Marcelo Facundo Carneiro

Marcelo Facundo Carneiro nasceu no dia 30 de janeiro de 1903 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de José Facundo da Costa e de Maria Amélia Carneiro da Costa.
Os seus avós paternos se chamavam João Facundo da Costa e Francisca Maria de Jesus, já os maternos eram Américo Carneiro da Silva Oliveira e Felizometha da Corte Celeste de Abreu Lessa.
Poucos dias depois do seu nascimento, em 15 de março, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Mons. José Cândido de Queiroz Lima.
Mais tarde, no dia 12 de setembro de 1928, segundo informações existentes no livro B-05, pertencentes ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 41, folha 153v, residindo na localidade de Olho d’Água dos Facundos, contraiu matrimônio civil com Maria da Conceição Facundo, que nasceu no dia 17 de fevereiro de 1902, sendo filha de Quintino Aderaldo Severo e de Josefa Carneiro Severo.
Desse matrimônio foram gerados nove filhos, um homem e oito mulheres, sendo eles: Maria Amélia Facundo Vieira, Rita Facundo Severo, Júlia Facundo Severo, Raimunda da Ascensão Facundo, Francisco de Sales Facundo, Tereza Neuma Facundo Chagas, Maria Naila Facundo Chagas, Maria da Conceição Filha e Maria Eulália Facundo Sousa.
No dia 17 de março de 1950, depois de realizar uma negociação com um de seus irmãos, passou a residir em uma de suas maiores conquistas, uma propriedade chamada de Fazenda Boa Esperança, em uma localidade denominada de Várzea do Juá, conforme o relato de uma de suas netas, Lígia Maria Facundo de Abreu:

“Nessa mudança, juntamente com seus nove filhos, ele e a esposa não levaram quase nada, apenas uma máquina de costura, alguns poucos utensílios domésticos e o leite da filha recém-nascida e uma pequena panela. Ao chegar em seu novo lar, desejando dias melhores, resolveu chamar sua propriedade de Boa Esperança.” (S.N.T)

Nessa localidade, com muito esforço e dedicação, sustentou com muita dignidade e exemplo a sua prole, permitindo a eles o acesso aos estudos, pois compreendia que isso poderia dar-lhes um futuro promissor.

“E era com a criação de pequenos animais, especialmente porcos, trazendo água do Açude Boqueirão, que enfrentou com seus filhos longas estiagens. No período das aulas, os seus filhos ficavam espalhados pelas casas de seus amigos, na maioria deles parentes, voltando para casa apenas nos finais de semana. Quanto as suas roupas, ganhavam apenas duas vezes por ano, quando vendia a sua safra e comprava uma única peça de tecido para sua esposa confeccionasse os vestidos e camisas. Com o passar dos tempos, os seus filhos foram se casando e levando consigo diversos valores, entre eles a simplicidade, a honestidade, o amor e principalmente a religião.” (S.N.T)

Faleceu em sua propriedade no dia 30 de março de 1990, pouco tempo depois de ter completado 87 anos de idade.

“O casal comemorou suas bodas de ouro em dezembro de 1980. Em 30 de março de 1990, dez anos depois de suas bodas, Marcelo parte, deixando Conceição, que também parte para a saudade de todos.” (FRANCO & CAVALCANTE VIEIRA. 2007: p. 191)

Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares em um túmulo existentes no Cemitério das Lembranças, nos limites geográficos do Distrito de Boqueirão, no Município de Boa Viagem.

BIBLIOGRAFIA:

  1. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  2. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  3. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de batismos. 1898-1905. Livro A-08. Tombo nº 90. Página 121v.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 763, de 4 de outubro de 2001, uma das escolas da rede municipal recebeu a sua denominação.