Maria Alvanete Mesquita Lima nasceu no dia 29 de novembro de 1952 no Município de Boa Viagem, que está localizada no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo a 4ª filha do casal Maximiano Amaro Mesquita e Hercília Amaro Mesquita.
Os seus avós paternos se chamavam João Amaro da Costa Filho e Isabel Maria da Conceição, já os maternos eram Manoel Amaro de Oliveira e Francisca Plácido Mesquita.
No dia 1º de janeiro do ano seguinte, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o sacramento do batismo pelas mãos do Pe. Irineu Limaverde Soares na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem.
Na época em que nasceu o Município de Boa Viagem não dispunha de uma casa de parto, fato que obrigou aos seus pais a contar com os valiosos serviços de uma parteira na Fazenda Jantar, onde passou grande parte de sua infância.
“O Jantar, ou Fazenda Jantar, é uma localidade existente na zona rural do Município de Boa Viagem, distante pouco mais de 9 quilômetros do Centro da cidade de Boa Viagem, no Estado do Ceará. Dentro da divisão politico-geográfica, em relação ao Marco Zero, essa localidade está na região oeste do Município, dentro dos limites geográficos do território do Distrito de Boa Viagem.” (SILVA JÚNIOR, 2022: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/jantar/. Acesso no dia 29 de junho de 2022)
Algum tempo depois, quando estava pronta para receber instrução escolar, foi alfabetizada em sua residência por sua mãe, que mantinha uma sala de aula em um dos cômodos de sua casa, e logo depois na casa da Profª. Ideuzuite Araújo.
Mais tarde, já mocinha e sem ter como avançar em seus estudos, foi matriculada por seus pais em uma das turmas da Escola de 1º Grau Padre Antônio Correia de Sá, onde cursou a 1ª e a 2ª série, sendo depois disso transferida para o Patronato Nossa Senhora de Fátima, onde fez o exame de admissão ao ginásio.
Em seguida, estando qualificada para dar continuidade em sua carreira acadêmica, ingressou no quadro discente da Escola de 1º e 2ª Graus Dom Terceiro, concluindo o 1º Grau nos últimos meses de 1969 e finalmente o curso de magistério nos últimos meses de 1972, onde fez parte da 3ª turma de normalistas daquela instituição de ensino.
Antes disso, por volta de 1969, já demonstrando aptidão ao exercício do magistério, lecionou em uma das turmas de ensino infantil do Instituto de Educação Paulo Moody Davidson, onde teve a sua primeira experiência como professora.
No ano seguinte, depois da instalação do Mobral, na gestão do Prefeito Osmar de Oliveira Fontes – o Osmar Carneiro, já cursando o magistério, foi contratada e passou a compor o quadro docente da Prefeitura Municipal de Boa Viagem.
“O Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, foi um órgão do governo brasileiro, instituído pelo decreto nº 62.455, de 22 de março de 1968, conforme autorizado pela Lei n° 5.379, de 15 de dezembro de 1967, durante o governo de Costa e Silva. A criação do MOBRAL, durante a ditadura militar, que teve início em 1964, ocorreu em substituição ao método de alfabetização de adultos preconizado pelo educador Paulo Freire. De todo modo, o método de alfabetização usado pelo MOBRAL era fortemente influenciado pelo Método Paulo Freire, utilizando-se por exemplo do conceito de ‘palavra geradora’. A diferença é que o Método Paulo Freire utilizava palavras tiradas do cotidiano dos alunos, enquanto, no MOBRAL, as palavras eram definidas a partir de estudo das necessidades humanas básicas por uma equipe técnica definida pelas normas-padrão da língua culta.” (WIKIPÉDIA, 2000: Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Brasileiro_de_Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o. Acesso no dia 29 de junho de 2022)
No dia 29 de novembro de 1973, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, diante do Pe. Paulo Ângelo de Almeida Medeiros, depois de alguns anos de namoro, contraiu matrimônio religioso com o seu primo, Antônio Oliveira Lima, que era nascido no dia 11 de dezembro de 1951, sendo filho de Alfredo Pereira Lima e de Elvira Francisca de Oliveira Lima.
Desse matrimônio foram gerados dois filhos, um homem e uma mulher, sendo eles: Ricardo Magno Mesquita Lima e Raquel Di Paula Mesquita Lima.
Nesse tempo, passou a residir com a sua família em uma confortável casa localizada na Rua Antônio Domingues Álvares, s/nº, Centro, um presente de seu pai, onde nas proximidades o seu esposo mantinha uma oficina.
“Mais tarde, já adulto e casado, conseguiu montar a sua própria oficina, a qual tinha o nome de Eletromecânica Antônio do Alfredo. Cumprindo com as suas responsabilidades de pai e esposo, sempre zelando por sua profissão, atendendo a todos que o procuravam com muita dedicação. Foi um profissional muito competente, responsável e cumpridor de suas obrigações. Era o mecânico-elétrico mais conhecido da região e de todos os que passavam por aquela cidade. Conseguia resolver os problemas dos veículos com muita rapidez, a ponto de muitos de seus clientes ficarem admirados, chegando a receber o título de ‘Mestre Antônio’. Na sua profissão, conseguiu fazer muitas amizades com pessoas de diversas partes do país. Certo dia, foi convidado pela Ouro Branco Veículos a fazer um curso em Recife pela FORD do Brasil, participando desse curso com pessoas de todo país e representando o Ceará, foi escolhido pelos professores como o 1º da turma, tornando a sua oficina como autorizada da FORD, sendo um momento de grande alegria.” (MESQUITA LIMA, 2001: p. 5)
No ano seguinte, em 24 de maio, recebeu do Governador César Cals de Oliveira Filho um contrato para lecionar na Escola de 1º Grau Padre Antônio Correia de Sá.
Nos primeiros meses de 1983, é indicada para assumir a vice direção da Escola de 1º Grau David Vieira da Silva, ocasião em que substituiu a Profª. Maria das Graças Evangelista Abreu.
No ano seguinte, a convite do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, assumiu a chefia de gabinete no lugar do Vereador Deonete Vieira da Silva, permanecendo nessa função até meados de 1986, sendo substituída logo em seguida por Antônio Joaquim de Sousa.
Mais tarde, em 1987, aprimorando os seus estudos, participou da primeira turma de Estudos Adicionais, também chamado de 4º Pedagógico.
Nesse mesmo ano, recebe nomeação para assumir a direção da Escola de 1º Grau Deputada Maria Dias, atual Escola de Ensino Fundamental Pe. Paulo Angêlo de Almeida Medeiros, sendo a sua primeira gestora, ficando até início de 1988, quando foi substituída pela Profª. Ozanira Pereira Lima.
Na manhã do dia 9 de janeiro de 1988, juntamente com os seus familiares, foi surpreendida pela notícia de um grave acidente que vitimou o seu esposo, caindo sobre os seus ombros a responsabilidade pelo gerenciamento da casa de peças e da oficina deixada pelo seu marido, tendo ainda o compromisso de lecionar no horário noturno.
“De acordo com as informações existentes no livro C-04, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 1.848, folha nº 95, faleceu com apenas 37 anos de idade em um trágico acidente automobilístico ocorrido quando vinha do Balneário Delfino de Alencar Araújo, que está localizado na jusante do Açude Público José de Alencar Araújo, popularmente conhecido como Capitão-Mor, no dia 9 de janeiro de 1988.” (SILVA JÚNIOR, 2022: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/jantar/. Acesso no dia 29 de junho de 2022)
No dia 8 de junho de 1991, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Madalena, diante do Pe. Pedro Paulo, contraiu novas núpcias, dessa vez com Francisco Valmir Gonçalves da Silva, nascido no dia 14 de fevereiro de 1962, sendo filho de Francisco Menezes da Silva (Chico Ferré) e Luiza Gonçalves da Silva.
Desse novo relacionamento conjugal gerou uma filha, sendo ela Rayanne Magna Mesquita da Silva.
Pouco tempo depois, em dezembro de 1994, já aposentada dos quadros funcionais da Secretaria da Educação do Estado, desejando encarar novos desafios profissionais, migrou para cidade de Fortaleza, onde passou a lecionar com contratos temporários.
Depois disso, em 1998, inscreveu-se para o concurso público de professores promovido pela prefeitura do Município de Caucaia, nesse mesmo ano conseguiu também aprovação para mesma função no concurso público promovido pela prefeitura do Município de Maracanaú, função que não foi assumida por estar no núcleo gestor da Escola de Ensino Fundamental Dona Lavínia de Medeiros, localizada na Rua Nossa Srª. de Fátima, nº 2.372, no Bairro Tabapuazinho.
Em março de 2001, depois de enfrentar um novo concurso público, passou a compor o quadro de professores da Prefeitura Municipal de Fortaleza no Conselho Comunitário Jardim Guanabara.
“O Conselho Comunitário Jardim Guanabara abriga atividades de diversas práticas culturais no bairro, entre elas: capoeira, forró, ensinamentos bíblicos, swingueira. Há também uma escola infantil que funciona no local, além de uma biblioteca e um centro de inclusão digital.” (MAPA CULTURAL, 2021: Disponível em https://mapacultural.secult.ce.gov.br/espaco/46/. Acesso no dia 30 de junho de 2022)
Mais tarde, prestou serviço também na Escola de Ensino Fundamental Francisco das Chagas de Farias, que está localizada na Rua Desembargador Hermes Paraíba, nº 135, no Bairro da Barra do Ceará; logo depois na Escola de Ensino Fundamental Manoel Rodrigues, localizada na Rua Profª Maria Clara, nº 1.237, no Bairro Jardim Jardim Guanabara, e atualmente na Escola de Ensino Fundamental Quintino Cunha, onde se aposentará em 2022.
Antes disso, em 2002, concluiu a sua tão desejada graduação em pedagogia na Universidade Estadual Vale do Acaraú, seguindo depois, em 2012, para uma pós-graduação em Gestão e Coordenação Escolar, pela Faculdade de Tecnologia Darcy Ribeiro.
Em 1995, envolvida nas atividades paroquiais na Igreja Matriz de São Vicente de Paulo, recebeu investidura em dezembro de 2021 para servir como Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão – MESC.
BIBLIOGRAFIA:
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- MAPA CULTURAL. Conselho Comunitário Jardim Guanabara. Disponível em https://mapacultural.secult.ce.gov.br/espaco/46/. Acesso no dia 30 de junho de 2022.
- MESQUITA LIMA, Maria Alvanete. Traços Biográficos de Antônio Oliveira Lima. Fortaleza: Sem Editora, 2001.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Antônio Oliveira Lima. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/antonio-de-oliveira-lima/. Acesso no dia 29 de junho de 2022.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. Jantar. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/jantar/. Acesso no dia 29 de junho de 2022.
- WIKIPÉDIA. Mobral. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Brasileiro_de_Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o. Acesso no dia 29 de junho de 2022.
- VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.
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