Abdon Francisco da Rocha

Abdon Francisco da Rocha nasceu no dia 23 de maio de 1917 no Município de Santa Luzia, que está distante 260 quilômetros da cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, sendo filho de Antônio Francisco da Rocha e de Silvina Maria da Conceição.
Na época em que veio ao mundo nasceu pelas mãos de uma parteira em uma localidade inicialmente denominada de Sabugirana, que algum tempo depois recebeu a sua autonomia administrativa e passou a ser conhecida com o topônimo de Várzea:

“Distrito criado com a denominação de Sabugirana pelo Decreto-Lei Estadual n.º 29, de 22-11-1939 e por Ato Municipal anterior a 02-03-1938, e anexado ao Município de Santa Luzia. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o Distrito de Sabugirana figura no Município de Santa Luzia. Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 520, de 31-12-1943, o Município de Santa Luzia passou a denominar-se Sabugi. Por Ato das Disposições Transitórias Constitucionais do Estado da Paraíba, promulgado em 11-06-1947, o Município de Sabugi voltou a denominar-se Santa Luzia. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o Distrito de Sabugirana figura no Município de Santa Luzia ex-Sabugi. Pela Lei Estadual n.º 318, de 07-01-1949, o Distrito de Sabugirana passou a denominar-se Várzea. Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Várzea ex-Sabugirana, figura no Município de Santa Luzia. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. Elevado à categoria de município com a denominação de Várzea, pela Lei Estadual n.º 2683, de 22-12-1961, desmembrado de Santa Luzia. Sede no antigo distrito de Várzea.” (IBGE, 2000: Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/varzea/historico. Acesso no dia 21 de outubro de 2020)

Mais tarde, em uma data ainda desconhecida, passou a trabalhar como escriturário do cartório da cidade de Sucuru, localizada na região do Cariri Paraibano.
Foi casado com Deusalina Maia Rocha, que era filha de Hozano Gonçalves Maia e de Ana Santiago Maia.
Desse matrimônio foram gerados cinco filhos, dois homens e três mulheres, sendo eles: Lúcia de Fátima Rocha, Luciano Maia Rocha, Lucilda Maia Rocha, Lucília Maia Rocha e Lucivaldo Maia Rocha.
Algum tempo depois ingressou nos quadros da SANBRA – a Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro, onde ganhou destaque profissional e logo ascendeu para gerenciar algumas de suas extensões pelo interior do Estado da Paraíba.

Imagem dos funcionários da SANBRA no fim da década de 1960.

Depois disso, por volta de 1966, foi destacado pelos seus superiores ao gerenciamento do escritório localizado na cidade de Boa Viagem, no Estado do Ceará, onde estabeleceu residência em uma propriedade denominada de Poço da Pedra, nas cercanias da cidade.

“A sua instalação deu-se por volta de 1962, sendo o senhor Abdon Francisco da Rocha o seu primeiro gerente até meados de 1972, quando foi substituído por Clóvis Oliveira, que permaneceu até 1973, ano em que a aludida empresa foi extinta em nossa cidade.” (SILVA JÚNIOR, 2017: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/sociedade-algodoeira-do-nordeste-brasileiro/. Acesso no dia 21 de outubro de 2020)

Engajado com a situação social das pessoas mais carentes do Município, deu valiosa contribuição como presidente do Lions Clube de Boa Viagem e por meio da lei nº 262, de 30 de maio de 1976, foi agraciado com o título de cidadania pela Câmara Municipal de Vereadores.

Imagem do Lions Clube de Boa Viagem.

No meio empresarial investiu em um nicho comercial até então pouco ou quase não explorado na região, que foi a exploração de jazidas e o cozimento de pedras de cal, tendo fundado a Comercial de Cal Hulk LTDA, que hoje é a Indústria Cearense de Tintas, uma fábrica que ainda atua no mesmo ramo.
Segundo informações existentes no livro C-04, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 2.066, folha 149, faleceu no dia 15 de setembro de 1989, aos 72 anos de idade.
Logo depois o seu ataúde veio para cidade de Boa Viagem e após as despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado no mausoléu da família que existente no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, Centro.

Imagem do túmulo da Família Maia Rocha, em 2015.

BIBLIOGRAFIA:

  1. IBGE. Histórico do Município de Várzea. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/varzea/historico. Acesso no dia 21 de outubro de 2020.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/sociedade-algodoeira-do-nordeste-brasileiro/. Acesso no dia 21 de outubro de 2020

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão da Prefeita Aline Cavalcante Vieira, através da lei nº 1.418, de 27 de agosto de 2020, uma das ruas do Bairro Ponte Nova recebeu a sua nomenclatura.