Luiz Edir de Queiroz Marinho nasceu no dia 22 de março de 1933 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Manoel Araújo Marinho e de Maria Queiroz Marinho.
Os seus avós paternos se chamavam Manoel Duarte de Araújo e Maria Amélia de Araújo, já os maternos eram José Queiroz da Cunha e Silva e Maria das Merces de Queiroz.
Alguns dias depois do seu nascimento, no dia 5 de abril, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Mons. Francisco José de Oliveira.
Mais tarde, sentindo-se vocacionado ao sacerdócio, foi encaminhado aos estudos eclesiásticos com recomendações de sua paróquia ao Seminário da Prainha, em Fortaleza.
Algum tempo depois, no dia 2 de fevereiro de 1947, abandonando as suas pretensões ao ministério sacerdotal, segundo registros de Antenor Gomes de Barros Leal, em um episódio que comemorava a vitória do Desembargador Faustino de Albuquerque, sofreu um grave acidente e por pouco não veio a óbito:
“Quarenta e duas crianças, sem distinção, quer de cor, quer de política ou social, transformariam um simples passeio na carroceria de um caminhão novo, às 17 horas, numa passeata de consequências funestas. Do alto do carro, pulavam e gritavam em ovações intermináveis o nome do candidato: Faustino! Faustino! Inesperadamente, numa curva, em meio a Praça Monsenhor José Cândido, o veículo ficou de pernas para o ar. Ouvia-se ainda o grito da criançada, que só após alguns minutos se conscientizou de que estava debaixo do caminhão… Soube-se depois que na boleia estava o seu proprietário, Antônio Tupinambá, cidadão de bons costumes. Ao seu lado vinham seus dois filhos, Ubirajara e Ubiratam. Estava também Luiz Edir Queiroz Marinho e Manuel Stênio de Queiroz Marinho. Edir e Stênio tinham tirado a batina do seminário neste mesmo dia.” (BARROS LEAL, 1999: p. 144-145)
Depois disso passou a residir no Estado da Paraíba, onde cursou medicina pela UFPB – a Universidade Federal da Paraíba, e durante muitos anos prestou os seus valiosos serviços de pediatria na cidade de João Pessoa.
Trabalhou também durante anos na LBA – a Legião Brasileira da Assistência, e ajudava na manutenção de um hospital totalmente dedicado ao público infantil.
Foi casado com Maria Lúcia Ramalho Marinho.
Faleceu aos 54 anos de idade no dia 24 de setembro de 1987 em uma das mesas de cirurgia do Hospital Encor, no Estado de São Paulo, por problemas ligados ao hábito de fumar.
Logo após o seu falecimento o seu corpo foi levado por seus familiares para cidade de João Pessoa, onde recebeu as exéquias fúnebres de costume, sendo em seguida sepultado.
BIBLIOGRAFIA:
- BARROS LEAL, Antenor Gomes de. Recordações de um Boticário. 2ª edição. Fortaleza: Henriqueta Galeno, 1996.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de batismo. 1931-1933. Livro A-20. Tombo nº 112. Página 99v.
- SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Instrução Pública no Município de Boa Viagem: A sua formação pedagógica e social entre 1864 e 1931. Dissertação apresentada a Flórida Christian University, 2019.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 818, de 12 de dezembro de 2002, uma das ruas do Bairro Recreio, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.
- Em sua memória, na cidade de João Pessoa, o seu nome foi colocado em uma das ruas daquela cidade.
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