Madeira Cortada

AS INFORMAÇÕES BÁSICAS:

A Madeira Cortada, também denominada de Fazenda Madeira Cortada, está localizada na zona rural do Município de Boa Viagem, distante pouco mais de 42 quilômetros do Centro da cidade de Boa Viagem, no Estado do Ceará.

Imagem da placa de identificação dessa localidade, em 2020.

Dentro da divisão politico-geográfica, em relação ao Marco Zero, esse povoado está na região oeste do Município, dentro dos limites geográficos do território do Distrito de Poço da Pedra.

A ORIGEM DE SEU TOPÔNIMO:

Designação toponímica classificada como complexa, é a junção de duas palavras que remonta a época de sua colonização, período em que houve a derrubada das matas e abertura dos campos para criação do pasto para o gado.

AS SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

Em um passado bem recente essa localidade já possuía algumas casas distantes umas das outras, servindo às famílias dos trabalhadores rurais que eram moradoras das várias fazendas existentes na região, que desde essa época já viviam da criação extensiva de gado e do plantio de culturas como milho, feijão, algodão e outras nas terras que margeiam o Riacho da Madeira Cortada.

Imagem de um dos trechos habitados da localidade, em 2020.

Essa localidade é considerada um dos berços da instalação do protestantismo no Município de Boa Viagem, algo que ocorreu ao final da década de 1930, quando algum tempo depois foi edificado um templo ligado à Igreja Evangélica Congregacional de Cachoeira.

“Os protestantes que para aqui vieram, em diferentes épocas, ficaram divididos em diversas partes da zona rural: Marmilona, Cachoeira, Pitombeira, Santa Cruz, Olho d’Água dos Facundos, Pedra Branca, Madeira Cortada, Lembranças, dentre outros. Este fato parece que os deixaram desapercebidos, pelo menos por algum tempo. Esses migrantes involuntários trouxeram como parte de sua bagagem as marcas de sua fé, e os seus lares se constituíram em pequenas igrejas, pequenos núcleos de resistência que passaram a influenciar em diversos setores da vida social, política e econômica da vida social do Município de Boa Viagem.” (SILVA JÚNIOR, 2015: p. 171)

Em 1990, na gestão do Prefeito Benjamim Alves da Silva, essa localidade foi beneficiada com a edificação de sua unidade de ensino, algo que favoreceu aos estudantes por não necessitarem de se deslocar para outras regiões.
Alguns anos depois, por volta de 2004, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, os moradores dessa localidade foram beneficiados com a construção de uma pequena praça nas parte frontal de sua principal igreja.
Nos últimos meses de 2023, na gestão do Prefeito José Carneiro Dantas Filho – o Régis Carneiro, o trecho da rodovia municipal que corta essa localidade foi pavimentado em manta asfáltica.

AS LOCALIDADES DE SUA VIZINHANÇA:

O acesso para Madeira Cortada, saindo da cidade de Boa Viagem, é feito por via terrestre por meio da Rodovia Federal Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, a BR-020, seguindo logo depois pelo trecho carroçável da Rodovia Estadual CE-168, e por fim por uma das rodovias municipais, que lamentavelmente não possuem nomenclatura que facilitem a sua identificação.

Imagem do mapa da região.

A Madeira Cortada tem em sua vizinhança as seguintes localidades: Algodão, BelmonteBrasileira, Boa Ventura, Catirina e Rodeador.

OS EQUIPAMENTOS EXISTENTES NA LOCALIDADE:

Na localidade de Madeira Cortada os seus habitantes possuem alguns equipamentos para facilitar as suas vidas, bem como a dos moradores de sua vizinhança, sendo eles:

  1. A Capela de Nossa Senhora da Imaculada Conceição;
  2. Escola de Ensino Fundamental Sofia Vieira de Freitas;
  3. A Igreja Batista Regular de Madeira Cortada;
  4. A Praça José Vieira da Silva;
  5. O Açude da Madeira Cortada.

BIBLIOGRAFIA:

  1. BRAGA, Renato. Dicionário Histórico e Geográfico do Estado do Ceará. v. 1º. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1964.
  2. FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
  3. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.