Sérgio Amaro Sátiro Fernandes

Sérgio Amaro Sátiro Fernandes nasceu no dia 9 de agosto de 1945 na cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, sendo o filho caçula de Antônio Álvaro Fernandes e de Ireuda Sátiro Fernandes.
Embora tenha nascido na capital cearense possuía fortes ligações com o Município de Quixeramobim, sendo descendente de uma das mais tradicionais e distintas famílias de nosso Estado.
Os seus avós paternos eram o Dr. Álvaro Otacílio Nogueira Fernandes, médico formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e Almerinda Clotilde do Nascimento.
Já os maternos eram o Dr. Manuel Sátiro, que foi Deputado Constituinte Estadual, casado com Angelzinda dos Santos Sátiro, conhecida como Zindoca, que era irmã de Alcides de Castro Santos, o fundador do Fortaleza Esporte Clube, e filha do Deputado Federal Agapito Jorge dos Santos.
O seu pai foi coronel da policial militar, fato que desde cedo ligou a sua vida acadêmica a rigidez do Colégio Militar de Fortaleza, onde concluiu o ginásio por volta de 1966.
Depois disso, deu prosseguimento aos seus estudos ingressando em uma das turmas da UFC – a Universidade Federal do Ceará, onde concluiu em 1970 o curso de Engenheiro Agrônomo.
Enquanto residiu na cidade de Fortaleza habitou em uma casa que está localizada na Avenida João Pessoa, nº 5.520, no Bairro Damas, no Distrito de Parangaba.
Depois de formado, ministrou aulas de matemática no Colégio Estadual Liceu do Ceará, uma tradicional escola de nossa capital, onde permaneceu oito anos.
Nessa época, no dia 30 de maio de 1974, segundo informações existentes no livro B-23 do Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 5.966, folha 244v, contraiu matrimônio com a jovem Rosa Vieira Fernandes, que era nascida no dia 23 de março de 1965, sendo filha de David Vieira Carneiro e de Maria Vieira Carneiro.
Desse matrimônio foram gerados quatro filhos, sendo um homem e três mulheres, sendo eles: Antônio Sérgio Vieira Fernandes, Rosana Clotilde Vieira Fernandes, Ireuda Cristina Vieira Fernandes e Mariana Vieira Fernandes.
No Município de Boa Viagem residiu durante alguns anos em sua propriedade, que era denominada de Fazenda Barra do Umari, que está localizada nas proximidades da vila de Domingos da Costa, local onde costumava compartilhar dos seus conhecimentos sobre os tubérculos com os agricultores de nossa região.
Alguns anos depois, quando passou a residir na cidade de Boa Viagem, desempenhou diversas atividades, entre elas podemos destacar: professor na Escola de Ensino Médio Dom Terceiro; Coordenador do GESCAPE; Secretário do Movimento de Promoção Social, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho; Presidente da Cooperativa Agrícola e Mista de Boa Viagem; Secretário de Obras e Serviços Públicos, na gestão do Prefeito Benjamim Alves da Silva; Secretário do Desenvolvimento Econômico e Social, na gestão do Prefeito Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto e por fim, Administrador e Tesoureiro da Câmara Municipal de Vereadores.
Em 1987, quando desempenhava a função de Secretário do Movimento de Promoção Social, recebeu uma equipe de reportagem do jornal O Povo, concedendo entrevista ao jornalista Flávio Paiva sobre os retirantes da Seca Verde que se abateu em nossa região e levou muitos boa-viagenses para o Estado de São Paulo:

“A pior coisa que acontece com o nordestino quando ele vai para São Paulo é o vício que ele pega de não mais querer trabalhar. Aprende a ser malandro por lá e quando volta só quer moleza.” (PAIVA, 1995: p. 16)

Sobre a situação de miséria de nossa região, ainda nessa reportagem, ele fala da monocultura, da falta de técnicas e experiência do lavrador na hora de comercializar os seus produtos:

“Vamos supor que alguém tente plantar tomates em Boa Viagem. Mesmo assim, depois da colheita, que tem um prazo máximo de aproximadamente 24 horas para ser negociada, esta pessoa não teria como fazê-lo chegar ao consumidor antes de se estragar.” (PAIVA, 1995: p. 16)

Algum tempo depois, no dia 1° de outubro de 2003, ainda em Boa Viagem, embora desgostoso com os rumos da política local, solicitou filiação aos quadros políticos do PT – o Partido dos Trabalhadores.
Antes disso, aos finais de semana, quando estava em sua propriedade, costumava ser o árbitro das partidas de futebol que aconteciam na localidade.
Fumante compulsivo padeceu vitima de câncer, vindo a falecer no dia 12 de março de 2011, aos 66 anos de idade, na cidade de Fortaleza.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado no Cemitério Parque da Paz, que está localizado na Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, s/nº, no Bairro Passaré, na cidade de Fortaleza.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 1.108, de 6 de junho de 2011, o polo de atendimento que está localizado no Bairro Vila Holanda, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura;
  2. Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 1.120, de 20 de dezembro de de 2011, a quadra coberta da vila de Domingos da Costa recebeu o seu nome;
  3. Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 1.210, de 15 de agosto de 2014, o centro de esportes e ginásio multiuso, que está localizado no Bairro Padre Paulo, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua denominação.

BIBLIOGRAFIA:

  1. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.