Neri Feitosa nasceu no dia 4 de abril de 1926 no Município de Arneiroz, que está localizado no Sertão dos Inhamuns, distante 383 quilômetros da cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará.
Nos primeiros meses de 1937, aos onze anos de idade, foi enviado pelos seus pais para cidade do Crato no intuito de estudar para ser médico.
No dia 3 de dezembro de 1950 recebeu a sua ordenação.
Depois disso, por ordem de seu bispo, foi encaminhado para cidade de Umari, onde serviu como vigário cooperador de dezembro de 1950 a julho do ano seguinte.
igário Cooperador de Missão Velha – de julho de 1951 a dezembro de 1953. Professor (Latim e Grego) no Seminário de Grato – de janeiro de 1953 a 1960. Pároco de Araripe – CE – de janeiro de 1960 a julho de 1960. Pároco de Jamacaru – CE – de julho de 1960 a janeiro de 1973. Coordenador da Pastoral em Itapipoca-CE – em 1973. Pároco de Mudubim – Fortaleza e Vice-reitor do Seminário Regional em 1974. Pároco de Madalena – CE (Quixadá) – de 1975 a 1978. Pároco de Santana do Cariri (Grato) – de janeiro de 1978 a dezembro de 1980. Pároco de Madalena, de novo – de janeiro de 1980 a janeiro de 1982. Vigário Paroquial de Canindé (Fortaleza) – de 1982 até agora. Maiores trabalhos. Em Grato, fui Assistente do Círculo Operário do Grato que recebi com 300 associados e deixei com 3.000, o segundo maior do Estado (o 1° era de Itapipoca), e com Cooperativa de Consumo e crédito.
Em Jamacaru, o lugar não crescia por falta de terreno disponível: comprei terrenos e loteei; o lugar cresceu em triplo; aí fiz também o Educandário Padre Amorim, com sede ampla e com residência para a Comunidade religiosa que viesse dirigir o colégio; consegui uma casa para Professora e eram muitas, porque o Educandário tinha ramificação pelas comunidades e chegamos a ter 32 professoras rurais. Em Madalena, além das 53 comunidades com missa mensal, o Bispo encarregou-me de construir uma igreja exorbitante em sua planta e paralisada há 20 anos com paredes à altura de 2 metros; deixei coberta. Mania: escrever, fundei o Arquivo da Família Feitosa, já com 400 títulos etiquetados; fundei o Instituto Memória de Canindé que já conta com vários opúsculos históricos. No arquivo da Família Feitosa constam 51 títulos da nossa autoria. Dediquei-me também a escrever sobre o Padre Cícero e resgatar sua memória, trabalhando por sua reabilitação. Já fui condecorado em Juazeiro do Norte com medalha de ouro por ser considerado o maior defensor do Padre Cícero.
Cidadão honorário de Missão Velha, Juazeiro do Norte, Grato e Canindé; filho ilustre de Arneiroz-CE, terra natal, por ocasião dos 50 anos de Ordenação Sacerdotal. Sobre a Igreja: “Assumo tudo que disse Santa Catarina de Sena, mas distingo: amo de verdade a Igreja, Templo de Deus, segundo I Cor, 4,1-16. Lamento muito a Igreja dos Bispos que me parecem distanciados extremamente do Evangelho desde o Edito de Milão de Constantino; nas vestes, no “império” das atitudes, no orgulho e desumanidade de governo, na importância que se dão, na exigência de títulos de honra: Excelentíssimo, Reverendíssimo, Senhor, Príncipe da Igreja”.
Sobre Jesus Cristo: “É a luz da história, é força no caminho, é o íntimo amigo de inteira confiança, o Máximo lê solidariedade que se possa imaginar e de compreensão com as limitações de nossa fraqueza. Sou d’Ele por consagração (sacerdotal) e isto me santifica”.
BIBLIOGRAFIA:
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- MELLO, Evaldo Cabral de. O nome e o sangue. Uma fraude genealógica no Pernambuco colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
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