Raimundo Capistrano de Carvalho

Raimundo Capistrano de Carvalho nasceu no dia 25 de junho de 1941 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de José Capistrano Sobrinho e de Maria José de Carvalho.
Os seus avós paternos se chamavam Florêncio Capistrano e Francisca Alves Capistrano, já os maternos eram Raimundo Antero de Carvalho e Francisca Vicência Ribeiro.
Na época em que nasceu o Município de Boa Viagem não dispunha de uma casa de parto, fato que obrigou aos seus pais a contar com os valiosos serviços de uma parteira na localidade de Cacimbinha, hoje dentro dos limites geográficos do Município de Monsenhor Tabosa, onde passou grande parte de sua infância.

“Durante muitos anos, os únicos profissionais de saúde existentes em nossa região foram às parteiras, mulheres que normalmente recebiam esse aprendizado de forma hereditária, ou seja, a filha de uma parteira acompanhava a sua mãe no atendimento às mulheres em trabalho de parto auxiliando-a de acordo com as necessidades do momento, possibilitando, assim, após algum tempo de prática, o aprendizado para continuidade do ofício.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016)

Nos últimos meses de 1951 os seus pais adquiriram uma propriedade na localidade de Poço Grande, na zona rural do Município de Boa Viagem, onde permaneceu até 1961, quando passou a residir na cidade de Boa Viagem.
Em 1969, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, diante do Pe. José Patrício de Almeida, contraiu matrimônio religioso com Maria das Graças Rodrigues de Carvalho, que nasceu no dia 28 de junho de 1948, sendo filha de Antônio Rodrigues Chagas e de Madalena Soares Chagas.
Desse matrimônio foram gerados quatro filhos, três homens e uma mulher, sendo eles: Raimundo Capistrano de Carvalho Filho, Renato Capistrano de Carvalho, Samara Capistrano de Carvalho e Rômulo Capistrano de Carvalho.
No dia 15 de novembro de 1982, compondo os quadros políticos do PDS – o Partido Democrático Social, com a legenda nº 1.620, ingressou na vida pública no Município de Boa Viagem pleiteando uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores, quando conseguiu receber a confiança de 515 votos, sendo eleito vereador com a décima primeira maior votação desse pleito.
Nessa disputa eleitoral o voto era vinculado, quando o eleitor tinha de alinhar a sua escolha entre os poderes Executivo e Legislativo sob a pena de ter o seu voto anulado: 

“Em 15 de novembro de 1982 o eleitorado brasileiro foi chamado a eleger os governadores que administrariam os seus Estados pelo interregno temporal de quatro anos, a contar de 15 de março de 1983, num pleito que envolveu cerca de 70 milhões de eleitores sendo a primeira eleição direta para governador de Estado desde os anos 1960. Neste pleito valeu o ‘voto vinculado’: o eleitor teria que escolher candidatos de um mesmo partido para todos os cargos em disputa, sob pena de anular o seu voto.” (S.N.T)

Pouco tempo depois, no dia 3 de agosto de 1984, no exercício de sua função, apresentou requerimento à mesa diretora da Câmara Municipal solicitando ao Gabinete do prefeito a construção de uma escola na localidade de Sabonete.
Na sessão ordinária ocorrida no dia 31 de maio de 1985 apresentou requerimento solicitando uma licença para tratamento médico pelo prazo de 90 dias, sendo substituído nessa ocasião pelo suplente, o Vereador Antônio Otávio de Sousa.
Nessa legislatura, mesmo fazendo parte do bloco de oposição, apoiou aos projetos encaminhados pelo Gabinete do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, sendo eles: a reconstrução da Praça Antônio de Queiroz Marinho; a construção do edifício anexo à Escola de Ensino Médio Dom Terceiro; a construção da Escola de Ensino Fundamental Pe. Paulo de Almeida Medeiros, que na época recebeu o nome de Maria Dias; a construção do edifício da Teleceará e a instalação do sistema DDD; a construção do Parque de Vaquejadas e Eventos Joaquim Vieira Lima; a construção do Parque de Exposições Agropecuárias José Vieira de Lima; a construção do Açude Prefeito José Vieira Filho; a construção da Barragem Presidente Tancredo de Almeida Neves; a construção do Açude São José; a construção de cinquenta prédios escolares, postos de saúde e uma Agência da Previdência Social.
Depois dessa legislatura resolveu sair da vida pública, vindo a óbito na cidade de Boa Viagem no fim da tarde do dia 5 de junho de 2023, prestes a completar 82 anos de idade.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado no túmulo de sua família que existe no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, no Centro da cidade de Boa Viagem.

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Saúde no Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016.

3 pensou em “Raimundo Capistrano de Carvalho

  1. Pingback: Administração de 1983 – 1988 | História de Boa Viagem

  2. Pingback: Antônio Otávio de Sousa | História de Boa Viagem

  3. Pingback: JUNHO | História de Boa Viagem

Deixe um comentário