José Serafim dos Santos

José Serafim dos Santos nasceu no dia 12 de julho de 1921 no Município de Boa Viagem, que está localizada no Sertão de Canindé, no Estado do Ceará, distante 217 quilômetros da cidade de Fortaleza, sendo filho de Adolfo Serafim dos Santos e de Francisca de Sousa Mendes.
Os seus avós paternos se chamavam Antônio Serafim dos Santos e Raimunda Nunes de Freitas, já os maternos eram Vicente Ferreira Lima e Maria Fausta de Jesus.
Alguns dias depois, em 4 de setembro, na Capela de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Jerusalém, seguindo o costume da confissão religiosa de seus pais, recebeu o batismo pelas mãos do Mons. José Cândido de Queiroz Lima.
Na época em que nasceu o Município de Boa Viagem não dispunha de uma casa de parto, fato que obrigou aos seus pais a contar com os valiosos serviços de uma parteira na localidade de Pau dos Ferros, onde passou grande parte de sua infância.

“Durante muitos anos, os únicos profissionais de saúde existentes em nossa região foram às parteiras, mulheres que normalmente recebiam esse aprendizado de forma hereditária, ou seja, a filha de uma parteira acompanhava a sua mãe no atendimento às mulheres em trabalho de parto auxiliando-a de acordo com as necessidades do momento, possibilitando, assim, após algum tempo de prática, o aprendizado para continuidade do ofício.” (SILVA JÚNIOR, 2016: Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016)

No dia 13 de setembro de 1946, segundo informações existentes no livro B-11, pertencente à secretaria da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, tombo nº 98, página 92v, na Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na vila de Ibuaçu, que nessa época era denominado de Socorro, diante do Mons. Pedro Vitorino Dantas, contraiu matrimônio religioso com  Laíde Sales dos Santos, que era nascida no dia 12 de julho de 1928, sendo filha de Antônio de Sales Ribeiro e de Maria Jacinta de Almeida.
Poucos dias depois, em 26 de setembro, segundo informações existentes no livro B-10, pertencente ao Cartório Geraldina, 1º Ofício, tombo nº 1.121, folha 143v, confirmou os seus votos matrimoniais em uma cerimônia civil.
Desse matrimônio foram gerados treze filhos, sete homens e seis mulheres, sendo eles: Raimundo Ribeiro dos Santos, Antônio Ribeiro dos Santos, Gervásio Serafim dos Santos, Elizeu Serafim dos Santos, Eliézio Serafim dos Santos, Sebastião Serafim dos Santos, Luiz Serafim dos Santos, Elizete Serafim dos Santos, Francisca Serafim dos Santos, Maria José Ribeiro dos Santos, Elisabete Serafim dos Santos, Eliete Serafim dos Santos e Maria Serafim de Morais.
Depois de casado fixou residência na vila de Guia, tornando-se um pequeno agropecuarista, adquirindo também um pequeno veículo e fazendo diariamente a lotação no trajeto entre essa vila e a cidade de Boa Viagem, sendo conhecido por todos na região como “Zé Adolfo”.
Nessa época, ao sair da vila às 4 horas da manhã, costumava acelerar o carro para acordar aos seus passageiros, que rapidamente saiam de suas casas e se dirigiam ao centro da vila, onde embarcavam para os seus destinos.
Algum tempo depois, na eleição municipal que ocorreu no dia 7 de outubro de 1962, desejando entrar na vida pública por meio de uma das cadeiras na Câmara Municipal de Vereadores, militando nos quadros políticos da PSD – o Partido Social Democrático, conseguiu ser conduzido a um mandato eletivo.
Nessa legislatura, que foi bastante tumultuada pelo número de prefeitos, prestou apoio aos projetos que vieram do Poder Executivo, foram eles: a implantação do Posto de Saúde Dr. Pontes Neto; a implantação do sistema de telefonia que interligou à cidade de Boa Viagem às vilas de Guia e Ibuaçu; a implantação da Escola de Ensino Fundamental Osmar de Oliveira Fontes, que na época recebeu o nome do Presidente John Fitzgerald Kennedy; o projeto de organização da nomenclatura das ruas e da numeração das casas da cidade; a implantação de um matadouro público; a construção da Escola de Ensino Médio Dom Terceiro; a instalação do sistema d’água na cidade de Boa Viagem; a construção do Obelisco em comemoração do 1º centenário do Município de Boa Viagem; a reforma administrativa da Prefeitura de Boa Viagem; a instalação de energia elétrica na vila de Guia; a abertura e manutenção de rodovias municipais e a construção do Açude Monsenhor José Cândido de Queiroz Lima.
No dia 26 de junho de 1965, na gestão do Prefeito José Vieira Filho – o Mazinho, votou em favor da reimplantação do pagamento do subsídio dos vereadores, pouco tempo depois, no dia 28 de outubro, deu parecer contrário à consulta realizada pela Assembleia Legislativa do Estado sobre o interesse de entregar do Distrito de Jacampari ao Município de Monsenhor Tabosa.
No pleito eleitoral seguinte, ocorrido no dia 15 de novembro de 1966, desejando a sua reeleição, dessa vez compondo a bancada da ARENA 2 – a Aliança Renovadora Nacional, conseguiu receber apenas 204 votos, ficando na suplência de sua coligação.
Permaneceu como motorista da linha entre à vila de Guia e a cidade de Boa Viagem até os últimos anos da década de 1990, tendo seu ponto de parada no Terminal Rodoviário Samuel Alves da Silva.
Algum tempo depois, desejando receber melhor atendimento médico, passou a residir com uma de suas filhas na cidade de Fortaleza, deixando esse trajeto aos cuidados de um de seus filhos, que é popularmente conhecido pelo apelido de “Fogoió”.
No dia 21 de janeiro de 2017, prestes a completar 71 anos de vida conjugal, juntamente com os seus filhos, partilhou da inestimável perda de sua esposa, que faleceu depois de completar 88 anos de idade.
Algum tempo depois, no dia 23 de janeiro de 2019, faleceu na cidade de Fortaleza prestes a completar 98 anos de idade.
Logo após o seu falecimento o seu ataúde foi trazido para o Município de Boa Viagem, onde recebeu as despedidas fúnebres, inicialmente no plenário da Câmara Municipal de Vereadores, sendo logo em seguida sepultado por seus familiares no Cemitério de Nossa Senhora da Guia, que está localizada na Rua Raimundo Carneiro de Freitas, s/nº, no Centro da vila de Guia.

BIBLIOGRAFIA:

  1. NASCIMENTO, Cícero Pinto do. Memórias de Minha Terra. Fortaleza: Encaixe, 2002.
  2. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de batismos. 1920-1923. Livro A-15. Tombo nº 350. Página 35v.
  3. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Livro de registro de casamentos. 1944-1947. Livro B-11. Tombo nº 98. Página 92v.
  4. SILVA JÚNIOR, Eliel Rafael da. A História da Saúde no Município de Boa Viagem. Disponível em https://www.historiadeboaviagem.com.br/saude/. Acesso em 25 de outubro de 2016.

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