigues da Silva.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 11)
Na cidade de Caruaru o seu pai trabalhava no curtume de um de seus irmãos, que se chamava Emelson Rafael da Silva, residindo nessa época em uma pequena e confortável casa que estava localizada na Rua D-7, nº 11, na Vila Kennedy, que posteriormente, por volta de 1976, quando passaram a residir na cidade do Recife, foi negociada com outro de seus irmãos, que se chama Emilton Rafael da Silva.
Pouco tempo depois de seu nascimento, por conta do agravamento da crise econômica no país, os seus genitores resolveram retornar para cidade de Boa Viagem, no Estado do Ceará, onde o seu pai foi contratado por umas das firmas ligadas à Empresa Queiroz Galvão, que nessa época executava as obras de pavimentação da Rodovia Federal Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, a BR-020.
“Mais tarde, por volta de 1974, na gestão do Prefeito Dr. Francisco Vieira Carneiro – o Major Carneiro, a cidade recebeu dois grandes investimentos estatais, o primeiro deles foi no campo da assistência social com a construção do Centro de Referência da Assistência Social Deputado José Vieira Filho, o outro foi uma obra estruturante que é considerada um marco divisor do desenvolvimento econômico de toda essa região, que foi o revestimento asfáltico da Rodovia Federal Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, a BR-020.” (SILVA JÚNIOR, 2011: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/br-020/. Acesso no dia 28 de setembro de 2018)
Já estabelecidos em Boa Viagem, a sua família passou a residir em uma das casas do acampamento da empresa, que estava localizada na Rua Antônio Rocha Bezerra, s/nº, no Bairro Vila Holanda, na periferia da cidade.
Finalizando essa obra de pavimentação, e atendendo aos constantes pedidos do seu irmão do curtume, o seu pai resolveu retornar para cidade de Caruaru, onde, desta feita, passou pouco tempo.
Mais tarde, nos primeiros anos da década de 1980, desejando melhores condições de subsistência, dessa vez os seus pais decidiram se estabelecer na cidade do Recife, onde com o dinheiro da venda do imóvel que possuíam em Caruaru, que foi negociado com um de seus tios, construíram uma casa na Rua Rio Jamundá, nº 42, próximo ao Conjunto da UR-7, no Bairro da Várzea.
“De minha primeira infância poucas recordações me restam. Destas as que mais me marcaram foi a de minha querida avó paterna a me balançar em seu pequeno sítio na cidade do Recife, e das férias que sempre passávamos na casa dos meus avós maternos, na localidade de Boqueirão, no Município de Boa Viagem.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 11)
Nessa casa, que era dentro do sítio de seu avô paterno, tinha como vizinhos algumas das irmãs de seu pai, sendo elas: Emalba Rafael da Silva, Emyrtes Rafael da Silva e Elielze Rafael da Silva, com quem construiu uma feliz infância ao lado de seus muitos primos.
Esse sítio era localizado nas proximidades da famosa “mata de Brennand”, de onde o seu pai retirou toda madeira para colocar no telhado de sua casa e vez por outra encontrava o cadáver de alguém indesejado pela ditadura ou dos temidos “grupos de extermínio”.
Ainda nessa época, acompanhando os seus pais e tios, costumava frequentar os trabalhos religiosos promovidos pela Igreja Evangélica Batista Calvário, que tem o seu templo localizado na Rua Inaldo Bartolomeu de Carvalho, nº 24, no Conjunto UR-7, também no Bairro da Várzea.
“Desde cedo prezei pela formação de novas amizades e busquei moldar o meu caráter pela boa educação de minha família, que apesar da pobreza eram rígidos e coerentes em minha formação. Durante toda a minha infância os meus pais me conduziram na fé reformada. Fato que sempre marcou muitas de minhas atitudes. Sempre gostei de sorrir e brincar, mas isso nunca me isentou de minhas obrigações. Por ser o mais velho dentre os três filhos, sempre cuidei dos meus irmãos. O meu pai saia bem cedo para o trabalho e regularmente costumava viajar, já a minha mãe, diariamente, saia de casa para o colégio tendo em vista terminar o 1º grau. Em casa eu ficava responsável pelos menores aguardando ansiosamente à volta de minha mãe da escola para juntar-me aos colegas na rua, onde brincávamos de futebol, pião e bola de gude. Assim foi minha infância na cidade de Recife.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 12)
Nos primeiros meses de 1982, quando chegou a sua época de frequentar os bancos escolares, iniciou a sua vida estudantil em uma das turmas do Instituto de Educação Nossa Senhora do Carmo, uma pequena escola da rede particular que era localizada na Rua Rio Gramame, nº 73, na Vila da COHAB, denominada também de UR-7, no Bairro da Várzea, onde permaneceu até os últimos meses de 1983.
No ano seguinte, por conta da dificuldade de seus pais em pagar as mensalidades de uma escola particular, foi matriculado na Escola Estadual Maria do Rego Barros Lacerda, unidade de ensino pertencente a rede pública que está localizada na Rua Vale do Sirigi, s/nº, no Bairro da Várzea, onde permaneceu até os últimos meses de 1985, quando retornou para sua primeira escola.
Todos os anos, geralmente nas férias escolares de julho, costumava vir passar esse período na casa de seus avós maternos na localidade de Boqueirão, na zona rural do Município de Boa Viagem, aproveitando esse tempo com pescarias e brincadeiras nos poços existentes nas areias do Rio Conceição, participando regularmente das atividades religiosas que aconteciam na casa de seus avós, como também na Igreja Evangélica Congregacional de Várzea da Tapera, que na época tinha o seu templo na localidade de Lembranças.
“O Diácono João Rodrigues da Silva começa a dar assistência a essa congregação. Ele liderará com muito zelo esse trabalho evangélico até meados de 1987, quando muda a sua residência em definitivo para cidade de Fortaleza. Antes disso, enquanto residiu na vila de Boqueirão, o Diácono João Rodrigues da Silva, que além de agricultor era comerciante, possuía também uma pequena padaria e tinha um potente serviço de som sobre o telhado de sua casa, que diariamente, servia para o evangelismo da pequena vila.” (SILVA JÚNIOR: 2015: p. 218)
Mais tarde, nos primeiros meses de 1987, diante do desejo de conseguir melhores condições de subsistência, os seus pais decidiram retornar em definitivo para cidade de Boa Viagem, onde chegaram no fim da tarde do dia 27 de março com os poucos móveis e utensílios domésticos que conseguiram trazer.
“O país atravessava uma enorme turbulência econômica e política. Em fevereiro de 1987 o Brasil declarava-se em ‘moratória técnica’, uma expressão criada pelo governo para expressar que não tinha mais dinheiro para pagar a dívida externa. Esses e outros fatos levaram a minha família a emigrar novamente para o Estado do Ceará, visto que o meu pai, até então funcionário de uma das empresas ligadas a SUDENE pedira demissão e, preocupado com o bem estar da família, resolveu vir para o Município de Boa Viagem, onde encontrou uma cidade promissora para o desenvolvimento de sua profissão de mecânico de implementos agrícolas.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 12)
Pouco tempo depois de sua chegada, desejando que o seu filho estudasse em uma boa escola, os seus pais tentaram de todas as formas conseguir uma vaga em uma das turmas da Escola de 1º Grau David Vieira da Silva, que nessa época utilizava a metodologia de ensino pelo televisor, algo inovador para época.
Desiludidos por não participarem da “elite social” do local e diante do fato de não terem alguém com prestígio econômico ou político que lhes atendessem o pedido, por intermédio do Rev. Ezequiel Fragoso Vieira, foi matriculado em uma das turmas da Escola de 1º e 2º Graus Dom Terceiro, onde concluiu a primeira etapa de sua formação alguns anos mais tarde, no dia 27 de dezembro de 1991.
“Nessa cidade começamos uma nova vida, ou melhor, uma vida nova, visto que tínhamos que nos adaptar a nova realidade em que viveríamos. Na cidade de Boa Viagem eu não tinha amigos, não conhecia ninguém fora de minha pequena família, o que me fez preza fácil para os meninos briguentos que zombavam de meu modo diferente de falar, algo que geralmente tinha de resolver com a força dos meus próprios punhos. Ao chegar a essa cidade o Pastor Ezequiel Fragoso logo cuidou de me matricular no colégio em que ele era um de seus diretores. Essa escola seria o meu motivo de orgulho, visto que ela foi decisiva para o início de minha formação acadêmica. No Colégio Dom Terceiro, aos poucos, fiz amigos e me conscientizei da necessidade de estudar, onde tive professores que foram marcantes para minha vida, tais como: Pe. Paulo, Dona Ireuda, Dona Isabel, Dona Narcé, Dona Rosary, Dona Irismar, Chiquinho, etc…” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 13)
Nessa época, logo que a sua família se estabeleceu na cidade de Boa Viagem, inicialmente residiram na Rua Agronomando Rangel, s/nº, esquina com a Rua Enedina de Carvalho, no Centro, logo depois na Rua José Leorne Leitão, nº 9, no Bairro Alto do Motor, depois na Rua Jaime Ribeiro e Silva, nº 140, também no Centro, e por fim na Avenida França Mota, nº 33, Centro, onde os seus pais adquiriram uma casa com parte dos recursos da venda dos móveis e do imóvel que possuíam na cidade do Recife.
Em quase todos esses endereços o seu pai mantinha uma pequena oficina em um dos cômodos da casa, ou em um ponto alugado em suas proximidades, onde aprendeu a trabalhar com solda elétrica, pintura e a realizar pequenos reparos em motores a diesel e outros equipamentos.
Antes de concluir o ensino primário, sendo oriundo de classe pobre, compreendia que nunca conseguiria chegar ao nível superior e que teria melhores oportunidades de trabalho caso conseguisse ingressar em um curso técnico, preferencialmente no campo profissional de seu pai, surgindo nessa ocasião a oportunidade de retornar para o Estado de Pernambuco, onde fazia planos de ingressar em uma das turmas da Escola Agrotécnica Federal de Belo Jardim, residindo nessa cidade com um de seus tios, Exgesso Rafael Filho.
“Em Boa Viagem o meu pai começou a trabalhar com a montagem de poços artesianos e sempre que podia me levava para acompanhar nessas montagens. Algo que sempre me chamou a atenção nesses locais foi o ar de felicidades na qual os moradores nos recebiam, especialmente de meu pai, que sempre levava mantimento de sobra para os moradores que se comprometiam em fazer nossa refeição. Eu percebia que a água que meu pai fazia jorrar da terra servia para regar os campos de um povo de mãos calejadas pelo trabalho. O meu desejo era ser tão importante para aquela gente como ele foi.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 13)
Ainda nesse período, nos últimos meses de 1987, passou pela oportunidade do primeiro emprego, quando, juntamente com outros de seus primos, que se chamam Ezequias da Silva Alves e Wilson Rafael Ribeiro, foram contratados por uma de suas tias, a Profª. Emivanete da Silva Vieira, para vender os bambolês que ela fabricava.
Nessa mesma época, pouquíssimo tempo depois que chegaram ao Ceará, o seu pai resolveu investir na agricultura plantando uma grande e variada horta de legumes orgânicos na propriedade de seu cunhado, que se chamava Francisco Alves de Sousa, tendo nessa ocasião a valiosa ajuda de um de seus sobrinhos, Ebenézer Alves de Sousa.
Pouco tempo depois, desejando-lhe dar uma nova ocupação, os seus pais compraram algumas mercadorias, na maioria brinquedos, bijuterias e roupas, colocando um pequeno banco na feira, estando localizada na esquina da Rua José Leal de Oliveira com a Rua Antônio Domingues Álvares, atividade que não logrou maior êxito por conta das poucas mercadorias e do grande número de concorrentes.
Poucos meses depois, diante da “falência” do primeiro negócio, foi contratado pelo feirante da banca vizinha, chamado José Auci Pereira, que possuía uma Kombi de cor azul, sendo gerenciada por sua filha, Cláudia Régia da Silva Sampaio.
Nos primeiros meses de 1989, diante do fato de seu pai ter apoiado ao candidato Benjamim Alves da Silva no pleito municipal, conseguiu uma oportunidade de emprego como agente administrativo na SOUSP – a Secretaria de Obras, Urbanismo e Serviços Públicos da Prefeitura Municipal de Boa Viagem, que funcionava nessa época na Rua José Rangel de Araújo, nº 127, Centro, e logo depois na Secretaria da Educação, Saúde e Promoção Social.
Mais tarde, por volta de 1991, por indicação de um amigo, passou a trabalhar como auxiliar mecânico e soldador elétrico na oficina da Indústria Cearense de Tintas Ltda, uma fábrica existente na periferia da cidade que produzia cal refinado e tinta em pó solúvel, onde trabalhou por quase dois anos, de onde mais tarde saiu para gerenciar um comércio pertencente ao seu pai, que foi denominado de “O Boiadeiro, Máquinas e Motores Agrícolas Ltda”, que funcionava em regime de consignação com uma empresa do mesmo ramo existente na cidade de Quixadá.
“Permaneci nesse emprego por quase dois anos. Depois disso decidi sair do emprego e ir embora, pois tinha um enorme desejo de ir morar com o meu tio Exgesso na cidade de Belo Jardim, onde queria fazer o curso de técnicas agrícolas na Escola Técnica Federal. Nutria esse desejo, pois serviria para ajudar ao meu pai em suas atividades. Por influência dele não prossegui nesses planos, decidi só sair de Boa Viagem quando terminasse o meu curso de contabilidade. Permanecendo em Boa Viagem, logo fui convidado a trabalhar na Indústria Cearense de Tintas. Nesse novo trabalho eu era um dos responsáveis pela manutenção das máquinas da fábrica. Foi uma época muito agitada, passava o dia trabalhando na fábrica, saia correndo para escola e antes de ir ao colégio apresentava um programa religioso da Igreja Evangélica Congregacional na Rádio Liberdade.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 14)
Nos últimos meses de 1992, depois de examinado e declarado apto por unanimidade entre os oficiais da Igreja Evangélica Congregacional de Boa Viagem, foi recebido em assembleia como um de seus membros, passando pelo batismo por aspersão no dia 31 de dezembro daquele ano em um ofício que foi celebrado pelo Rev. Ezequiel Fragoso Vieira.
Nessa igreja, onde aos poucos construiu muitas e sólidas amizades, conseguiu moldar a sua fé e aos poucos foi se constituindo como uma das lideranças entre os jovens e adolescentes dessa comunidade naquela geração, tendo sido eleito presidente da UAC – a União de Adolescentes Congregacionais.
“Nos primeiros meses do ano de 1993 senti algo diferente em minha vida, percebi que Deus tinha um projeto novo para mim, o ministério pastoral. Foi com grande alegria que os meus pais receberam esta notícia, que logo depois foi compartilhada com o meu pastor, que logo tratando de levar o assunto para assembleia de membros e, de forma unânime, me encaminhou para aperfeiçoar os meus conhecimentos no Seminário Teológico Congregacional do Nordeste, um seminário de prestígio e que nessa época tinha mais de 75 anos de existência. O destino novamente me levou ao Recife e, em 1995, iniciei os meus estudos em teologia.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 14)
Algum tempo depois, no dia 22 de dezembro de 1994, conciliando o trabalho e os estudos, conseguiu concluir o curso Técnico em Contabilidade ofertado pela Escola de 1º e 2º Graus Dom Terceiro.
Mais tarde, nos primeiros meses de 1995, depois do despertamento de sua vocação, foi encaminhado aos estudos eclesiásticos no Seminário Teológico Congregacional do Nordeste, uma instituição de nível superior que está ligada ao DET – o Departamento de Educação Teológica da UIECB – a União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, que possuía o seu principal campus de formação teológica no Nordeste localizado na Rua Arealva, nº 19, no Bairro Tejipió, no limite da cidade do Recife com a cidade de Jaboatão dos Guararapes.
“No início não foi nada fácil para mim, tive de me readaptar em morar em uma cidade grande. Não tinha conhecidos na república de estudantes em que fui morar e logo percebi que todos os colegas enfrentavam o mesmo problema que eu, daí formamos uma enorme família distantes de nossas casas. Em meu primeiro ano de seminário tudo era novo, o reitor daquela casa era bastante rígido com a nossa formação, cobrando muito de nossos estudos, e juntos não mediamos esforços para atingir aquilo que ele estabelecia. O seu nome era Manoel Bernardino de Santana Filho, um homem de muita capacidade e competência que depois se tornou em um bom e fiel amigo. Em meu primeiro ano de estudos, para não onerar as finanças da igreja, toda manutenção do seminário e pessoal era dada com muito amor e esforço pelos meus pais. Algo que me marcou nos primeiros dias de seminário foi que não sei se perdi ou troquei de identidade, pois não era mais chamado pelo meu nome e sim de ‘o seminarista’.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 14)
Nessa instituição de ensino conviveu em um agradável ambiente de estudos com diversas pessoas, de diversas denominações protestantes, dentre elas destacamos alguns que se tornaram referência no ministério pastoral ou no magistério: Hélder César de Araújo Ângelo, Heli Ferreira, Josemar Guedes, Roberto Marques, Rovanildo Vieira Soares, Gicélia Mendes Ferreira, João Alexandre Arruda Júnior, Rosilene Costa Figueiredo, Luís Carlos Pontes, Eugênia de Lira, entre outros.
A rotina de estudos do seminário, que era marcada pela constante disciplina e vigilância, começava ao nascer do Sol e por volta das 5h15min os estudantes já deveriam estar de pé e com o seu asseio impecável, com as suas camas devidamente arrumadas, quando obrigatoriamente tinham de sair do alojamento para fazer a limpeza de um dos setores do campus, para onde era designado previamente em uma escala criteriosamente feita pelo diretor interno, e logo depois, com a bíblia na mão, procurar um espaço reservado para suas orações e meditações devocionais.
Nesses momentos os alojamentos já deveriam estar perfeitamente limpos e trancados, só sendo utilizados em casos extraordinários e, ainda assim, com a devida autorização e supervisão do diretor interno.
Às 6h20min era o momento do café da manhã, que era carinhosamente preparado por uma chefe de cozinha, contando com o auxílio de alguns dos alunos designados na escala nas três refeições, que tinha início com uma breve oração de agradecimento, sendo encerrado com um toque da campainha, quando todos tinham de fazer rígido e absoluto silêncio para os avisos do dia, que geralmente eram dados pelo diretor interno e ocasionalmente por um dos professores ou pelo próprio reitor.
Depois do café da manhã os alunos eram autorizados a imediatamente retornarem para o alojamento e passar um brevíssimo período, onde faziam um novo asseio e se dirigiam para às salas de aula no bloco acadêmico, que começavam rigorosamente às 7h, da terça até a sexta-feira.
O almoço começava rigorosamente ao meio-dia, depois das aulas, seguindo o mesmo roteiro do café da manhã, tendo um espaço para orações e avisos, seguido de um espaço para descanso, que era encerrado às 14h15min, quando todos tinham liberdade para voltar aos seus aposentos.
No período da tarde, das 14h15min até às 17h, todos os alunos deveriam estar obrigatoriamente na banca de estudos em uma sala contígua à biblioteca existente no bloco acadêmico, onde tinha acesso a um rico e variado acervo, tendo de semanalmente apresentar uma ficha com 20 horas semanais de estudos ao diretor interno do estabelecimento.
Ao fim da banca de estudos, da terça-feira até à sexta, os alunos do internato tinham uma hora vaga, que dedicavam a prática de alguma atividade física, geralmente futebol e ocasionalmente vôlei.
O jantar era servido pontualmente no refeitório às 18h, acompanhando o mesmo roteiro das outras refeições, seguido de um breve momento para asseio pessoal, quando às 19h todos tinham de regressar aos estudos na biblioteca ou em sala de aula, dependendo da grade curricular construída no início do semestre por cada aluno, mesclando as cadeiras oferecidas no início de cada semestre entre os turnos da manhã e da noite, que eram oferecidas no internato e no externato, que funcionava no Edifício Artur Pereira Barros, anexo da Igreja Evangélica Pernambucana, localizada na Rua do Príncipe, nº 258, no Bairro da Boa Vista.
Nessa época o regulamento acadêmico do STCN previa que no sábado, dia que geralmente era utilizado pelos alunos internos para lavagem de suas roupas e outros utensílios, os estudantes podiam livremente sair do campus, sabendo que o domingo estava reservado para o estágio probatório na comunidade que fora previamente designado no início de cada semestre, devendo o aluno obrigatoriamente retornar ao internato às 18h da segunda-feira.
Em seu primeiro ano de curso foi designado a servir como seminarista disponível aos trabalhos religiosos executados pela Igreja Evangélica Congregacional de Jaboatão, que está localizada na Avenida Barão de Lucena, nº 89, no Centro da cidade de Jaboatão dos Guararapes, sendo tutorado nessa época pelo Rev. João Muniz Sobrinho, prestando a maioria de seus serviços em congregações existentes na cidade de Moreno, como também no Bairro Alto do Céu, em Jaboatão dos Guararapes.
“No primeiro domingo do semestre fui convidado pelo Rev. Muniz Sobrinho para trazer o sermão no púlpito da Igreja Evangélica Congregacional de Jaboatão. Era um desafio, confesso que senti um enorme frio na barriga, não sabia o que era fazer a preleção em uma igreja daquele porte, apesar de que a igreja de Boa Viagem ser tão grande quanto ela, o meu medo era por não conhecer o público. Graças ao bom Deus foi tudo muito bem, e ao fim do culto, na porta da igreja, recebi o peso da responsabilidade que agora tinha sobre os meus ombros, muitas senhoras, algumas delas bem idosas, me chamavam de ‘senhor pastor’, algo que para mim era muito estranho, elas tinham uma cortesia para comigo que eu não era acostumado a receber. Outra experiência marcante ocorreu naquele mesmo ano, na festa de Natal, quando recebi do meu tutor, o Rev. Ezequiel, a responsabilidade de levar o sermão para minha igreja. O Natal em minha igreja é uma grande festa, todas as famílias costumam se reunir no culto e, por muito tempo percebi que muitos gostavam apenas de mostrar suas roupas… o meu sermão naquela noite foi baseado na humildade do nascimento de Jesus, que ofusca toda beleza de nossas roupas. Este sermão ainda hoje é comentado por alguns irmãos.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 14-15)
No segundo ano, a convite do Rev. Fredd Willham Silveira da Cruz, executou estágio supervisionado na Igreja Evangélica Congregacional do Vasco da Gama, também na cidade do Recife, e logo depois, no terceiro ano de curso, por designação do diretor acadêmico, na Igreja Evangélica Congregacional do Pina, que está localizada na Rua Artur Lício, nº 197, no Bairro do Pina, sendo tutorado em suas atividades nessa época pelo Rev. Gilberto Alves de Sousa.
Nessa comunidade, praticando atividades de evangelismo pessoal, conviveu de perto com a pobreza das famílias que viviam nas paliçadas que serviam de suas residências sobre o Rio Capibaribe, na favela de Brasília Teimosa, onde chegou a presenciar diversas cenas de violência física e social.
“O meu segundo ano no seminário foi maravilhoso, pois minha igreja, em uma assembleia especial, decidiu assumir a total responsabilidade sobre os meus estudos. Foi também um ano de profundas mudanças naquela casa. O novo reitor, o Rev. Elecir Brito da Silva, modificara muitos aspectos de nossa vida interna e eu desfrutaria de ter como um bom amigo o Rev. Jaílson Amorim Pereira, novo diretor interno do seminário.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 15)
Nessa época, embora distante de sua igreja de origem, sem imaginar o que lhe aguardava em um futuro breve, embora sabendo o que ocorria nos bastidores, as mudanças políticas ocasionadas por conta de uma sucessão pastoral repentina e cheia de vícios iriam contribuir para liquidar as suas pretensões ministeriais dentro dos quadros da UIECB.
“O primeiro semestre de 1997 foi um ano de muitas transformações e mudanças para mim, pois o meu tutor, o Rev. Ezequiel Fragoso Vieira, por motivos de saúde e de política interna dentro da própria igreja comunicou e ao mesmo tempo pediu o afastamento de suas atividades na igreja. Em seu lugar, em uma eleição contestável segundo os princípios congregacionais, foi eleito o Rev. Josafá Vieira. Pouquíssimo tempo depois disso, uma das primeiras ações do novo pastor frente à igreja foi, em uma assembleia ordinária, cortar a metade da manutenção que a igreja tinha firmado compromisso para comigo em uma assembleia especial. Algo que nunca fui comunicado, simplesmente foi feito. Por mais estranho que seja, chegou ao ponto de nem buscar ter contato comigo durante os anos finais em que estive naquela casa, fazendo-me perceber que pretendia aos poucos cortar o elo que me mantinha ligado à igreja que me tutorava. Tudo isso era um prenúncio do que estava me aguardando para o próximo ano. No seminário a minha vida acadêmica caminhava muito bem, havia uma promessa da direção do seminário para comigo e outros colegas de investir em novos professores, onde o seminário custearia bolsas de mestrado no Seminário Batista do Nordeste, e ainda um convite para lecionar naquele seminário. Naquele ano já surgiam alguns convites de algumas igrejas solicitando os meus trabalhos, havia um convite da Bahia, Alagoas e Recife. Diante dessas ofertas, ainda não me comprometia com ninguém, visto que pretendia dar continuidade às minhas pesquisas.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 15)
Em seu quarto ano de estudos, tendo cumprindo rigorosamente as suas cadeiras de estágio, permaneceu servindo na Igreja Evangélica Congregacional do Pina, onde ocasionalmente era convidado pelos pastores conhecidos a ser preletor em outras comunidades, ganhando visibilidade ministerial e acadêmica, tendo a oportunidade de tornar o seu nome conhecido na cidade do Recife, especialmente entre os de sua denominação.
Antes disso, nas férias que ocorriam em julho, sempre que retornava para o Município de Boa Viagem, a convite da Comissão Municipal de Distribuição de Alimentos, que era presidido por Edinaldo Alves dos Santos, participava ativamente da distribuição de alimentos aos agricultores atingidos pelas secas que era patrocinado pelo PRODEA – o Programa de Distribuição de Alimentos.
Nessa fase do curso, mesmo com os problemas existentes em sua comunidade religiosa de origem, muitos dos seus objetivos acadêmicos e ministeriais estavam perfeitamente se encaixando até que, na madrugada do dia 26 de maio de 1998, estando em seus aposentos no dormitório do seminário, recebeu a notícia do inesperado falecimento de seu pai, que veio a óbito por conta de um infarto fulminante com apenas 49 anos de idade, algo que modificou muitos dos seus planos.
“O meu último ano de seminário foi um dos mais felizes e mais tristes de minha vida, tudo parecia bem. Havia conseguido definir e dar início ao meu trabalho monográfico, tendo em vista a conclusão de meu bacharelado. Nesse último ano de curso o pastor de minha igreja havia conseguido por fim ao seu intento, cortou por completo a minha manutenção. Eu não compreendia o motivo de suas atitudes, visto que o tinha como amigo pessoal, e vasculhando em minha memória nunca havia tido nenhum tipo de atrito com ele, o que eu sabia é que as nossas ideias com relação a posições teológicas e filosóficas se divergiam. Percebia também que ele não gostava de alguns de meus amigos, dentre eles o Rev. Maurício Manoel Amazonas dos Santos, alguém que para mim era como um irmão. Não fiquei desamparado, algo que ele queria, pois os meus pais novamente assumiram o custo de minha formação até que, no dia 25 de maio, aconteceu um desastre para minha família. O meu querido pai veio a falecer, vítima de um ataque cardio respiratório fulminante. Recebi a notícia de madrugada pela janela do meu quarto pelo vigia. Foi algo que me abalou profundamente, cheguei a pensar que ele tivesse sido assassinado, e que minhas tias estivessem escondendo de mim, logo me batendo um desespero e um desejo absurdo de vingança… No dia 26 de maio, já em Boa Viagem, às 18 horas, eu estava entregando o meu pai a terra no cemitério municipal. Passei uma semana em minha casa dando assistência a minha família, tentando organizar o pequeno estabelecimento comercial – O Boiadeiro, Máquinas e Motores Agrícolas – de meu pai. Foi uma semana terrível, nunca vi tanta gente sem sentimento, amigos que se afastavam e outros que se julgavam amigos e só tentavam tirar proveito da circunstância. Lembro-me bem das ameaças sofridas por meu irmão, aonde cheguei até a bater boca com o delegado da cidade, um sujeito desonesto que defendia os interesses de um aproveitador. Após uma semana, voltei ao seminário. Estava decidido a somente terminar o semestre e retornar para minha casa, visto que, com a morte de meu pai, minha família não tinha mais condições de manter os meus estudos. Foi naquele instante que o reitor e o diretor interno do seminário surgiram como dois anjos enviados por Deus. Eles conheciam a minha situação e conseguiram uma bolsa integral para que eu pudesse me formar e me pediram que quando eu terminasse o curso, passasse um período em casa e logo regressasse ao seminário para lecionar. O último semestre de 1998 foi dificílimo e meus tios me prestaram muito auxílio. Diante das muitas dificuldades, consegui com louvor concluir minha monografia, depois de enfrentar uma banca examinadora de 6 horas.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 15-16)
Diante desse fato, por conta da inesperada perda do suporte financeiro de seu pai e sem a menor perspectiva de ajuda em sua manutenção da igreja que o enviou, chegou a organizar a sua mudança de retorno para cidade de Boa Viagem, atitude que logo foi interferida pelo diretor interno da instituição, o Rev. Jaílson Amorim Pereira, que conseguiu levantar um grupo de pessoas responsáveis por sua bolsa de estudos até o final do curso, onde foi o juramentista de sua turma, que colou o grau de Bacharel em Teologia no templo da Igreja Evangélica Pernambucana no dia 5 de dezembro de 1998.
Na época de seminário foi aluno de vários e excelentes professores, sendo alguns deles: Dr. Manoel Bernardino de Santana Filho, Jaílson Amorim Pereira, Drª. Joice Elizabeth Winifred Every-Clayton, Glenn Thomas Every-Clayton, José Bonifácio de Sousa e Silva e vários outros.
Ao fim dessa etapa, embora existindo outras alternativas, devido a morte de seu pai, resolveu retornar para cidade de Boa Viagem no intuito de ajudar a sua mãe e aos seus irmãos a toparem os negócios de sua família, que era um comércio varejista de implementos agrícolas, uma oficina mecânica e uma escola, que se chama Instituto de Educação Paulo Moody Davidson, pois compreendia que a sua primeira igreja era a sua família, a sua mãe e os seus irmão, e que estando no campo não desenvolveria um bom trabalho se estivesse preocupado com eles.
No início, sem condições de manter a variedade de ramos, o comércio e a oficina foram vendidas, tendo o dinheiro sido investido no patrimônio da escola, que aos poucos foi prosperando e expandindo em seus negócios.
“A minha mãe era diretora de uma escola particular que já possuía um conceito de trinta e nove anos nessa atividade. A referida escola não possuía um prédio próprio, funcionava no prédio de uma escola que havia falido. No dia 2 de janeiro de 1999 a dona do referido prédio, mesmo consciente do contrato que tínhamos, nos forçava a sair do prédio deixando tudo que havíamos construído para ela. Foi uma época em que recebíamos telefonemas de madrugada com ameaças e que ela induzia a seu irmão, que era vereador, a forçar a minha mãe a assinar papéis em branco. Se não fosse a força de alguns parentes meus de Caruaru, homens destemidos e de coragem, teríamos perdido tudo. Minha mãe era viúva, mas havia alguém no Céu e na Terra por ela. Graças ao nosso bom Deus vendemos a mercadoria da lojinha de meu pai e conseguimos comprar um terreno bem localizado na cidade, começamos a construir e conseguimos transferir o Instituto de Educação Paulo Davidson para o seu próprio prédio em julho de 1999, um mês antes do fim do contrato.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 17)
Nessa mesma época, conciliando o seu trabalho com o empreendimento comercial da família, passou a lecionar como contratado na Escola de Ensino Médio Dom Terceiro, onde depois de algum tempo, prestando concurso público, assumiu a coordenadoria de gestão e algum tempo depois a coordenadoria administrativa e financeira na composição de seu núcleo gestor.
Umas das transformações com essas repentinas mudanças em sua vida ocorreu no seio de sua comunidade religiosa, que por conta da política eclesiástica local aos poucos foi sendo colocado no centro de um movimento centrípeta das escalas de serviço, algo que ficou já bem claro quando ainda estava no seminário em uma carta emitida pelo pastor de sua igreja, quando teve a sua imagem pessoal denegrida, sendo por conta disso chamado para prestar esclarecimentos sobre o assunto diante do reitor.
O referido pastor não tinha ciência de que a sua carta um dia seria exposta, tinha certeza de que o corporativismo pastoral iria abafar as suas maldosas palavras, algo que algum tempo depois lhe causou surpresa, chegando inclusive a negar que lhe tinha escrito em uma reunião de oficiais.
“Terminado o período festivo comum de fim de curso regressei para Boa Viagem, chegando aqui, fiquei um pouco perdido, precisava me readaptar à cidade. A minha igreja, um local que tinha como abrigo espiritual tornou-se um local inóspito. Percebia que não era bem vindo por algumas pessoas, visto que o pastor da igreja tinha escrito uma carta levantando falso testemunho a meu respeito. Pedi provas sobre o escrito, cheguei ao absurdo de ouvir de um dos oficiais que eu mesmo tinha forjado a carta que agredia a minha imagem. Foi uma dura prova que aprendi, conheci o lado negro e sujo da religião. Observei que para muitos religiosos à vontade de Deus não está em primeiro plano e sim as suas vaidades. Lembrei-me que na época da inquisição a igreja cristã costumava levar para fogueira os cristãos que não concordavam plenamente com as suas ideias, agora, não diferente daquela época, mudava apenas a temperatura do suplício, eu era membro de uma igreja que não poderia manda me queimar, mas que me colocava dentro da geladeira, não me dava oportunidade, assim estava feito e consumado o meu destino.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 19)
Pouco tempo depois, percebendo que estava sendo subutilizado em sua comunidade eclesiástica, dispôs-se a prestar auxílio nas igrejas que lhe convidavam, entre elas a Igreja Presbiteriana de Boa Viagem, passando depois disso a regularmente prestar serviço voluntário na Igreja Evangélica Boa-viagense, que nessa época ainda não tinha se organizado eclesiasticamente.
Ainda nessa época, no dia 23 de julho de 2000, depois de prestar exame vestibular, foi aprovado para uma das vagas do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da UVA – a Universidade Estadual Vale do Acaraú, que nessa época funcionava nas dependências da Escola de Ensino Fundamental Pe. Antônio Correia de Sá.
Algum tempo depois, no dia 22 de novembro de 2002, seguindo as formalidades da instituição, depois de apresentar o seu “Memorial de Prática Educativa”, trabalho necessário para finalização do curso, foi o orador da turma que foi diplomada na Associação Atlética Banco do Brasil.
“No ano de 2000 prestei exame vestibular para ingressar na Universidade Estadual Vale do Acaraú, onde consegui aprovação… Neste mesmo ano fui convidado pela direção da Escola de Ensino Fundamental e Médio Dom Terceiro para lecionar a disciplina de História, fato que para mim foi de bastante orgulho visto que fui aluno daquela escola. Em 2001, na mesma escola lecionei Língua Portuguesa e prestei concurso público para compor o núcleo gestor da referida escola.” (SILVA JÚNIOR, 2002: p. 17)
Antes disso, nos últimos meses de 2000, depois de prestar concurso público, foi contratado como recenseador pelo IBGE – o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, para o estudo do censo demográfico ocorrido em 2000, atividade que fez conhecer muitas localidades da zona rural.
Mais tarde, no dia 6 de abril de 2001, a convite do Dr. Pedro Pia de Freitas, foi convidado a participar como agente do Juizado da Infância e da Juventude da Comarca de Boa Viagem, atividade exercida por um bom tempo.
Pouco tempo depois desses fatos, segundo informações existentes no livro B-Auxiliar nº 1, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 70, folha 35v, no dia 24 de novembro de 2004 contraiu matrimônio religioso, com efeito civil e disparidade de culto, com Eulene Gomes Facundo, nascida no dia 21 de janeiro de 1978, sendo filha de Oséas Alves Facundo e de Maria do Socorro Gomes Facundo na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem diante do Monsenhor Luiz Orlando de Lima e do Rev. Maurício Manoel Amazonas dos Santos, ministro anglicano.
Algum tempo antes de seu casamento, no dia 15 de novembro de 2003, ingressou nos quadros da maçonaria, compondo uma das colunas da Loja Maçônica Cavaleiros do Amor, nº 79, sendo elevado ao grau de companheiro no dia 20 de novembro de 2005 e posteriormente exaltado a mestre no dia 17 de maio de 2008.
No dia 24 de maio de 2005, depois de algum tempo de estudos e ingressando como portador de diploma, novamente pela UVA, conseguiu concluir o curso de Licenciatura Plena em História e Geografia, ingressando depois disso em um curso de especialização em Gestão Escolar na UDESC – a Universidade do Estado de Santa Catarina, sendo diplomado pouco tempo depois no dia 21 de fevereiro de 2006, oportunidade em que defendeu a sua monografia que teve por tema “O Papel do Coordenador Escolar como Orientador Educacional na Escola Democrática Participativa”, texto que conta um pouco de suas impressões e experiência como coordenador escolar.
Nessa mesma época, desejando aprimorar os seus conhecimentos, mesmo sem perspectivas ministeriais, ingressou em uma das turmas de especialização em Teologia Latino Americana oferecido pela FAK – a Faculdade Kurios, apresentando como trabalho monográfico uma pesquisa por tema “Andarilhos da Fé: A História da Instalação do Protestantismo no Sertão do Município de Boa Viagem – Ceará”, sendo diplomado no dia 14 de abril de 2007.
Antes disso, pelo INTA – o Instituto Superior de Teologia Aplicada, ingressou em uma turma de especialização em Psicopedagogia Institucional, sendo diplomado no dia 8 de maio de 2007, apresentando um trabalho monográfico intitulado de “A Importância do Lúdico no Processo de Alfabetização na Educação Infantil na Visão de Jean Piaget”, que foi orientado pelo Me. Prof. Nilo César Batista da Silva, texto que veio a se tornar em um capitulo do livro “A Aprendizagem à Luz da Psicopedagogia”, obra que teve um de seus exemplares entregue a Presidente Dilma Vana Rousseff.
Poucos dias depois, no dia 20 de julho de 2007, depois de algum tempo de estudos na cidade de Fortaleza, desejando validar o seu diploma de Bacharelado em Teologia, convalidou o seu curso pela UFC – a Universidade Federal do Ceará, oportunidade em que apresentou o trabalho monográfico que tem por título “‘A Perseverança dos Santos’. Uma Análise do Quinto Ponto do Calvinismo”.
No dia 2 de junho de 2008, por meio do decreto nº 139/2008, depois de prestar concurso público, foi convocado para tomar posse do cargo de carreira de Técnico em Assuntos Culturais da Secretaria da Cultura, Turismo e Lazer da Prefeitura Municipal de Boa Viagem, onde vem contribuindo para o desenvolvimento de diversos projetos, principalmente no que se refere à pesquisa acerca da história do Município de Boa Viagem.
Diante disso, no dia 10 de setembro de 2009, por meio de uma resolução de indicação do Vereador José Anchieta Paiva Chaves, o seu nome foi referendado ao título de cidadania pela Câmara Municipal de Vereadores, sendo aprovado por unanimidade.
Antes disso, novamente pela FAK, ingressou em uma das turmas de especialização em História e Geografia, curso que foi ofertado em uma das salas do antigo edifício da Escola de Ensino Fundamental David Vieira da Silva, sendo diplomado no dia 4 de julho de 2009.
Mais tarde, pela FAEME – a Faculdade Evangélica do do Meio Norte, indo regularmente para cidade de Quixadá, concluiu o curso de Licenciatura Plena em Filosofia, sendo diplomado no dia 15 de dezembro de 2011, tendo apresentado como trabalho de final de curso a monografia denominada de “Análise do Existencialismo Ateu na Perspectiva de Sartre”.
No dia 2 de janeiro de 2014, por meio da portaria nº 34/2014, foi nomeado para exercer a função de Assessor DG1 no Gabinete do Prefeito, servindo como articulador de seleções e concurso público da Prefeitura de Boa Viagem junto a UFC – a Universidade Federal do Ceará.
Algum tempo depois, desejando continuar aprimorando os seus conhecimentos, ingressou dessa vez na UNIFUTURO, onde na cidade de Tauá cursou uma especialização em Educação Global, Inteligências Humanas e Construção da Cidadania, sendo diplomado no dia 11 de agosto de 2017, estendendo depois disso, na cidade de João Pessoa, para o curso de mestrado em educação, onde em sua dissertação discorreu sobre a história da educação do Município de Boa Viagem entre 1864 e 1930.
Pouco tempo depois, na noite do dia 16 de dezembro, juntamente com o Prof. Cícero Pinto do Nascimento, valioso companheiro de pesquisas, recebeu uma premiação em reconhecimento ao desenvolvimento de seus trabalhos em favor do Município de Boa Viagem.
Essa importante comenda, que foi concedida pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Boa Viagem, foi gentilmente entregue pela sua presidente, a Empresária Mirtes Alves Brasil.
Antes disso, nos últimos meses de 2015, no auditório do Núcleo de Arte e Cultura José Assef Fares, depois de anos de pesquisa, lançou o livro “Andarilhos do Sertão: A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem”, que teve boa aceitação pela maioria de seus leitores.
Nos últimos dias de 2018, novamente pela FAK – a Faculdade Kurios, concluiu o seu curso de Bacharel em Administração de Empresas.
Nos primeiros meses de 2019, diante dos desleixos da administração municipal e das fundamentações do Ministério Público, mesmo recebendo ameaças de morte de alguns correligionários da prefeita, teve a coragem de provocar à Câmara Municipal de Vereadores para que investigassem os contratos firmados por Aline Cavalcante Vieira, que conseguiu concluir o seu mandato graças a uma liminar.
Nessa época, estando alocado no museu da cidade, diante do fato de possuir experiência no manuseio com documentos antigos, a pedido de alguns cartorários, prestou serviço em alguns cartórios de Boa Viagem organizando os seus acervos físicos em mídia.
“Em decisão liminar proferida nesta quinta-feira (25), o juiz da 1ª Vara de Boa Viagem, MM. Carlos Henrique Neves Gondim, proibiu que a Câmara Municipal pratique qualquer ato que importe no afastamento preventivo da Prefeita Aline Cavalcante Vieira, por denúncia apresentada na última sessão no dia (19). Na sessão de terça-feira passada, 19 de fevereiro, Eliel Rafael da Silva Júnior acusou a Prefeita Aline Vieira de ter contratado irregularmente caminhões-pipa e serviço de limpeza urbana, bem como apontou problemas na aquisição de medicamentos e material hospitalar, por dispensa de licitação, motivo pelo qual pediu a abertura de processo e o afastamento da prefeita. Em sua decisão, o magistrado ponderou que apesar de a Câmara Municipal poder investigar e fazer o controle das atividades da prefeitura, somente o Poder Judiciário tem a competência para afastar preventivamente a prefeita, não podendo o afastamento ser determinado pela Câmara Municipal.” (SERTÃO ALERTA, 2019: Disponível em https://www.sertaoalerta.com.br/26/02/2019/justica-proibe-camara-municipal-de-afastar-a-prefeita-de-boa-viagem/. Acesso no dia 17 de novembro de 2021)
Mais tarde, no dia 4 de janeiro de 2021, por meio da portaria nº 18, na gestão do Prefeito José Carneiro Dantas Filho – o Régis Carneiro, foi nomeado para exercer o cargo de secretário municipal na pasta da Cultura, Turismo e Lazer, permanecendo nessa atividade até o dia 13 de abril de 2023, quando entregou sua função depois de enfrentar uma armadilha criada por dois vereadores da própria base do prefeito que queriam seus asseclas no comando da referida pasta, que nesse período tinha o gerenciamento de recursos oriundos da Lei Paulo Gustavo e Aldir Blanc.
Em sua gestão, enfrentando grandes desafios, reestruturou a Biblioteca Pública Municipal Venceslau Vieira Batista, inclusive o acervo e o cadastro de seus usuários; o Museu Municipal Prof. Cícero Pinto do Nascimento, que não possuía sequer um regimento interno; a colocação de placas de identificação das ruas da cidade; reestruturou a Banda Municipal de Música João Xavier Guerreiro, onde conseguiu a reforma de instrumentos e a doação de novos instrumentos junto a FUNARTE – a Fundação Nacional de Arte.
“A Prefeitura de Boa Viagem, através da Secretaria da Cultura, Turismo e Lazer tem realizado desde o início de 2021 ações para revitalizar a Banda Municipal João Xavier Guerreiro. Como parte das medidas adotadas pelo secretário da pasta, Prof Eliel Júnior, a recuperação dos instrumentos musicais que estavam inutilizados há anos pelo Município foi implementada neste mês de outubro, tendo como visão de futuro, a ampliação da composição do quadro de músicos, com aulas promovidas na sede da SECULT… os instrumentos foram recuperados em Fortaleza por uma equipe especializada, os instrumentos de sopro receberam funilamento, troca de peças, lubrificação e estão novamente à disposição da banda. Além dos instrumentos recuperados, a SECULT adquiriu instrumentos de percussão e peças como palhetas, bocais, cordas e baquetas.” (FACEBOOK. 2021: Disponível em https://www.facebook.com/prefeituradeboaviagemce. Acesso no dia 17 de novembro de 2021)
Encaminhou projetos de lei para o tombamento dos sítios arqueológicos existentes no território do Município; do Encontro das Pedras, equipamento de potencialidade turística existente no Centro da cidade; a reforma da imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem e nas estátuas da Lagoa do Cavalo Morto e demais bustos pertencentes ao acervo do patrimônio histórico; a regulamentação do nome comercial do Sertão Junino; o tombamento da banda municipal como patrimônio imaterial e outros.
Nessa época, para melhorar a qualidade do seu trabalho dentro da gestão pública, ingressou em uma das turmas de museologia da UNIASSELVI – a Universidade Leonardo da Vinci.
“A Lagoa do Cavalo Morto segue recebendo reparos estruturais, especialmente o busto do Alferes Antônio Domingues Álvares, Agostinha Sanches de Carvalho e o cavalo morto. O equipamento público, de preservação da história romântica do local e de promoção ao turismo, está passando por uma grande revitalização. Foram constatados inúmeras danificações e mal conservação das estátuas, destaca-se a deformação da peça original com fixação de massa automotiva e massa epóxi, impróprias para o uso. O material foi totalmente removido e as peças passam por um acabamento reforçado, em breve será entregue para que populares possam fazer bom uso, com registros e ajudar na preservação.” (FACEBOOK. 2021: Disponível em https://www.facebook.com/prefeituradeboaviagemce. Acesso no dia 17 de novembro de 2021)
Na “trama para sua saída” os assessores interessados em assumir a pasta, um deles irmão de um dos vereadores, que é bastante conhecido entre os seus pares por ser chantagista e de mau-caráter, distorceram a sua fala em uma entrevista tratando sobre o movimento de quadrilha no Município que foi concedida ao radialista Luís de Sá na emissora de Rádio Asa Branca.
Na fala do secretário, depois de receber várias denúncias quanto ao uso de álcool e assédio sexual em algumas quadrilhas, o mencionado incentivou aos pais dos menores que são brincantes a acompanharem os seus filhos nessas atividades.
Uma semana após a sua fala, esse mesmo vereador e seu irmão, que foi acompanhado de pessoas desavisadas, organizaram um teatro de denúncias no plenário da Câmara Municipal de Vereadores, momento em que foram surpreendidos pela renúncia do secretário, algo que encheu de esperança o coração do irmão do referido vereador em assumir a referida secretaria.
Nesse mesmo período uma foto e um vídeo íntimo de cunho homossexual com um dos assessores da outra vereadora foi publicado nos grupos de Whatsapp do Município, algo que despertou a atenção das pessoas sérias para discussão sobre o que realmente acontece nos bastidores dos ensaios de algumas quadrilhas, especialmente pelo fato do principal envolvido ser um professor da rede municipal que lida com crianças e ser o dono de uma quadrilha na vila do Boqueirão.
Mais tarde, em plena festa junina, a cantora contratada pelo Governo Municipal para encerrar o evento, Taty Girl, no palco, observando uma briga no meio do público, incitou aos envolvidos a “fazer amor” na parede da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem.
Saindo da SECULT, passou a servir como assessor junto ao Gabinete do Prefeito, ficando responsável pela organização dos documentos das novas construções e da confecção de projetos.
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:
- BRANCO DE ARAÚJO, Lucirene Castelo. A Aprendizagem à Luz da Psicopedagogia. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2011.
- FACEBOOK. Investindo na cultura, valorizando nossos artistas e dando oportunidade para novos talentos. Disponível em https://www.facebook.com/prefeituradeboaviagemce. Acesso no dia 17 de novembro de 2021.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de tombo de casamentos. Livro B-21. Folha 54v. Termo 51.
- SERTÃO ALERTA. Justiça proíbe Câmara Municipal de afastar a prefeita de Boa Viagem. Disponível em https://www.sertaoalerta.com.br/26/02/2019/justica-proibe-camara-municipal-de-afastar-a-prefeita-de-boa-viagem/. Acesso no dia 17 de novembro de 2021.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A BR-020. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/br-020/. Acesso no dia 28 de setembro de 2018.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A Angelologia e a sua Relevância para a Igreja. 1998. 105 f. Monografia (Bacharelado em Teologia) – Seminário Teológico Congregacional do Nordeste, Recife, 1998.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Memorial de Prática Educativa. 2002. 35 f. Memorial de Prática Educativa (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Estadual Vale do Acaraú, Boa Viagem, 2002.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. O Papel do Coordenador Escolar de Gestão como Orientador Vocacional da Escola Democrática Participativa. 2004. 52 f. Monografia (Especialização em Gestão Escolar) – Universidade de Santa Catarina, Quixadá, 2004.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A Importância do Lúdico no Processo de Alfabetização na Educação Infantil na Visão de Jean Piaget. 2006. 77 f. Monografia (Especialização em Psicopedagogia) – Instituto Superior de Teologia Aplicada, Boa Viagem, 2006.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. “A Perseverança dos Santos.” Uma Análise do Quinto Ponto do Calvinismo. 2007. 59 f. Monografia (Convalidação do Bacharelado em Teologia) – Universidade Federal do Ceará, Maranguape, 2007.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Análise do Existencialismo Ateu na Perspectiva de Sartre. 2009. 69 f. Monografia (Licenciatura em Filosofia) – Faculdade Evangélica do Meio Norte, Quixadá, 2009.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. “Andarilhos da Fé.” A História da Instalação do Protestantismo no Sertão do Município de Boa Viagem – Ceará. 2009. 162 f. Monografia (Especialização em História e Geografia) – Faculdade Kurios, Maranguape, 2009.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Andarilhos do Sertão: A Chegada e a Instalação do Protestantismo em Boa Viagem. Boa Viagem, CE: PREMIUS, 2015.
FILME:
- SECA VERDE – Boa Viagem. Direção de José Roberto Aureliano Sales (Zé Bob Sales). Boa Viagem: Sapiência Filmes, 2022.
- SECA VERDE – Sertão Central. Direção de José Roberto Aureliano Sales (Zé Bob Sales). Boa Viagem: Sapiência Filmes, 2024.
- RAÍZES E TRANSFORMAÇÕES: A chegada do protestantismo em Boa Viagem. Direção de Matthaus Fragoso. Boa Viagem, 2024.
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