Teófilo da Costa Filho

Teófilo da Costa Filho nasceu no dia 28 de fevereiro de 1910 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Theóphfilo da Costa Oliveira e de Francisca Juliana da Conceição.
Os seus avós paternos se chamavam João Amaro da Costa e Isabel Rodrigues dos Reis, já os maternos eram Francisco Freire da Costa e Ana Francisca de Oliveira.
No dia 6 de março, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Mons. José Cândido de Queiroz Lima.
Durante a sua infância acompanhou a projeção politica de seu pai, que desempenhou vários mandatos eletivos no Poder Legislativo do Município e isso exerceu uma certa influência em suas escolhas no futuro, entretanto, por conta da Revolução de 1930, as suas pretensões políticas foram radicalmente tolhidas.
Foi um importante  agropecuarista do Município e segundo informações publicadas no Diário Oficial da União do dia 26 de julho de 1955, página nº 7, executava também a função de estafeta.
Segundo informações existentes no livro B-08, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 80, página 14, no dia 27 de novembro de 1930, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, contraiu matrimônio com Antônia Vieira Lima, que era nascida no dia 10 de outubro de 1905, sendo filha de Quintiliano Vieira Lima com Felisbela Vieira de Freitas.
Alguns dias depois, no dia 14 de dezembro, de acordo com as informações existentes no livro B-05, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 30, folha 146v, confirmou os seus votos em uma cerimônia de casamento civil.
Desse matrimônio foram gerados sete filhos, cinco homens e duas mulheres, sendo eles: Erivard Vieira da Costa, Benedito Benor Vieira da Costa, Benedita Vieira da Costa, Erotildes Vieira da Costa, Manuel Vieira da CostaJosé Vieira da Costa e Benedito Genésio Vieira da Costa.
Algum tempo depois, estando viúvo, contraiu matrimônio com a irmã do Pe. Irineu Limaverde Soares, Maria Suely Limaverde Soares, nascida em 16 de fevereiro de 1921, sendo filha de Antônio José Soares e de Maria Limaverde Soares.
Desse matrimônio foram gerados sete filhos, dois homens e cinco mulheres, sendo eles: César Limaverde, Rosana Limaverde, Fátima Limaverde, Eveline Limaverde, Sueli Limaverde, Rosaline Limaverde e Eugênio Limaverde.
Mais tarde, no dia 7 de outubro de 1962, em uma eleição municipal, deu total apoio ao projeto de seu filho, Manuel Vieira da Costa, em pleitear a chefia do Poder Executivo do Município de Boa Viagem.

“Houve a eleição e, quando apuraram os votos, o Dr. Manuel Vieira da Costa, o Nezinho, venceu o Sr. Deodato por uma diferença de 226 votos. Houve mais de 800 votos nulos do Sr. José Vieira Filho, e consegui vencer o Sr. Aluísio com 77 votos a mais de diferença. Valeu a vontade do povo, sufragando os candidatos, Nezinho e Mazinho, dois primos carnais, embora de partidos e palanques opostos.” (VIEIRA FILHO, 2008: p. 37)

No dia 5 de setembro de 1965, juntamente com os seus familiares, lamentou a perda de seu estimado pai, alguns anos depois, no dia 27 de dezembro de 1974, foi a vez de sofrer com a morte de sua mãe.
Pouco tempo antes disso, na eleição municipal ocorrida no dia 15 de novembro de 1970, legislatura que ficou conhecida no meio político como “Mandato Tampão”, também deu apoio ao projeto de seu outro filho, José Vieira da Costa, em chegar a chefia do Poder Executivo, entretanto não conseguiu obter êxito, sendo derrotado pela chapa que era encabeçada pelo comerciante Osmar de Oliveira Fontes.

“Visando unificar o período das eleições majoritárias e proporcionais no país, a Justiça Eleitoral, baseada na nova legislação em vigor, determinou que os candidatos, eleitos em 15 de novembro de 1970, deveriam ter um mandato mais curto de maneira que, na próxima eleição, fossem eleitos do presidente da república ao vereador no mesmo pleito.” (CAVALCANTE COSTA, 2002: p. 357)

Algum tempo depois, novamente viúvo, contraiu matrimônio com Raimunda Rodrigues do Nascimento, sendo filha de Melquiades Vicente do Nascimento e Maria Francisca de Sousa.
Desse relacionamento foi gerado apenas um filho, sendo ele: Elder Jairo Rodrigues da Costa.
Na eleição municipal que ocorreu no dia 15 de novembro de 1982, desejando entrar na vida pública por meio de um mandato eletivo na Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos do PDS – o Partido Democrático Social, com a legenda nº 1.624, concorreu a uma das cadeiras do Poder Legislativo municipal, quando conseguiu receber apenas 92 votos, ficando em uma das suplências de sua coligação.
Faleceu no Município de Boa Viagem, aos 77 anos de idade, no dia 30 de janeiro de 1987.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.

Imagem do túmulo da Família Vieira da Costa, em 2015.

BIBLIOGRAFIA:

  1. CAVALCANTE COSTA, João Eudes. Retalhos da História de Quixadá. Fortaleza: ABC Editora, 2002.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada Por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, através da lei nº 459, de 21 de março de 1988, uma das ruas que se estendem pelos Bairros Alto da Queiroz e Recreio, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.