Raul Alves de Macêdo

Raul Alves de Macêdo nasceu no dia 25 de dezembro de 1922 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Antônio Amaro Bezerra e de Quitéria Alves Bezerra.
Os seus avós paternos se chamavam João Amaro da Costa e Isabel Amaro dos Reis, já os maternos eram Manoel Alves Bezerra e Maria Tertulina da Conceição.
Durante os primeiros anos de sua vida até a sua juventude viveu com alguns dos seus familiares na localidade de Jacaúna, onde recebeu forte influência de tios e primos que pertenciam a alguma das forças militares, algo que mais tarde lhe encorajou a sentar praça na cidade de Fortaleza como policial militar.
Nessa época, tirando proveito de estar morando na capital, se inscreveu em uma das turmas do curso de direção da Autoescola Chofer sem Mestre, que estava localizada na Rua Meton de Alencar, s/nº, esquina com a Rua Major Facundo.
Depois de concluir o seu treinamento foi designado pelo comando da Polícia Militar ao destacamento policial de sua cidade natal, onde permaneceu pouco mais de um ano, quando foi transferido para o Município de Aiuaba.
Nessa cidade conheceu Francisca das Chagas de Andrade Macêdo, nascida no dia 17 de abril de 1930, sendo filha de Francisco Paz de Oliveira Neto e de Maria Domicília de Andrade, com quem contraiu matrimônio.
Desse matrimônio foram gerados seis filhos, quatro homens e duas mulheres, sendo eles: Francisco de Andrade Macêdo, Francisco Paes de Oliveira Neto, Maria Ireuda Alves de Andrade, Maria Deusineida de Andrade Ribeiro, José Alves de Andrade e José Tamontiê de Andrade.
Depois de casado pediu baixa de sua farda e regressou para o seu Município, onde passou a viver como agricultor e motorista, sendo durante muitos anos o responsável pelo transporte do leite fornecido pela LBA – a Legião Brasileira de Assistência.
Em 1957, utilizando as terras que margeiam o Rio do Cais para o plantio de suas lavouras, tomou frente com outros pequenos produtores contra a construção da Barragem Pública Antônio de Queiroz Marinho.

“Essa represa foi construída nos últimos meses de 1957, na gestão do Prefeito Delfino de Alencar de Araújo, importante obra que contou com uma forte resistência dos agricultores que dependiam das terras agricultáveis que foram inundadas em sua bacia.” (SILVA JÚNIOR, 2019: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/barragem-publica-antonio-de-queiroz-marinho/. Acesso no dia 3 de dezembro de 2020)

Mais tarde, nos últimos anos da década de 1970, serviu ao Poder Judiciário exercendo a função voluntária de comissário de menores.

Imagem do grupo de comissários de menores nos últimos meses de 1977.

Segundo informações existentes no livro C-03, pertencente ao Cartório Geraldnia, 1º Ofício, tombo nº 1.383, folha 258, faleceu na cidade de Boa Viagem, prestes a completar 62 anos de idade, no dia 1º de dezembro de 1984.
Depois do seu falecimento, cumpridas às formalidades fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado no mausoléu da família existente no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Barragem Pública Delfino de Alencar Araújo. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/barragem-publica-antonio-de-queiroz-marinho/. Acesso no dia 3 de dezembro de 2020.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, através da lei nº 985, de 19 de dezembro de 2007, uma das ruas do Bairro Padre Paulo, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.

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