Pe. José Basílio Moreira

José Basílio Moreira nasceu em 1765 em local que ainda nos é desconhecido, tendo servido à Igreja Católica Apostólica Romana como um de seus sacerdotes.
Foi vigário visitador do Município de Quixeramobim em diversas ocasiões, sendo elas: entre novembro de 1801 a novembro de 1802, de dezembro de 1803 a outubro de 1804 e de junho de 1805 a dezembro de 1806.

“A Vila de Campo Maior do Quixeramobim, a mais central da Província, tem o seu termo bastante extenso, ainda que algum tanto despovoada… e tem de população um pouco mais de 8.000 almas em 1827. Essa freguesia não pode, segundo a sua extensão, socorrer a todos os seus fregueses e para isso é justo que se divida em duas, sendo a povoação de Boa Viagem (onde há uma capela), o lugar da nova matriz, servindo-lhe de divisa o Rio Quixeramobim…” (PORDEUS, 1953: Disponível em https://institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1955/1955-AntonioDiasFerreiraMatrizQuixeramobim.pdf. Acesso no dia 2 de julho de 2021.)

No primeiro período, em 1802, cumprindo a sua função de pároco, distribuiu sacramentos ao povo na Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, que está localizada na povoação de Boa Viagem, no Sertão de Canindé, que antes era conhecida pelo topônimo de “Fazenda Cavalo Morto”.

“Vigário visitador de Quixeramobim em diversas ocasiões, com intervalos. Sucedeu-lhe o Pe. Manoel Ribeiro Pessoa de Holanda Cavalcante. (SILVEIRA, 2004: p. 343)

Nessa época, assumiu a função deixada pelo Pe. José Felix de Morais na celebração dos ofícios religiosos na Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, dentre eles os casamentos e os batizados, quando pouco tempo depois foi substituído pelo Pe. Francisco Mendes Linhares.
Ainda nesse período, no dia 11 de abril de 1804, celebrou o batismo de Maria Francisca de Paula Lessa, que ficou conhecida na historiografia cearense como “Marica Lessa”.

“Marica Lessa foi a terceira dos quatro filhos de José dos Santos Lessa, capitão-mor da então Vila de Campo Maior de Quixeramobim, com a sua prima cruzada, Francisca Maria de Paula. O capitão-mor era o homem mais rico da região, tendo sido um dos primeiros vereadores daquele Município, cargo que voltou a exercer várias vezes, além de outros cargos públicos. Pelo lado materno, era neta do tenente-coronel Vicente Alves da Fonseca e de sua primeira esposa, Maria Francisca do Espírito Santo. Fonseca era dono de praticamente todo o atual Distrito de Pirabibu, e que foi o construtor do primeiro açude público no Ceará, entre os anos 1770 e 1780… Marica foi batizada em 11 de abril de 1804, na Matriz de Quixeramobim, pelo Padre José Basílio Moreira, tendo como padrinhos o tio Vicente Alves da Fonseca Filho e a esposa deste, Antônia Geracina Isabel de Mesquita, cuja filha, Francisca Maria Carolina, viria a ser esposa do senador Francisco de Paula Pessoa.” (WIKIPÉDIA, 2000: Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Marica_Lessa. Acesso no dia 1º de julho de 2021)

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. PORDEUS, Ismael. Antônio Dias Ferreira e a Matriz de Quixeramobim. Subsídios históricos para as festividades do centenário da paróquia. Disponível em https://institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1955/1955-AntonioDiasFerreiraMatrizQuixeramobim.pdf. Acesso no dia 2 de julho de 2021.
  4. SILVEIRA, Aureliano Diamantino. Ungidos do Senhor na Evangelização do Ceará (1700 a 2004). 2º v. Fortaleza: Premius, 2004.
  5. SIMÃO, Marum. Quixeramobim – Recompondo a História. Fortaleza: MULTIGRAF, 1996.
  6. WIKIPÉDIA. Marica Lessa. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Marica_Lessa. Acesso no dia 1º de julho de 2021.