Pe. João Rodrigues Leite

João Rodrigues Leite nasceu por volta de 1770 na cidade do Recife, capital do Estado de Pernambuco, sendo filho do Capitão Agostinho Rodrigues Leite e de Cosma Maria do Carmo.
Em diversas oportunidades, segundo Silveira (2004, p. 260-261), assumiu a função de pároco da Igreja Matriz de Santo Antônio de Quixeramobim, sendo elas: novembro de 1802 a dezembro de 1803, setembro de 1807 a novembro de 1811 e outubro de 1812 a julho de 1822.
Nos últimos meses de 1802, exercendo a função de pároco, distribuiu os sacramentos ao povo na Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, que está localizada na povoação de Boa Viagem, no Sertão de Canindé, que antes era conhecida pelo topônimo de “Fazenda Cavalo Morto”.
Exerceu essa atividade até até os últimos meses de 1803, quando designou o Pe. Ignácio Raimundo de Freitas para executar tal atividade.
Pouco tempo depois, em 1809, na época em que Boa Viagem era assistida pelo Pe. Gonçalo Ignácio de Loiola Albuquerque Melo, conhecido como Pe. Mororó, voltou a celebrar nessa capela em algumas ocasiões.
Alguns anos mais tarde, depois de ter sido eleito Deputado Provincial, foi escolhido como membro do Conselho Geral de Província, o qual se instalou em 1829 como fruto da Constituição do Império jurada em 1824.
Pouco tempo depois, segundo informações existentes no livro C-02, existente na secretaria da Paróquia de Santo Antônio de Pádua, página 116, faleceu na cidade de Quixeramobim no dia 8 de fevereiro de 1827, sendo sepultado no interior da Igreja Matriz, e segundo Silveira (2004: p. 261), “o termo de óbito di-lo com 57 anos e é assinado pelo Pe. Bento Antônio Fernandes.”

“Em relação ao assunto, vamos encontrar, já no segundo quartel do século XIX, o testamenteiro do Padre João Rodrigues Leite pagando a quantia de cem mil réis que aquele sacerdote havia legado para Igreja do Bonfim com ‘uma rede grande nova toda bordada de azul e encarnado com a varanda no valor de 10$000’, ‘um jogo de malas encouradas com pregaria dourada – 10$000’ e o ‘escravo Feliciano, de 12 anos – 80$000′”. (PORDEUS, 1953: Disponível em https://institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1955/1955-AntonioDiasFerreiraMatrizQuixeramobim.pdf. Acesso no dia 2 de julho de 2021.)

BIBLIOGRAFIA:

  1. ALEC. Os Clérigos Católicos na Assembleia Provincial do Ceará. 1834-1889. Coordenação, pesquisa e texto de Osmar Maia Diógenes. Fortaleza: INESP, 2015.
  2. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  3. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  4. PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA. Livro de registro de óbitos. 1812-1838. Livro C-02. Página 116.
  5. PORDEUS, Ismael. Antônio Dias Ferreira e a Matriz de Quixeramobim. Subsídios históricos para as festividades do centenário da paróquia. Disponível em https://institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1955/1955-AntonioDiasFerreiraMatrizQuixeramobim.pdf. Acesso no dia 2 de julho de 2021.
  6. SILVEIRA, Aureliano Diamantino. Ungidos do Senhor na Evangelização do Ceará (1700 a 2004). 2º v. Fortaleza: Premius, 2004.
  7. SIMÃO, Marum. Quixeramobim – Recompondo a História. Fortaleza: MULTIGRAF, 1996.