Pedro Facundo Carneiro nasceu no dia 15 de junho de 1905 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de José Facundo da Costa e de Maria Amélia Carneiro da Costa.
Os seus avôs paternos se chamavam João Facundo da Costa e Francisca Maria de Jesus, já os maternos eram Américo Carneiro da Silva Oliveira e Felizometha da Corte Celeste de Abreu Lessa.
Poucos dias depois do seu nascimento, em 26 de dezembro, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Mons. José Cândido de Queiroz Lima.
Na época em que nasceu o Município de Boa Viagem não dispunha de uma casa de parto, fato que obrigou aos seus pais a contar com os valiosos serviços de uma parteira na localidade de Olho d’Água dos Facundos, onde passou grande parte de sua infância.
“Durante muitos anos, os únicos profissionais de saúde existentes em nossa região foram às parteiras, mulheres que normalmente recebiam esse aprendizado de forma hereditária, ou seja, a filha de uma parteira acompanhava a sua mãe no atendimento às mulheres em trabalho de parto auxiliando-a de acordo com as necessidades do momento, possibilitando, assim, após algum tempo de prática, o aprendizado para continuidade do ofício.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016)
Mais tarde, nos últimos meses de 1926, com apenas 21 anos de idade, depois de algum tempo de namoro, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, na capela da vila de Nossa Senhora do Livramento, contraiu matrimônio com Júlia Alves Facundo, que nasceu no dia 4 de janeiro de 1909, sendo filha de Manoel Gildo de Freitas e de Maria Alves de Jesus.
Segundo informações existentes no livro B-05, pertencentes ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, página 61v, confirmou os seus votos em uma cerimônia civil que foi realizada no dia 27 de dezembro de 1926.
Pouco tempo depois de seu matrimônio trouxe a sua esposa para residir na localidade Olho d’Água dos Facundos, propriedade pertencente aos seus pais, onde constituiu uma numerosa família.
Desse matrimônio foram gerados quatorze filhos, três mulheres e onze homens, sendo eles: Maria Carneiro de Melo, José Alves Facundo, Luiz Alves Facundo, Raimunda Facundo de Sales, Oséas Alves Facundo, Expedito Alves Facundo, Edite Facundo Santiago, Pedro Facundo Filho, Antônio Facundo Sobrinho, Francisco Carneiro Facundo Sobrinho, Emídio Facundo Sobrinho, Manoel Alves Facundo, Francisco de Assis Alves Facundo e Francisco das Chagas Alves Facundo.
Nos últimos meses de 1943, desejando dar melhores condições para subsistência de sua família, passaram a morar na Fazenda Várzea da Cruz, propriedade pertencente ao Cel. José Cândido de Carvalho, onde era o seu capataz.
Mais tarde, por volta de 1962, depois de fazer muitas economias, juntamente com a sua esposa, conseguiu adquirir uma valiosa propriedade, que logo recebeu o nome de Fazenda Flores.
Em 1975, resolvendo vender a sua propriedade a um de seus filhos, Pedro Alves Facundo, adquiriu outra dentro dos limites do Município de Monsenhor Tabosa, que recebeu o nome de Fazenda Salgado, onde residiu até 1983.
Antes disso, no dia 16 de junho de 1977, juntamente com os seus familiares, partilhou da repentina perda de sua esposa:
“Pouco tempo depois, passando por problemas em sua saúde, veio para cidade de Boa Viagem fazer uma consulta médica, falecendo repentinamente, aos 67 anos de idade, no dia 16 de junho de 1977, na noite anterior ao exame médico.” (SILVA JÚNIOR, 2017: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/julia-alves-facundo/. Acesso no dia 2 de maio de 2017)
Pouco tempo depois, no dia 16 de novembro desse mesmo ano, novamente na capela de Nossa Senhora do Livramento, diante do Pe. José Moreira Catunda, contraiu um novo relacionamento conjugal, dessa vez com Maria Lira de Abreu.
Segundo informações existentes no livro C-05, pertencentes ao Cartório Geraldina, tombo nº 2.873, folha 51v, faleceu em sua residência, prestes a completar 90 de idade, no dia 5 de maio de 1995.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares em um túmulo existente no cemitério da vila de Nossa Senhora do Livramento, no Município de Monsenhor Tabosa.
BIBLIOGRAFIA:
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de tombo de nascimentos. 1898-1905. Livro A-08. Tombo nº 236. Página 120v.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Saúde no Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Júlia Alves Facundo. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/julia-alves-facundo/. Acesso no dia 2 de maio de 2017.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão da Prefeito José Carneiro Dantas Filho – o Régis Carneiro, por meio da lei nº, de 2024, uma das ruas do Bairro Oséas Facundo, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.
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