Rodolfo Albino Dias da Silva

Rodolfo Albino Dias da Silva nasceu no dia 5 de agosto de 1889 no Município de Cantagalo, no Estado do Rio de Janeiro, distante 200 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, sendo filho de João Albino Dias da Silva e de Alzira Scheiner de Mendonça Dias da Silva.
Os seus avós paternos se chamavam João Albino Dias da Silva e Maria Honorata da Silva Freire, já os maternos eram João Damasceno Pinto de Mendonça e Isabel Maria Scheiner de Mendonça.
Era militar, tendo alcançado a patente de 2º tenente, foi poeta e caricaturista, tendo sido também um dos fundadores e um dos presidentes da Associação Brasileira de Farmacêuticos em 1916.
Mais tarde, em 1926, por sua influência, as autoridades sanitárias do país aprovaram a proposta de um Código Farmacêutico Brasileiro.
Depois de aprovado pelas autoridades sanitárias da época, esse Código foi oficializado em 1929 e tornou-se a primeira edição da Farmacopeia Brasileira, obra de um único autor, sendo a primeira edição da Farmacopeia Brasileira, equiparada às Farmacopeias dos países tecnologicamente desenvolvidos, muito avançada, diferenciando-se das demais por conter descrições de mais de 200 plantas medicinais, a maioria delas de origem brasileira.
Foi casado com a uruguaia Jônia Leal Rodrigues Dias da Silva, nascida em 1891, sendo filha de Bibiano Rodrigues a Silva e de Fátima Leal Rodrigues, não tendo gerado filhos.

“Consagrado farmacêutico brasileiro, Rodolfo Albino Dias da Silva, autor da ‘Farmacopeia Brasileira’. Adolfo Albino gozava de prestígio junto à categoria, que o tinha em boa como ‘genial’ e ‘fabuloso’. Orgulho da farmácia brasileira, os adjetivos não eram de graça. Rodolfo Albino estudou os recursos da flora medicinal brasileira e introduziu a farmacognosia no Brasil. Através de suas fórmulas, obteve-se a preparação da cânfora solúvel, do cálcio associado a vitaminas, do fósforo orgânico e vitamina B1, do bismuto solúvel e muito mais. que a data escolhida fosse quatro de novembro, dia em que o Brasil emancipou-se da Farmacopeia Francesa e a partir de quando passou a vigorar, no território nacional, a ‘Farmacopeia dos Estados Unidos do Brasil’, elaborada por Rodolfo Albino Dias da Silva.” (BRANDÃO, 2009: Disponível em https://cff.org.br/impressao.php?noticia=142. Acesso no dia 12 de julho de 2023)

Nos primeiros anos da década de 1940, estando o Município de Boa Viagem sob a interventoria de José Rangel de Araújo, por indicação do farmacêutico Antenor Gomes de Barros Leal, a cidade de Boa Viagem recebeu uma rua com o seu nome, que anos depois, sem uma justificativa aparente, teve a sua nomenclatura modificada para Rua José Leorne Leitão.

“Em 1942 a Prefeitura de Boa Viagem participou das comemorações do 10º aniversário de morte do Prof. Rodolfo Albino Dias da Silva, filho do Município de Cantagalo, Estado do Rio de Janeiro, autor de ‘Farmacopeia Nacional’. Para esta festa mandei construir uma pequena rua, que recebeu o nome do Prof. Rodolfo Albino Dias da Silva, cujos documentos foram doados à Academia Cearense de Farmácia, por intermédio de seu presidente, Acadêmico Professor Ribeiro Ramos.” (BARROS LEAL, 1983: p. 167)

Segundo informações existentes no livro C-134, pertencente ao Cartório da 5ª Circunscrição da cidade do Rio de Janeiro, tombo nº 3.641, página 3v, faleceu no dia 7 de outubro de 1931, aos 42 anos de idade, na Casa de Saúde Dr. Eiras, tendo seu óbito atestado pelo Dr. Joaquim Moreira da Fonseca.
Depois do seu falecimento, o seu corpo foi sepultado no Cemitério de São João Batista, que está localizado na Rua General Polidoro, nº 245, no Bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro.

BIBLIOGRAFIA:

  1. BARROS LEAL, Antenor Gomes de. Avivando Retalhos – Miscelânea. 2ª edição. Fortaleza: Henriqueta Galeno, 1983.
  2. BRANDÃO, Aluísio. Dr. Jaldo é paraninfo e fala da grandeza de se comemorar o Dia do Farmacêutico. Disponível em https://cff.org.br/impressao.php?noticia=142. Acesso no dia 12 de julho de 2023.
  3. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  4. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Interventor José Rangel de Araújo, embora sem legislação que ampare, uma rua do Centro da cidade de Boa Viagem recebeu a sua denominação, que foi posteriormente alterada na gestão do Prefeito Dr. Gervásio de Queiroz Marinho pela lei nº 30, de 3 de outubro de 1959.

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