Pe. Aureliano Diamantino Silveira

Aureliano Diamantino Silveira nasceu no dia 2 de abril de 1929 no Município de Bela Cruz, que está localizado na margem do Rio Acaraú, distante 245 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Diogo Lopes de Freitas e de Francisca Assis da Rocha.
Alguns dias depois do seu nascimento, em 7 de julho, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o sacramento do batismo na Capela da Cruz pelas mãos do Pe. José Arteiro Soares.
Mais tarde, em 14 de julho de 1931, na cidade de Camocim, foi crismado na Igreja Matriz de Nosso Senhor Bom Jesus dos Navegantes pelo Bispo Dom José Tupinambá da Frota.

“Ainda muito moço emigrou para a cidade, em busca de vida nova. Mas, durante sua permanência distante do torrão natal – sua querida Bela Cruz, foi sempre a evocação de todos os momentos. Pois foi ali que ele nasceu, na fazenda Lagoa Seca, distrito de Santa Cruz, ex-Alto da Genoveva. Logo o menino Diamantino entrou em contato com as vilas de Santa Cruz, Cruz, Marco, e outras cidades como Camocim, Acaraú, Santana do Acaraú e Sobral.” (RIOS, 2011: Disponível em https://acarauprarecordar.blogspot.com/2011/02/aureliano-diamantino-silveira.html. Acesso no dia 10 de novembro de 2024.)

Quando chegou a época de frequentar os bancos escolares, inicialmente recebeu instrução elementar com uma professora chamada Mundica, logo depois com a Profª Amélia em uma localidade denominada de Correguinho e, em seguida, com o Prof. Raimundo Major na localidade de Lagoa do Mato.
Por fim, em Bela Cruz, concluiu o curso primário nas Escolas Reunidas com as professoras Geralda Lopes Araújo e Rita Timóteo.
Depois disso, em 7 de fevereiro de 1944, aos 15 anos de idade, ingressou no Seminário Propedêutico São José, na cidade de Sobral, onde cursou o ginasial e o científico.
Nos primeiros meses de 1951, na cidade de Fortaleza, iniciou os seus estudos em Filosofia e Teologia, onde paulatinamente recebeu tonsura e suas ordens, menores e maiores.
Em 8 de dezembro de 1956, na catedral de Sobral, foi solenemente ordenado pelo Bispo Dom José Tupinambá da Frota, celebrando a sua primeira missa no dia seguinte no altar da Igreja Matriz de Bela Cruz, cujo pároco era o Pe. Odélio Loiola Sampaio.
No ano seguinte, recebeu nomeação para servir como vigário cooperador na cidade de São Benedito, onde permaneceu por dois anos, período em que foi professor de francês e capelão do Colégio das Irmãs da Caridade e diretor do Centro de Juventude.
Entre os anos de 1960 e 1961 serviu como vigário cooperador em Viçosa do Ceará até receber provimento para assumir os trabalhos da Paróquia de de Nossa Senhora da Saúde, em Frecheirinha, onde permaneceu por pouco tempo.
Nos últimos meses de 1961 assumiu a Paróquia de Indiroba, no Estado de Sergipe, e de Abadia, no Estado da Bahia.
Entre 1964 e 1965, serviu como capelão do Hospital de Estância, bem como professor de francês e religião nas escolas municipais, depois seguiu para cidade de Simão Dias, onde permaneceu entre 1966 e 1969, época em que serviu como professor e diretor do Colégio Carvalho Neto.
Foi reconhecido por seus contemporâneos como dono de um apurado intelecto, foi assíduo escritor, sendo membro efetivo da Associação de Imprensa Sergipana.
Nos primeiros anos da década de 1970, residindo na cidade do Rio de Janeiro, serviu como capelão do Colégio Virgem de Lourdes e regularmente prestava auxílio na Paróquia de São João Batista da Lagoa e no território da Paróquia de Nossa Senhora da Esperança.
Entre os anos de 1970 e 1973, desejando aprimorar a sua formação acadêmica, cursou História em uma das turmas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Úrsula, validando também a sua formação em Filosofia na cidade de São João Del Rei, no Estado de Minas Gerais.
Nessa mesma época, em 1971, pediu dispensa de suas ordens ministeriais a Santa Sé, contraindo matrimônio com Maria Helena Silveira no dia 19 de fevereiro de 1972, com quem gerou uma filha, Lúcia Helena Silveira.
Em 1980, depois de algum tempo de estudos, apresentou a sua dissertação de Mestrado em Filosofia na Universidade Gama Filho, na cidade do Rio de Janeiro, onde construiu uma longa trajetória no magistério:

“Professor de Religião no Colégio Marista – Rio de Janeiro; Professor de Ética Cristã no Colégio Santo Inácio – Rio de Janeiro; Professor de História da Cultura Brasileira e História Contemporânea na Universidade Gama Filho – Rio de Janeiro; Professor de Lógica (Filosofia) na SESAT, de Ética Profissional na GLIESP – Niterói – Rio de Janeiro; Professor de Teologia na Faculdade de Educação Jacobina – Rio de Janeiro; Professor de Língua Portuguesa na Faculdade Cândido Mendes – Rio de Janeiro; Prática Forense na PUC” (SILVEIRA, 2004: p. 229)

Nesse mesmo ano, em 15 de agosto, com alguns conterrâneos residentes na capital fluminense, foi um dos membros fundadores da Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro, tendo deixado algumas obras importantes, dentre elas a que destaca o clero cearense entre os anos de 1700 a 2004, que possui grande parte dos padres que já cuidaram da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, na cidade de Boa Viagem, localizada no Sertão do Estado do Ceará.

“O grande destaque de sua produção de escritor, é seu trabalho enciclopédico,–UNGIDOS DO SENHOR na Evangelização do Ceará (Premius Editora, 2004), onde faz o registro de todos os sacerdotes que nasceram no Ceará ou vieram de outros Estados e/ou países para cumprirem aqui o seu papel evangelizador. Um trabalho minucioso de pesquisa que resultou em 3 volumes, com mais de 1500 páginas, e que fornece informações preciosas sobre a Igreja Católica e seus padres, em nosso Estado. Pois o autor trabalhou incansavelmente durante doze anos e visitou centenas de bibliotecas e arquivos, para recolher o rico acervo de dados e informações que conseguiu reunir para compor este livro de indiscutível utilidade histórica e de multiforme serventia biobibliográfica.” (RIOS, 2011: Disponível em https://acarauprarecordar.blogspot.com/2011/02/aureliano-diamantino-silveira.html. Acesso no dia 10 de novembro de 2024.)

Alguns anos mais tarde, nos últimos meses de 1985, na PUC – a Pontifícia Universidade Católica, concluiu a sua formação em Direito, sem deixar de estar próximo das atividades da ICAR – a Igreja Católica Apostólica Romana:

“Trabalhou como revisor de textos na Comunidade Emanuel, fundação de Dom Cipriano Chagas, OSB, por 15 anos. Presidente do Apostolado da Oração em nível arquidiocesano, no Rio de Janeiro, por seis anos, de 1996 a 2001. E continua hoje como vice-presidente (2004). Também trabalhou como Relações Públicas de Órgãos para Assistência Social e Educacional. Membro da OFS, no Convento Santo Antônio.” (SILVEIRA, 2004: p. 230)

Faleceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 22 de novembro de 2008, aos 79 anos de idade.

BIBLIOGRAFIA:

  1. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  2. RIOS, Totó. Aureliano Diamantino Silveira (Pe. Silveira). Disponível em https://acarauprarecordar.blogspot.com/2011/02/aureliano-diamantino-silveira.html. Acesso no dia 10 de novembro de 2024.
  3. SILVEIRA, Aureliano Diamantino. Ungidos do Senhor na Evangelização do Ceará (1700-2004). 1º Vol. Fortaleza: PREMIUS, 2004.

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