Antônio Jatahy de Sousa nasceu no dia 3 de junho de 1861 no Município de Tauá, que está localizado no Sertão dos Inhamuns, no Estado do Ceará, distante 203 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Clementino Alves de Sousa e de Eufrásia Maria da Conceição.
Poucos dias depois, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Pe. Joaquim Tavares da Silveira.
No dia 7 de março de 1883, desejando qualificação ao sacerdócio, ingressou no Seminário da Prainha, na cidade de Fortaleza, onde o seu número de matrícula era 446, oportunidade em que recebeu financiamento em seus estudos do agropecuarista Francisco de Souza Cavalcante, conhecido naquela época como “Pai Senhor”, fundador de uma localidade denominada de Cachoeirinha.
“Pai Senhor também ajudou na formação de um jovem rapaz, Antônio Jatahy de Sousa, filho de Clementino Alves de Sousa e de D. Eufrásia Maria da Conceição, nascido aos 3 de junho de 1861 e que se tornou padre em Fortaleza em 30 de dezembro de 1890, inclusive foi padre em Pedra Branca de 24/12/1890 a 10/03/1899, tomando posse aos 20 de janeiro de 1891. Depois foi vigário de Barbalha, onde ficou de 1899 a 1927, ano em que faleceu nessa cidade. Conta-se que foi o Pai Senhor que financiou os seus estudos até ordenação. Quando o Pe. Antônio Jatahy faleceu, várias pessoas do Distrito de Marruás, em Tauá, local onde ele nascera, foram a cavalo até Barbalha para participar de seu enterro e conclusão de seu inventário.” (CAVALCANTE, 2021: p. 382)
Mais tarde, no dia 4 de dezembro de 1887, no intuito de receber o primeiro grau de ordem do clero, passou pela cerimônia de tonsura eclesiástica diante do seu bispo, no ano seguinte, em 25 de novembro, foi aceito como frade menor.
Em 29 de junho de 1890, existindo poucos padres em disponibilidade, foi inicialmente sagrado subdiácono e posteriormente diácono do dia 9 de novembro. Nesse mesmo ano, no dia 30 de dezembro, recebeu o sacramento da ordem pelo Bispo Dom Joaquim José Vieira, na cidade de Fortaleza.
Antes disso, no dia 24 de dezembro, foi designado para assumir os trabalhos da Paróquia de São Sebastião, em Pedra Branca, tomando posse no dia 20 de janeiro de 1891, onde permaneceu até o dia 10 de março de 1899.
Antes disso, entre os anos de 1894 e 1898, diante do fato de existir sérios problemas políticos na cidade de Boa Viagem envolvendo alguns membros da família Rabêlo e o Pe. José Antônio Cavalcante, pároco local, por ordem de seu bispo estendeu seu trabalho para Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem.
Nessa mesma época, em maio de 1894, abençoou a Capela de Santa Ana, localizada na vila de Várzea da Ipoeira, na zona rural do Município de Boa Viagem.
Mais tarde, em 1899, recebeu ordem para assumir a freguesia de Barbalha, tomando posse da Paróquia de Santo Antônio no dia 23 de abril no lugar do Pe. Vicente Sother de Alencar.
“Para as obras da Diocese ofereceu valiosas quantias, que lhe dão o direito de ser considerado um dos benfeitores da Igreja no Crato.” (SILVEIRA, 2004: p. 155)
Faleceu na cidade de Barbalha no dia 19 de outubro de 1927, aos sessenta e seis anos de idade.
BIBLIOGRAFIA:
- BARROSO, Francisco Andrade. Igrejas do Ceará – Crônicas Histórico-Descritivas. 2º V. 2ª edição. Fortaleza: LCR, 1999.
- CAVALCANTE, Rogério. Os Cavalcantes – Um álbum de família. Fortaleza: Sem editora, 2021.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- SILVEIRA, Aureliano Diamantino. Ungidos do Senhor na Evangelização do Ceará (1700 a 2004). 1 V. Fortaleza: Premius, 2004.
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