Felipe Benício Mariz nasceu no dia 23 de agosto de 1780 no Município de Icó, que está localizado na Região Centro Sul do Estado do Ceará, distante 375 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Manoel Alexandre Teixeira Mendes e de Maria Catarina Sebastiana de Arrendes.
Os seus avós paternos eram Alexandre Teixeira Mendes e Thereza Maria de Jesus, Já os maternos eram Antônio de Melo Falcão e Maria José de Brito Fiúza.
Segundo Silveira (2004, p. 423), entre 1805 e 1806, realizou serviços religiosos no território da Paróquia de Santo Antônio de Pádua, em Quixeramobim, período em que visitou algumas de suas capelas, dentre elas a de Nossa Senhora da Glória, em Maria Pereira, atual Mombaça.
Nessa época, em 1805, distribuiu os sacramentos ao povo na Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, que está localizada na povoação de Boa Viagem, no Sertão de Canindé, que antes era conhecida pelo topônimo de “Fazenda Cavalo Morto”.
Depois disso, ao sair de Boa Viagem, em seu lugar assumiu o Pe. Gonçalo Ignácio dos Santos.
Mais tarde, no dia 26 de outubro de 1824, retornando para sua terra natal, presidiu à “Comissão Matuta”, que julgou os envolvidos na Revolução de 1824.
“João André Teixeira Mendes foi o quarto filho do casal Manoel Alexandre Teixeira Mendes e Maria Catarina Sebastiana de Arrendes e tinha como irmão mais velho o Pe. Filipe Benício Mariz. Pertenceu ao partido Conservador e foi membro da Comissão Militar do Icó, organizada pelo governo provisório imperialista daquela cidade para julgar os implicados na revolução de 1824 e tornada tristemente famosa pela alcunha de ‘Comissão Matuta'”. (WIKIPÉDIA, 2000: Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Andr%C3%A9_Teixeira_Mendes. Acesso no dia 2 de julho de 2021.)
Pouco tempo depois, de 1828 ao dia 30 de abril de 1843, assumiu como vigário na Capela de Nossa Senhora da Assunção, em Viçosa.
Nessa época, vivendo com Silvéria Joaquina de Queiroz, nascida em 1809, gerou dois filhos, sendo eles: Urçulina Queiroz Teixeira e Alexandre Teixeira.
Entre junho de 1840 e julho de 1842, assumiu como padre auxiliar na cidade do Icó, assinando também em alguns documentos, embora não saibamos o motivo, como “Felipe Benício Moura”.
“Encontrei o seu nome, diz Leonardo Mota, como pró-pároco de Icó, no livro de tomada de contas da Irmandade do Rosário e o Pe. Raimundo Augusto de Lima também o achou nos livros de batizado e casamento havidos, entre as duas datas retro mencionadas.” (SILVEIRA, 2004: p. 424)
Faleceu em Viçosa, na Serra da Ibiapaba, no dia 30 de abril de 1843, aos 63 anos de idade.
BIBLIOGRAFIA:
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PORDEUS, Ismael. Antônio Dias Ferreira e a Matriz de Quixeramobim. Subsídios históricos para as festividades do centenário da paróquia. Disponível em https://institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1955/1955-AntonioDiasFerreiraMatrizQuixeramobim.pdf. Acesso no dia 2 de julho de 2021.
- SILVEIRA, Aureliano Diamantino. Ungidos do Senhor na Evangelização do Ceará (1700 a 2004). 2º v. Fortaleza: Premius, 2004.
- SIMÃO, Marum. Quixeramobim – Recompondo a História. Fortaleza: MULTIGRAF, 1996.
- WIKIPÉDIA. João André Teixeira Mendes. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Andr%C3%A9_Teixeira_Mendes. Acesso no dia 2 de julho de 2021.
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