Teodoro Amaro de Oliveira

Teodoro Amaro de Oliveira nasceu no dia 11 de setembro de 1890 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de João Amaro da Costa e de Isabel Rodrigues dos Reis.
Alguns dias depois, em 12 de outubro, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o sacramento do batismo pelas mãos do Pe. José Antônio Cavalcante
Os seus avós paternos se chamavam Amaro José Benevides e Clarinda Maria da Conceição, já os maternos eram João Francisco Oliveira e Delfina Reis Oliveira.
Nasceu em uma localidade denominada de Jantar, onde passou grande parte de sua infância e juventude.

“O Jantar, ou Fazenda Jantar, é uma localidade existente na zona rural do Município de Boa Viagem, distante pouco mais de 9 quilômetros do Centro da cidade de Boa Viagem, no Estado do Ceará.” (SILVA JÚNIOR, 2017: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/jantar/. Acesso no dia 30 de dezembro de 2023)

Mais tarde, segundo informações existentes no livro B-02, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 22, folha 80,  no dia 26 de dezembro de 1911 contraiu matrimônio com Maria Senhora de Oliveira, que era nascida no Município do Ipu no dia 17 de fevereiro de 1895, sendo filha de Ignácio José Pinto Mesquita de Oliveira com Philomena Lobo Ferreira Lima de Oliveira.
De seu matrimônio foram gerados alguns filhos, sendo eles: Antônio Teodoro de Oliveira, Teomar de Oliveira Boechat, Clóvis Pinto de Oliveira, Zenor Amaro de Oliveira e Ozias de Oliveira Amaro.
Poucos meses depois disso, em 1912, acompanhou a projeção política de seu irmão, Theóphfilo da Costa Oliveira – o Teófilo Amaro, que conseguiu por diversas vezes ser eleito a uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores.
Em 1924, possivelmente construindo alguma estratégia política entre os seus familiares, prestou apoio à candidatura de seu irmão Joaquim Amaro Bezerra a uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores, legislatura que se estendeu até 1928.
Depois disso, sendo um influente agropecuarista e comerciante, por conta das transformações políticas ocorridas com a Revolução de 1930, foi indicado como interventor do Município de Boa Viagem pelo Dr. Manuel do Nascimento Fernandes Távora, governador provisório do Estado, assumindo a responsabilidade pelo Poder Executivo entre os dias 28 de outubro de 1930 e 20 de maio de 1931 no lugar de Manoel Araújo Marinho – o Nel Araújo, quando o Município de Boa Viagem foi suprimido por força do Decreto nº 193, que dizia o seguinte:

“O Interventor Federal do Estado do Ceará, Manoel do Nascimento Fernandes Távora, considerando que a atual organização municipal deve ser modificada por não atender ao interesse público; Considerando que, para a constituição de qualquer Município, se torna necessária uma população nunca menor de quinze mil habitantes, uma renda anual não inferior a trinta contos de reis e outros fatores de valor; Considerando que muitos dos atuais Municípios não preenchem esses requisitos, sendo meras expressões territoriais, sem vida própria. Considerando que, dest’art, para proporcionar aos Municípios uma existência normal, se impõe a supressão de alguns deles, decreta: Art. 1º – O território do Estado divide-se, administrativamente; em 51 Municípios e estes em distritos. Art. 4º – Ficam extintos os seguintes Municípios:…. Campos Sales, Conceição do Cariry, Santa Cruz, Várzea Alegre…. Boa Viagem que passará respectivamente a fazer parte do Município de Quixeramobim…” (CAVALCANTE MOTA, 1989: p. 38-39)

Perdendo a sua autonomia política, Boa Viagem voltou à condição de Distrito de Quixeramobim, sendo governado inicialmente pelo Ten. Abelardo Rodrigues, seu interventor.
Nessa época Boa Viagem, que não possuía forças políticas significativas frente aos interesses dos Municípios vizinhos, só reobteve a sua autonomia política definitiva através da lei nº 260, de 28 de dezembro de 1936, decisão conquistada graças ao empenho e aos esforços de Francisco Rangel de Araújo – o Agronomando Rangel, filho de nosso segundo interventor, José Rangel de Araújo, e sobrinho de Manoel Araújo Marinho, por ironia o último prefeito eleito antes da eclosão da Revolução de 1930.

Imagem de Teodoro Amaro de Oliveira, Coronel Luís Amaro Bezerra e Heitor Amaro Campêlo.

Muitos anos mais tarde, no dia 17 de julho de 1979, veio a óbito na cidade de Fortaleza, aos 89 anos de idade.

BIBLIOGRAFIA:

  1. CAVALCANTE MOTA, José Aroldo. História Política do Ceará, (1930-1945). Fortaleza: Stylus Comunicações, 1989.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro dos batismos. 1885-1891. Livro A-05. Página 154v.
  4. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Jantar. Disponível em Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/jantar/. Acesso no dia 30 de dezembro de 2023.
  5. VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, através da lei nº 459, de 21 de março de 1988, uma das ruas do Bairro Osmar Carneiro, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.