Júlia Alves Facundo

Júlia Alves Facundo nasceu no dia 4 de janeiro de 1909 no Município de Boa Viagem, que está localizado no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filha de Manoel Gildo de Freitas e de Maria Alves de Jesus.
Alguns dias depois do seu nascimento, em 10 de janeiro de 1911, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Mons. José Cândido de Queiroz Lima.
Na época em que nasceu o Município de Boa Viagem não dispunha de uma casa de parto, fato que obrigou aos seus pais a contar com os valiosos serviços de uma parteira na localidade de Nossa Senhora do Livramento, onde passou grande parte de sua infância.

“Durante muitos anos, os únicos profissionais de saúde existentes em nossa região foram às parteiras, mulheres que normalmente recebiam esse aprendizado de forma hereditária, ou seja, a filha de uma parteira acompanhava a sua mãe no atendimento às mulheres em trabalho de parto auxiliando-a de acordo com as necessidades do momento, possibilitando, assim, após algum tempo de prática, o aprendizado para continuidade do ofício.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016)

Nesse mesmo período a vila de Nossa Senhora do Livramento ainda estava dentro dos limites geográficos do Município de Boa Viagem, passando a compor o Município de Monsenhor Tabosa apenas nos últimos anos da década de 1950.
Antes disso, nos últimos meses de 1926, com apenas 17 anos de idade, depois de algum tempo de namoro, diante do Mons. José Cândido de Queiroz Lima, na capela da vila de Nossa Senhora do Livramento, contraiu matrimônio com Pedro Facundo Carneiro, que nasceu no dia 15 de junho de 1905, sendo filho de José Facundo da Costa e de Maria Amélia Carneiro da Costa.
Segundo informações existentes no livro B-05, pertencentes ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, página 61v, confirmou os seus votos em uma cerimônia civil que foi realizada no dia 27 de dezembro de 1926.
Pouco tempo depois de seu matrimônio passou a residir na localidade Olho d’Água dos Facundos em uma propriedade pertencente ao seu sogro, onde constituiu uma numerosa família.

Imagem de Pedro Alves Facundo e sua esposa, Júlia Facundo.

Desse matrimônio foram gerados quatorze filhos, três mulheres e onze homens, sendo eles: Maria Carneiro de Melo, José Alves Facundo, Luiz Alves Facundo, Raimunda Facundo de SalesOséas Alves Facundo, Expedito Alves Facundo, Edite Facundo Santiago, Pedro Alves Facundo, Antônio Facundo Sobrinho, Francisco Carneiro Facundo Sobrinho, Emídio Facundo Sobrinho, Manoel Alves Facundo, Francisco de Assis Alves Facundo e Francisco das Chagas Alves Facundo.
Nos últimos meses de 1943, desejando melhores condições para subsistência, passou a morar com a sua família na Fazenda Várzea da Cruz, uma das propriedades pertencentes ao Cel. José Cândido de Carvalho, onde o seu esposo era capataz.
Mais tarde, por volta de 1962, depois de fazer muitas economias, juntamente com o seu esposo, conseguiu adquirir uma valiosa propriedade, que logo recebeu o nome de Fazenda Flores.
Em 1975, depois que o seu marido resolveu vender a sua propriedade a um de seus filhos, compraram outra dentro dos limites do Município de Monsenhor Tabosa, que recebeu o nome de Fazenda Salgado.

Imagem de seu velório, em 1977.

Pouco tempo depois, passando por problemas em sua saúde, veio para cidade de Boa Viagem fazer uma consulta médica, falecendo repentinamente, aos 67 anos de idade, no dia 16 de junho de 1977, na noite anterior ao exame médico.
Segundo informações existentes no Cartório Leitão, 1º Ofício, tombo nº 118, página 61, depois do seu falecimento e das homenagens que são de costume, o seu corpo foi sepultado por seus familiares no Cemitério da vila de Nossa Senhora do Livramento, no Município de Monsenhor Tabosa.

Imagem do túmulo da Família Facundo, em 2014.

HOMENAGEM PÓSTUMA:

  1. Em sua memória, na gestão da Prefeito José Carneiro Dantas Filho – o Régis Carneiro, por meio da lei nº, de 2025, uma das ruas do Bairro Oséas Facundo, na cidade de Boa Viagem, recebeu a sua nomenclatura.

BIBLIOGRAFIA:

  1. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  2. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de tombo dos batismos. 1909-1912. Livro A-10. Página 80v. Tombo nº 28.
  3. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Saúde no Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016.