Ladislau Vieira Carneiro nasceu no dia 27 de março de 1932 no Município de Riacho dos Cavalos, que está localizado no Sertão paraibano, distante 478 quilômetros da cidade de João Pessoa, sendo filho de Manoel Carneiro Diniz e de Celsina Vieira de Freitas.
Os seus avós paternos se chamavam Manoel Benício Vieira Carneiro e Sebastiana Vieira de Freitas, já os maternos eram Martins José da Silva e Francisca Vieira de Freitas.
Poucos meses depois que foi gerado, ainda no ventre de sua mãe, perdeu o seu pai, que foi vítima da temida febre amarela.
Mais tarde, algum tempo depois do seu nascimento, a sua mãe contraiu um novo relacionamento conjugal, vindo a morar no Município de Boa Viagem, no Estado do Ceará, e o deixando aos cuidados de sua avó paterna, que cuidou dele nos primeiros anos de sua vida.
Alguns anos depois, por volta de 1952, quando tinha pouco mais de 20 anos de idade, decidiu conhecer o Estado do Ceará, passando a residir também no Município de Boa Viagem, onde construiu uma nova vida.
Segundo informações existentes no livro B-17 do Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 3.296, folha 378, no dia 11 de janeiro de 1961 contraiu matrimônio com Maria Vieira Carneiro, que nasceu no dia 10 de novembro de 1939, sendo filha de Argemiro Vieira da Silva e de Rosa Vieira de Lima.
Depois disso, sem poder gerar filhos, adotou como sua herdeira a jovem Marilene Vieira Carneiro, uma de suas sobrinhas, seguindo logo depois de Adalmira Vieira de Sousa, filha de um conhecido.
Algum tempo depois, no fim da década de 1960, passou a residir na cidade de Boa Viagem, onde abriu um pequeno café na Rua José Leal de Oliveira, s/nº, Centro, passando logo depois a comercializar nessa mesma rua no ramo de venda e manutenção de bicicletas.
Mais tarde, no dia 1º de junho de 1982, juntamente com os seus familiares, de forma inesperada, partilhou da triste perda de sua irmã, Florisbela Vieira de Andrade, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral.
Nessa época, por conta do trágico e repentino falecimento dessa sua irmã, passou a cuidar de seu sobrinho, Fernando Vieira de Andrade, que ainda era um bebê.
Pouco tempo depois disso, no dia 15 de novembro, compondo os quadros políticos do PDS – o Partido Democrático Social, com a legenda nº 1.626, ingressou na vida pública pleiteando uma das cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores do Município de Boa Viagem, quando conseguiu receber à confiança de 970 votos, sendo o vereador com a segunda maior votação desse pleito.
Nessa disputa eleitoral o voto era vinculado, quando o eleitor tinha de alinhar a sua escolha entre os poderes Executivo e Legislativo sob a pena de ter o seu voto anulado:
“Em 15 de novembro de 1982 o eleitorado brasileiro foi chamado a eleger os governadores que administrariam os seus Estados pelo interregno temporal de quatro anos, a contar de 15 de março de 1983, num pleito que envolveu cerca de 70 milhões de eleitores sendo a primeira eleição direta para governador de Estado desde os anos 1960. Neste pleito valeu o ‘voto vinculado’: o eleitor teria que escolher candidatos de um mesmo partido para todos os cargos em disputa, sob pena de anular o seu voto.” (S.N.T)
No dia 14 de setembro de 1984, no exercício de sua função, apresentou requerimento à mesa diretora da Câmara Municipal solicitando ao gabinete do prefeito a construção de uma escola na localidade de Facão.
Pouco tempo depois, em uma sessão ordinária ocorrida no dia 31 de maio de 1985, pediu licença de seu mandato pelo prazo de 120 dia, sendo substituído pelo Vereador Eduardo Patrício de Almeida.
Nessa legislatura, embora não tenha passado todo o período de seu mandato na Câmara, apoiou os projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, sendo eles: a reconstrução da Praça Antônio de Queiroz Marinho; a construção do edifício anexo à Escola de Ensino Médio Dom Terceiro; a construção da Escola de Ensino Fundamental Pe. Paulo de Almeida Medeiros; a construção do edifício da Teleceará e a instalação do sistema DDD; a construção do Parque de Vaquejadas e Eventos Joaquim Vieira Lima; a construção do Parque de Exposições Agropecuárias José Vieira de Lima; a construção do Açude Prefeito José Vieira Filho; a construção da Barragem Presidente Tancredo de Almeida Neves; a construção do Açude São José; a construção de cinquenta prédios escolares, postos de saúde e de uma Agência da Previdência Social.
No pleito eleitoral seguinte, que ocorreu no dia 15 de novembro de 1988, estando filiado na bancada do PMDB – o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, com a legenda nº 15.625, conseguiu ser reeleito ao seu segundo mandato depois de receber à confiança de 303 eleitores, ficando com a última vaga disponível ao Poder Legislativo.
Pouco tempo depois, no dia 19 de maio de 1989, encaminhou requerimento à mesa diretora da Câmara solicitando uma licença médica de 90 dias, sendo substituído nessa ocasião pelo suplente, o Vereador Manuel Magalhães Gomes.
No dia 5 de abril de 1990, depois de muitas discussões, no exercício de sua função como edil, participou da assembleia municipal constituinte como membro da Comissão de Sondagens e Propostas que deu origem a Lei Orgânica do Município de Boa Viagem.
Nessa legislatura, deu apoio aos projetos encaminhados pelo gabinete do Prefeito Benjamim Alves da Silva, foram eles: a construção do Camelódromo; a construção do Ginásio Poliesportivo Dirceu José dos Santos; a construção do Centro de Convivência do Idoso Olavo Bilac Brilhante; a construção do Hospital Infantil Sebastião Alves da Silva; a construção da Creche Comunitária Miriam Brito Fialho; a construção da Escola Agrotécnica Janival Almeida Vieira, além de várias casas populares.
No dia 13 de fevereiro de 1991, juntamente com os seus familiares, foi a vez de partilhar da triste perda de sua mãe, que faleceu por conta de um câncer no estomago.
Antes disso, adquiriu uma propriedade nas cercanias da cidade, onde hoje está concentrado grande parte do Bairro Recreio, como também uma valiosa propriedade no Município de Peritoró, no Estado do Maranhão, onde costumava passar longas temporadas.
Em uma dessas temporadas, no fim da década de 1990, contraiu meningite, passando quinze dias internado entre a vida e a morte na cidade de Teresina, conseguindo se restabelecer de forma milagrosa.
Segundo as informações que estão contidas no livro C-05, pertencente ao Cartório Geraldina, tombo n° 3.799, folha 283, faleceu em sua residência, que estava localizada na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 591, no Bairro Boaviaginha, na na cidade de Boa Viagem, no dia 28 de janeiro de 2001, prestes a completar 69 anos de idade, vítima de câncer de próstata.
Antes do seu falecimento, consciente do diagnóstico de sua doença, vendeu as suas posses para tratamento médico e a imediata quitação de seus débitos, temendo deixar esse mundo com o seu nome associado às dívidas.
Logo após o seu falecimento, depois das despedidas fúnebres que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no Cemitério Parque da Saudade, que está localizado na Rua Joaquim Rabêlo e Silva, nº 295, Centro.
BIBLIOGRAFIA:
- FRANCO, G. A. & CAVALCANTE VIEIRA, M. D. Boa Viagem, Conhecer, Amar e Defender. Fortaleza: LCR, 2007.
- NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
- VIEIRA FILHO, José. Minha História, Contada por Mim. Fortaleza: LCR, 2008.
HOMENAGEM PÓSTUMA:
- Em sua memória, na gestão do Prefeito Dr. Fernando Antônio Vieira Assef, através da lei nº 818, de 22 de dezembro de 2002, uma das ruas do Bairro Recreio, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.
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