Francisco Ignácio de Godoy Vasconcelos nasceu em 1826 provavelmente em São Bento do Una, no Sertão do Estado de Pernambuco, distante 215 quilômetros da cidade do Recife.
“No fértil vale do Ipojuca, nasceu no final do século XIX a cidade de São Bento, originária da Fazenda Santa Cruz e considerada berço da pecuária leiteira e da avicultura na região. O nome da cidade teve origem na invocação que os moradores faziam ao santo, para se livrarem das cobras durante o desbravamento da fazenda na formação da cidade. A complementação do nome foi feita em 1941, homenageando ao Rio Una e distinguindo a cidade de outras com o mesmo nome.” (IBGE, 2000: Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/sao-bento-do-una/historico. Acesso no dia 5 de junho de 2019)
Foi casado com Ignácia Maria da Encarnação, com quem gerou alguns filhos, dentre eles destacamos: Pedro de Godoy Vasconcelos, Antônio de Godoy Vasconcelos, Francisco de Godoy Vasconcelos e José de Godoy Vasconcelos.
Depois disso, estando viúvo, contraiu matrimônio com Thereza Maria de Jesus, de quem não temos melhores informações.
Era agropecuarista e conforme o registro de Cintra (1988, p. 63), em 13 de junho de 1873, teve o seu nome mencionado como senhor de escravos na Matriz de Santa Águeda.
“Um caso interessante, é do inventariado Ignácio de Godoi de Vasconcelos (1803). Ele possuía 798 animais (750 cabeças de gado a toda a sorte criados nas suas fazendas, Agreste e Mimoso avaliados por R$. 4:500$000 e 48 animais cavalares avaliados em R$. 463$000). Ele era o maior proprietário de gado inventariado. No mesmo inventário, também foram descritos 9 escravos que juntos somavam R$. 909$000. Sendo assim, a maior fonte de renda do inventário de Ignácio de Godoi de Vasconcelos ficava por conta dos seus animais vacuns e cavalares avaliados em R$. 4:963$000, representando 60,69% do patrimônio estimado deste senhor. É interessante perceber, que na nossa classificação, Ignácio de Godoi de Vasconcelos aparece com um ‘médio proprietário’ de escravos. Deixou apenas 9 escravos. Ao que tudo indica, para cuidar dos seus 798 animais, empregava trabalhadores livres, familiares e mesmo agregados no trabalho.” (SILVA, 2020: Disponível em https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38348/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jos%c3%a9%20Eduardo%20da%20Silva.pdf. Acesso no dia 31 de outubro de 2021)
Faleceu em São Bento do Una no dia 9 de janeiro de 1895, ao sessenta e nove anos de idade.
BIBLIOGRAFIA:
- CINTRA, Ivete de Morais. Gado Brabo de Senhores e Senzalas. Centro de Estudos de História Municipal. Recife: Fundação de Desenvolvimento Municipal do Interior de Pernambuco, 1988.
- IBGE. A História de São Bento do Una. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/sao-bento-do-una/historico. Acesso no dia 5 de junho de 2019.
- SILVA, José Eduardo da. Além do Litoral: escravidão no Agreste Meridional Pernambucano. Disponível em https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38348/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jos%c3%a9%20Eduardo%20da%20Silva.pdf. Acesso no dia 31 de outubro de 2021.
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