Raimundo Chagas de Mesquita nasceu no dia 31 de dezembro de 1937 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Francisco Chagas de Mesquita e de Maria da Conceição Jacas.
Os seus avós paternos nos são desconhecidos, já os maternos eram Joaquim Ribeiro Jacas e Maria Ximenes Jacas.
No dia 22 de agosto de 1947, residindo na localidade de Trapiá, juntamente com os seus familiares, partilhou da notícia da morte de sua mãe, que veio a óbito com apenas 29 anos de idade.
Foi casado em primeiras núpcias com Rita de Cássia Facundo Mesquita, que nasceu no dia 27 de março de 1938, sendo filha de José Facundo Araújo e de Raimunda Telina de Araújo.
Desse matrimônio foram gerados três filhos, um homem e duas mulheres, sendo eles: Vasconcelos Mesquita, Maslova Maria Mesquita e Maslúcia Maria Mesquita.
Na eleição municipal que ocorreu no dia 15 de novembro de 1966, desejando entrar na vida pública por meio de uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos da ARENA 1 – a Aliança Renovadora Nacional, recebeu apenas 158 votos, ficando nessa legislatura em uma das suplências de sua coligação.
No pleito eleitoral seguinte, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1970, ainda militando nos quadros políticos da ARENA, conseguiu receber a confiança de 468 eleitores, ficando entre os quatro primeiros colocados dessa disputa:
“Visando unificar o período das eleições majoritárias e proporcionais no país, a Justiça Eleitoral, baseada na nova legislação em vigor, determinou que os candidatos, eleitos em 15 de novembro de 1970, deveriam ter um mandato mais curto de maneira que, na próxima eleição, fossem eleitos do presidente da república ao vereador no mesmo pleito.” (COSTA, 2002: p. 357)
Na sessão ocorrida no dia 1º de outubro de 1971, segundo informações existentes na página 44v do livro de atas da Câmara, encaminhou um requerimento à mesa diretora com o seguinte teor:
“Requerimento nº 6/7, do Vereador Raimundo Chagas de Mesquita, no qual solicita do senhor prefeito a rigorosa fiscalização do fechamento do comércio aos domingos.”
Nessa legislatura deu apoio aos projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito Osmar de Oliveira Fontes, sendo eles: a aquisição de máquinas e equipamentos para manutenção das estradas municipais e aquisição de equipamentos para o Hospital e Casa de Saúde Adília Maria de Lima.
Na eleição municipal seguinte, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1972, ainda na bancada da ARENA, conseguiu ser reeleito ao seu segundo mandato depois de receber a confiança de 464 sufrágios, ficando com a oitava vaga disponível ao Poder Legislativo.
No dia 1º de agosto de 1975, no exercício de sua função, apresentou requerimento à mesa diretora da Câmara Municipal solicitando ao gabinete do prefeito a construção de duas unidades escolares, sendo uma na localidade de Trapiá e outra no Inharé.
Nessa legislatura apoiou aos projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito Dr. Francisco Vieira Carneiro – o Major Carneiro, foram eles: a criação do plano rodoviário municipal; a construção do CSU – o Centro Social Urbano Dep. José Vieira Filho; a construção da Escola de Ensino de Fundamental David Vieira da Silva; a construção do Centro de Abastecimento Municipal Walkmar Brasil Santos; a reforma da Praça Vereador José Vieira de Lima; a instalação da CODAGRO – a Companhia de Desenvolvimento Agronômico e Pecuário do Ceará, entre outros.
No dia 15 de novembro de 1976, permanecendo ainda na bancada da ARENA, conseguiu ser reconduzido ao exercício de seu terceiro mandato no Poder Legislativo.
Pouco tempo depois dessa disputa eleitoral, no dia 31 de janeiro de 1977, foi eleito pelos seus pares à presidência da mesa diretora da Câmara Municipal para o primeiro biênio, que foi de 1977 a 1979.
Nessa legislatura, que foi prorrogada por mais dois anos, dando apoio ao projetos vindos do gabinete do Prefeito Benjamim Alves da Silva, aprovou orçamento da construção do Centro Administrativo Gov. Virgílio de Morais Fernandes Távora; a instalação do `Projeto Sertanejo; a construção do Terminal Rodoviário Samuel Alves da Silva; a construção do Terminal Aéreo Cel. Virgílio de Morais Fernandes Távora; a construção do Açude da Massangana; a construção das muralhas do Estádio Municipal Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto e a instalação da EMATERCE – a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará.
Nessa época, depois de separado, passou a viver em união estável com Antônia Pereira da Silva, que é filha de José Pereira da Silva e de Maria Conceição da Silva.
Desse relacionamento foi gerada uma filha, sendo ela Ágila Silva Mesquita.
Na eleição municipal que ocorreu no dia 15 de novembro de 1988, depois de um bom tempo fora da vida pública, dessa vez militando nos quadros políticos do PMDB – o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, legenda nº 15.690, conseguiu receber apenas 255 votos, ficando na quarta suplência de sua coligação.
Pouco tempo depois, no dia 19 de maio de 1989, assumiu o seu quarto mandato por 90 dias na cadeira deixada pelo Vereador David Vieira Carneiro, que pediu licença para tratamento médico.
BIBLIOGRAFIA:
- CAVALCANTE COSTA, João Eudes. Retalhos da História de Quixadá. Fortaleza: ABC Editora, 2002.
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.
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