Márcio Ary Machado de Morais nasceu no dia 30 de março de 1967 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de José Ary Alves de Morais e de Maria Socorro Machado Alves.
Os seus avós paternos se chamavam Francisco Alves Filho e Francisca Alves de Morais, já os maternos eram Zacarias Mendes Machado e Maria Almerinda Mendes.
Deu início a sua vida estudantil no Patronato Nossa Senhora de Fátima, onde foi alfabetizado, sendo matriculado logo em seguida em uma das turmas da Escola de Ensino Fundamental Padre Antônio Correia de Sá e algum tempo depois na Escola de Ensino Médio Dom Terceiro, onde concluiu o Ensino Fundamental.
Depois disso, nos primeiros meses de 1982, foi morar na cidade de Fortaleza, passando a estudar no Colégio Farias Brito, onde concluiu o Ensino Médio.
Em 1986, depois de aprovado no vestibular, ingressou em uma das turmas do curso de Odontologia da UFC – a Universidade Federal do Ceará, concluindo essa etapa de estudos em fevereiro de 1990.
Nessa época, passou a prestar os seus serviços para os associados do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação e Confeitaria, Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado do Ceará, como também em sua clinica particular:
“Nesse mesmo ano, inicia sua carreira de cirurgião dentista, trabalhando no Sindicato dos Trabalhadores da Panificação – Sindipan, onde teve o seu primeiro contato com as lutas de classe.” (MARINHO, 2014: p. 167)
No dia 15 de março de 1995, na Igreja da Paz, na cidade de Fortaleza, contraiu matrimônio com uma de suas colegas de turma, a Drª. Maria do Socorro Castro e Veras, que é nascida no dia 6 de março.
Nessa época, depois de aprovado em um concurso público que foi promovido pela Prefeitura de Boa Viagem, retornou para a sua terra natal, onde começou o seu engajamento político partidário:
“Como funcionário público da Secretaria da Saúde, onde desenvolve importante trabalho no setor da saúde bucal, fato que o aproxima dos problemas da saúde enfrentado por seus conterrâneos. O inconformismo diante de fatos políticos que mantinham o povo e seu Município em situação de vulnerabilidade social fez desabrochar o militante político.” (MARINHO, 2014: p. 167)
No pleito eleitoral que ocorreu no dia 1º de outubro de 2000, o primeiro a ser completamente informatizado no Município de Boa Viagem, desejando entrar na vida pública por meio de uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos do PSC – o Partido Social Cristão, com a legenda nº 20.999, recebeu a confiança de 779 votos e ficou entre os seis vereadores de maior preferência entre os eleitores.
Algum tempo antes dessa disputa, com a inesperada morte do Dr. Orzete Felipe Rocha, alugou o seu consultório na Avenida São Vicente de Paulo, nº 250, no Centro da cidade de Boa Viagem.
Na eleição municipal seguinte, que ocorreu no dia 3 de outubro de 2004, militando nos quadros políticos do PT – o Partido dos Trabalhadores, depois de ter o seu nome aclamado como candidato a prefeito pelos filiados do seu partido, com a legenda nº 13, sendo acompanhado pelo nome do Tenente Dr. Amâncio José de Lima Filho, colocou o seu nome para escolha popular.
Na principal chapa concorrente, com a legenda nº 14, que tinha o apoio do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, estava o nome do Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto, do PTB – o Partido Trabalhista Brasileiro, que inicialmente foi acompanhado pelo Empresário Djalma Vieira Carneiro, e logo em seguida, depois de declinar do convite, pelo Empresário Raimundo Hélio Campos Filho.
Na terceira chapa, que era considerada a mais experiente, pelo PL – o Partido Liberal, com a legenda nº 22, figurou o nome do ex-Prefeito José Vieira Filho – Mazinho, e do Dr. Evaldo Neco Barreto Júnior.
Nesse pleito, um dos mais disputados da história política do Município de Boa Viagem, com poucos apoiadores e sem muitos recursos para investir na campanha, conseguiu a façanha de receber 3.003 votos, algo inédito para o Partido dos Trabalhadores de Boa Viagem, enquanto o Dr. Francisco Segismundo Rodrigues dos Santos Neto recebeu a confiança de 11.272 eleitores, já o ex-Deputado José Vieira Filho saiu vitorioso ao receber 11.758 votos, uma diferença de apenas 486 votos.
No pleito eleitoral seguinte, que ocorreu no dia 5 de outubro de 2008, ainda nos quadros políticos do PT, foi indicado pela convenção de seu partido a ser o candidato a vice-prefeito da chapa que tinha como cabeça o Prefeito José Vieira Filho, que buscava a sua reeleição.
Nessa eleição, como na anterior, concorreram três chapas, e na segunda delas estava encabeçada pelo nome do ex-prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, do PSDB – o Partido da Social Democracia Brasileira, com a legenda nº 45, sendo acompanhado pelo Vereador Ismael Fragoso da Silva.
Na terceira chapa, pelo PMDB – o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, com a legenda nº 15, que era formada pelo nome do ex-Prefeito Antônio Argeu Nunes Vieira e do Dr. Marco Antônio Feitosa Moreira.
O resultado dessa disputa declarou a vitória da chapa do Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, que recebeu a confiança de 12.866 eleitores, enquanto a sua recebeu apenas 9.439 votos, uma diferença de 3.427 votos, já a terceira chapa, de Antônio Argeu Nunes Vieira, recebeu 5.822 sufrágios.
No ano seguinte, no dia 3 de junho, juntamente com os seus familiares, partilhou da perda de sua mãe, que lutava contra um câncer e faleceu na cidade de Fortaleza prestes a completar 69 anos de idade.
BIBLIOGRAFIA:
- MARINHO, Antônia de Lima. A Filha do Nordeste e Frutos Nordestinos. Boa Viagem: Máximos Impressões Gráficas, 2015.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
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